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Grades e segurança privada para proteger túmulos no Cemitério Santana

Patrimônio histórico do município de Goiânia, local é alvo de furtos e vandalismo com frequência

Modificado em 19/09/2024, 00:29

Nanci Esperança Lopes no túmulo da família no Cemitério Santana: furto de sete placas de bronze e fotografias de porcelana

Nanci Esperança Lopes no túmulo da família no Cemitério Santana: furto de sete placas de bronze e fotografias de porcelana
 (Fábio Lima)

João Pedro Santos (estagiário do GCJ em convênio com a UFG)

Apesar de tombado como patrimônio histórico de Goiânia e abrigando jazigos de personalidades importantes para Goiás, o Cemitério Nossa Senhora de Santana, no Setor dos Funcionários, é com frequência alvo de furtos e vandalismo. A recorrência fez com que algumas famílias instalassem grades de ferro ou contratassem serviços de segurança armada para garantir a preservação dos túmulos de seus entes queridos.

Em 2021, o jornal registrou a situação de abandono do local, os muitos objetos desaparecidos, a falta de cuidado com túmulos e os poucos funcionários. A reportagem retornou ao cemitério na tarde desta quinta-feira (1º), e o cenário de abandono e degradação era visível, dois anos depois. Ausência das placas de identificação dos velados, pisos irregulares, vidraças quebradas em portas e janelas de jazigos foram algumas das situações identificadas. A reportagem também não avistou nenhum funcionário durante o período em que esteve por lá, nem a presença de qualquer método de proteção nos muros, como cercas elétricas e concertinas.

Histórico

Construído em 1939, o Cemitério Nossa Senhora de Santana ficou sob administração do Governo do Estado de Goiás por 20 anos. Em 1959, sua tutela foi transferida para o município de Goiânia, durante a gestão do prefeito Jaime Câmara, que foi enterrado no local. Além de Câmara, outras personalidades que marcaram a história do estado estão veladas lá, entre elas o fundador da capital, Pedro Ludovico Teixeira; seu primeiro prefeito, Venerando de Freitas Borges; e um dos principais líderes políticos de Goiás, Iris Rezende Machado. Possuindo fortes traços da arquitetura art déco , em 26 de setembro de 2000, o cemitério foi tombado como Patrimônio Histórico do município através do decreto n.º 1879/2000.

Em 2015, a Associação das Empresas Funerárias do Estado de Goiás (Aefego) elaborou, em parceria com o arquiteto Leo Romano, um projeto para transformar o local em um ponto de visitação turística. Porém, o projeto desapareceu após ser entregue à Prefeitura. O objetivo era preservar a arquitetura e as obras de arte, para fazer com que o cemitério fosse um ambiente de cultura por sua grande importância histórica para a capital goiana, abrigando os jazigos de comunidades que auxiliaram na construção da cidade, como árabes e japoneses.

Furtos constantes

Professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Nanci Esperança Lopes, cuja família possui um jazigo no local desde 1957, lamenta o estado atual do cemitério. "Alguns anos atrás, a degradação era mais discreta. Recentemente, é uma depredação de modo geral", diz ela sobre os danos estruturais presentes no local. De acordo com ela, aproximadamente 30% dos túmulos presentes possuem algum tipo de vandalismo, que varia de pichações a furtos de objetos e ornamentações próximos aos mesmos, como crucifixos, estátuas e fotografias.

O jazigo da família de Nanci foi vítima de furto recente, levando a moradora a fazer uma denúncia ao jornal. "Roubaram sete placas de bronze e sete fotografias de porcelana. Cada placa custou em torno de 250 reais, e as fotos tinham valor ainda maior. Tudo que sobrou foi uma fotografia quebrada. Comuniquei à minha família, pois somos quatro herdeiros, mas eles decidiram deixar por isto mesmo", relata. Ela reforça dizendo que estes roubos e vandalismos acabam por dificultar a identificação e o reconhecimento daqueles que estão velados lá, fato comprovado pela reportagem.

Nanci atribui à falta de segurança no local como fator de facilitação dos furtos. "Hoje, não existe nenhum tipo de supervisão. É preciso instalar uma vigilância efetiva durante o dia inteiro, porque estes roubos estão se tornando muito constantes. Se alguma providência séria não for tomada, o cemitério vai se tornar um lugar abandonado", diz. Ao estar no local na manhã desta quinta-feira (1º), ela conversou com um funcionário que lavava os jazigos, que lhe afirmou que tais incidentes são muito comuns, e que se concentram em especial nos ornamentos maiores. O trabalhador também lhe contou os prováveis fins dos objetos roubados. "Os criminosos, que, na sua maioria, são moradores de rua e usuários de drogas, vendem essas peças nos ferros-velhos que existem em torno do antigo Bairro Popular, e ganham ali em torno de 50 e 60 reais. É muito fácil", afirma.

Mesmo com a família deixando os eventos de lado, Nanci encontrou outra razão para tomar providências. "Uma amiga possui dois jazigos no Cemitério Santana, que também foram furtados e vandalizados. Junto com ela, vou abrir uma ocorrência no Ministério Público, porque ficamos horrorizadas com a situação", relata. Ela lembra de um episódio recente após o dia de Finados, onde uma estátua de quase 2 metros de altura foi furtada de um jazigo. A reportagem verificou no local citado o espaço vago no topo, com quatro buracos e vigas de metal retorcidas saindo de um deles. Nanci diz que não pretende reformar o que foi furtado no jazigo de sua família. "Seria entregar ouro pro bandido", afirma.

Desenvolvimento humano e social

Em material divulgado ao jornal, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social de Goiânia (SEDHS) afirmou que tem ciência da situação atual no Cemitério Santana e que existe uma iniciativa para reforçar a segurança do local e inibir futuros furtos e depredações, em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade. "Porém, o cemitério não possui câmeras de monitoramento, apenas conta com a vigilância constante da GCM", afirma a assessoria da pasta.

De acordo com a SEDHS, não existe uma pauta de reforma do local, como um todo. "Porém, caso ocorra por parte do detentor do título de perpetuidade do jazigo a decisão pela restauração ou reparo do jazigo, será imprescindível o acompanhamento de técnico da Gerência de Patrimônio Artístico e Cultural (GPAC) e que se ouça o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, à execução dos serviços e intervenções autorizadas, mantendo-se a originalidade do jazigo, sendo todos os ônus de total responsabilidade do proprietário", afirma.

A Secretaria reforça a necessidade de mais segurança no local. De acordo com a assessoria da pasta, na gestão atual do prefeito Rogério Cruz, através da secretária Maria Yvelônia, existe um projeto em andamento para contratação de seguranças patrimoniais, que atuarão na Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social e suas unidades, incluindo o Cemitério Santana.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para falar mais sobre a vigilância no local, mas até o fechamento desta reportagem não obteve resposta.

Nanci Esperança Lopes no túmulo da família no Cemitério Santana: furto de sete placas de bronze e fotografias de porcelana

Nanci Esperança Lopes no túmulo da família no Cemitério Santana: furto de sete placas de bronze e fotografias de porcelana
 (Fábio Lima)

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

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Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

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Iluminação pública de Goiânia é destaque em Censo, apesar de deficiências do serviço

Pesquisa aponta que 99,6% dos goianienses residirem em vias com pontos de luz. No entanto, moradores se queixam que muitos deles estão sem funcionar, com lâmpadas queimadas

Modificado em 18/04/2025, 09:42

Falta de iluminação na Alameda Botafogo, no Setor Pedro Ludovico: problema afeta várias regiões da capital

Falta de iluminação na Alameda Botafogo, no Setor Pedro Ludovico: problema afeta várias regiões da capital (Wildes Barbosa/O Popular)

Goiânia sofre com iluminação pública deficitária, apesar de ser a capital com o maior índice de cobertura do serviço. Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem, mostram que 99,6% dos goianienses residem em vias com um ou mais pontos de iluminação. A pesquisa, contudo, leva em consideração apenas a existência do equipamento, e não o completo funcionamento. Enquanto isso, moradores reclamam de lâmpadas queimadas e ruas escuras pelo município.

Os indicadores publicados pelo instituto se referem ao resultado da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que verifica, dentre outros pontos, a cobertura da iluminação pública. Além de ter a capital no topo da lista, Goiás também se mantém na primeira colocação com maior presença do serviço público, com 99% da população assistida. E ambos seguem a tendência do Censo Demográfico 2010, quando alcançaram a melhor posição. Também melhoraram o resultado em pouco mais de uma década -- Goiânia tinha naquele ano 99,4%, e o Estado, 97,8%.

Na capital, são 1,4 milhão de moradores que contam com domicílios situados em vias públicas com equipamentos de iluminação, enquanto apenas 5,5 mil não possuem o serviço. Coordenador operacional do Censo Demográfico, Daniel Ribeiro explica que o levantamento não especifica se "tem ou não a iluminação efetiva, mas vê se tem o equipamento (poste, luminária e lâmpada)." Ainda conforme ele, ruas secundárias que contam com apenas poste de um lado da via são consideradas como tendo a totalidade da iluminação. Vias maiores, como avenidas, contam com pontos em ambos os lados.

500 pedidos

Situado na região Sul, o Jardim América é o setor mais populoso de Goiânia, com 49,1 mil habitantes. Mesmo assim, ainda enfrenta problemas de iluminação pública. Presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Jardim América e Nova Suíça, Eduardo Kleber conta que na última semana ingressaram com um novo pedido judicial para a troca de cerca de 500 lâmpadas queimadas. No ano passado, a entidade havia ingressado com ação cobrando a substituição de 903 luminárias defeituosas. Com isso, parte delas já havia sido alterada por novas de LED, mas outras permaneceram.

"Da Avenida T-9 para cima, até o Parque Amazônia, está praticamente 90% de LED, que conseguimos trocar com o processo. Mas para baixo, até ali na Vila Santa Efigênia, está muito apagado. É ali que estão as 500 lâmpadas que fiz o pedido semana passada, e que ainda não trocaram. Da Praça do Ginásio (do Jardim América) até o Parque Vaca Brava também têm muitas queimadas", comenta Eduardo. Ele pondera ainda que em setores como Parque Amazônia e Pedro Ludovico, a iluminação também tem sido precária.

'Brilha Goiânia'

Em nota, a Prefeitura afirma que entende as deficiências em infraestrutura identificadas pelo Censo de 2022, e que "deveriam ter sido priorizados pela gestão anterior". Porém, ressalta que nos primeiros 100 dias sob o comando de Sandro Mabel é realizada uma força-tarefa para solucionar os serviços básicos. "Na iluminação pública foi lançado o programa Brilha Goiânia, que vai substituir todo o parque luminotécnico da cidade por lâmpadas de LED. O programa já beneficiou o Centro da cidade e os trabalhos seguem na Região Noroeste, com capacidade para troca de mil lâmpadas por dia".

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Iluminação e entulho, gargalo dos mutirões

Após 32 edições neste ano na capital, entulho e iluminação são alvos de queixas

Modificado em 17/04/2025, 09:11

Entulho fica amontoado na Rua Ary Barroso, no Setor Vera Cruz

Entulho fica amontoado na Rua Ary Barroso, no Setor Vera Cruz (Wildes Barbosa / O Popular)

Em pouco mais de quatro meses, a Prefeitura de Goiânia realizou 32 edições de mutirões de limpeza urbana em diferentes regiões, e a expectativa é que sejam realizadas mais 10 -- os próximos, nos setores Bueno e Oeste, região Sul da capital. Ao mesmo tempo em que os serviços avançam nos bairros, alguns ainda chegam tímidos. Para moradores, há ainda desafios, como recolhimento de entulho e manutenção da iluminação pública.

O prefeito Sandro Mabel (UB) lançou o primeiro mutirão de limpeza logo que assumiu o mandato, no dia 4 de janeiro. Naquele dia, na região Noroeste, o setor Finsocial se tornava palco do lançamento do projeto que deve perdurar inicialmente até maio. Dois dias antes, um decreto havia sido publicado regulamentando os mutirões de limpeza urbana com o foco em "promover a conservação e limpeza dos espaços públicos, a saúde pública e o bem-estar da população". Dentre os serviços de zeladoria urbana, a exemplo, há a previsão de remoção de mato alto, entulho, limpeza de praça, pintura de meio-fio, além de tapa-buracos.

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Pendências

O jornal percorreu, durante o fim da última semana e o início desta, cinco setores que tiveram mutirões entre o início de fevereiro e o fim de março. Para moradores destas localidades, as edições conseguiram abranger parte dos problemas urbanos, como mato alto e buracos nas vias. Contudo, ficaram pendências, como é o caso da iluminação pública e da remoção de entulhos. Os relatos demonstram que tais serviços tiveram poucos avanços, mesmo sendo previstos nas ações.

Situado na região Oeste, em divisão denominada parte C, o Conjunto Vera Cruz recebeu o 13º mutirão de limpeza com lançamento no dia 19 de fevereiro, na Praça da Feira. No local, o mato do canteiro central cortado à época já começava a ter altura, enquanto alguns serviços permaneciam para trás. É que o alega o empresário Cleomenes Rodrigues, de 37 anos, que vê melhorias visíveis em relação ao mato alto, buracos nas vias e poda de árvores. "Melhorou algumas coisas, mas o entulho ali não recolheram", conta, apontando para pontos situados na Rua Ary Barroso. Ele cita ainda que a iluminação também não ganhou muito holofote. Na porta de onde mantém um comércio, nas proximidades da praça, duas lâmpadas queimadas não teriam sido trocadas.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) está responsável pela limpeza de bueiros e bocas de lobo, operação tapa-buracos e manutenção da iluminação pública. Já o Consórcio Limpa Gyn, mantém o recolhimento de entulho, lixo domiciliar, recicláveis e cata-treco.

A Comurg diz, em nota, que "a limpeza já foi concluída nas regiões das 19 primeiras edições, e segue os trabalhos simultâneos nas regiões das últimas 12 edições, com status de execução entre 40% e 80% dos serviços previstos." A Seinfra explica que está presente em todas as ações e que "as equipes são designadas para atender as demandas cadastradas no aplicativo Prefeitura 24h e as que surgem durante vistorias realizadas na região atendida pelo mutirão."