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Goiano aprovado em Harvard planeja criar fundo de investimentos para empreendedores negros

Engenheiro por formação, Pedro Braz já foi Jovem Embaixador da ONU e participou de programa do Google. Rapaz está arrecadando fundos para pagar todos os custos do curso e da viagem

Modificado em 19/09/2024, 00:06

E-mail mostra aprovação de Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, em um curso de educação executiva em Harvard, nos Estados Unidos.

E-mail mostra aprovação de Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, em um curso de educação executiva em Harvard, nos Estados Unidos. (Arquivo Pessoal/Pedro Henrique Braz Silva)

Rompendo as fronteiras do sucesso, o engenheiro civil Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, foi aprovado em um curso de educação executiva em Harvard, nos Estados Unidos. Natural de Anápolis, a 55km de Goiânia, Pedro contou que pretende criar o maior fundo de investimentos focado em empreendedores negros do Brasil.

"Acredito que é mais que a realização de um sonho. Fui criado por duas mulheres fortes, minha mãe e minha avó, e elas sempre ensinaram que a educação e o empreendedorismo seriam caminhos que me levariam a mudar a realidade da nossa família", comemorou.

O curso, chamado de Foundations of Private Equity and Venture Capital", está previsto para acontecer em março deste ano, em Boston, com duração de quatro dias. Pedro disse que, entre os conteúdos, vai estudar sobre as modalidades de investimento para empresas, desde estágios iniciais até mesmo em fase de crescimento e abertura de capital na bolsa de valores.

"Com essas habilidades, conseguirei criar e analisar empresas com as estratégias e confiança necessárias para atingir os investidores, encontrar os melhores negócios e levantar o capital para o meu propósito em criar o maior fundo de investimento focado em fomentar e investir em empreendedores negros", disse.

Aprovação

Ao g1, Pedro explicou que a aprovação em Harvard aconteceu em duas fases. Na primeira, ele se candidatou, enviou seu currículo e toda a documentação necessária para a avaliação de um comitê da universidade.

Na segunda, a universidade divulgou os aprovados. Pedro detalhou que não foi contemplado com uma bolsa de estudos e auxílio financeiro por parte da universidade e, por isso, está arrecadando cerca de R$ 65 mil para custear a matrícula, hospedagem, transporte, alimentação e recursos para a viagem.

Histórico brilhante

Formado pela Universidade Federal de Goiás e especialista em gestão negócios, com experiência no mercado financeiro, Pedro atualmente faz MBA de gestão de negócios, na Universidade de São Paulo (USP).

Em sua carreira, o rapaz coleciona méritos. Pedro contou que atuou como Jovem Embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018, em Nova Iorque. No projeto, ele disse que foi responsável por contribuir com as metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 e discutiu sobre economia e segurança pública.

De volta ao Brasil, ele relatou que foi convidado para um programa do Google, na época em que estava desenvolvendo uma startup. No programa, ele disse que estudou formas para aplicar a tecnologia em novas empresas.

Pedro narrou também que foi selecionado para o ProLíder, o maior programa de desenvolvimento de jovens lideranças do país, em um processo com mais de 9435 inscritos e apenas 36 selecionados.

E-mail mostra aprovação de Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, em um curso de educação executiva em Harvard, nos Estados Unidos.

E-mail mostra aprovação de Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, em um curso de educação executiva em Harvard, nos Estados Unidos. (Arquivo Pessoal/Pedro Henrique Braz Silva)

Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, aprovado em um curso de educação executiva em Harvard, posa ao lado da mãe e da avó.

Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, aprovado em um curso de educação executiva em Harvard, posa ao lado da mãe e da avó. (Arquivo Pessoal/Pedro Henrique Braz Silva)

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Senador Canedo é a cidade com mais de 100 mil habitantes que mais cresceu no Brasil

Modificado em 17/09/2024, 16:34

Senador Canedo é a cidade com mais de 100 mil habitantes que mais cresceu no Brasil

(Xande Manso)

Atualmente com uma população de 155 mil habitantes, Senador Canedo, município vizinho a Goiânia, quase que dobrou sua população, registrando um avanço populacional de 84,33%, e triplicou seu PIB [Produto Interno Brudo] per capita, saindo de R$13,9 mil em 2011, para mais de 39,2 mil no ano de 2021.

Os números são do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela ainda que entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Senador Canedo é a que mais cresceu em 12 anos.

Por trás desse forte crescimento, além de um significativo avanço na melhoria de serviços públicos como de saúde, educação, infraestrutura, saneamento e a vocação da cidade para a indústria petroquímica, está o grande aporte financeiro vindo de vários e grandes projetos imobiliários no município.

Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura municipal, a cidade conta no momento com dez condomínios em processo de entrega e mais cerca de 30 projetos, entre condomínios abertos e fechados, em fase de implantação/autorização.

Na esteira dessa expansão imobiliária, o setor materiais de construção também ganha força para atender as inúmeras obras de grandes empreendimentos residenciais na cidade. No último dia 10 de julho, por exemplo, Senador Canedo ganhou uma loja de 4 mil m² de extensão da rede Irmãos Soares, líder em Goiás no varejo para itens para construção. A nova unidade funcionará bem em frente à Igreja Matriz, no Centro da cidade.

Estratégica
Segundo o executivo Robson Soares, diretor-geral do Grupo Soares, holding empresarial da qual faz parte a rede Irmãos Soares, Senador Canedo é uma cidade estratégica hoje. "No passado já tivemos uma loja aqui, mas que foi fechada em um momento complicado da economia do país. Porém, sempre foi uma localidade que ficou no nosso radar para voltar a investirmos. Além de seu crescimento, a localização e via de acesso facilitada também contribuíram muito com a escolha, já que é um município tão próximo da capital", destaca Robson.

A nova loja Irmão Soares irá oferecer um amplo portfólio de produtos, que vão desde itens para construção mais pesada, como tijolos, cimentos, ferramentas e maquinários; até toda a parte de acabamento, o que inclui parte hidráulica, cerâmicas, pisos e revestimentos.

Essa é a 19ª loja da rede no país e visa atender à população canedense com entrega rápida, de até no máximo 24 horas, além de ser a primeira a contar com uma novidade nas condições de pagamento.

"Iremos oferecer a possibilidade de realização de compras parceladas no boleto, sem juros. É uma inovação, que estamos implantado em Senador Canedo em primeira mão, e posteriormente iremos disponibilizar para as demais lojas do grupo", destaca a gestora de marketing do Grupo Soares, Danielly Nunes.

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Esporte

Atlético-GO entra na fase da Saf, negocia investimentos e faz mudança de cargos de dirigentes

Adson Batista é presidente da Saf do Dragão, e Valdivino de Oliveira passa a ser presidente do clube associativo

Modificado em 17/09/2024, 16:10

Adson Batista passa a ser presidente do Atlético-GO Saf

Adson Batista passa a ser presidente do Atlético-GO Saf
 (Wesley Costa)

O Atlético-GO passou, nos últimos meses, por uma troca no modelo de gestão, que incluiu até a mudança no cargo de presidente executivo do clube, que deixa de ser Adson Batista e passa a ser Valdivino de Oliveira. Isso ocorreu para o rubro-negro passar a operar como Saf (Sociedade Anônima do Futebol), também adotada por outras agremiações do País.

Nesta quarta-feira (12), chamou a atenção no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF a transferência de contratos de jogadores e de alguns membros da comissão técnica (nos dois casos, tanto da base quanto do profissional). Cerca de 180 atletas tiveram o migração jurídica dos vínculos.

Nos próximos dias, o nome do clube deve aparecer na tabela de classificação da CBF como Atlético Goianiense Saf, assim como Atlético Mineiro Saf, Cruzeiro Saf, Vasco da Gama Saf e Cuiabá Saf.

Adson Batista renunciou ao posto de presidente executivo da e passou a ser o presidente do Atlético Goianiense Saf. Ex-presidente e um dos homens fortes do clube, Valdivino José de Oliveira, que era vice de Adson, assume novamente a presidência da associação, o Atlético Clube Goianiense, que tem sócios e responde pelo patrimônio.

A gestão do futebol e outras decisões atleticanas continuam com Adson Batista, que anunciou estar em negociações para atrair investidores.

O clube goiano, segundo Adson Batista, se encontra aberto a investimentos no futebol. Em entrevista após o empate (2 a 2) com o Corinthians, Adson Batista anunciou negociações com um grupo de investidores para a contratação de reforços do mercado sul-americano no período de janela de transferências de jogadores. O dirigente também revelou a migração dos contratos de atletas da base e profissionais para o Atlético Goianiense Saf.

"Tem um fundo de investimentos que acredita no Atlético-GO", disse o dirigente, ressaltando que o clube negociará o controle acionário, mas vai buscar parceiros. "O Atlético-GO não vende a Saf, o Atlético-GO não vende o clube", falou.

"Há uma ideia de que, de repente, nós conseguiremos trazer três jogadores sul-americanos porque não há no futebol brasileiro ou os que têm já fizeram sete jogos (na Série A). É um investimento alto para os nossos padrões", avisou Adson Batista, sem revelar quem são os investidores nem os valores que podem ser investidos. O dirigente ressalta que o grupo que comanda o Dragão "é definido" e, assim, a gestão continua sob controle dos atuais dirigentes.

"A expectativa é que melhorem os investimentos no clube e que possa crescer ainda mais", comentou o diretor jurídico Marcos Egídio. Segundo ele, a Saf do Atlético-GO começou a ser preparada em 2021, quando a Lei da Saf foi aprovada pelo Congresso Nacional.

"Apareceram alguns casos de (investidores) interessados, mas nada interessante", explicou. Marcos Egídio ressaltou que, por enquanto, a Saf é "100% do Atlético-GO" e que pode haver, também, investimentos na ampliação do Estádio Antônio Accioly. Um dos atrativos é o fato de que o clube "não tem dívidas" e vive processo de crescimento nos últimos anos no futebol.

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Esporte

Na Superliga, times goianos de vôlei torcem por investimentos e revelação de jogadores

Goiás Vôlei e Neurologia Ativa passam a planejar e viabilizar participação na próxima edição da elite nacional

Modificado em 17/09/2024, 16:09

Ataque da Neurologia Ativa encara bloqueio do Goiás Vôlei na final

Ataque da Neurologia Ativa encara bloqueio do Goiás Vôlei na final
 (Wesley Costa )

Finalistas da Superliga B, Goiás Vôlei (campeão) e Neurologia Ativa (vice-campeão) torcem para que duas consequências positivas surjam após a conclusão da inédita decisão goiana na competição nacional: que jovens se interessem pelo esporte e que investidores ajudem no crescimento da modalidade. As equipes entram de férias, sem deixar de lado a preparação para a disputa da Superliga A.

Goiás Vôlei e Neurologia Ativa decidiram a Superliga B em jogo único decisivo na última quarta-feira (24), em Goiânia, com vitória do Goiás por 3 sets a 1.

"Eu saí de Anápolis com 13 para 14 anos para São Paulo, minha mãe me colocou em um ônibus para eu buscar um sonho e deu certo. Estou aqui (no Goiânia Arena) com 7, 8 mil pessoas pela primeira vez na carreira. Esta final, os acessos, talvez isso nos ajude a revelar uma nova safra de jogadores que não precise sair daqui para praticar voleibol", comentou o ponteiro do Goiás Vôlei, Henrique Batagim, que atuou entre 2009 a 2023 em São Paulo, Minas Gerais e na Europa antes de retornar para vôlei goiano.

Quem não saiu do Estado e construiu carreira no vôlei goiano foi o líbero Murylo Almeida, da Neurologia Ativa. Goianiense, o jogador de 30 anos atuou por Monte Cristo, Anápolis Vôlei, Vila Nova e está na Neurologia desde 2020.

"Queríamos o acesso, conseguimos. Chegamos na final e óbvio que queríamos terminar com o título, mas não apaga nada do que fizemos desde o início em 2020. Mostramos que, em Goiás, existe voleibol de alto nível. Nosso objetivo também era mostrar que aqui há atletas. Muitos tiveram que sair daqui para jogar. Hoje, podem jogar em casa. Jovens podem ver que é possível jogar aqui", reforçou o atleta vice-campeão da Superliga B.

Para o técnico Derivaldo Mota, da Neurologia Ativa, as duas equipes estão subindo degraus há alguns anos e vivem um momento único. Agora, o foco é buscar ajuda financeira.

"O processo para jogar a Superliga A é difícil, os valores mudam, o investimento é maior e nós precisamos de apoio. Há investidores em Goiás, esperamos que nos ajudem a crescer. Estamos conversando muito sobre isso, não é um processo fácil. Nós fizemos nosso papel de buscar o acesso. Vamos trabalhar sem parar para encontrar as verbas necessárias para tocarmos na Superliga A", disse o treinador vice-campeão da Superliga B.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) ainda divulgará detalhes, mas a temporada 2024/25 da Superliga A deve começar no final deste ano.

"Todo esse grupo de atletas e a gestão do projeto não deixaram de trabalhar. A parceria com o Goiás é um sucesso, tem muito a crescer e, agora, é pensar na Superliga A. Nós trabalhamos muito para criar uma mentalidade vencedora. Somos muito fortes nos finais dos sets, e eles (jogadores) se prepararam para viver momentos de pressão. Nosso grupo é muito bom, nível alto de qualidade técnica", completou o técnico Hítalo Machado, do campeão Goiás Vôlei.

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Bolsa cai com incerteza sobre rumo da política fiscal

Juro nominal está em 2,75%, e o mercado projeta taxa de 5,25% no término de 2021

Modificado em 21/09/2024, 01:21

O resultado de 2023 foi pior do que a meta traçada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), que prometeu entregar um déficit de até 1% do PIB no primeiro ano da administração

O resultado de 2023 foi pior do que a meta traçada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), que prometeu entregar um déficit de até 1% do PIB no primeiro ano da administração (Reprodução)

A Bolsa de Valores brasileira caía 0,35% perto das 11h25, aos 118.385 pontos, com os investidores ainda atentos ao desenrolar do Orçamento. No exterior, apenas Dow Jones tinha perdas de 0,33%. S&P e Nasdaq avançavam 0,11% e 0,65%, respectivamente.

O dólar, por sua vez, mostrava sessão volátil. A moeda oscilava entre altas e baixas já nas primeiras horas da manhã. Perto das 11h27, subia 0,08%, a R$ 5,7300.

A volatilidade vinha em reação a dados de inflação nos EUA divulgados nesta terça-feira (13) e também diante da persistente incerteza sobre o rumo da política fiscal doméstica.

Apesar da influência do movimento externo, analistas reiteram que a deterioração do cenário fiscal doméstico é o principal fator a manter o real depreciado.

O real teve o pior desempenho global na segunda-feira, quando o dólar fechou em alta de 0,90%, a R$ 5,7258, após notícias de que Paulo Guedes e o Ministério da Economia, em meio a pressões do Congresso sobre o Orçamento, estariam estudando a criação de uma PEC que abrigue gastos extraordinários, como medidas de apoio a emprego e recursos da Saúde, deixando essas despesas fora do teto de gastos.

Operadores têm repetido que, com tantos riscos em volta, o mercado tem evitado elevar posições, o que reduz a liquidez e deixa os negócios mais suscetíveis a vaivém.

A incerteza sobre a política monetária tampouco tem ajudado o câmbio. Quase metade dos gestores na América Latina consultados pelo Bank of America calcula que uma Selic entre 5,00% e 6,75% ao fim do ano conseguiria evitar depreciação adicional do real.

O juro nominal está em 2,75%, e o mercado projeta taxa de 5,25% no término de 2021.

A sondagem do BofA mostrou ainda que 75% dos investidores consultados esperam que o dólar finalize o ano abaixo de R$ 5,60.