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12% dos domicílios de Goiás estão vagos, revela Censo

Estado possui 385.155 residências sem ninguém morando e outros 245.234 de uso ocasional. Em 2021, déficit habitacional era estimado em 177 mil moradias

Modificado em 19/09/2024, 00:49

Recenseadores durante pesquisa feita em Goiás em 2022

Recenseadores durante pesquisa feita em Goiás em 2022
 (Wesley Costa)

Um em cada dez domicílios em Goiás está vago, conforme aponta o Censo 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número se refere a um total de 385.155 casas particulares sem ninguém morar, de um total de 3.306.489 imóveis residenciais no Estado. Proporcionalmente, a cidade com mais casas vazias é Campos Verdes, na região Norte, em que um a cada quatro domicílios está vazio (24,62%). Santa Rita do Araguaia, Morro Agudo, Monte Alegre e Itapirapuã estão em seguida, com índice próximo de um domicílio sem ninguém morar a cada cinco existentes.

Para se ter uma ideia, em dezembro do ano passado, o Instituto Mauro Borges (IMB), do governo estadual, estimou o déficit habitacional em Goiás e chegou ao número de 177.192 famílias sem habitação ou com moradia precária. Ou seja, o número de domicílios vazios apontados pelo IBGE seria suficiente para abrigar até um pouco mais que o dobro do déficit apontado pelo governo. Os dados do IMB são com base no Cadastro Único do governo federal de 2021 e abrange casos de ônus excessivo com aluguel urbano, domicílios improvisados, coabitação familiar, domicílios rústicos e também o adensamento excessivo em domicílios alugados.

Já os dados do Censo 2022 são coletados de porta a porta pelos recenseadores e assim identificam os locais sem qualquer morador. "Quando o recenseador aborda o domicílio, seja nesta data ou em uma data posterior, ele pergunta se a pessoa que o está recebendo morava naquele endereço no dia 1º. Se sim, continua a entrevista. Se não, indaga se existia outro morador, para ser contatado em outro imóvel", explica Daniel Ribeiro de Oliveira, coordenador operacional do Censo no estado de Goiás. Segundo ele, caso o residente não atenda na primeira vez, é exigido que o funcionário do Instituto retorne ao local pelo menos quatro vezes.

Segundo ele, alguns aspectos são levados em conta para definir se o imóvel é vago ou não. "Uma casa que está sem morador, geralmente, está cheia de lixo na porta. Mato crescendo, plantas do jardim ressecadas, medidor de energia estático. Já onde há moradores, é possível visualizar, entre outras coisas, cachorros latindo, roupas no varal e calçadas varridas. No caso de prédios, este tipo de informação pode ser obtida facilmente através de porteiros, síndicos ou vizinhos", diz. O número de imóveis vagos em Goiás de 2010, a data da última pesquisa, a 2022 teve uma alta de 85,5%. No ano inicial, foram verificados 207.617 domicílios sem moradores, o que representava 9,38% do total de imóveis particulares residenciais no Estado, ou seja, um índice menos que os 12% verificados atualmente. O Censo 2022 ainda identifica a existência de 3.636 domicílios em Goiás como improvisados, que corresponde a imóveis comerciais utilizados como casas.

Liderança

Para o município de Campos Verdes manter um índice de 24,62% dos domicílios vagos, o crescimento desordenado na cidade é um dos motivos, de acordo com o prefeito local, Haroldo Naves (MDB). "A cidade, em seu passado, teve um crescimento desorganizado, advindo da mineração, chegando a ter uma população de 16 mil habitantes em 1989. A partir daí, houve um decréscimo, uma desocupação, seguida de um desenvolvimento com maior organização", afirma Naves. Os dados do Censo de 2022 registraram um total de 4.005 campo-verdenses, um aumento de aproximadamente 162,5% em relação à contagem anterior, de 1.526.

Segundo o prefeito, a área mais predominante dos imóveis vazios em Campos Verdes é próxima aos locais de mineração do município. "É um lugar que, no planejamento urbano, ela não pode ser habitada, mas foi onde a cidade iniciou nos anos 1980. A Prefeitura nem mais contabiliza estes imóveis no cadastro imobiliário, então não tem um prejuízo muito grande, porque entendemos que os domicílios não voltarão a ser preenchidos com moradores. Com a assinatura do Termo de Compromisso Ambiental, já que várias mineradoras vão voltar a trabalhar, estas casas serão demolidas", diz o prefeito. De acordo com Naves, a maioria dos domicílios vagos da cidade é de baixa renda. "São casas bastante rudimentares que foram construídas por mineradores do Brasil inteiro que vieram para cá, para ficarem próximos do garimpo, de forma passageira, e que hoje, já não servem mais para habitação", relata. (João Pedro Santos é estagiário do GJC, em convênio com a UFG)

Rio Quente tem mais da metade dos domicílios de uso ocasional

Um total de 245.234 moradias são utilizadas em Goiás ocasionalmente ou como segunda residência, como casas de veraneio ou férias ou mesmo para aluguel por temporada. Neste quesito, Rio Quente, no Sudeste goiano, é quem mais se destaca, pois mais da metade das residências ficam a maior parte do ano sem um morador exclusivo. No município turístico, 57,53% dos domicílios são para locações ocasionais ou casas de passeio de moradores de outras cidades. Três Ranchos, no Sul goiano, possui índice de 45,38% neste quesito.

Em ambos os casos, isso se dá pelo viés turístico dos municípios. Até por isso, chama a atenção, por outro lado, a situação de Heitoraí, no Centro goiano, em que, segundo o Censo 2022, 42,34% dos domicílios são de uso ocasional, mesmo sem ser considerado um grande destino turístico no Estado. De acordo com a prefeitura municipal, isto se deve a mais de 2 mil casas de veraneio na zona rural, utilizadas pelos seus proprietários somente em períodos como finais de semana, feriados e férias. Um exemplo dado pela prefeitura são os ranchos construídos às margens do Rio Uru, que são colocados para aluguel para aproveitar o ponto turístico. No entanto, a prefeitura entende que não há um prejuízo com a presença dos imóveis temporários. Porém, diferentemente, os domicílios pertencem a famílias de renda média para alta. Embora existam casas vagas próximas a pontos turísticos da cidade, elas não afetam diretamente as fontes de economia do município, mas a ocupação das mesmas contribui para o fortalecimento do comércio local, como supermercados, distribuidoras de bebidas e açougues.

Geral

Motorista de aplicativo que morreu após ser atingido por peça de caminhão que se soltou deixa filhos e enteadas

Acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia

Modificado em 29/03/2025, 20:23

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes Sociais)

O motorista de aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, que morreu após ser atingido por uma peça de caminhão que se soltou , era casado e deixa um casal de filhos e duas enteadas, que cuidou desde os primeiros anos de vida, segundo a cunhada Lorena Souza. O acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia. A Polícia Civil investiga o caso.

Uma família destruída", conforme contou Lorena Souza.

As duas filhas mais velhas são do relacionamentos anterior da minha irmã. Ele as criou como filhas. O filho mais novo dele é autista", segundo Lorena. As idades não foram divulgadas.

Nas redes sociais, Lorena também lamentou a morte do cunhado. "Que pesadelo, meu Deus, saber que meu cunhado não está mais com a gente. Que Deus o tenha em um bom lugar. Você sempre será lembrado, meu cunhado", lamentou na postagem.

Ainda segundo a cunhada, o motorista de aplicativo era um homem dedicado à família. "Ele era um homem muito trabalhador, tudo que fazia era pela família. Ele era provedor, muito triste o que aconteceu", contou Lorena em entrevista ao POPULAR .

Acidente

O acidente ocorreu na quinta-feira (27), no km 493, sentido Goiânia-Anápolis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista estava transportando uma passageira no banco traseiro que sofreu apenas ferimentos leves, enquanto Eder não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Como o nome da passageira não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu atualizar seu estado de saúde.

A Polícia Científica realizou a perícia para apurar as circunstâncias do acidente. A Triunfo Concebra, concessionária responsável pelo trecho, informou que o cubo de freio se desprendeu do caminhão e atravessou o para-brisa do lado do motorista.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem mais de 100 vagas de emprego em Goiás

Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho.

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Veja as vagas de emprego disponíveis em Goiás nesta sexta-feira (28). Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

Global Effects Brasil

Total de vagas oferecidas: 05 vagas
Cargo oferecido:

05 vagas para auxiliar de efeitos especiais

Prazo para se inscrever: até 26/04
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail rhefeitosespeciais@outlook.com
Contato: (62) 992147950 - Lucas

Expresso Maia

Total de vagas oferecidas: 25 vagas
Cargos oferecidos:

05 vagas para motorista de ônibus
04 vagas para mecânico de ônibus
03 vagas para eletricista de ônibus
02 vagas para auxiliar de mecânico
02 vagas para técnico de ar-condicionado de ônibus
02 vagas para fiscal de tráfego
02 vagas para almoxarife
02 vagas para borracheiro
02 vagas para serviços gerais
01 vaga para pedreiro

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (65) 98153-0222
Contato: (65) 98153-0222

Aparecida de Goiânia

H Egidio Group

Total de vagas oferecidas: 39 vagas
Cargo oferecido:

15 vagas para auxiliar industrial
10 vagas para consultor comercial (experiência em distribuição de medicamentos)
04 vagas para auxiliar de serviços gerais
03 vagas para auxiliar de logística
03 vagas para ajudante de cozinha
03 vagas para jovem aprendiz
01 vaga para motorista de caminhão (cnh d)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail curriculos@hegidiogroup.com
Contato: curriculos@hegidiogroup.com

Real Distribuidora

Total de vagas oferecidas: 21 vagas
Cargos oferecidos:

20 vagas para movimentador de mercadorias (noturno)
01 vaga para motorista (CNH C/D)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (62) 3250-0567 ou e-mail selecao@realdec.com.br
Contato: (62) 3250-0567

Hidrolândia

Gi Group

Vagas oferecidas: 30 vagas
Cargo oferecido:

30 vagas para auxiliar de logística

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (11) 97725-0476 ou e-mail rafaela.santos@gigroup.com
Contato: (11) 97725-0476

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Arquiteta e ex-secretária de turismo morre ao cair de escada em casa, em Rio Verde

Segundo a polícia, Maria Luiza de Moraes se desequilibou e caiu da escada ao tentar entregar um pano a uma pessoa no telhado da casa

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

A arquiteta e ex-secretária de Turismo, Maria Luiza de Moraes, de 62 anos, morreu após cair de escada em sua casa, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a morte foi constatada no local. A queda, que teria sido de aproximadamente 7 metros, está sendo investigada pela Polícia Civil.

O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira (26). Segundo a Polícia Militar, Maria Luiza teria subido na escada para entregar um pano a uma pessoa que realizava a limpeza de placas de energia solar no telhado, quando perdeu o equilíbrio e caiu. O Samu informou que a vítima apresentava trauma na cabeça, embora a causa exata da morte ainda será apurada pela Polícia Científica.

O velório foi realizado na noite de quarta-feira (26) até a manhã de quinta-feira (27) em Rio Verde. O sepultamento ocorrerá às 11h desta quinta-feira, no Cemitério São Sebastião.

A Prefeitura de Rio Verde publicou uma nota nas redes sociais lamentando a morte da ex-servidora e expressou solidariedade à família.

Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos", escreveu a prefeitura.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014. Anteriormente, em 1988, quando ainda era recém-formada, iniciou sua carreira como arquiteta na Secretaria de Obras da Prefeitura de Rio Verde.Também foi artista plástica, com 25 exposições coletivas e 5 individuais em seu currículo.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Nota da Prefeitura de Rio Verde na íntegra:

A Prefeitura de Rio Verde manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento da ex-servidora municipal Maria Luiza Moraes. Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos, expressando as mais sinceras condolências por esta perda.

(Colaborou Rodrigo Melo)

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Onça que nasceu em cativeiro em Goiás é levada à Argentina para viver na natureza

Ayní tem apenas três anos de vida e deve passar por um período de adaptação de um ano na Argentina. A viagem está programada para esta quarta-feira (26)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní, que nasceu em cativeiro em Goiás, vai ser levada à Argentina nesta quarta-feira (26) para viver na natureza. O animal nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, localizado em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o custo para soltar uma onça na natureza gira em torno de R$ 1 milhão.

A mãe da pequena onça de apenas 3 anos de vida é a Jací, que foi resgatada na Amazônia há 12 anos, após ser encontrada sozinha e ferida por uma enchente, com uma fratura exposta na pata dianteira.Ela recebeu cuidados no Instituto Nex, mas devido à necessidade de cuidados específicos, acabou permanecendo no santuário de onças.

Em entrevista à TV Anhanguera, Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto Nex, explicou que Ayní é a primeira onça nascida em cativeiro no Brasil que será solta na natureza, embora seja a terceira a ser levada à Argentina, após outras duas fêmeas resgatadas pelo Instituto.

É um animal extremamente ameaçado, e por isso fazemos a reprodução em cativeiro. O ápice do nosso trabalho é poder soltar esses animais na natureza, tanto os resgatados, quando conseguimos reabilitá-los 100%, quanto os que nascem aqui. E, pela primeira vez, temos uma onça nascida em cativeiro com o perfil adequado para a soltura. Ela é agressiva e não gosta do contato humano", explicou Daniela.

De acordo com a coordenadora, Ayní passará por um período de adaptação na Argentina, onde conhecerá o clima local e os outros animais com os quais vai conviver. Antes da viagem, a onça passou por uma bateria de exames para garantir que está saudável.

Ela passará pelo menos um ano de treinamento, caçando animais da região, e depois será feita a soltura branda, ou seja, a porta do recinto será aberta e ela poderá entrar e sair quando quiser. Precisamos deixar a natureza seguir seu curso, e nada nos deixa mais felizes do que ver essa espécie vivendo livre", comemora Daniela Gianni.