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Goiás tem três vezes mais gado do que gente, aponta dados do Censo IBGE

Atualmente, o território goiano possui 7 milhões de habitantes. Mas número de gado é de R$ 24,2 milhões.

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Goiás tem três vezes mais gado do que gente, aponta dados do Censo IBGE

(Keven Lopes - Governo do Tocantins/ Divulgação)

Colaborou: Larissa Feitosa

O estado de Goiás tem três vezes mais cabeças de gado do que gente. É o que indicam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o último Censo divulgado, atualmente, o território goiano possui 7 milhões de habitantes. Mas o tamanho do rebanho é 3,4 vezes superior, sendo de 24.293.954 bovinos.

Segundo os levantamentos do Censo, a população de Goiás aumentou 17,55% desde 2010, data em que a última pesquisa foi feita. Com isso, passou de 6.001.789 habitantes para 7.055.228.

Mesmo assim, o aumento nem chega perto da quantidade de bois e vacas que são criados no estado. Em 2017, o tamanho do rebanho era de 22.835.005 cabeças de gado. Em 2021, data do último Censo Agropecuário, esse número já havia ultrapassado os 24 milhões. O aumento de lá para cá foi de 6,39%.

Uma das analistas do Censo Agropecuário de 2021, Mariana Oliveira, explica que o aumento se deu porque, em 2021, ocorreu a retenção de fêmeas para produção de bezerros. Em contrapartida houve também a redução no abate de bovinos, devido à escassez de animais prontos para o abate.

Novas Crixás: maior produtora de bovinos

A cidade goiana que mais produz bovinos é Nova Crixás, na região norte do estado. Lá, existem 830.839 cabeças de gado, segundo o IBGE. O número é 64,77 vezes maior do que o de pessoas, já que o número de habitantes é de 12.815.

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Cabo de alta tensão se rompe e mata bois em fazenda de Nova Crixás

Em nota, Equatorial informou que entrará em contato com o proprietário para orientá-lo.

Modificado em 17/12/2024, 17:43

Cruzeta que suporta o cabo de alta tensão e os oito bois mortos eletrocutados, em fazenda de Nova Crixás (Breno Rezende/Arquivo pessoal)

Cruzeta que suporta o cabo de alta tensão e os oito bois mortos eletrocutados, em fazenda de Nova Crixás (Breno Rezende/Arquivo pessoal)

Oito bois morreram e três ficaram feridos após um cabo de alta tensão se romper em uma fazenda de Nova Crixás, no noroeste goiano. Segundo o proprietário Breno Rezende, de 44 anos, o prejuízo soma mais de R$ 41 mil, além dos dos custos que ele terá com os medicamentos para os animais que se feriram.

O fazendeiro informou que já havia feito, há cerca de duas semanas, o pedido para a Equatorial arrumar a cruzeta, estrutura de madeira para instalação da rede elétrica, que apodreceu, mas não foi atendido a tempo. A empresa, segundo Breno Rezende, foi ao local cinco dias antes de acontecer o acidente, mas a equipe informou que precisaria de um caminhão para fazer a troca.

Em nota, a Equatorial lamentou o ocorrido e informou que não achou o pedido do fazendeiro em seus registros e que entrará em contato com o proprietário para dar as orientações necessárias (veja íntegra da nota abaixo).

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O acidente

O acidente aconteceu na tarde deste domingo (15). Uma cruzeta que segura os cabos de alta tensão acabou se rompendo e o cabo de energia eletrocutou os animais que estavam no pasto.

Breno Rezende falou da tristeza em perder os animais:

Na hora que fui avisado fiquei triste demais, porém, quando tive certeza de que nenhuma vida humana tinha sido atingida fiquei aliviado, pois Deus está no controle de tudo".

Conforme o fazendeiro, no dia do acidente, havia 62 bois no pasto. No entanto, os vizinhos conduziram o restante da boiada para outro local na tentativa de salvar o restante dos animais. "O vídeo mostra os vizinhos tocando o resto da boiada para não ser atingida", informou Breno Rezende (veja o vídeo abaixo) .

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Íntegra da nota da Equatorial

A Equatorial Goiás lamenta que o cliente tenha tido prejuízos e informa que a Gerência de Relacionamento da empresa está entrando em contato com o proprietário para prestar as devidas orientações. A concessionária destaca que não há, no sistema, registro formal de protocolo desta unidade consumidora para pedido de manutenção na rede. A distribuidora lembra que os registros são feitos exclusivamente pelos seus canais de atendimento. Apenas por meio deles que a companhia consegue atuar. A Agência Nacional de Energia Elétrica, pela resolução de número 1000, reforça a necessidade de abertura de protocolo pelo cliente.

Assim que empresa teve ciência do caso, enviou um técnico ao local. Foi identificada a necessidade de manutenção com a rede elétrica ligada, o que precisa ser feito por uma equipe especializada. A equipe estava programada para o serviço com urgência, mas foi impedida após fortes chuvas atingirem o local. Com a linha energizada, não foi possível executar o trabalho. A tempestade, que vinha sendo alertada pela distribuidora e meteorologistas, ocasionou o rompimento de um cabo.

A distribuidora lembra que é extremamente importante o registro de ocorrências nos canais de atendimento da companhia.

* Atendente virtual Clara pelo WhatsApp: 62 3243-2020; * Aplicativo Equatorial Energia, disponível para download no Android e iOS; (novo aplicativo) * Call Center 0800 062 0196; * Agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br ; * Via SMS: envie uma mensagem para o n° 27949 com o texto Falta de energia informando o número da Unidade Consumidora (UC).

Desde que assumiu a concessão em Goiás, a companhia atua na recuperação total da infraestrutura elétrica do estado após anos de abandono e falta de investimentos, o que geraram uma degradação do sistema. A distribuidora executa uma série de obras e investimentos estratégicos, direcionados tanto para reforço da qualidade de fornecimento de energia quanto para a expansão e modernização da rede que já ultrapassam os R$ 2 bilhões.

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Emprego

Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE

Os 10,3 milhões de jovens sem ocupação e sem estudo equivalem a 21,2% da população estimada nesta faixa etária, entre 15 e 29 anos

Modificado em 04/12/2024, 15:43

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem', no entanto, uma parcela do grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem', no entanto, uma parcela do grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício (Banco de Imagens)

O Brasil atingiu em 2023 a taxa mínima histórica de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os 10,3 milhões de jovens sem ocupação e sem estudo equivalem a 21,2% da população estimada nesta faixa etária, que era de 48,5 milhões. O resultado representa as menores taxas percentuais e os menores valores absolutos desde o início da série do instituto, em 2012. A mínima histórica anterior havia sido registrada em 2013, com 21,6%.

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem'. O IBGE, contudo, evita o termo, pois uma parcela desse grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício.

Segundo o IBGE, no entanto, a participação das mulheres negras (pretas e pardas) de 15 a 29 anos sem trabalhar e sem estudar teve avanço. O grupo, tradicionalmente mais afetado pela falta de estudo e trabalho, era composto por 4,6 milhões no ano passado, ou 45,2% do total de jovens na condição (em 2022, o índice foi de 43,3%). O número representa o maior percentual da série histórica.

Homens pretos e pardos (2,4 milhões ou 23,4%), mulheres brancas (1,9 milhões ou 18,9%) e homens brancos (1,2 milhões ou 11,2%) vieram na sequência.

Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa estatísticas obtidas da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também do IBGE.

PERCENTUAL DE MULHERES NEGRAS CRESCE; MENOR RENDA DOMICILIAR TEM IMPACTO

A participação das mulheres negras aumentou, saindo de 43,3% em 2022 para 45,2% dentre os jovens sem ocupação ou trabalho. Segundo Denise Guichard Freire, uma das analistas da síntese do IBGE, o perfil mais afetado é o de jovens negras sem rede de apoio e que precisam cuidar de familiares.

"Elas não conseguem buscar uma colocação profissional ou estudar, porque não tem política pública para ajudá-las a sair da situação. Todos os outros, principalmente os homens, por não terem tantas responsabilidades, vivem essa condição temporariamente", diz.

Além disso, quanto menor o rendimento domiciliar, maior é a parcela de jovens que não estudam e nem estão ocupados. Em 2023, 49,3% dos jovens dos domicílios 10% mais pobres estavam nesta condição - um em cada dois, a mesma taxa de 2022. No início da série histórica, em 2012, o percentual era de 41,9%.

A taxa é 2,3 vezes maior do que a média dos jovens brasileiros 'nem-nem' (21,2%).

Segundo o instituto, no intervalo entre 2022 e 2023, o total de jovens que não estudam e não estão ocupados recuou 4,9%, devido à melhora de 11,9% entre mulheres brancas e de 9,3% entre homens pretos ou pardos.

A melhora está associada à retomada do mercado de trabalho e ao crescimento do nível de ocupação. O IBGE, no entanto, ponderou que o total de jovens de 15 a 29 anos tem diminuído nos últimos anos, o que impacta o índice.

"Quando tem crise, os jovens saem do mercado de trabalho. Com a retomada da economia, há uma redução dos que somente estudam e dos que não estudam e não estão ocupados", diz Denise.

O dado da Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE, reforça um cenário revelado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Educação de 2023. Divulgada em março deste ano, a pesquisa afirmava que 9,6 milhões de jovens estavam sem estudar e sem trabalhar, dado que correspondia a quase um quinto (19,8%) da população com idade entre 15 e 29 anos.

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Empreendimentos impulsionam o crescimento de bairros em Goiânia

Um exemplo foi o Setor Perim, que após receber 900 famílias com a entrega de empreendimento imobiliário, atraiu mais comércios e serviços que beneficiam toda a região

Modificado em 17/09/2024, 16:26

Empreendimentos impulsionam o crescimento de bairros em Goiânia

(Divulgação)

Goiânia cresce a olhos vistos em todas as áreas. De tamanho populacional à presença de comércios e serviços, é visível o rápido desenvolvimento da cidade ao longo dos anos. O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado, serve como parâmetro ao apontar que a concentração urbana da Grande Goiânia foi a que mais cresceu no país nos 12 anos anteriores ao levantamento.

A região teve um salto de 18,9% desde a última pesquisa, em 2010, representando um aumento de mais de 390 mil pessoas. No âmbito comercial, dados da Junta Comercial de Goiás (Juceg) mostram que a capital goiana saiu de 208.733 empresas em funcionamento, em 2018, para 309.056, em agosto de 2022. Foram mais de 100 mil CNPJs, representando um aumento de 48,06%.

Olhando os números com uma lupa, em direção aos bairros, o que se percebe é que o crescimento populacional está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico de uma região. Um dos que mais sentiu os efeitos desse crescimento foi o Setor Perim, na região Norte da capital. Antes um bairro estruturalmente carente, agora se destaca pela chegada de diversos comércios e serviços, após a implantação de residenciais que quase dobraram a sua população.

De acordo com o Censo de 2010, sua população era de 3.419 habitantes. Em processo contínuo de expansão, o setor historicamente enfrentou problemas significativos em relação à falta de esgoto adequado, à necessidade de ampliação de serviços de saúde, aos altos índices de criminalidade e à demanda crescente por novas linhas de ônibus para atender seus moradores.

Uma das iniciativas que ancorou o crescimento veio da MRV, empresa do grupo MRV&CO que, entregou dois empreendimentos, que levaram quase 900 famílias para o bairro - uma população aproximada de 3000 pessoas. Ou seja: vai dobrar a população local.

O Gran Vitta foi entregue em novembro de 2020 e recebeu 320 famílias. Logo depois, os dois primeiros módulos do Gran Valley foram entregues em novembro de 2021 para outras 120. A última etapa do residencial foi disponibilizada em dezembro do ano seguinte, com mais 432 apartamentos.

A chegada do residencial estimulou um círculo virtuoso no setor, atraindo outros investimentos. Vizinho a ele, está prestes a ser inaugurado um street mall com opções de alimentação, entretenimento, pet shop, salão de beleza e estética, academia de ginástica e lotérica, entre outros.

Síndico dos dois condomínios, Agnaldo Eterno dos Santos mora na região há 20 anos. Ele diz que a instalação dos prédios fez com que diversos estabelecimentos fossem atraídos para o Norte da cidade e até com que o poder público olhasse para a região com mais atenção, oferecendo melhorias na segurança e em infraestrutura com investimentos em pavimentação, iluminação pública e saneamento básico.

"Onde antes só havia lotes baldios, sem construção, hoje, em função da chegada dos empreendimentos da MRV, o comércio local aumentou significativamente para atender a essa população. É notável o progresso que a região teve", comenta o síndico.

Outra área que viu avanços na região foi a da segurança pública. Com mais comércios e moradores, os frequentadores puderam perceber também o crescimento do policiamento. "Sempre que a gente demanda algo com a polícia, temos sido atendidos a contento", diz Agnaldo. "O condomínio em si tem uma segurança maior porque conta com monitoramento por câmeras 24 horas por dia. Mas toda a região dos condomínios não tem histórico de roubos ou latrocínios, por exemplo", explica.

Vale ressaltar que o crescimento dos serviços para o bairro trazem também uma valorização natural dos imóveis da região. De acordo com Agnaldo, de um lançamento na faixa de R$ 120 a R$ 140 mil, os apartamentos do Gran Valley e do Gran Vitta chegam a ser vendidos hoje entre R$ 200 e R$ 220 mil.

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45% dos goianos com mais de 25 anos não concluíram o ensino médio

Homens são os que menos terminam os estudos em Goiás. Dados da Pnad Contínua Educação 2023, divulgados nesta sexta-feira (22), mostram ainda que só 26% das crianças de 0 a 3 anos estão em creches

Modificado em 17/09/2024, 16:18

45% dos goianos com mais de 25 anos não concluíram o ensino médio

++GABRIELLA BRAGA++

Apesar da redução no porcentual de pessoas com mais de 25 anos que não concluíram o ensino médio desde 2016, Goiás ainda conta com 45,2% da população nesta faixa etária que deixaram a escola sem finalizar a última etapa da educação básica obrigatória. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação 2023 mostram que os homens são os que menos terminam os estudos.

A pesquisa produzida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgada nesta sexta-feira (22) e aponta para uma tendência de crescimento do nível de instrução da população com a conclusão da educação básica obrigatória, que envolve toda a trajetória escolar do aluno, até o ensino médio. Calcula-se ainda a educação superior, etapa de ensino facultativa.

Em 2016, mais da metade da população goiana com mais de 25 anos havia encerrado os estudos antes da conclusão do ensino médio. A reversão do cenário só foi visualizada em 2022, quando 48,2% não haviam concluído. Vale lembrar que nos anos de 2020 e 2021 a pesquisa não foi realizada. A mudança de tendência para as mulheres já pode ser observada em 2018. Naquele ano, metade havia finalizado os estudos na educação básica.

Em Goiás, para os homens, a reversão foi mais lenta. Apenas no ano passado se registrou menos da metade (47,7%) dos homens sem a conclusão da etapa de ensino obrigatória. No mesmo ano, as mulheres já alcançavam um porcentual ainda menor que o total registrado considerando ambos os sexos: 42,8%.

Superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira pontua que os papéis de gênero têm impacto também na formação de homens e mulheres. Ele pondera que, historicamente, as mulheres tiveram mais dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. Por isso, a permanência nas escolas se torna maior e, consequentemente, a conclusão dos estudos.

Conforme ele, fatores como a falta de creches impactam no acesso ao mercado de trabalho por parte das mulheres. E é um dos pontos elencados pela Pnad Contínua Educação. Apenas 26,6% das crianças de 0 a 3 anos estão nas creches. Mesmo com o aumento, o porcentual aponta para a problemática da oferta na educação infantil, que é conduzida majoritariamente nas redes municipais de ensino.

O jornal retratou em diferentes ocasiões a barreira que mães enfrentam para conseguir uma vaga para os filhos em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e Centros de Educação Infantil (CEIs) de Goiânia. Há um déficit de 9,5 mil matrículas nas unidades de ensino da capital. Enquanto isso, muitas mulheres deixam os empregos, ou não conseguem retornar ao mercado de trabalho, pela ausência de um local seguro para deixar as crianças.

Para o superintendente do IBGE em Goiás, os dados que apontam que 45,2% dos goianos em idade acima de 25 anos não concluíram os estudos também estão ligados às altas taxas de abandono escolar no ensino médio, a última etapa obrigatória. "Tem uma maior repetência (reprovação) e evasão", pontua.

Ele destaca ainda que há uma correlação entre a escolaridade, e as posições no mercado de trabalho que serão ocupadas. "O salário está diretamente ligado à produtividade", diz, explicando que a produtividade está relacionada à capacidade de uma pessoa concluir uma atividade mais rápida. "E quanto mais estuda, mais consegue ser produtivo", conclui.

Vieira também pontua que, pelo recorte racial, a população preta e parda é a que mais sofre com a falta de escolaridade. Além da necessidade de ingressar antes no mercado de trabalho, o superintendente pondera que os salários são mais inferiores. "Entra em um ciclo vicioso", comenta. Em 2023, 49,5% dos pretos e pardos com mais de 25 anos não haviam concluído o ensino obrigatório. Por outro lado, o porcentual para os brancos chegou a 37,6%.

Analfabetismo é maior para idosos, homens, pretos e pardos

A Pnad Contínua Educação 2023 mostra ainda para a tendência de queda na taxa de analfabetismo em Goiás e em todo o Brasil. A situação é mais evidente nas idades mais avançadas. O grupo populacional mais idoso tem a maior proporção de analfabetos, que são aquelas pessoas que não sabem nem ler e nem escrever.

No estado, houve redução para todas as faixas etárias. A queda foi ainda maior para a faixa etária de 60 anos ou mais, que saiu de 24,4%, em 2016, para 14,2%, em 2023. Ao mesmo tempo, o grupo de 40 anos ou mais reduziu de 11,8% para 7,5%, respectivamente.

Considerando a população com idade de 25 anos ou mais, a diminuição foi de cerca de dois pontos porcentuais, ficando em 4,9% de analfabetismo no último ano. O cenário se repete para aqueles com 18 anos ou mais, ou 15 anos ou mais. Com a queda de dois pontos porcentuais, ficaram em 4,2% e 4%, respectivamente.

O recorte por gênero mostra que os homens são mais analfabetos que as mulheres, independente de faixa etária. Para aqueles com idade de 15 anos ou mais, a taxa ficou em 4,2% em 2023. No caso de quem possui mais de 60 anos, o analfabetismo alcançou 14,4% do grupo populacional. Já as mulheres permaneceram em 3,8% e 14%, respectivamente.

Pelo recorte racial, é evidente que a população preta e parda acima de 60 anos é ainda mais afetada. Em 2016, o grupo chegava a 30,9% de analfabetos. Sete anos depois, fechou em 17,6%. No entanto, para brancos, a taxa ficou em 9,8% no último ano, com redução de seis pontos porcentuais. No caso da faixa etária de 15 anos ou mais, a diferença é menos explícita: brancos (3,4%) e pretos/pardos (4,4%).