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Corregedoria afasta PM denunciado por estupro em Aparecida de Goiânia

Vítima relata ter sido coagida por agente que invadiu sua residência em busca de foragido. Caso ocorreu no dia 8 de junho

Modificado em 17/09/2024, 16:25

Corregedoria abriu um Inquérito Policial Militar para investigar o caso

Corregedoria abriu um Inquérito Policial Militar para investigar o caso
 (Wildes Barbosa)

++GABRIELLA BRAGA++

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) afastou um policial militar denunciado por estupro contra uma mulher em Aparecida de Goiânia. O caso teria ocorrido no último dia 8, no Setor Vale do Sol.

Conforme a denúncia formalizada pela vítima na Casa de Correições da PM-GO, ela estava em casa por volta de 10h30 quando percebeu que dois PMs pularam o muro da residência, e outro entrou pelo portão da frente.

Ela relata que não autorizou a entrada dos policiais militares, mas que os agentes alegaram que estavam em busca de um foragido. A mulher conta ainda que, logo após, começou a ser questionada se havia armas ou drogas na residência.

Após ter informado que não havia drogas ou armas no local, um dos PMs solicitou o HD da câmera de segurança da residência, que foi entregue e levada pelo agente.

O crime sexual teria ocorrido logo em seguida, por apenas um dos militares, que teria chamado a mulher para um "barracão" no mesmo lote. Lá, o policial teria solicitado o número de telefone da vítima e começado o abuso sexual.

Mesmo tendo sido negada qualquer investida, ela relata na denúncia que foi coagida para ter uma relação sexual forçada após o agente dizer que colocaria drogas e armas dentro da residência no intuito de incriminá-la para retirar a guarda da filha, de três anos.

A mulher relata que permaneceu no local durante seis minutos, o tempo que teria ocorrido o estupro, até que a filha foi ao seu encontro. Neste momento, conta, teria cessado a violência sexual.

Ainda conforme a denúncia formalizada na PM-GO, logo após o crime, a vítima esteve na Central de Flagrantes da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) para registrar o boletim de ocorrência.

Em seguida, foi realizado o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), tendo, posteriormente, sido encaminhada ao Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) para tomar os remédios preventivos.

"Tudo ocorreu sem o uso de preservativo sendo que estava sob ameaça e nervosa", consta na denúncia.

Em nota, a PM-GO diz que "a Corregedoria abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso, e o policial acusado foi afastado preventivamente das funções operacionais."

"A PM-GO não compactua com desvios de conduta e está tomando todas as medidas cabíveis para garantir justiça", finaliza a nota.

O jornal questionou o nome do PM envolvido, mas a corporação diz que "por motivos legais e para preservar a investigação e a identidade da vítima, não serão divulgadas maiores informações". Por isso, a reportagem não conseguir localizar a defesa do militar.

Conforme dados do Observatório da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), nos três primeiros meses deste ano, já foram registrados 160 casos de estupro em todo o Estado.

O número é pouco menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 174 casos de violência sexual. Em 2023, ao todo, 720 estupros chegaram ao conhecimento das forças de segurança pública do Estado.

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Suspeito preso por morte de Vitória diz que foi pressionado pela polícia a confessor o crime

Em áudio gravado pelos advogados, antes de Maicol ter sido transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em São Paulo, ele deu sua versão do episódio

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.

O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura. (Reprodução / Redes sociais)

Entre a noite de segunda-feira (17) e a madrugada de terça (18), o operador de empilhadeira Maicol Antonio Sales dos Santos, 23, foi ouvido por policiais civis da Delegacia de Cajamar, na Grande São Paulo, ocasião em que teria confessado o assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, 17.

Essa versão faz parte de um documento obtido pela Folha de S.Paulo neste domingo (23). A defesa de Maicol, no entanto, não aceita o documento como um interrogatório válido porque os advogados de defesa não estavam presentes. Ainda mais porque o suspeito afirmou ter sido pressionado pelos policiais a confessar o crime.

Em áudio gravado pelos advogados na quarta-feira (19), minutos antes de Maicol ter sido transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, em São Paulo, ele deu sua versão do episódio.

Se vocês puxarem pela câmera ali fora, eles [policiais] foram lá me chamar e eu falei que não ia falar com eles. Aí o policial falou: 'Já que você não vai cooperar comigo, então você vai ficar no banheiro'. Eles me colocaram no banheiro, muito sujo, podre", disse Maicol.

Vitória foi morta a facadas e não houve abuso sexual, aponta laudo do IML Motorista de BMW que dirigia a cerca de 200 km/h é preso após atropelar e matar motociclista na BR-153, diz SSP

Quando foi por volta de 22h, eles me chamaram na sala lá em cima e o delegado falou que ia me f... de qualquer jeito. Ele falou que ia colocar minha mãe na cena do crime, que ia colocar minha esposa, que ia prender minha mãe, prender minha mulher. Se eu não cooperasse ele falou que ia colocar minha família toda. Aí eu inventei uma história e falei que fui eu", finalizou.

No áudio, Maicol se emocionou e foi consolado pelos advogados, que disseram que a família dele estava bem e que seria protegida pelo Estado.

A reportagem procurou a SSP (Secretaria de Segurança Pública) por email na noite deste domingo, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

Segundo o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), a confissão ocorreu na noite desta segunda (17) na presença de um advogado que não era o de Maicol. Ainda de acordo com o delegado, os advogados de Maicol chegaram a estar na unidade, mas deixaram o local antes da confissão, pois eles queriam que o suspeito se mantivesse calado.

Eles [advogados] podem abandonar a causa, mas não podem forçar a não confissão do acusado", disse em entrevista coletiva nesta terça o delegado Fábio Lopes Cenachi, responsável pela investigação.

Carmo afirmou que Maicol "era obcecado pela vítima". Durante a entrevista coletiva ele chamou o suspeito de "stalker".

Vitória teria sido morta dentro do carro de Maicol, ainda segundo a polícia. Manchas de sangue foram encontradas dentro do porta-malas de um Toyota Corolla que pertencia ao suspeito. Também teria confessado ter colocado a adolescente no compartimento, disseram os investigadores. Uma faca com uma lâmina de 3 centímetros foi usada no assassinato, ainda de acordo com a investigação. O objeto não foi encontrado.

Para a polícia, Maicol agiu sozinho. Os investigadores disseram ter ouvido do suspeito que ele era apaixonado por Vitória. Fotos dela foram encontradas no celular dele, que também armazenava no aparelho imagens de outras jovens parecidas. Ainda segundo a Polícia Civil, a extração de dados do celular de Maicol indicou que ele monitorava Vitória desde o ano passado.

Durante a entrevista, Carmo disse que a apuração identificou a compra de um capuz no estilo balaclava por Maicol, que teria sido usado por ele no momento do crime. Outro indício foi a presença de uma pá e de uma enxada próximas ao corpo da adolescente que pertencem ao padrasto do suspeito.

O padrasto relatou que as ferramentas haviam sumido há cerca de 15 dias e que, antes do crime, achava que elas tinham sido roubadas por um funcionário. A investigação encontrou material genético na pá e na enxada e aguarda os resultados para ter certeza se foram usados no crime. De acordo com a investigação, o suspeito sabia que Vitória estava na região em que ela pegava o ônibus por causa de uma postagem da adolescente em rede social.

Após encontrar com ela, o suspeito teria oferecido carona. Vitória aceitou e, dentro do carro, foi esfaqueada. Os investigadores apontam que o carro foi bem lavado para apagar possíveis resquícios do crime.

Outras provas apontam para a suspeita sobre Maicol. A mulher dele desmentiu que ele tivesse dormido com ela na noite em que Vitória foi raptada. A localização do celular do suspeito também aponta que ele esteve perto de Vitória.

Os agentes também afirmaram que gritos e movimentações estranhas foram ouvidas na casa do suspeito. Testemunhas teriam sido ameaçadas por ele durante a investigação da polícia, afirmou Carmo na semana passada. A adolescente morreu em razão de facadas no tórax, pescoço e rosto, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso. Não há sinais de abuso sexual. O documento está sob sigilo.

Vitória foi morta em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela desapareceu em 26 de fevereiro, após sair do trabalho, em um shopping da cidade. O corpo foi encontrado no último dia 5. Ela estava sem roupas ---apenas com um sutiã na altura do pescoço---, com o cabelo raspado e degolada.

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Mecânico alega abstinência e surto ao matar empresária e nega roubo

Davi Pereira disse que há três anos sofre de “apagões” por causa da dependência química e que faz coisas sem querer nem pensar, mas versão é contraditória com alguns fatos. Ele foi ouvido em interrogatório por juíza

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria

Davi Pereira (no alto à esquerda) em interrogatório virtual com representantes da Justiça e da Defensoria (Reprodução)

O mecânico Davi Pereira da Silva, de 44 anos, afirmou em interrogatório na Justiça que estava em surto por causa de uma crise de abstinência por uso de drogas quando matou a empresária Maria da Conceição dos Santos Mendonça, de 74, para quem prestava serviços esporádicos. Ele negou que a tivesse matado para roubá-la, tese defendida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) com penas mais graves. Maria da Conceição foi morta em 6 de janeiro, em uma oficina mecânica de sua propriedade, no Jardim Imperial, em Aparecida de Goiânia, e o interrogatório de Davi aconteceu no dia 18 de março.

Davi não detalhou o que aconteceu dentro da oficina mecânica nem como foi antes do alegado surto. Para a juíza substituta Patrícia Miyuki Hayakawa de Carvalho, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, ele disse apenas que teve um "apagão na mente" e que desde que passou a reduzir o consumo de drogas e álcool há cerca de três anos tem estes surtos e age de forma que não consegue controlar nem explicar. Ele não deu nenhum exemplo do que já fez no passado assim. "Apenas aconteceu comigo, não sei explicar o que aconteceu, mas quando vi já tinha feito a burrada", afirmou.

O inquérito policial apontou que Davi armou uma emboscada contra a empresária na oficina dela, pedindo-lhe um favor, para em seguida roubá-la. No imóvel, ele a desmaiou com um golpe de mata-leão, a colocou no carro e fugiu. Nada foi roubado, mas segundo a polícia teria sido pelo fato de o mecânico não ter conseguido e não por não ter tentado. O celular da vítima estava no carro com o aplicativo do banco aberto quando foi encontrado. Após saírem da oficina, o mecânico matou Maria da Conceição com golpe de faca no pescoço. O corpo foi encontrado no veículo no dia seguinte, e Davi foi preso um pouco antes, escondido na casa de parentes.

No interrogatório, o réu disse que conhecia a vítima há mais de 20 anos e que em nenhum momento pensou em roubar a empresária. "Não mexi em nada." Ele tentou justificar a fuga da oficina com Maria da Conceição dentro do carro alegando que tentou buscar socorro médico para ela após vê-la ferida. "Tentei correr com ela, era uma quadra de campo de futebol (ali perto), pensei que ali alguém poderia socorrer ela, da oficina até lá dá uns 5, 7 minutos", afirmou. Davi não explica o vídeo que mostra Maria da Conceição tentando fugir do carro e ele saindo do veículo e a colocando no interior novamente. Segundo as investigações, inclusive, que ele a golpeou com facadas após essa tentativa de fuga.

Exame negado

A defesa de Davi tentou conseguir que a Justiça autorizasse um exame de insanidade mental, porém o pedido foi negado pela juíza Luciana Nascimento Silva Gomes, da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, em 6 de março, e a petição já foi arquivada. O mecânico é representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). A alegação da defesa é que a insanidade mental decorria da dependência toxicológica, entretanto não foram apresentados documentos complementares pedidos pela Justiça que demonstrassem "dúvida razoável acerca da sanidade mental do acusado".

"A simples afirmação desprovida de qualquer elemento indicativo da existência de alguma perturbação mental não se revela como motivação idônea para o deferimento do pedido, sendo que o incidente de insanidade mental deve ser instaurado naquelas situações em que emerge do caderno processual dúvida concreta, efetiva e relevante, de que o acusado sofre de algum problema mental com força suficiente para abalar sua integridade psíquica", escreveu a juíza em sua decisão. "Com efeito, observo que a defesa do acusado requereu a instauração de insanidade mental baseado tão somente nas alegações do acusado."

O interrogatório de Davi foi rápido, sem perguntas por parte do MP-GO e nem aprofundamento nas alegações apresentadas. Durou pouco mais de 6 minutos. A versão dele é bem parecida com a apresentada durante depoimento para a Polícia Civil. Nem o MP-GO nem a defensoria o questionam sobre qual o momento exato do surto nem os detalhes do que ele se lembra ou o que ele foi fazer na oficina ou a fuga para a casa de parentes. Além dele, foi ouvido um cliente da empresária que a contratou para colocar um parabrisa novo em seu carro. Sobre o crime, ele não testemunhou.

Como o mecânico responde por latrocínio, o caso não será julgado por um júri e a sentença sai após a apresentação das alegações finais pela defesa e pela acusação, próxima etapa do processo judicial. O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) tem pena prevista entre 20 a 30 anos de cadeia, enquanto o de homicídio doloso vai de 6 a 20 anos, quando simples, e de 15 a 30 anos, quando há agravantes. Além disso, é um crime inafiançável e não permite anistia ou indulto. Mesmo que o roubo não tenha sido concretizado, como é o caso, a legislação considera crime de latrocínio consumado desde que esteja comprovado que se tentou subtrair patrimônio da vítima.

A Justiça mandou as autoridades analisarem uma denúncia de maus-tratos e violência feita por Davi enquanto esteve preso no Centro de Triagem. Ele diz que foi torturado e ameaçado de morte.

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Ex-deputado é condenado a 30 anos de prisão e terá que pagar R$ 600 mil por tentar matar ex-mulher e o namorado dela

Uma das vítimas sofreu lesões graves em órgãos vitais e vive com limitações. Crime aconteceu em Augustinópolis e ainda cabe recurso da decisão

Modificado em 21/03/2025, 18:07

Fórum da Comarca de Augustinópolis

Fórum da Comarca de Augustinópolis (Divulgação/Cecom-TJTO)

O ex-deputado Antônio Alexandre Filho, de 71 anos, foi condenado a mais de 30 anos de prisão por tentar matar a facadas sua ex-companheira o então namorado dela. Além disso, também deverá indenizar os dois em R$ 600 mil. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O caso foi a júri popular nesta terça-feira (18), mais de 14 anos após o crime. Os jurados decidiram que os crimes ocorreram por motivo fútil e com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

A sentença é assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, e ainda cabe recurso. A defesa do réu informou que vai buscar a anulação do julgamento, pois "a decisão dos jurados foi manifestadamente contraria à prova dos autos" (veja nota completa abaixo) .

As tentativas de homicídio aconteceram em um bar da Praça Augusto Cayres, no centro de Augustinópolis, no norte do estado, em setembro de 2010. De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes aconteceram porque o réu não aceitava o fim do relacionamento e nem que a mulher se relacionasse com outras pessoas.

Segundo o processo, o casal estava sentado no bar, quando Antônio Alexandre chegou e os esfaqueou. As duas vítimas sobreviveram após passarem por tratamento hospitalar.

Após fixar as penas de reclusão, o juiz ainda estabeleceu a indenização de R$ 100 mil para a mulher. Conforme a sentença, o réu não prestou assistência financeira para a vítima, que precisou mudar de estado e transferir sua faculdade.

O então companheiro da mulher deverá receber uma indenização de R$ 500 mil. O juiz cita que ele ficou mais de três meses em coma induzido em um hospital e vive com limitações pelas lesões em órgãos vitais, sem que o réu jamais o tenha procurado para verificar qualquer necessidade financeira.

Ao determinar o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena, o juiz citou o Tema 1068, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a imediata execução da condenação imposta pelos jurados, para decretar a prisão do acusado.

Antônio Alexandre Filho foi deputado estadual entre 1991 e 1994 e exerceu mandato como vereador em Augustinópolis de 2001 a 2004.

Íntegra da defesa de Antônio Alexandre Filho

Vem esclarecer a parte, Antônio Alexandre Filho, irresignado com a sentença que o condenou, pela prática delitiva do art. 121, § 2º, inc. I e IV c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, tentativa de homicídio por motivo Fútil, fixando-lhe pena de 30 anos e 11 meses de reclusão, em cujas razões pretende a anulação do julgamento ao argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em pleitos subsidiários, bate pela ausência da qualificadora de motivo fútil, bem como a desclassificação para o crime de lesão corporal e desistência voluntária.

No âmbito da dosimetria da pena requer a exclusão da valoração desfavorável da culpabilidade e a aplicação da atenuante de confissão.

Advogado Ubirajara Cardoso Vieira

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Fisiculturista é alvo de buscas da Polícia Civil suspeito de crimes eletrônicos e fraude com boletos

Um pendrive contendo evidências de crimes foi apreendido pela Polícia Civil. Suspeito teria aberto uma conta digital com dados de uma ex-companheira

Modificado em 20/03/2025, 16:15

Viatura da Polícia Civil

Viatura da Polícia Civil (Reprodução/SSP-TO)

A Polícia Civil de Araguaína, região norte do estado, cumpriu mandado de busca e apreensão contra um fisioculturista de 35 anos suspeito de aplicar golpes virtuais. A investigação teve início após a denúncia de que ele teria utilizado os dados de uma ex-companheira para abrir uma conta digital sem o seu conhecimento.

Na ação, um pendrive foi apreendido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o dispositivo apreendido continha evidências que apontam para a prática de outros crimes, incluindo a adulteração e o desvio de boletos bancários.

Conforme apurado, o suspeito modificava os dados dos documentos antes de enviá-los a terceiros, redirecionando os valores pagos para contas sob seu controle.

O material apreendido na quarta-feira (19) possibilita que a Polícia Civil aprofunde as investigações para identificar outras possíveis vítimas e verificar se outras pessoas participaram dos crimes.