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Liniker é a primeira artista trans brasileira a ganhar um Grammy

A cantora venceu a categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira no Grammy latino com o álbum "Borboleta Anil"

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 06:20

A cantora venceu a categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira no Grammy latino com o álbum "Borboleta Anil".

A cantora venceu a categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira no Grammy latino com o álbum "Borboleta Anil". (Redes Sociais/Divulgação)

Liniker, de 27 anos, se tornou nesta quinta-feira (17) a primeira artista transgênero brasileira a ganhar um Grammy e se emocionou ao receber o gramofone.

A cantora venceu a categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira no Grammy latino com o álbum "Borboleta Anil".

Em seu discurso, Liniker agradeceu: "Olá. Eu sou a Liniker, sou uma cantora, compositora e atriz brasileira e hoje algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que um artista transgênero ganha um Grammy".

"Muito obrigada a toda a minha equipe, que está comigo desde o início, sonhando comigo. Obrigada a meus produtores, a todas as compositoras que trabalharam comigo nesse álbum. Estou muito feliz. Muito obrigada", finalizou.

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Anitta e Xande de Pilares concorrem às categorias principais do Grammy Latino

Modificado em 04/11/2024, 08:48

Anitta e Xande de Pilares concorrem às categorias principais do Grammy Latino

(Divulgação)

Foram divulgadas nesta terça (17) as indicações ao Grammy Latino 2024, que acontece em 14 de novembro. Entre os indicados nas principais categorias, estão Anitta, que concorre ao prêmio de gravação do ano por "Mil Veces" ao lado de Bad Bunny, Karol G e Kali Uchis; e Xande de Pilares, que compete por álbum do ano por "Xande Canta Caetano" com Residente e Shakira, entre outros.

Na categoria de artista revelação estão mais dois brasileiros: a cantora baiana Cacá Magalhães, que no ano passado lançou seu álbum de estreia "Só Sinto" pela Sony, e a dupla carioca Os Garotin, que estrearam neste ano com o disco "Os Garotin de São Gonçalo".

O DJ Alok concorre a dois prêmios na categoria de melhor performance de música eletrônica latina, com "Drum Machine" e "Pedju Kunumigwe".

Na categoria de melhor faixa de cantor-compositor, Tiago Iorc foi indicado pela canção "Antes que o Mundo Acabe."
Hermeto Pascoal e Ivan Lins concorrem na categoria de melhor álbum de jazz latino.

Já nas categorias exclusivas de língua portuguesa, concorrem Iza, Jão, Luísa Sonza, Ana Frango Elétrico, Jovem Dionísio, Marcelo D2, Ana Castela, Gusttavo Lima, entre outros.
Karol G e Bad Bunny lideram a lista de indicações, logo atrás do músico americano Edgar Barrera.

Veja lista completa das categorias com brasileiros indicados ao Grammy Latino 2024:

Gravação do Ano

  • "Mil veces" - Anitta
  • "Monaco" - Bad Bunny
  • "Una vida pasada" --Camilo & Carín León
  • "Catalina" -- Cimafunk & Monsieur Periné
  • "Derrumbe" -- Jorge Drexler
  • "Con dinero y sin dinero" -- Fonseca & Grupo Niche
  • "Mi ex tenía razón" -- Karol G
  • "Mambo 23" -- Juan Luis Guerra 4.40
  • "Tenochtitlán" -- Mon Laferte
  • "Igual que un ángel" -- Kali Uchis & Peso Pluma
    Álbum do Ano
  • Bolero -- Ángela Aguilar
  • Cuatro -- Camilo
  • Xande canta Caetano -- Xande de Pilares
  • Mañana será bonito (Bichota Season) -- Karol G
  • García -- Kany García
  • Radio güira -- Juan Luis Guerra 4.40
  • Autopoiética -- Mon Laferte
  • Boca chueca, vol. 1 -- Carín León
  • Las letras ya no importan -- Residente
  • Las mujeres ya no lloran -- Shakira
    Canção do Ano
  • "A fuego lento" -- Daymé Arocena & Vicente García, compositores (Daymé Arocena & Vicente García)
  • "A la mitad" (Banda Sonora Original de la serie Zorro) -- Julio Reyes Copello & Mariana Vega, compositores (Maura Nava)
  • "Aún me sigo encontrando" -- Rubén Blades, Gian Marco & Julio Reyes Copello, compositores (Gian Marco & Rubén Blades)
  • "Caracas en el 2000" -- Marvin Hawkins Rodríguez, Jerry Di, La Pichu, Danny Ocean & Elena Rose, compositores (Elena Rose, Danny Ocean & Jerry Di)
  • "Derrumbe" -- Jorge Drexler, compositor (Jorge Drexler)
  • "(Entre paréntesis)" -- Édgar Barrera, Kevyn Mauricio Cruz, Manuel Lorente Freire, Lenin Yorney Palacios & Shakira, compositores (Shakira, Grupo Frontera)
  • "Mi ex tenía razón" -- Édgar Barrera, Andrés Jael Correa Ríos, Kevyn Mauricio Cruz Moreno, Karol G & MAG, compositores (Karol G)
  • "Según quién" -- Édgar Barrera, Kevyn Mauricio Cruz, Luis Miguel Gómez Castaño, Maluma, Lenin Yorney Palacios & Juan Camilo Vargas, compositores (Maluma & Carín León)
  • "Te lo agradezco" -- Rafa Arcaute, Kany García, Carín León & Richi López, compositores (Kany García & Carín León)
  • "313" -- Leo Genovese, Residente & Silvia Pérez Cruz, compositores (Residente, Silvia Pérez Cruz & Penélope Cruz)
    Melhor Artista Revelação
  • Agris
  • Kevin Aguilar
  • Darumas
  • Nicolle Horbath
  • Latin Mafia
  • Cacá Magalhães
  • Os Garotin
  • Iñigo Quintero
  • Sofi Saar
  • Ela Taubert
    Melhor Interpretação de Música Eletrônica Latina
  • La Ceniza - Ale Acosta, Valeria Castro
  • Drum Machine - Alok
  • Pedju Kunumigwe - Alok, Guarani Nhandewa
  • Bzrp Music Sessions, Vol. 53 (Tiësto Remix) - Bizarrap, Shakira
  • BAMBOLE - Vikina Featuring Deorro
    Melhor Canção - Cantor Compositor
  • Antes Que O Mundo Acabe - Tiago Iorc
  • Derrumbe - Jorge Drexler
  • Entonces - Rozalén
  • García - Kany García
  • Luz De Cabeza - El David Aguilar
    Melhor Álbum Instrumental
  • Impronta - Omar Acosta
  • Claude Bolling Goes Latin - Suite For Flute And Latin Music Ensemble - Carlomagno Araya, Jose Valentino & The Latin Music Ensemble
  • Capriccio Latino - Alexis Cárdenas
  • Encontro Das Águas - Yamandu Costa & Armandinho Macêdo
  • Tembla - Hamilton De Holanda & C4 Trío
    Melhor Álbum de Jazz Latino/Jazz
  • Collab - Hamilton De Holanda & Gonzalo Rubalcaba
  • Searching For A Memory (Busco Tu Recuerdo) - Sammy Figueroa Featuring Gonzalo Rubalcaba & Aymée Nuviola
  • My Heart Speaks - Ivan Lins
  • Pra Você, Ilza - Hermeto Pascoal & Grupo
  • El Arte Del Bolero, Vol. 2 - Miguel Zenón & Luis Perdomo
    Melhor Álbum de Música Cristã (Língua Portuguesa)
  • Ele É Jesus - Ao Vivo - Bruna Karla
  • Deixa Vir - Vol II (Ao Vivo) - Thalles Roberto
  • In Concert (Ao Vivo) - Rosa de Saron
  • Vida (Ao Vivo) - Eli Soares
  • Temporal - Vocal Livre
    Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa
  • Afrodhit - Iza
  • Super - Jão
  • Amaríssima - Melly
  • Os Garotin De São Gonçalo - Os Garotin
  • Escândalo Íntimo - Luísa Sonza
    Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa
  • Erasmo Esteves - Erasmo Carlos
  • No Rastro de Catarina - Cátia de França
  • Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua Ana - Frango Elétrico
  • Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje Eu Tenho Mais) - Jovem Dionisio
  • Lagum Ao Vivo - Lagum
    Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa
  • Joga Pra Lua - Anitta Featuring Dennis & Pedro Sampaio
  • Cachimbo da Paz 2 - Gabriel O Pensador, Lulu Santos, Xamã
  • Da Braba - Gloria Groove Featuring Ludmilla & Mc Gw
  • Carta Aberta - Mc Cabelinho
  • Fé nas Maluca - Mc Carol, Iza
  • La Noche - Yago Oproprio Featuring Patricio Sid
    Melhor Álbum de Samba/Pagode
  • Alcione 50 Anos (Ao Vivo) - Alcione
  • Xande Canta Caetano - Xande De Pilares
  • Iboru - Marcelo D2
  • Tardezinha Pela Vida Inteira (Ao Vivo) - Thiaguinho
  • Subúrbio (Ao Vivo) - Tiee
    Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira
  • D Ao Vivo Maceió - Djavan
  • Se o Meu Peito Fosse o Mundo - Jota.Pê
  • Portas (Ao Vivo) - Marisa Monte
  • Outros Cantos - Milton Nascimento, Chitãozinho & Xororó
  • No Tempo da Intolerância - Elza Soares
    Melhor Álbum de Música Sertaneja
  • Boiadeira Internacional (Ao Vivo) - Ana Castela
  • Paraíso Particular (Ao Vivo) - Gusttavo Lima
  • Cintilante (Ao Vivo) - Simone Mendes
  • Raiz Goiânia (Ao Vivo) - Lauana Prado
  • Luan City 2.0 (Ao Vivo) - Luan Santana
    Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa
  • Mariana e Mestrinho - Mariana Aydar, Mestrinho
  • Aguidavi do Jêje - Aguidavi Do Jêje, Luizinho Do Jêje
  • De Norte a Sul - João Gomes
  • Night Clube Forró Latino ( Volume I ) - Marcelo Jeneci
  • Faróis do Sertão - Gabriel Sater
    Melhor Canção em Língua Portuguesa
  • Alinhamento Milenar - Jão, Pedro Tófani & Zebu
  • Ata-me - Junio Barreto
  • Chico - Bruno Caliman, Carolzinha, Douglas Moda, Jenni Mosello & Luísa Sonza
  • Esperança - Criolo, Dino D'Santiago, Amaro Freitas & Nave
  • Ouro Marrom - Jota.Pê, songwriter (Jota.Pê)
    Melhor Álbum de Engenharia de Gravação
  • Analu - (Analu Sampaio)
  • Era Uma Vez - (Mobi Colombo)
  • Os Garotin De São Gonçalo - (Os Garotin)
  • Quem É Ela? - (Mariana Nolasco)
  • Se o Meu Peito Fosse o Mundo - (Jota.Pê)
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    Marília Mendonça ganha Grammy Latino com álbum póstumo

    Modificado em 19/09/2024, 01:25

    Marília Mendonça ganha Grammy Latino com álbum póstumo

    (Divulgação)

    A cantora Marília Mendonça, que morreu em novembro de 2021, ganhou o prêmio Grammy Latino 2023 na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja pelo trabalho "Decretos Reais". O disco póstumo reúne faixas como o hit "Leão".

    A renomada premiação, aconteceu ontem, em Sevilha, na Espanha. Na categoria vencida pela artista goiana também concorriam: Chitãozinho & Xororó, Daniel, Jorge & Mateus e Lauana Prado.

    Nas redes sociais de Marília, a equipe da cantora comemorou. "Isso é legado. Nossa rainha venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja com Decretos Reais", escreveu em uma publicação no X, antigo Twitter.

    Gaby Amarantos
    A cantora paraense, Gaby Amarantos venceu o Grammy Latino 2023 na categoria de Melhor Álbum de Música de Raízes Em Língua Portuguesa com o TecnoShow. Em seu discurso nesta quinta-feira (16), ela agradeceu a periferia, as mulheres pretas e a Amazônia, chamando a atenção para a música de artistas independentes da região.

    "Sou um artista da floresta Amazônica brasileira. Estou aqui vestida de Samaumeira, uma árvore da Amazônia que tem grandes raízes. Preciso dizer que precisamos cuidar da nossa floresta e uma forma de cuidar é ouvir sua música e conhecer sua cultura", disse ao receber o seu primeiro gramofone dourado.

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    Samara Joy, que derrotou Anitta no Grammy, diz que vai encontrar cantora no país

    Vitória da americana sobre a brasileira, numa das categorias principais da premiação, marca o ápice de sua trajetória improvável

    Modificado em 19/09/2024, 00:18

    Samara Joy não sabia quem era Anitta até ganhar dela o prêmio de artista revelação no Grammy. "Mas ela é uma mulher muito legal e foi interessante vê-la cantar na festa depois da cerimônia."

    A vitória da americana sobre a brasileira, numa das categorias principais da premiação, marca o ápice de sua trajetória improvável. Aos 23 anos, ela é uma rara jovem estrela do jazz, que despontou com uma abordagem clássica e retrô do gênero, uma expressiva habilidade vocal e alguns vídeos virais no TikTok.

    Com um show marcado no Brasil --no festival C6, que acontece entre 19 e 21 de maio, com Kraftwerk e Weyes Blood, entre outros, em São Paulo--, a cantora tem a oportunidade de se apresentar melhor ao público do país. Isso porque alguns fãs mais furiosos de Anitta foram até suas redes sociais atacá-la depois de sua vitória no Grammy.

    "No começo, foi bem surpreendente", ela diz, economizando as palavras, sobre as reações dos brasileiros enfurecidos. "Mas, assim, eu entendo. Então, desculpa aí. Espero que vocês se divirtam no Carnaval. Continuo amando e respeitando todos os artistas. Não me afetou muito. As pessoas só a amam."

    A animosidade é um reflexo da frustração dos fãs de Anitta, especialmente devido à surpresa geral com a vitória de Joy. Nos anos anteriores, o prêmio de artista revelação no Grammy foi entregue a Billie Eilish, Olivia Rodrigo e Megan Thee Stallion, estrelas do pop ou do hip-hop que contam aos milhões as reproduções que suas músicas conquistam no streaming.

    Em comparação com esses nomes, e até mesmo com Anitta, Joy é praticamente de outro planeta. Seu segundo e mais importante álbum, "Linger Awhile", lançado no ano passado e que também venceu o Grammy de melhor álbum de jazz vocal, dispensa qualquer produção ou textura eletrônica e é inteiramente orgânico, com instrumentos tradicionais, além de ter algumas composições antigas de jazz no repertório.

    No Spotify, a plataforma de streaming de música mais acessada do planeta, apenas duas faixas do disco ultrapassam a marca de um milhão de plays --"Can't Get Out of This Mood" e "Sweet Pumpkin". Em comparação, a música menos acessada do único álbum de Olivia Rodrigo, "Hope ur Ok", do ano retrasado, tem mais de 240 milhões de reproduções.

    Para Joy, sua vitória no Grammy de fato não é algo comum. "Talvez represente uma mudança na maneira como as pessoas veem a música e os artistas --de não ser necessariamente baseado na popularidade, mas na arte que é apresentada", ela diz. "Muitas vezes, você vê artistas que fazem trabalhos incríveis, mas não são reconhecidos."

    Mas Joy não é totalmente alheia ao mundo da busca por cliques. Seu sucesso veio depois de ela começar a gravar vídeos no TikTok, impressionando pela voz, tanto ao cantar quanto ao falar sobre a sua carreira e a sua vida.

    Trata-se de um movimento também pouco comum, já que o estilo de jazz mais tradicional que Joy segue costuma ser consumido por um público mais velho. Em dezembro do ano passado, quando ela já tinha sido indicada ao Grammy, o jornal The New York Times afirmou que a cantora, também graças à rede social, estava ajudando o gênero a conquistar novos ouvintes.

    "Acho que ajudou muito a construir um público que gosta das músicas que eu também gosto e que me apoiam e apoiam o que faço", diz ela. "Sou muito grata por ter esse público que, de outra maneira, não teria. Posso conhecer várias pessoas pessoalmente --e isso é legal. Mas na rede social você se conecta com milhares e milhares de pessoas --o que é incrível."

    Um vídeo seu reagindo a uma mensagem que recebeu do ator Lakeith Stanfield, que a encorajou a continuar fazendo música, foi um dos que fizeram sucesso no começo. Mas o que realmente viralizou foi um vídeo em que Joy reage, emocionada, à atriz Regina King a elogiando numa chamada de vídeo com os atores Spike Lee e George Clooney.

    "Se fechar os olhos, você acha que está ouvindo Sarah Vaughan", ela diz, se derretendo e pedindo aos companheiros para que anotem o nome de Joy. Com cerca de 1,4 milhão de visualizações, o vídeo curto tem mais ou menos a mesma audiência das músicas mais famosas da cantora nas plataformas de streaming.

    Regina King de fato tinha um ponto. Com um alcance abrangente, indo de graves profundos aos falsetes mais estridentes, Joy administra os vibratos com naturalidade e soa não só como Vaughan, mas como Ella Fitzgerald --suas duas principais referências.

    Criada numa família de músicos, ela começou cedo a cantar, fã do programa "Soul Train", assim como de soul e R&B. Seus avós são o casal de cantores gospel Elder Goldwire e Ruth McLendon, do coral The Savettes, e seu pai, Antonio McLendon, viajou os Estados Unidos como baixista da banda do também gospel Andraé Crouch, além de ter um estúdio dentro de casa.

    Nascida e criada no Bronx, em Nova York, Joy diz que o bairro é sua casa, mas conta que teve pouca convivência na rua, pois costumava passar seus dias em casa. Seus ídolos vêm do passado, como Stevie Wonder, o cantor com quem ela mais tem vontade de colaborar em um trabalho.

    "Há muitas presunções, assim como há em relação ao Brasil, do tipo, 'não vá ao Bronx porque é perigoso', mas era uma comunidade tranquila onde fui criada", ela diz. "Não me deixavam sair muito quando pequena, então a cultura que tenho é a da escola e de casa. O resto era proibido."

    Joy estudava em escola pública e morava na casa da avó. Essa experiência, de viver no Bronx com a família, ela diz, foi o que a formou. Mas a paixão pelo jazz veio há uns seis anos, quando ela estava terminando o ensino médio e o professor da banda da escola a chamou para cantar.

    Mesmo com nenhum conhecimento de jazz, segundo ela mesma, Joy acabou sendo aprovada num programa de estudantes do gênero musical da Universidade do Estado de Nova York --e a partir daí só se aprofundou no estilo. "Tinha toda a música que cresci ouvindo e, de repente, há um novo jeito de se cantar que era clássico, mas algo que eu não estava familiarizada", diz.

    Sua técnica de voz, ela diz, foi adquirida conforme se esforçava para colocar dentro do contexto de uma música os exercícios de canto que aprendia. "Foi ficando gradativamente mais fácil de equalizar meu cérebro e minha voz", diz. "Ouvia Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald e tentava copiar, mas precisei de um tempo para processar antes de realmente conseguir cantar tão agilmente ou com a mesma precisão."

    Tratada por críticos, após o Grammy, como uma artista que pouco acrescenta à música, apenas reproduzindo uma estética já há muito estabelecida, Joy diz que tem formação sólida para desenvolver seu trabalho. "Acho que tem muita gente cantando ou tocando jazz, mas que não sabe como ele soa", diz. "Ainda estou aprendendo sobre os sons e emergindo nessa música, mas acho que é o melhor lugar para se desenvolver."

    Destacando como a liberdade de improvisação a ajudou a desenvolver o canto, Joy diz que, para fazer jazz, é necessário conhecer a história e saber como inserir sua individualidade. "Acho que foi isso o que todos os mestres fizeram --aprenderam dos mentores para depois criar, inovar, sem forçar, sendo orgânico, e é isso que espero fazer."

    A voz de Joy é seu maior triunfo, e ela pretende usá-la para enaltecer a música brasileira. Diz que não conhece muito a produção artística do Brasil, mas admira Tom Jobim e Djavan e até aprendeu a cantar "Flor de Lis", sucesso do cantor e compositor alagoano, em português mesmo, para apresentá-la em seu show em São Paulo.

    Quanto a Anitta, as duas ainda não se conheceram, mas já trocam até mensagens. "No Grammy, eu estava sentada em outra mesa, e os intervalos são muito curtos", diz Joy. "Mas nos mandamos mensagens no Instagram. Disse que ia ao Brasil. Ela disse 'me avise quando você for [ao Brasil] e vamos nos encontrar!'."

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    Rihanna afirma que não há melhor momento para voltar aos palcos do que no Super Bowl

    Modificado em 19/09/2024, 00:16

    Rihanna afirma que não há melhor momento para voltar aos palcos do que no Super Bowl

    (Divulgação)

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Rihanna, 34, que não se apresenta desde 2016, quando lançou "Anti", marcou para este domingo (12) o retorno aos palcos. A cantora se apresenta nesta noite no intervalo do Super Bowl, liga de futebol americano, com início previsto para às 20h30.

    Ela afirmou que, quando recebeu o convite, ficou em dúvida, especialmente por ter se tornado mãe há alguns meses, e também por fazer sete anos que não subia nos palcos. Mas foi pensando justamente no filho que a cantora resolveu aceitar a proposta.

    "Parece que só poderia ter sido agora. Quando recebi a ligação para fazer isso, pensei: 'Tem certeza? Faz três meses que tive meu filho devo tomar decisões importantes como essa agora? Tipo, eu posso me arrepender disso'", lembrou ela, em entrevista coletiva para a imprensa dos Estados Unidos na semana passada.

    "Por mais assustador que tenha sido, porque não subo no palco há sete anos, há algo estimulante sobre o desafio de tudo isso. E é importante para mim fazer isso este ano. É importante para a representação e é importante que meu filho veja isso", completou. Rihanna afirmou ainda que, após se tornar mãe, sentiu que poderia conquistar qualquer coisa.

    "Mas quando você se torna mãe, algo acontece onde você sente que pode conquistar o mundo, pode fazer qualquer coisa. E o Super Bowl é um dos maiores palcos do mundo", explicou.

    A intérprete de "Work" disse que trabalhou por meses na apresentação e que a parte mais difícil durante o período foi restringir as músicas em 13 minutos. E comentou que esteve tão focada nos ensaios que esqueceu de seu próprio aniversário --20 de fevereiro.

    "Estamos trabalhando nisso há algum tempo. Essa foi a parte mais difícil, decidir como maximizar 13 minutos. Mas esse show vai ser uma celebração", completou.

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