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Produção de 'The Walking Dead' pede que fãs homofóbicos deixem de seguir a série

A sugestão foi feita pela própria produção em suas contas oficiais no Twitter e no Instagram

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:29

Produção de 'The Walking Dead' pede que fãs homofóbicos deixem de seguir a série

A franquia da série "The Walking Dead" mostrou que não quer fãs ou seguidores a qualquer custo. Os expectadores homofóbicos, por exemplo, podem parar de seguir a série, segundo sugestão feita pela própria produção em suas contas oficiais no Twitter e no Instagram.

"Se personagens LGBTQ+ na televisão (ou em qualquer lugar) o deixam desconfortável ou irritado, pare de nos seguir. Embora também encorajemos você a olhar para dentro e ser mais receptivo, saiba que não há lugar em nosso fandom para discriminação odiosa ou ignorância intencional", afirmou.

Após as postagens, o ator Jelani Alladin, 28, que interpreta Will, par romântico de Felix (Nico Tortorella), retuitou a mensagem e agradeceu o posicionamento da produção da série: "Para sempre isso. Orgulho de estar de volta ao trabalho e dar vida a esse relacionamento LGBTQ+", disse ele.

Will e Felix não são os primeiros personagens LGBTQ+ da franquia. "The Walking Dead" tem um histórico de personagens com esse perfil, como Aaron (Ross Marquand), Jesus (Tom Payne), Tara (Alana Masterson), Magna (Nadia Hilke) e Yumiko (Eleanor Matsuura).

A série original já teve seu final anunciado na 11ª temporada, que deve estrear ainda neste ano. Apesar disso, a franquia continua com outras séries, como "Fear The Walking Dead" e "The Walking Deade - Um Novo Universo", além da haver outros derivados já anunciados.

Geral

Pastor é denunciado após vídeo 'orando' por menina de 13 anos no Tocantins: 'Vai casar com homem'

Coletivo Somos, eleito vereador em Palmas, fez denúncia apontando que pastor teria usado palavras homofóbicas e o Ministério Público abriu investigação

Modificado em 07/12/2024, 21:42

Pastor é denunciado após vídeo orando por adolescente em culto

Pastor é denunciado após vídeo orando por adolescente em culto (Reprodução/Redes Sociais)

Um vídeo publicado nas redes sociais da igreja evangélica Catedral da Família, em Palmas, gerou polêmica pelo uso de expressões consideradas homofóbicas e foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPTO) pelo Coletivo SOMOS, eleito vereador em Palmas. Segundo a denúncia, o pastor responsável pelo culto, Luiz de Jesus, usou uma adolescente de 13 anos para realização de uma suposta 'cura gay', ao dizer que estava tirando o 'demônio' do corpo da menina.

Em entrevista ao g1, o pastor Luiz negou todo o teor da denúncia, afirmando que não houve nenhuma ação relacionada a discriminação.

"Na minha igreja, talvez ninguém sabe, tem casal de homossexual que é meu amigo, eu tenho acho que cinco ou seis homossexuais na minha igreja". E complementou: "Estão desvirtuando a coisa, estão jogando para outro lado. Eu não tenho nada contra ninguém" (veja mais detalhes do posicionamento abaixo) .

O vídeo com imagens da adolescente foi postado no perfil da igreja, que possui quase 440 mil seguidores somente no Instagram. Mas a fala do pastor gerou grande repercussão negativa pelo conteúdo. Entre as expressões usadas pelo pastor que causaram debate nas redes sociais estão:

"Um demônio que gritou e disse assim: 'muda seu sexo'. Mas a vontade é cortar o cabelo e deixar igual o meu".

"Jesus gritou na minha alma vai casar com homem, vai ter filhos. A partir de hoje vai se vestir igual mulher. Porque Jesus arranca o demônio lá de dentro agora".

A família envolvida na situação não terá os nomes e imagens divulgados nesta reportagem. No vídeo, o pastor perguntou para a mãe o que a menina teria dito com relação à sexualidade. Segundo a mãe, a adolescente teria afirmado que teve um pesadelo em que teria desejo por mulheres.

O pai também chegou a afirmar que a menina teria sentimento por colegas e que a família estava em fase de aceitação sobre a situação. O pastor, por sua vez, diz que, a partir daquele momento, veria a menina com itens femininos.

Com a oração, as frases de efeito do pastor e o depoimento dos pais, a menina, aos prantos, disse: "A partir de hoje, a minha vida é mudada. Eu sou mulher e eu aceito o que Deus tem para mim".

O vídeo foi gravado no dia 26 de novembro e postado no dia seguinte, segundo o pastor Luiz. A publicação teve grande número de comentários negativos sobre a ação. Por isso, o pastor informou que, algumas horas depois, resolveu apagá-lo. Inclusive, o próprio Instagram teria avisado à conta da igreja sobre problemas com os comentários da publicação, mesmo após a exclusão do vídeo.

Em entrevista ao g1, o pai da adolescente afirmou que a edição do vídeo, feita pela própria igreja, gerou um entendimento errado do contexto do culto, mas afirmou que por serem cristãos, a família vive conforme os ensinamentos da Bíblia. Ele destacou que quando o pastor fala de 'demônios', não diz respeito à homossexualidade, mas às figuras que a filha estava vendo em pesadelos.

"A questão lá era da insônia, que ela estava sem dormir há uns três ou quatro meses, ela acordava no meio da noite com pesadelos. De repente ela foi lá na frente e pediu uma oração [...] Em nenhum momento foi aliada a palavra demônio com escolha sexual", afirmou o pai.

Ele também afirmou respeitar a atuação do Coletivo que denunciou a situação ao Ministério Público, mas citou que o episódio religioso que envolveu sua filha está dentro do direito de culto, previsto na Constituição Federal.

"Acho que eles estão no papel deles, senão eles não estariam na política. Eles têm uma bandeira, que é defender a diversidade sexual. [...] Só que eles têm que entender que existe o direito de culto, porque senão nós não estaríamos na igreja se a gente não concordar com a Bíblia", completou.

Denúncia feita pelo Coletivo SOMOS

O Coletivo SOMOS (PT) protocolou no Ministério Público, no dia 29 de novembro, uma denúncia contra o pastor a respeito do que ocorreu no culto com a adolescente e também sobre a possível prática de curandeirismo, relativa a outro vídeo, em que uma idosa vomita em um balde e o pastor diz que ela 'vomitou o câncer'.

Para o Coletivo, o pastor utiliza discursos que associam a orientação sexual à possessão demoníaca, tratando-a como uma condição a ser "corrigida" por intervenção divina. Também estaria promovendo a violação de direitos contra a comunidade LGBTQIA+ com discursos homofóbicos.

A divulgação dessas práticas reforça discriminações e agrava o sofrimento psicológico da comunidade LGBTQIA+, além de colocar vidas em risco ao sugerir curas milagrosas para doenças graves como o câncer", disse José Eduardo de Azevedo, membro do Coletivo SOMOS.

A denúncia, destacou o Coletivo, está fundamentada na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e no Código Penal e ressalta a gravidade das violações pois os vídeos têm ampla circulação nas redes sociais.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informou que recebeu, via Ouvidoria, a representação acerca da possível prática de violação aos direitos fundamentais. A reclamação foi encaminhada, na forma de notícia de fato, para a 15ª Promotoria de Justiça da Capital, que atua na área de defesa dos Direitos Humanos Fundamentais e Minorias. Na sexta-feira (6) o MPTO informou que o caso tramita dentro dos prazos.

Pastor nega possível 'cura gay' e homofobia

O pastor Luiz afirmou, durante entrevista ao g1, que não tem nada contra a comunidade LGBTQIA+ e que a própria igreja evangélica é frequentada por pessoas desse público.

"O que aconteceu lá não foi cura, uma cura gay como estão dizendo, uma cura homossexual. O vídeo está cortado, eu tenho o vídeo completo. E assim, na minha igreja, talvez ninguém sabe, tem casal de homossexual é meu amigo, eu tenho acho que cinco ou seis homossexuais na minha igreja. Então, tipo assim, eu não sou um pastor homofóbico como estão dizendo. Eu não postei para ganhar like nem nada. E na nossa igreja nós respeitamos todo mundo", se defendeu.

O pastor também explicou que o vídeo está sendo tirado do contexto que realmente ocorreu. "Estão desvirtuando a coisa, estão estão jogando pro outro lado. Eu não tenho tenho nada contra ninguém. E a minha defesa que eu falo pra vocês é que eu não fiz nada de errado".

Após oito horas da publicação do vídeo com a adolescente, Luiz acabou excluindo o vídeo, e explicou que tomou essa decisão por causa da repercussão.

"Estava tendo muito comentário negativo, né? Muito comentário negativo, tem gente falando besteira e tal, aí eu fui e apaguei. Só que o vídeo foi postado com a autorização do pai, da mãe, da menina e de todo mundo. Inclusive eles se pronunciaram. Eu tenho o vídeo deles se pronunciando e se quiser procurar eles também pra falar, eles falam e são felizes, a menina está uma benção", ressaltou o pastor.

Sobre a questão de ter dito a expressão 'tirar o demônio', Luiz explicou que se referiu a tirar o demônio de dentro do quarto da adolescente, mas que, segundo ele, não apareceu no vídeo por causa da edição feita pela própria igreja para a postagem nas redes sociais.

Quando eu falo do demônio é de dentro do quarto dela que ela não estava dormindo direito. Não é nada a ver do demônio de homossexualismo que povo está falando não. Aí o demônio estava dentro do quarto dela, tirando a paz dela. Ela não dormia direito há muito tempo. Tudo que eu estou falando eu tenho o vídeo completo", disse.

Com relação à expressão de que a menina iria usar apenas roupas femininas, Luiz não negou a fala, mas explicou que foi uma queixa da menina e dos pais.

"No vídeo fala assim, ela queria cortar o cabelo curto igual o meu e usar roupa de homem. Inclusive quando ela chegou da escola no outro dia, ela arrancou todas as roupas de homem e está usando está usando roupa de mulher agora, entendeu?", afirmou.

Questionado sobre a repercussão negativa, o pastor Luiz afirmou que não esperava a quantidade de comentários condenando o vídeo com a adolescente. "Eu estou mal com essa situação. Não estou feliz. Não dormi direito. Eu tenho ameaça de morte aqui, de gente querendo vir na minha casa para me matar", lamentou.

Com relação à denúncia do Coletivo SOMOS, o pastor explicou que vai esperar ser notificado para poder dar as explicações necessárias.

"Eu acho que não tem nada ali que vai acabar me afetando, afetando igreja não. Eu acho, na minha opinião, mas se eles quiseram fazer, amém. Deixa eles fazerem. A Justiça está aí pra isso, né? Eu não me preocupo não. Eu fiquei chateado só por conta dos falatórios mesmo, mas em questão da justiça, não", ponderou.

Com relação à denúncia de curandeirismo, o pastor Luiz também negou que a prática, afirmando que a medicina e a fé curaram a fiel. "Eles procuraram a medicina depois da oração e ela está curada. Ela vomitou no altar depois fez o exame e está curada. O que nós vamos questionar?", destacou, afirmando que não desencoraja nenhum dos fiéis a tomarem medicamentos se são necessários.

Geral

Ações de "cura gay" acendem alerta em promotores em Goiás

Episódios de ‘cura gay’ em Goiás levam promotores de Justiça a solicitar à direção do Ministério Público evento urgente para discutir garantias à comunidade LGBTQI+

Modificado em 19/09/2024, 01:17

Cepi Dr. Mauá Cavalcante Sávio, de Anápolis: palestra gerou revolta

Cepi Dr. Mauá Cavalcante Sávio, de Anápolis: palestra gerou revolta
 (Mariana Carneiro)

O suicídio da influenciadora digital Karol Eller no dia 13 deste mês, notícia amplamente divulgada em todo o território nacional, foi um dos motivos que levaram 43 promotores de Justiça de Goiás a encaminhar ao Procurador-Geral de Justiça, Cyro Terra Peres, um requerimento solicitando a realização com urgência de um evento sobre a garantia de direitos da população LGBTQI+ em Goiás. A influenciadora teria frequentado um retiro espiritual chamado Maanaim, realizado pela Igreja Assembléia de Deus, em Rio Verde, no Sudoeste goiano.

Além desse episódio, no documento, os promotores de Justiça apontam diversos fatores para a urgência da ação, como o fato de que levantamento realizado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, apontou Goiás como o estado que apresentou maior aumento de assassinatos de pessoas LGBTI+ em um ano no Brasil, com alta de 375%. Os promotores de Justiça, citam ainda "as crescentes investidas legislativas manifestamente contrárias aos direitos fundamentais da população LGBTI+".

Em âmbito nacional, a aprovação pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei n. 5167/09, que inclui no Código Civil a proibição da união homoafetiva; em Goiás, a aprovação pela Assembleia Legislativa (Alego), do projeto que proíbe o ensino de ideologia de gênero em escolar públicas e particulares. "O qual foi inclusive objeto de manifestação pública contrária do MPGO", lembram os promotores de Justiça. O MPGO informou que o procurador-geral Cyro Terra Peres está viajando e somente ele pode responder se a demanda dos promotores de Justiça será atendida.

Anápolis

O suicídio de Karol Eller, um mês após ela anunciar a sua "conversão", trouxe à tona outro episódio ocorrido em março deste ano no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Dr. Mauá Cavalcante Sávio, de Anápolis, unidade vinculada à Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Na última semana, denúncias feitas ao Portal 6, veículo de comunicação daquela cidade, dão conta que o movimento "Resgatados", que pertence à Church City, teria feito uma palestra na unidade fazendo citações transfóbicas, com insinuações de "cura gay".

Conforme as denúncias, com a anuência dos gestores da unidade, os alunos foram obrigados a se dirigirem à quadra do colégio para a preleção. Alunos assumidamente homossexuais teriam ficado revoltados com o que estavam ouvindo. Alguns presentes, entre eles um professor, teriam saído do recinto em protesto. Uma servidora do colégio contou ao Portal 6 que a unidade, localizada na periferia de Anápolis, possui um grande grupo LGBT que, "às às vezes, não é amparado em casa, mas pela comunidade escolar, sim".

Alunos contaram que uma das preletoras da Church City, no meio da palestra, começou a falar sobre orientação sexual e sua "mudança de vida após ter sido curada por Deus do homossexualismo". "Ela disse que era trans e agora voltou a ser cis" (sic), relataram os estudantes. Líder da instituição religiosa, o pastor Thiago Cunha confirmou a realização das palestras em colégios de Anápolis, mas negou veementemente a narrativa de "cura gay". "No dia 17 de maio a Organização Mundial de Saúde (OMS) entendeu que homossexualidade não é uma doença, portanto a Igreja não vê a questão como uma patologia."

Thiago Cunha explicou que a integrante do movimento em momento algum falou em "cura gay", apenas sobre sua identidade. "Ela disse que durante 28 anos não sabia quem era, mas em momento algum disse que passou por um processo de cura." A palestra, de acordo com o pastor, integra o projeto Help, fundamentado em quatro alicerces: Humanização (a pessoa é holística e precisa cuidar do corpo); Escolhas (na adolescência as escolhas nos levarão ao nosso futuro); L (cuidados com a família); e Propósito (tem de escolher um propósito de vida). "Ser de uma igreja não me desqualifica de falar sobre assuntos transversais."

Integrantes de movimentos reforçam pedido de investigação

Somente após o episódio ter vindo à tona, dois estudantes registraram uma queixa-crime no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) de Anápolis. Na manhã desta quarta-feira (25) integrantes dos movimentos Associação da Parada do Orgulho LGBT de Goiás e Associação Grupo da Diversidade LGBT de Anápolis estiveram na delegacia para reforçar o pedido de investigação do caso. "Cura gay resulta em morte. Igrejas iludem as pessoas e quando a cura não acontece, elas entram em depressão. Não podemos falar de ideologia de gênero na escola, mas fazer esse tipo de pregação, pode?", questiona Marcos Silvério, do movimento estadual.

Em nota, a Seduc informou que, mesmo não tendo informações oficiais sobre o episódio envolvendo a Church City no Cepi Dr. Mauá Cavalcante Sávio, em Anápolis, determinou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as circunstâncias do fato. "A Seduc não corrobora, em hipótese alguma, com quaisquer atitudes, atividades ou ações que firam os preceitos constitucionais e a dignidade humana, sobretudo no ambiente escolar, que deve ser plural", diz a pasta.

Terapia de conversão é proibida no Brasil desde 1999
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Amanda Souto Baliza, que já presidiu a Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil - seção de Goiás, lembra que o viés da terapia de conversão é proibida no Brasil desde 1999 no âmbito do Conselho Federal de Psicologia (CFP). A Resolução 01/99 prevê que "psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades". Outras duas Resoluções, em 2018 e 2022, proibiram a mesma prática para pessoas trans e não monossexuais. "As três resoluções são amparadas cientificamente", enfatiza Amanda Souto.

A advogada acredita que no caso do Cepi de Anápolis é possível aplicar também a Lei 7.716/89, que trata de crimes de preconceito. "Estamos falando de discriminação em relação à orientação sexual e diversidade de gênero com relação à qualificadora, porque está no contexto religioso." A mesma lei, lembra Amanda Souto, determina que o juiz pode considerar como discriminatória a prática que causa constrangimento, vergonha, medo ou exposição indevida em grupos vulnerabilizados.

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Bruno Fagundes vomitou após mentir sobre sexualidade

Modificado em 19/09/2024, 00:16

Bruno Fagundes vomitou após mentir sobre sexualidade

(Divulgação)

Bruno Fagundes, de 33 anos, filho dos atores Antônio Fagundes e Mara Carvalho, contou, que já vomitou após mentir sobre sua sexualidade. "Eu fui entrevistado ao vivo por um repórter e ele perguntou na minha cara se eu era gay. E era num contexto que não tinha absolutamente nada a ver. Respondi que não. Voltei para casa e me lembro de vomitar", disse o ator, que no começo do ano assumiu o romance com o ator Igor Fernandez.

"Foi muito traumático, porque eu não tinha a maturidade que tenho hoje, e aí alguém te expõe dessa forma. É uma violência gratuita", desabafou.

Bruno relatou ainda, três violências sofridas por ser gay. Uma delas ocorreu quando era bem mais novo. "Eu já apanhei na rua. Eu tinha mais ou menos 20 anos e estava andando com dois amigos, perto da avenida Paulista [SÃO PAULO]. E passaram uns 20 caras que, não sei se faz muito sentido chamar assim, mas seriam skinheads", disse ele. "Eu me lembro de pensar enquanto apanhava: 'Eu tenho sorte de nenhum deles estar com uma faca na mão ou um canivete'", contou o ator.

A terceira violência que Bruno relatou veio de uma empresária de atores "bastante conhecida", que disse que o perfil dele no Instagram "não era viril demais". "Isso foi em 2019. Ela disse, não exatamente com essas palavras, que eu dava 'pinta' no Instagram", lembrou.

"Essa mulher fez um homem de 30 anos ficar arrasado. Ela me engatilhou em lugares que eu passei uma vida inteira dizendo para mim mesmo que tinha superado", completa.

Apoio em casa

Bruno também afirmou ter tido o apoio dos pais, apesar do "começo difícil".

"Eles (OS PAIS) também não sabiam o que fazer (quando foi agredido na rua). O que você faz? Eu tive a sorte de não morrer. De verdade. Não tem o que um pai ou uma mãe possa fazer a não ser dar amor. E isso eu tenho deles de sobra", garantiu ele.

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Polícia indicia deputado Amauri Ribeiro por homofobia

Indiciamento vem após a Justiça determinar que o parlamentar deveria ser investigado como um cidadão comum, sem foro político

Modificado em 20/09/2024, 05:26

Polícia indicia deputado Amauri Ribeiro por homofobia

A Polícia Civil de Goiás concluiu uma investigação e indiciou o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) pelo crime de racismo na modalidade homofobia. O indiciamento, que vem depois de a Justiça determinar que Ribeiro deveria ser investigado como cidadão comum, sem foro político, foi motivado por denúncia feita por entidades por conta de uma imagem publicada pelo parlamentar nas redes sociais, em que ele estaria associando pessoas LGBTQ+ a algo nocivo.

O inquérito foi instaurando pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) em setembro deste ano, após entidades e associações de proteção dos direitos LGBTQ+ oferecerem uma notícia-crime contra Amauri.

A imagem que levou à abertura do inquérito foi publicada no dia 4 de abril deste ano. Nela, é possível ver um braço negro com um desenho de arco-íris (que simboliza a comunidade LGBTQ+), e uma outra mão, essa branca, segurando a primeira, com os dizeres "Na minha família não!".

Depois de investigar o caso, o Geacri decidiu por indiciar o parlamentar ao concluir que ele objetivou "demonizar" pessoas gays, colocando-as como "uma ameaça ao modelo heterossexual", fato que, conforme a polícia, "extrapola a liberdade de expressão".

Inquérito e indiciamento comuns

Conforme apurado pela reportagem, uma vez que Ribeiro conta com foro parlamentar, a polícia acionou a Justiça de Goiás sobre a possibilidade do inquérito. No entanto, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) manifestou-se pela incompetência do Tribunal de Justiça, já que o suposto ato de homofobia apontado na denúncia não tem relação com o cargo de Ribeiro na Assembleia Legislativa.

A Justiça, então, seguiu o parecer e autorizou o inquérito policial. "O deputado estadual Amauri Ribeiro teria feito publicação em seu Instagram com conteúdo supostamente racista, ofendendo a comunidade LGBTQIA+. Desta forma, não se verifica correlação entre a conduta atribuída ao referido autor dos fatos e o efetivo exercício de suas funções como parlamentar, o que justificaria a manutenção dos autos neste Tribunal", argumentou o desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

O caso foi enviado de volta para a Polícia Civil, que o investigou e o indiciou como cidadão comum pelo crime de homofobia, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Procurado, o Geacri confirmou que o inquérito com o indiciamento já foi remetido ao Poder Judiciário, sem impacto do foro político do deputado. A reportagem questionou quando houve a conclusão do Inquérito, mas ainda não obteve retorno.

A reportagem tentou contato com o deputado pelo telefone de seu gabinete na Alego, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também entrou em contato com Amauri Ribeiro pelo WhatsApp e aguarda retorno. O espaço permanece aberto.