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Conheça os riscos e cuidados para preservação da saúde ocular

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Conheça os riscos e cuidados para preservação da saúde ocular

(Freepik)

A retina, uma das estruturas mais delicadas e essenciais do olho humano, é frequentemente negligenciada até que os primeiros sinais de doenças se manifestem. No entanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar consequências graves, como a perda da visão. No Dia Mundial da Retina, celebrado domingo, 29 de setembro, especialistas chamam atenção para a importância do cuidado com essa parte vital do sistema ocular.

De acordo com o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), algumas das principais doenças que afetam a retina incluem a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), a oclusão vascular, o descolamento de retina e a retinopatia diabética.

"Essas condições podem levar a complicações severas, como a cegueira, que impacta diretamente a qualidade de vida do paciente. A perda da visão compromete atividades diárias simples e pode acarretar sérios problemas psicológicos", alerta o especialista.

Dados do levantamento As Condições da Saúde Ocular do Brasil , produzido pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), apontam que cerca de 3 milhões de brasileiros acima de 65 anos sofrem com DMRI, principal causa de perda visual na terceira idade. Ainda assim, um estudo da farmacêutica Bayer em parceria com o Ibope mostrou que 74% dos entrevistados não conhecem a condição.

Principais sintomas
Reconhecer os sintomas das doenças que afetam a retina é o primeiro passo para buscar ajuda médica. No caso do descolamento de retina, o principal sintoma é o escotoma, uma mancha preta que aparece na visão no ponto em que houve o descolamento.

Porém, há outros sinais que indicam maior probabilidade de um descolamento acontecer. Nesses casos, os pacientes frequentemente relatam a visualização de flashes luminosos, pontos móveis (conhecidos como moscas volantes) ou visão embaçada. Já a retinopatia diabética, comumente associada ao diabetes mal controlado, pode causar perda de visão, distorção visual e visão turva.

A DMRI pode se manifestar através de uma anomalia onde linhas retas parecem onduladas (metamorfopsia), além da visão distorcida ou embaçada. Por fim, a oclusão vascular se destaca pela perda súbita e indolor da visão, um sinal que exige atendimento médico imediato.

"A prevenção é a chave. A visita regular ao oftalmologista pode identificar precocemente essas doenças, permitindo um tratamento mais eficaz. Alimentação saudável, controle do peso e prática de atividades físicas também são essenciais para a saúde ocular", ressalta Henrique Rocha.

Perfil de risco e avanços no tratamento
Alguns grupos estão mais propensos a desenvolver problemas na retina, como pessoas acima de 50 anos, indivíduos com histórico familiar e aqueles com pele e olhos claros. A exposição excessiva ao sol também é um fator a ser considerado.

Além disso, fumantes e pessoas com alta miopia também estão no grupo de risco. "É fundamental que essas pessoas fiquem ainda mais atentas e façam exames regulares", orienta o oftalmologista.

A boa notícia é que nos últimos anos houve avanços significativos no tratamento de doenças da retina. Técnicas como o uso de laser, injeções intravítreas e cirurgias específicas têm trazido esperança para muitos pacientes. "Esses tratamentos modernos têm melhorado muito a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a progressão das doenças e, em muitos casos, restaurando a visão", explica Henrique Rocha.

O especialista ressalta a importância de dedicarmos a atenção à saúde da retina, uma peça fundamental para a visão. "Não espere pelos sintomas. A prevenção é sempre o melhor caminho", conclui.

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Oftalmologista é suspeito de fraudar fila de transplante de córneas e cobrar R$ 16 mil para dar prioridade a pacientes

Ele foi suspenso de atuar por prazo indeterminado e teve R$ 3 milhões sequestrados da conta, diz polícia

Polícia apreendeu documentos durante cumprimento de mandados

Polícia apreendeu documentos durante cumprimento de mandados (Divulgação/Polícia Civil)

Um oftalmologista é suspeito de fraudar a fila de transplante de córneas e cobrar até R$ 16 mil para dar prioridade a pacientes que precisam de transplantes de córneas. Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), o médico trabalha em um hospital particular no Setor Marista, em Goiânia, e foi suspenso de atuar por prazo indeterminado. Ele também teve R$ 3 milhões sequestrados da conta.

Houve reclamações de pacientes no sentido de cobranças indevidas. Pacientes que têm plano de saúde e buscaram um transplante de córnea e precisaram fazer pagamentos adicionais para equipe desse médico. Ficou demonstrado até o momento que as cobranças indevidas chegavam em valor, por paciente, de R$ 12 a R$ 16 mil", explicou a delegada Débora Melo.

Por não ter o nome divulgado, o jornal não conseguiu localizar o médico para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) disse que "irá cumprir a decisão judicial que determinou a suspensão do CRM do profissional". Também informou que "todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico".

Ao jornal, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que, baseado nos casos auditados pela própria Gerência de Transplantes e em posteriores denúncias recebidas, "a pasta determinou a suspensão da equipe cautelarmente por 60 dias para apurar as infrações administrativas" (confira nota completa ao final da matéria).

Investigação

A Polícia Civil informou que a investigação começou há seis meses após a Central Estadual de Transplantes de Goiás realizar uma auditoria no hospital e identificar que uma equipe coordenada pelo médico estaria fraudando a fila de espera de transplantes de córneas.

"Essa equipe faz um número bem elevado de cirurgias em pacientes que são diagnosticados com uma certa urgência, o que faz com eles passem na frente de todos os pacientes que estão esperando o transplante", informou o delegado titular da Decon, Frederico Maciel.

Durante a operação, realizada nesta quarta-feira (13), em Goiânia e Aparecida de Goiânia, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e cautelares pessoais. Foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos. A investigação continua para apurar se há mais pessoas envolvidas no crime e até que ponto os pacientes sabem que esse tipo de cobrança é indevida.

Regulação de transplantes

A delegada explicou que no Brasil existe uma lei que regula todos os transplantes de tecidos e órgãos. Por isso, qualquer cirurgia que envolve transplante de ógãos, precisa ser regulamentada pelo Estado. Em Goiás, o processo é feito pela Central Estadual de Transplantes, independentemente se o hospital é público ou privado.

"Precisa de uma lista com critérios que as equipes médicas devem observar. Existem críterios para a pessoa ser submetida ao transplante e existem critérios, ainda mais específicos, para ela ser submetida a uma priorização nesse tranplante", afirma a delegada.

Nota da SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informa que, por meio da Gerência de Transplantes, identificou possíveis irregularidades no processo de transplantes de tecidos oculares em uma unidade do serviço privado habilitada para transplantes de córneas.

Diante disso, baseado nos casos auditados pela própria Gerência de Transplantes e em posteriores denúncias recebidas, a pasta determinou a suspensão da equipe cautelarmente por 60 dias para apurar as infrações administrativas, conforme determina o Decreto 9.175 de 18 de outubro de 2017. As instâncias superiores também foram notificadas para as devidas providências.

A medida foi realizada considerando a Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, que atribui às Centrais Estaduais de Transplantes (CET) a responsabilidade de coordenar, fiscalizar e controlar as ações relacionadas aos transplantes no Estado.

Vale destacar que nenhum receptor inscrito em lista para transplante desta unidade foi prejudicado com essa suspensão, pois à medida que foram selecionados em lista para realização do transplante, houve a transferência para outra unidade transplantadora.

Esclarecemos que o Sistema de Transplantes é regido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, os receptores podem optar por realizar o transplante em unidades públicas, conveniadas ou privadas. No caso do transplante não SUS, os valores pagos são para o custeio do procedimento hospitalar e não envolve o processo de doação ou distribuição do órgão ou tecido.

Em Goiás, no ano de 2024, cerca de 63% dos transplantes de córneas foram realizados pelo SUS. No caso do transplante de órgãos, 99% são realizados na rede pública estadual.

Faz-se necessário informar que pacientes que necessitam de transplante, são inscritos no sistema pelos médicos transplantadores. No caso dos transplantes de córneas, a lista de espera segue a ordem cronológica de inscrição, podendo casos de urgência serem priorizados após relatório médico da equipe responsável, conforme critérios definidos na legislação.

Por fim, as providências diante dos fatos reforçam o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde e da Central Estadual de Transplantes de Goiás em zelar pela integridade, transparência e equidade em todas as etapas do processo de doação e transplantes no estado de Goiás, garantindo assim que o sistema seja equânime para todos aqueles que aguardam em lista por um transplante.

Comunicação Setorial SES-GO

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Shoppings se unem na campanha De Olho nos Olhinhos

Iniciativa idealizada por Tiago Leifert e Daiana Garbin acontece neste sábado (21), com atividades para conscientizar sobre o retinoblastoma

Modificado em 04/11/2024, 08:53

Shoppings se unem na campanha De Olho nos Olhinhos

(Divulgação)

Neste sábado (21), o Passeio das Águas e o Goiânia Shopping se unem a outros 42 shoppings da ALLOS em uma causa nobre: a campanha De Olho nos Olhinhos. Idealizada pelo casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, o projeto visa conscientizar sobre o retinoblastoma, um tipo de câncer ocular que afeta crianças de até cinco anos. Em 2021, a filha do casal, Lua, foi diagnosticada com a doença, o que motivou a iniciativa de alertar outras famílias sobre a importância do diagnóstico precoce.

No Passeio das Águas Shopping, a campanha chega à sua terceira edição e será realizada em frente à loja TNG. As atividades vão além da conscientização: o evento oferecerá atividades gratuitas para crianças e espaços interativos sobre a saúde ocular.

"Estamos muito felizes em receber novamente esse evento tão relevante. A conscientização sobre o retinoblastoma pode salvar vidas, e temos orgulho de contribuir para essa mensagem tão importante", ressalta o gerente de marketing do shopping, Rafael Almeida.

Com o apoio do SESC Goiás, o Passeio das Águas também disponibilizará o mapeamento de retina para crianças com suspeita de retinoblastoma que passarem pela triagem, uma ação fundamental para a detecção precoce da doença.

"Esse processo é fundamental para detectar sinais precoces da doença, permitindo assim um diagnóstico rápido e aumentando as chances de sucesso no tratamento. A avaliação oftalmológica na primeira infância é essencial para a saúde ocular das crianças, e essa iniciativa tem um papel importante na conscientização da população sobre a importância do exame", destaca a médica oftalmologista Márcia Cartaxo.

Já no Goiânia Shopping, a ação será realizada no Piso 1, em frente à loja BB Básico. Das 10 às 22 horas, uma equipe formada por oncologistas pediátricos, oftalmologistas e alunos de medicina estará disponível para tirar dúvidas, informar sobre os sintomas do retinoblastoma e reforçar a importância de exames oftalmológicos desde os primeiros anos de vida.

"Nós nos vemos como um importante aliado em todas as discussões relevantes para a sociedade. Oferecer nossos espaços para mais pessoas conhecerem e estarem informadas sobre esta doença é uma oportunidade de gerar conscientização e permitir o diagnóstico precoce", destaca a gerente de Marketing do Goiânia Shopping, Ayane Santos.

O jornalista Tiago Leifert reforça a importância dessa mobilização: "Queremos que as famílias consigam chegar ao diagnóstico antes do que nós conseguimos e, por isso, é fundamental fazer a informação chegar a mais pessoas, para todo mundo ficar de olho nos olhinhos. Como é uma doença traiçoeira, também auxiliamos casos suspeitos a confirmar o diagnóstico e encontrar um centro de referência com rapidez".

Mascote
Este ano, a campanha traz uma novidade: o mascote Flash, um gatinho simpático que simula um dos sintomas visíveis da doença --- o "olho de gato". Ele estará presente nas cartilhas e materiais distribuídos ao público e à comunidade médica, ajudando a tornar o tema mais acessível para pais e crianças.

A campanha conta com o apoio de importantes entidades médicas do Brasil, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), entre outras. Juntos, os shoppings Goiânia, Passeio das Águas, a ALLOS e a campanha De Olho nos Olhinhos reforçam a mensagem de que estar atento aos sinais faz toda a diferença para a saúde ocular das crianças.

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Doenças oculares de origem genética é um alerta para as famílias

Doenças de retina e o nistagmo são as condições mais comuns

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Doenças oculares de origem genética é um alerta para as famílias

(Divulgação)

A saúde ocular é uma herança tanto quanto os traços físicos e os comportamentos familiares. Doenças oculares de origem genética são uma preocupação que merecem atenção especial para toda a família. De acordo com levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 40% das cegueiras são hereditárias.

O oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), destaca a importância de entender e identificar essas condições para prevenir e tratar de forma adequada. Ele cita que, entre as doenças genéticas oculares, as da retina são as mais comuns. Os sintomas podem incluir baixa acuidade visual, dificuldade de visão noturna e alterações no campo visual periférico.

"Para simplificar e no sentido de ajudar os pais a perceberem alguma coisa, a gente poderia citar esses três sintomas como os mais frequentes", sugere Henrique. Ele também menciona o nistagmo, um movimento involuntário dos olhos, como um sinal que pode ser observado.

Segundo ele, apesar de não haver levantamentos que demonstrem a incidência de doenças oculares congênitas, estima-se que existam cerca de 350, sendo que a quantidade de genes que as causam é de aproximadamente 1,5 mil. Esse grande número de doenças, causadas por uma variedade ainda maior de genes, dificulta que sejam estudadas e identificadas.

"Cada um dos genes mutados tem uma incidência específica. Então, podemos dizer que, quando consideradas em conjunto, a incidência dessas doenças não são tão raras quanto se pensa", comenta Henrique.

Probabilidade de transmissão
A probabilidade de transmissão de doenças genéticas oculares varia conforme o tipo de herança genética. "Se o pai possui uma doença genética ou a mãe, se essa doença for dominante, a probabilidade da criança herdar o traço é de 50%", explica o médico.

Em doenças recessivas, a criança herdará o gene mutado sem desenvolver a doença, mas será portadora. Em doenças ligadas ao cromossomo X, a herança dependerá do gênero do filho e do genótipo dos pais.

Quem tem histórico familiar de doenças oculares genéticas, o oftalmologista recomenda a realização de testes genéticos especialmente na hora de planejar os filhos. No caso de doenças dominantes, a fertilização in vitro seguida de diagnóstico genético pré-implantacional pode ser uma opção.

Contudo, além da herança genética, o médico observa que o estilo de vida pode influenciar o curso dessas doenças. "São os fatores ambientais que acabam modulando o comportamento dos nossos genes", comenta Henrique. Hábitos como consumo de álcool, fumo e alimentação inadequada podem piorar o prognóstico das doenças genéticas retinianas.

Além de realizar testes genéticos e adotar um estilo de vida saudável, é fundamental buscar acompanhamento médico regular. Consultas periódicas com um oftalmologista especializado permitem a detecção precoce de problemas oculares e a implementação de tratamentos adequados.

"A detecção precoce e o acompanhamento contínuo são cruciais para manejar de forma eficaz as doenças genéticas oculares", enfatiza o oftalmologista. Com o avanço da medicina e da tecnologia, novas terapias e intervenções estão continuamente sendo desenvolvidas, oferecendo esperança e melhores prognósticos para aqueles afetados por essas condições.

Por fim, a educação e a conscientização sobre doenças oculares genéticas devem ser uma prioridade. Programas de informação e apoio às famílias podem fazer uma grande diferença, ajudando-as a compreender os riscos e a tomar decisões informadas. "É essencial que pais e filhos estejam bem informados sobre as condições genéticas que podem afetar a visão e saibam onde buscar ajuda", afirma o médico.

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Síndrome do olho seco afeta 14% dos brasileiros e é desafio para goianos durante o inverno

O oftalmologista Henrique Rocha explica que, em Goiás, a umidade do ar pode chegar a 16%, inferior ao registrado no Saara, o que torna a incidência do olho seco mais comum

Modificado em 17/09/2024, 17:29

Síndrome do olho seco afeta 14% dos brasileiros e é desafio para goianos durante o inverno

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O clima seco e a baixa umidade do ar são características marcantes do inverno em Goiás, tornando a síndrome do olho seco um problema ainda mais relevante para a população local. De acordo com trabalhos recentes publicados na literatura internacional, a condição, pouco conhecida pela população, afeta 14% dos brasileiros, mas esse número pode ser ainda maior em regiões urbanas, como São Paulo, onde a prevalência atinge 24% dos jovens.

"Na nossa região, a umidade do ar pode chegar a níveis tão baixos quanto 16%, inferior até aos 17% registrados no Saara", explica o presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), Henrique Rocha. "Isso torna a incidência de olho seco ainda mais comum, especialmente nesta época do ano", completa.

Sintomas e tratamentos
Os sintomas mais comuns da síndrome do olho seco incluem ardência, coceira, sensação de areia nos olhos e visão turva. Para aliviar esses sintomas, o uso de colírios lubrificantes é altamente recomendado. "Existem colírios com diferentes viscosidades, alguns sem conservantes, que podem ser usados várias vezes ao dia sem causar danos", orienta o oftalmologista.

No entanto, é crucial que os pacientes busquem orientação médica antes de escolher um colírio. "Muitos farmacêuticos recomendam colírios que contêm vasoconstritores e conservantes, que podem ser prejudiciais a longo prazo. Por isso, a consulta com um oftalmologista é essencial."

Além dos colírios, outras medidas podem ser adotadas para combater a síndrome do olho seco. Henrique destaca a importância de manter um ambiente com umidade adequada, utilizando umidificadores de ar, e evitar o uso excessivo de ar-condicionado, que reduz ainda mais a umidade do ar.

"Quando estamos concentrados em atividades como o uso do computador, tendemos a piscar menos, o que agrava a evaporação da lágrima. Piscar regularmente é fundamental para manter a superfície ocular lubrificada", diz.

Prevenção
A nutrição também desempenha um papel significativo na prevenção do olho seco. "Aumentar a ingestão de ômega 3 e manter os níveis de vitamina D adequados pode ajudar a melhorar a qualidade da lágrima", afirma Henrique.

Existem dois tipos principais de olho seco: o evaporativo, causado pela rápida evaporação da lágrima, e o aquoso, decorrente da baixa produção de lágrima. "Identificar o tipo de olho seco é crucial para definir o tratamento mais eficaz," explica o especialista.

Para casos de disfunção da glândula de Meibomius, responsável pela produção de lipídios na lágrima, tratamentos com luz pulsada têm se mostrado eficazes. "Esse procedimento ajuda a melhorar a qualidade da lágrima, e normalmente são necessárias apenas três sessões para observar uma melhoria significativa," diz Henrique. Outra opção é o uso de plugs de silicone no canal lacrimal para reduzir a drenagem das lágrimas, mantendo os olhos mais lubrificados por mais tempo.

Com orientação médica adequada e algumas mudanças nos hábitos diários, é possível amenizar os sintomas e melhorar a saúde ocular. "Procurar um oftalmologista é o primeiro passo para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz," finaliza o oftalmologista.