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Falas de Lula preocupam aliados que querem petista moderado em 2022

Lula está em um giro europeu, no qual buscou estabelecer suas diferenças com Jair Bolsonaro, na viagem algumas falas do petista tem deixado os aliados preocupados

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:24

Lula

Lula (Facebook/Lula)

Aliados de Luiz Inácio Lula da Silva que apostam numa versão moderada do petista para a disputa do Planalto em 2022 ligaram os sinais de alerta com as mais recentes falas do ex-presidente.

O mais novo ponto de contenda é a ditadura nicaraguense de Daniel Ortega, que acaba de ganhar um quarto mandato como presidente de fachada, com vários rivais encarcerados no processo.

Em entrevista publicada nesta terça (23) ao jornal espanhol El País, Lula comparou o tempo Ortega no poder (13 até aqui), aos termos de Angela Merkel como chanceler alemã.

"Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não? Por que o Felipe González [primeiro-ministro da Espanha de 1982 a 1996] pode ficar 14 anos no poder? Qual é a lógica?", questionou.

Lula está em um giro europeu, no qual buscou estabelecer suas diferenças com Jair Bolsonaro e encontrou-se com o presidente francês Emmanuel Macron, e volta ao Brasil nesta semana.

O caso não é isolado e tem garantido água ao moinho bolsonarista e de outros rivais em redes sociais. A ele se soma a constante defesa de outra ditadura de esquerda, a cubana, particularmente a omissão de Lula em relação aos protestos contra o regime, alvo de dura repressão neste ano.

Há outros temas no pacote, como a questão da regulamentação dos meios de comunicação, que desde seu primeiro mandato é uma obsessão petista como a tentativa de criação do Conselho Federal de Jornalismo em 2004 exemplifica.

A relação do PT, Lula em especial, sempre foi arestosa com a imprensa. Piorou ao longo do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e na cobertura das descobertas de corrupção em seus governos pela Operação Lava Jato. Os petistas se dizem perseguidos ideologicamente.

Em um artigo publicado na Folha em setembro, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, voltou ao tema com tintas mais técnicas. No mês seguinte, foi a vez de Lula tentar tirar o bode da sala, dizendo que a regulamentação era assunto para o Congresso.

Esses repentes do "velho Lula" não são novidade e, para aliados próximos, traem questões de DNA político e discurso interno para os setores do PT que ainda adotam a visão de mundo anterior à queda do muro de Berlim.

A fala de Dilma nesta semana defendendo a ditadura chinesa como uma "luz" em meio à "decadência e escuridão" do Ocidente foi outro sinal desse atavismo esquerdista da sigla.

Mas alguns destes aliados se mostram de toda maneira preocupados com o que chamam de amplificação negativa, em particular no mundo virtual que não existia desta forma quando Lula foi presidente de 2003 a 2010.

Para eles, o Lula de 2022 deve ser o que se mostrou em um jantar no dia 30 de outubro na casa do advogado Pedro Serrano, em São Paulo. Ali, ante uma plateia com cerca de 50 estrelas de bancas da capital, o petista discursou como um moderado.

Prometeu lutar pela reunificação do país e disse que irá conversar com empresários e com a imprensa. De forma mais simbólica, disse que seus 580 dias na cadeia foram uma injustiça causada pelo ex-juiz Sergio Moro e a Lava Jato, mas que não poderia pautar seu governo por vingança.

Os ouvintes eram majoritariamente simpáticos ao PT, muitos deles como o anfitrião integrantes do influente grupo de advogados Prerrogativas, ponta de lança no embate com Moro -que, a considerar seu discurso de entrada na disputa de 2022, vai tentar carimbar como uma luta contra defensores da corrupção.

Mas havia também elementos neutros, que relataram a mesma impressão.

O tema Moro é um assunto pontuado em conversas de petistas. Se há os que o consideram na eleição algo bom porque reforçaria o discurso de Lula após o Supremo Tribunal Federal ter julgado o ex-juiz parcial, outros temem o óbvio: o tema dos malfeitos em seus mandatos seria novamente esmiuçado.

Galeria Nicarágua tem eleição de fachada para confirmar poder de Daniel Ortega Dia do pleito teve protestos na Costa Rica contra o ditador https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1715817163786651-nicaragua-tem-eleicao-de-fachada-para-confirmar-poder-de-daniel-ortega *** Esses petistas mais moderados reconhecem que há um público interno mais radical no PT, mas consideram que as falas de Lula são escorregões de fácil correção.

Ressaltam que, ao El País, ele também disse que Ortega estaria totalmente errado se as prisões de rivais fossem políticas. E que foi Lula quem mandou Gleisi desautorizar nota da Secretaria de Relações Internacionais da sigla que exaltou a vitória eleitoral do ditador.

Sobre Cuba, os argumentos são menos persuasivos e sempre se voltam à desbotada tese de que tudo o que se passa de ruim na ilha caribenha é culpa do embargo imposto pelos americanos há seis décadas.

Por fim, dentro do PT, há as correntes que rechaçam o que consideram concessões para governar. Essa pressão mais radical pode não ser majoritária, mas existe e se ampara no potencial eleitoral do petista. Tal dinâmica de tensão perpassou os governos federais petistas e remonta às origens do partido como administrador importante, na conturbada gestão na Prefeitura de São Paulo de 1989 a 1992.

Para dois líderes de partidos próximos de Lula, há um ônus desses episódios óbvio, a famosa casca de banana procurada do outro lado da rua, embora achem que haja exagero da imprensa.

Por outro lado, ponderam, é difícil tirar um rótulo em tempos de comunicação imediata, ainda que Lula tenha se esmerado em sair pela tangente acerca de temas complexos desde que ascendeu à condição de favorito para o pleito do ano que vem.

Um deles cita a ambiguidade do petista ante o impeachment de Bolsonaro. Se o PT assinou o pedido de impedimento e Lula sinalizou apoio à ideia, é um segredo de polichinelo que o líder não foi às ruas ou se mobilizou de fato porque compartilha da leitura de que o presidente enfraquecido é seu adversário ideal.

Outro ponto lembrado é o Auxílio Brasil, defendido por Lula apesar de o PT ter votado contra as gambiarras fiscais para custear a transferência de renda na PEC dos Precatórios. Aí, contudo, não há o que fazer retoricamente: o petista é associado ao programa anterior, o Bolsa Família, e economia está no coração da campanha de 2022.

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Bolsonaro segue estável em UTI com recomendação de não receber visitas

Ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal. Procedimento correu bem, segundo médicos

Modificado em 15/04/2025, 16:58

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília (Reprodução/Instagram)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, nesta terça-feira (15), com quadro estável,sem previsão de alta e com a recomendação de não receber visitas.

Em nota divulgada nesta manhã, o hospital afirmou queBolsonaro está em acompanhamento do pós-operatório e fará fisioterapias.

"Mantém estabilidade clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Tem previsão de fisioterapias motora (com deambulação) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI."

Mais cedo, em redes sociais, Bolsonaro disse que "as primeiras 48 horas após a cirurgia são fundamentais para avaliar nossa recuperação" e que, por orientação médica, só "familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto".

"Permaneço concentrado no processo de recuperação, que pelo que entendo foi procedimento mais invasivo que aconteceu, buscando forças para levantar da cama mais uma vez, após enfrentar a sexta cirurgia decorrente da facada sofrida por um antigo integrante do PSOL, aliado histórico do PT", escreveu, voltando a citar a facada da qual foi alvo em 2018.

Declarado inelegível até 2030 e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de tentativa de golpe de Estado no final de seu governo, Bolsonaro está internado em Brasília desde sábado (12), após passar mal em evento em Natal no dia anterior.

No domingo (13),passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal , procedimento que correu bem, segundo seus médicos, e foi o mais longo dos já realizados desde que o ex-presidente levou a facada na campanha eleitoral de 2018.

Bolsonaro deverá ficar internado pelo menos mais duas semanas e enfrentar restrições no pós-operatório por um período de dois a três meses.

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Bolsonaro vai para o quarto após cirurgia de desobstrução intestinal, diz ex-primeira-dama

Foi o sexto e mais longo procedimento desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018

Modificado em 14/04/2025, 10:46

Bolsonaro passou por 12 horas de cirurgia

Bolsonaro passou por 12 horas de cirurgia (Reprodução / Instagram)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi transferido para um quarto depois de passar por uma cirurgia para desobstrução intestinal. A informação foi divulgada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Jair Bolsonaro está internado no hospital DF Star, em Brasília, onde foi submetido no domingo (13) a uma cirurgia de grande porte para remoção de aderências no intestino e reconstrução da parede abdominal. Foi o sexto e mais longo procedimento desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018.

A operação durou 12 horas, e o ex-presidente ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após o procedimento. Segundo Michelle, ele foi transferido para o quarto ainda no fim da noite de domingo.

Segundo nota divulgada pelo hospital DF Star após a cirurgia, não houve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue. O hospital informou que a obstrução intestinal era resultado de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita.

A nota foi assinada pelo chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, pelos cardiologistas Leandro Echenique, Ricardo Camarinha e Brasil Caiado, pelo diretor-médico do hospital, Guilherme Meyer, e pelo diretor-geral, Allisson Barcelos Borges.

Bolsonaro chegou ao DF Star no sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN).

Ele estava na capital do Rio Grande do Norte desde sexta, quando foi levado de helicóptero após passar mal no interior do estado, onde participaria de um evento do PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A cirurgia foi a sexta na região do abdome realizada por Bolsonaro desde a facada, e a mais difícil de todas devido ao acúmulo de procedimentos, segundo médicos ouvidos pela reportagem.

Foi também a cirurgia mais longa. A que tinha durado mais, anteriormente, havia ocorrido em janeiro de 2019, para retirada de bolsa de colostomia. Na ocasião, estavam previstas três horas de cirurgia, mas a grande quantidade de aderências no intestino levou a equipe médica a executar um procedimento mais complexo, que se estendeu por sete horas.

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Bolsonaro vira réu por tentativa de golpe de Estado

Moraes, Dino, Fux, Cármen e Zanin votaram para aceitar denúncia contra ex-presidente e outros 7 acusados por crimes contra democracia

Modificado em 26/03/2025, 17:40

Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Tânia Rego/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas se tornaram réus por tentativa de golpe de Estado de 2022. A decisão por unanimidade da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorreu nesta quarta-feira (26), após aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) .

O ministro Alexandre de Moraes apresentou o voto favorável ao recebimento da denúncia e foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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Durante a votação, Moraes disse que vê materialidade e "indícios razoáveis" de que Bolsonaro liderou uma trama golpista após ser derrotado por Lula (PT), em 2022.

A denúncia ressalta ainda que Jair Messias Bolsonaro tinha pleno conhecimento das ações da organização criminosa e destaca que, mesmo após a derrota, determinou que as Forças Armadas divulgassem nota para a manutenção das pessoas à frente dos quarteis", disse o ministro.

Com a decisão do STF, além de Bolsonaro, foram tornados réus:

  1. Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin),
  2. Almir Garnier (ex-comandante da Marinha),
  3. Anderson Torres (ex-ministro da Justiça),
  4. Augusto Heleno (ex-ministro do GSI),
  5. Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro),
  6. Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e
  7. Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

As penas máximas somadas chegam a 43 anos de prisão. Uma série de efeitos civis e administrativos também pode ser aplicada, incluindo: reparação de danos; perda de cargos e mandatos; e inelegibilidade.

Nova fase do processo

Essa decisão de torná-los réus não significa que eles foram considerados culpados ou inocentes. O próximo passo do processo é a abertura de uma ação penal contra Bolsonaro e seus aliados por cinco crimes ligados à tentativa de golpe de Estado.

Do lado da acusação, a PGR terá o papel de comprovar a participação dos oito suspeitos na articulação golpista. Já os réus deverão coletar provas, pedir perícias e selecionar testemunhas para defender suas inocências.

A data de julgamento dependerá da quantidade de diligências, oitivas e recursos apresentados.

(Com informações da Folha e g1 Política)

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STF retoma julgamento de Bolsonaro com voto de Moraes; veja os próximos passos

Nesta quarta-feira (26), serão colhidos os votos que vão definir se o ex-presidente se tornará réu no caso da trama golpista de 2022

Modificado em 26/03/2025, 11:13

Jair Messias Bolsonaro.

Jair Messias Bolsonaro. (Reprodução/Redes Sociais)

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa nesta quarta-feira (26) a colher os votos que vão definir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será tornado réu no caso da trama golpista de 2022. Será a retomada do julgamento iniciado nesta terça (25) , quando o colegiado negou por unanimidade as questões processuais apresentadas pelas defesas.

A expectativa no Supremo é que a denúncia seja recebida também de forma unânime pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e pelos demais integrantes do colegiado, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

A partir de agora, os magistrados votam sobre a força da denúncia, ou seja, se ela tem indícios de materialidade e de autoria contra cada um dos acusados. Assim, os ministros precisarão avaliar se a peça da PGR (Procuradoria-Geral da República) se sustenta o suficiente para ser capaz de fazer os acusados responderem a um processo penal.

Até o momento, não houve manifestação formal dos ministros sobre o mérito da acusação. Moraes, no entanto, deu algumas declarações sobre o caso, como quando disse ter havido um "risco iminente" aos Poderes ou que era preciso desfazer uma "narrativa totalmente inverídica" em torno do tema.

"Se criou uma narrativa, assim como a Terra plana, de que o STF estaria condenando 'velhinhas com a Bíblia na mão', que estariam passeando num domingo ensolarado pelo Supremo, pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto", disse o ministro na terça-feira.

Os ministros negaram cinco preliminares apresentadas pelos advogados dos acusados, como o pedido de nulidade da colaboração premiada de Mauro Cid e o envio do caso para o plenário do Supremo - o ministro Luiz Fux ficou vencido nesse ponto.

Bolsonaro foi o único dos denunciados a acompanhar o julgamento presencialmente. Ele sentou na primeira fila, na área central do plenário.

No primeiro dia de sessão, dois pontos geraram controvérsia entre ministros. O principal se refere à validade da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid ---o fio condutor da denúncia da PGR.

As defesas argumentaram que Cid mentiu, omitiu e se contradisse. Também apontaram problemas na condução da colaboração, como o fato de o acordo ter sido firmado com a Polícia Federal sem a anuência com o Ministério Público, ou que Cid "rompeu com o acordo quando vazou a delação [como] saiu na revista Veja", como disse o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi.

O ministro Luiz Fux foi o primeiro a apresentar discordâncias do relator. Em um ponto, ele divergiu de Moraes ao aceitar a preliminar das defesas a respeito do foro adequado para processar o caso. Para o ministro, o Supremo não é o ambiente adequado para o processo. Ele tem um entendimento mais restrito sobre a prerrogativa de foro.

Ficando na corte, na visão dele, o caso deveria ser analisado pelo plenário completo.

Mais tarde, sobre a controvérsia da validade do acordo de Mauro Cid, Fux demonstrou novo dissenso, ainda que tenha acompanhado os colegas na votação. "Este não é o momento próprio, mas vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora apresentando uma novidade".

Além da acusação contra Bolsonaro, serão analisadas as denúncias contra outros sete integrantes do que a PGR classificou como núcleo central na articulação de uma ruptura institucional para impedir a posse de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022.

Estão nele o deputado federal pelo PL e ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto.

Eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.

Se os ministros decidirem abrir ação penal, o caso deve ser julgado ainda neste ano. Se condenados, os réus podem pegar penas que ultrapassam 40 anos de prisão.