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Homem que matou fazendeiro a mando da filha e genro por herança de R$ 3 milhões foi preso na casa de familiares, diz PC

Quatro pessoas foram presas por auxiliar na fuga do suspeito, mas respondem em liberdade, segundo a polícia

Modificado em 06/01/2025, 18:07

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça estava dentro de um deposíto, segundo a polícia. Quatro pessoa foram presas por auxiliar na fuga do suspeito

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça estava dentro de um deposíto, segundo a polícia. Quatro pessoa foram presas por auxiliar na fuga do suspeito (Divulgação/Polícia Civil)

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça estava dentro de um deposíto, segundo a polícia. Quatro pessoa foram presas por auxiliar na fuga do suspeito (Divulgação/Polícia Civil)

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça estava dentro de um deposíto, segundo a polícia. Quatro pessoa foram presas por auxiliar na fuga do suspeito (Divulgação/Polícia Civil)

O suposto matador de aluguel Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça, de 22 anos, suspeito de assassinar o fazendeiro Nelson Alves de Andrade, de 73, foi preso dentro de um depósito na casa de familiares, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal (DF), de acordo com a Polícia Civil (PC). O homicídio teria ocorrido a mando da filha e do genro do idoso para eles ficarem com a herança de R$ 3 milhões, conforme as investigações. Quatro pessoas foram presas por auxiliar na fuga do suspeito, mas respondem em liberdade, segundo a polícia.

Era um depósito da casa. Tinha um caminho de entrada no meio dos dois imóveis, mas um terreno só", explicou o delegado responsável pelo caso, Peterson Amin.

Luiz Henrique passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (6) e foi mantido preso. Ao POPULAR , a advogada Pollyanna Milhomem, que está na defesa do Luiz Henrique, afirmou que seu cliente é inocente. Acrescentou que fará o pedido de habeas corpus para o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), além de solicitar a revogação da prisão para a comarca de Campinorte. Sobre a alegação da PC de que ele teria confessado o crime, a defesa de Luiz afirmou que o cliente apenas indicou os envolvidos, colaborando dentro do que ele soube e através da confissão de um deles.

A defesa da filha do fazendeiro, Nauany Steffany Maia Alves, de 20, não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. Anteriormente, o advogado da mulher disse que a cliente é inocente e pretende provar isso nos autos. A Defensoria Pública de Goiás, que representou durante audiência de custódia o esposo dela, Rui Clessio Ferreira de Souza, de 21, informou que não está mais na defesa dele.

O crime aconteceu no dia 1º de abril deste ano, em Campinorte, no sul de Goiás. Cerca de oito meses após o desenrolar das investigações, a PC requereu a prisão dos cinco envolvidos na morte do fazendeiro, mas o Poder Judiciário decidiu pelo mandado apenas do casal e de Luiz Henrique, apontado como o executor e contratante de outros dois homens que participaram do assassinato.

Prisão dos familiares

O suspeito foi considerado foragido pela polícia e preso somente neste domingo (6), escondido por parentes em uma casa, segundo o delegado responsável pelo caso, Peterson Amin.

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça é suspeito de executar e contratar dois assassinos no crime (Divulgação/Polícia Civil)

Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça é suspeito de executar e contratar dois assassinos no crime (Divulgação/Polícia Civil)

Ao todo, quatro pessoas, avós e pai do suspeito e uma vizinha foram presas por terem "auxiliado na fuga" de um foragido da Justiça, podendo responder pelo crime de favorecimento pessoal, esclareceu o delegado.

Ele estava dentro de um depósito de pneus, onde estava trancado, e os familiares estavam dando alimentação e água para ele", relatou.

O investigador informou ao POPULAR que os suspeitos pelo auxílio na fuga de Luiz Henrique assinaram um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e respondem em liberdade pelo crime. Por não terem os nomes divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles.

Na ocasião da prisão, o matador de aluguelconfessou o crime , segundo o delegado. Luiz Henrique segue detido no presídio de Novo Gama e será transferido para o presídio de Uruaçu, no norte goiano, nesta segunda-feira (6).

A ação contou com o auxilio de policiais da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana)

Outros envolvidos no homicídio

Além dos três, o delegado destacou que indiciou mais dois homens, suspeitos de envolvimento no crime: Vitor Manoel Martins Soares e Wilkinson Durval Barbosa dos Santos. De acordo com as investigações, a dupla "auxiliou na emboscada do fazendeiro", que foi morto com dois tiros enquanto pilotava uma motocicleta e foi abordado por três homens de bicicleta.

"Eles [Vitor e Wilkinson] foram indiciados junto com os outros três, mas o Poder Judiciário não autorizou a prisão preventiva deles", frisou Peterson.

Relembre o caso

Crime aconteceu na zona rural de Campinorte após uma emboscada (Divulgação / Polícia Civil)

Crime aconteceu na zona rural de Campinorte após uma emboscada (Divulgação / Polícia Civil)

O assassinato do fazendeiro era apurado pela Delegacia Regional da Polícia Civil de Uruaçu por meses, que tinha suspeitas contra a filha e o genro do fazendeiro, que começaram a vender os propriedades da vítima e aquirirem bens.

No entanto, conforme o delegado Peterson Amin, o fato que acelerou as investigações foi uma denúncia anônima do matador de aluguel, que teria sido contratado por R$ 20 mil para cometer o crime. "Ele recebeu apenas R$ 1 mil", continuou Peterson.

Filha e genro de Nelson Alves de Andrade foram presos, no dia 20 de dezembro, na cidade de Campos Verdes (Divulgação/Polícia Civil)

Filha e genro de Nelson Alves de Andrade foram presos, no dia 20 de dezembro, na cidade de Campos Verdes (Divulgação/Polícia Civil)

A contratante do assassinato, a filha do fazendeiro Nauany Steffany, e seu esposo Rui Clessio, seguem presos desde 20 de dezembro de 2024. Segundo o delegado, no interrogatório, ela responsabilizou o esposo, Rui, pelo crime. Porém, Peterson ressaltou que a jovem não demonstrou nem remorso e nem raiva do companheiro.

"Ela fala que não tem envolvimento, que não teve participação, mas não demonstra nenhum tipo de sentimento de raiva ou mágoa em relação ao marido, por ele ter mandado matar o pai nada", emendou.

Acerca do depoimento de Rui, Peterson contou que o jovem demonstrou nervosismo, mas negou envolvimento ou conhecimento do crime. "Ele fala que não sabe de nada. Negou tudo. O que ele disse no interrogatório não fez sentido nenhum com o que as investigações apontaram", relatou Peterson.

Agora, o delegado informou que irá acrescentar no inquérito a confissão do matador de aluguel, Luiz Henrique, que conforme Peterson, "contou tudo sobre o crime" quando foi preso.

Antes, ele já tinha enviado para a polícia, por um número de celular anônimo, prints de conversas com o casal cobrando o pagamento do serviço para executar o fazendeiro e ameaçando denunciar o caso para a polícia .

Suposto matador de aluguel sugere parcelamento da dívida após matar a vítima (Divulgação/Polícia Civil)

Suposto matador de aluguel sugere parcelamento da dívida após matar a vítima (Divulgação/Polícia Civil)

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Atritos na negociação de carga com sementes de milho motivou morte de fazendeiro por falsos policiais, conclui polícia

Vítima já tinha desavenças com um dos suspeitos devido a um empréstimo de aproximadamente R$ 30 mil que não foi pago, segundo delegado. Três suspeitos foram presos

Fazendeiro Luiz Carlos de Lima, conhecido como Peixe, foi assassinado em Formosa

Fazendeiro Luiz Carlos de Lima, conhecido como Peixe, foi assassinado em Formosa (Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil concluiu que um atrito na negociação de um caminhão carregado com sementes de milho motivou o assassinato do fazendeiro Luiz Carlos de Lima, conhecido como Peixe. As investigações apontam que ele foi atraído para uma emboscada e brutalmente agredido até a morte. O crime ocorreu em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, e três suspeitos foram presos.

A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos.

Segundo o delegado Danilo Meneses, responsável pelo caso, a vítima já tinha desavenças com um dos suspeitos devido a um empréstimo de aproximadamente R$ 30 mil que não foi pago. Posteriormente, surgiu um novo conflito envolvendo a carga de sementes de milho.

Além de um dos suspeitos dever cerca de R$ 30 mil para a vítima e não ter pago esse valor, o que acabou gerando um desentedimento entre eles, houve também um desacordo sobre a carga de milho. Isso explicaria por que, no momento do assassinato, ele [o suspeito] ter colocado milho na boca da vítima", afirmou o delegado.

Os três suspeitos tiveram a prisão temporária convertida em preventiva pelo Poder Judiciário, e o Ministério Público já apresentou a denúncia. Durante as investigações, a polícia identificou quatro envolvidos, mas a Polícia Civil concluiu que um deles não tinha conhecimento da prática do crime.

A Polícia Civil de Goiás informou que os suspeitos foram presos durante a operação Isca, realizada em 24 de janeiro. Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, com apoio de agentes das delegacias de Formosa, Planaltina e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Relembre o caso

O assassinato de Luiz Carlos ocorreu em 15 de agosto de 2024. Segundo as investigações, um grupo de criminosos disfarçados de policiais invadiu uma fazenda e manteve 10 pessoas em cárcere privado durante cerca de seis horas.

Os suspeitos forçaram um funcionário da propriedade a cortar a correia de uma caminhonete e, em seguida, ligar para a vítima pedindo que levasse uma peça nova para o conserto. O plano serviu para atrair Luiz Carlos ao local.

Assim que chegou à fazenda, o fazendeiro foi rendido, agredido violentamente e assassinado. Após o crime, os suspeitos fugiram em um carro.

Geral

Família pede que filha acusada de matar fazendeiro fique sem herança

Pedido foi feito por irmãos e sobrinhos de produtor morto em abril após Nauany Alves e marido se tornarem réus. Vítima teria R$ 3 milhões em bens

Nelson de Andrade foi morto em estrada vicinal perto de sua fazenda

Nelson de Andrade foi morto em estrada vicinal perto de sua fazenda (Divulgação / Polícia Civil)

A família do fazendeiro Nelson Alves de Andrade, assassinado aos 73 anos em 1º de abril do ano passado, perto de sua fazenda, em Campinorte -- cidade a 300 quilômetros de Goiânia, no Norte do Estado --, entrou na Justiça para que a filha dele, a dona de casa Nauany Steffany Maia Alves, de 20 anos, denunciada como um dos mandantes do crime, não receba a herança avaliada em R$ 3 milhões. Investigações da Polícia Civil apontam que ela e o marido, o mecânico Rui de Clessio Ferreira de Sousa, de 21, contrataram uma pessoa por R$ 20 mil para matar Nelson e, assim, eles ficarem com os bens dele.

Dois irmãos e dois sobrinhos de Nelson entraram com uma ação de exclusão de herdeiro por indignidade, afirmando estar comprovado que a filha do fazendeiro armou o crime para ficar com o patrimônio do pai e que, nesses casos, o Código Civil permite que ela seja punida com a perda do direito de receber os bens da vítima. "Ademais, se a dignidade é igual à justiça, a indignidade é a da injustiça do crime. Age como indigno juridicamente aquele que agiu contra a lei, linha de conduta normal exigida pela sociedade", afirmam na ação.

O caso mais emblemático envolvendo exclusão de herdeiro por indignidade é o de Suzane von Richtofen, de 41 anos, condenada a 38 anos de prisão por planejar a morte dos pais -- Manfred e Marísia --, em outubro de 2002, em São Paulo. Os bens do casal -- avaliados, na época, em R$ 10 milhões -- ficaram com o irmão de Suzane, Andreas. A pena foi convertida para o regime aberto em 2023. Como Andreas não tem esposa nem filhos nem há outros irmãos, Suzane é a única herdeira dele.

Nauany ainda não foi condenada pelo crime, uma vez que o processo se encontra ainda em fase inicial de tramitação na Justiça. No começo do ano, a 1ª Vara Criminal do Novo Gama aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra ela e mais quatro réus. A dona de casa é acusada de tramar junto com o marido a morte do pai. Para a execução, contrataram Luiz Henrique da Silva Lima Mendonça, de 22 anos, que chamou mais dois cúmplices, Vitor Manoel Martins Soares, de 20, e Wilkson Durval Barbosa dos Santos, de 21.

O caso ganhou repercussão depois que a Polícia Civil divulgou que o acusado como executor entregou o casal, ao se irritar por não ter recebido o valor combinado para o crime. A partir das provas entregues por Luiz Henrique, os policiais chegaram até Nauany e Rui, que foram presos em 10 de dezembro. Já o suspeito de executar o crime foi detido em 5 de janeiro. Os outros dois respondem em liberdade. Desde o início, entretanto, o comportamento do casal já chamava a atenção de familiares, pela pressa dos dois em transformar os bens em dinheiro.

A família de Nelson pede que a Justiça coloque um dos irmãos como administrador dos bens do fazendeiro até que haja uma decisão final sobre o requerimento. "O risco da requerida (Nauany) em vender tudo e dilapidar todo o patrimônio e também pelo fato da requerida estar presa, os bens necessitam de administrador sob pena de perecimento e não sejam vendidos ou realizado qualquer gasto que não para administrar os bens."

A defesa de Nauany nega qualquer envolvimento dela com o crime e diz que as investigações não apresentaram nenhuma prova concreta que a ligue à morte do pai. "É necessário demonstrar que a ré efetivamente contribuiu para a prática do crime, o que não foi claramente estabelecido na denúncia", afirmou a defesa em recurso apresentado na Justiça.

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Filha que mandou matar o pai por herança de R$ 3 milhões não demonstra remorso, diz delegado

Em interrogatório, a mulher responsabilizou o companheiro pelo crime, mas a polícia não acredita na versão dela, segundo o delegado

À esquerda, filha suspeita de mandar matar o pai. À direita, cena do crime (Divulgação/Polícia Civil)

À esquerda, filha suspeita de mandar matar o pai. À direita, cena do crime (Divulgação/Polícia Civil)

Afilha que mandou matar o pai por herança de R$ 3 milhões responsabilizou o companheiro pelo crime durante o interrogatório, de acordo com o delegado do caso, Peterson Amin. Ao culpá-lo, ela não demonstrou remorso ou raiva do companheiro que, na versão que ela apresentou, mandou matar o pai dela. A polícia não acredita nisso e os dois - além de outros três envolvidos - serão indiciados pelo crime.

Ela fala que não tem envolvimento, que não teve participação, mas não demonstra nenhum tipo de sentimento de raiva ou mágoa em relação ao marido, por ele ter mandado matar o pai nada", concluiu.

Segundo o delegado, durante o interrogatório a mulher estava calma e tranquila. "Ela fala que não teve participação nenhuma, que a ideia foi dele, a execução foi dele, o pagamento foi dele. Ela meio que confessa para ele", disse Peterson.

Enquanto isso, o homem estava mais nervoso e negou qualquer envolvimento ou conhecimento acerca do crime. "Ele fala que não sabe de nada. Negou tudo. O que ele disse no interrogatório não fez sentido nenhum com o que as investigações apontaram", afirmou o delegado.

O POPULAR não conseguiu contatar os advogados dos envolvidos até a última atualização deste texto. Em posicionamento enviado anteriormente, a defesa da mulher disse que ela é inocente e pretende provar isso nos autos.

O caso aconteceu em Campinorte, no norte de Goiás, em abril de 2024; houve uma reviravolta quando o 'matador de aluguel' denunciou o casal à polícia por falta de pagamento.

O casal, o executor do crime e outros dois homens que auxiliaram no homicídio serão indiciados, informou o delegado, pelo mesmo crime: homicídio duplamente qualificado pela emboscada e mediante promessas de pagamento. O casal está preso e o executor foragido.

Filha e genro de Nelson Alves de Andrade foram presos, no dia 20 de dezembro, na cidade de Campos Verdes (Divulgação/Polícia Civil)

Filha e genro de Nelson Alves de Andrade foram presos, no dia 20 de dezembro, na cidade de Campos Verdes (Divulgação/Polícia Civil)

Morte encomendada

As investigações demonstraram que a filha e o genro da vítima contrataram o matador de aluguel Luiz Henrique e prometeram pagar R$ 20 mil para que ele executasse Nelson. Luiz teria contratado mais dois homens.Conforme a polícia, os três homens, em uma bicicleta, abordaram a vítima na zona rural da cidade. Na ocasião, teriam armado uma emboscada e o matado com dois tiros.

Após o crime

Segundo o delegado responsável pelo caso, Peterson Amin, após o crime a mulher não conseguiu sacar a maior parte do dinheiro, pois era "objeto da ação de inventário". Não foi apurado a quantia exata que ela conseguiu retirar do banco. Em seguida, segundo o delegado, ela teria pedido dinheiro ao banco, mas foi negado. Então ela começou a vender o patrimônio para arrecadar dinheiro.

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Crime aconteceu na zona rural de Campinorte após uma emboscada (Divulgação / Polícia Civil)

Crime aconteceu na zona rural de Campinorte após uma emboscada (Divulgação / Polícia Civil)

Calote e ameaças

Luiz Henrique denunciou a mulher e o companheiro após não receber o pagamento acordado pelo crime, segundo o delegado: "Eles [o casal] não pagaram o executor. Ele [o executor] fez um número falso e denunciou o casal 'anonimamente' para a polícia, com fotos, vídeos e print da negociação".

O suposto matador de aluguel ainda ameaçou denunciar o casal para a polícia, revela trecho da conversa entre o mandante e o assassino de aluguel divulgado pela Polícia Civil (PC).

Vai perder a herança toda, só 'tô' dando o recado, ok? Acho bom não me bloquear de novo... Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia", escreveu o suposto assassino ao casal.

Homem suspeito de matar Nelson ameaçou filha e genro da vítima após não receber pelo serviço (Divulgação/Polícia Civil)

Homem suspeito de matar Nelson ameaçou filha e genro da vítima após não receber pelo serviço (Divulgação/Polícia Civil)

Depois disto, Luiz Henrique ofereceu parcelar a dívida. Nos prints, o homem suspeito de assassinar Nelson cobra o genro da vítima e sugere parcelar o pagamento dos R$ 20 mil em três parcelas e afirma: "Não quero nada de ninguém. Só quero o que é meu" (veja abaixo).

Suposto matador de aluguel sugere parcelamento da dívida após matar a vítima (Divulgação/Polícia Civil)

Suposto matador de aluguel sugere parcelamento da dívida após matar a vítima (Divulgação/Polícia Civil)

Prisão

A mulher e o companheiro foram presos no dia 20 de dezembro, na cidade de Campos Verdes, na região central do estado. Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, apontado como um dos executores do crime, é considerado foragido. A polícia solicitou a prisão preventiva de todos os envolvidos, contudo, somente os pedidos da mulher, do companheiro dela e de Luiz foram aceitos pelo Poder Judiciário.

Polícia divulga imagem de Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça suspeito de ser um dos executores do fazendeiro (Divulgação/Polícia Civil)

Polícia divulga imagem de Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça suspeito de ser um dos executores do fazendeiro (Divulgação/Polícia Civil)

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Homem denunciou mulher suspeita de mandar matar pai para ficar com herança de R$ 3 milhões após levar 'calote', diz PC

Suspeita havia prometido R$ 20 mil pelo assassinato, de acordo com a Polícia Civil

Três homens contratados abordaram a vítima no dia 1° de abril deste ano, em uma zona rural de Campinorte, armaram a emboscada e o mataram com dois disparos de arma de fogo (Divulgação / Polícia Civil)

Três homens contratados abordaram a vítima no dia 1° de abril deste ano, em uma zona rural de Campinorte, armaram a emboscada e o mataram com dois disparos de arma de fogo (Divulgação / Polícia Civil)

O homem suspeito de assasinar Nelson Alves de Andrade denunciou a filha dele e o marido dela após não receber o pagamento acordado pelo crime, segundo o delegado à frente do caso, Peterson Amin.O casal havia prometido R$ 20 mil pelo assassinato, de acordo com a Polícia Civil (PC).

"Eles [o casal] não pagaram o executor. Ele [o executor] fez um número falso e denunciou o casal 'anonimamente' para a polícia, com fotos, vídeos e print da negociação", afirmou o delegado.

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De acordo com as investigações, o executor teria contratado outros dois homens para também cometerem o crime. Conforme a PC, os três, em uma bicicleta, abordaram a vítima no dia 1º de abril deste ano, na zona rural de Campinorte. Na ocasião, teriam, armado uma emboscada e o matado com dois tiros.

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Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta matéria.

O delegado ressaltou que a mulher, que foi presa, afirmou que o marido dela foi quem organizou o crime. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita era a única herdeira da vítima.

"Ela nega a participação [no crime], mas diz que sabia que o companheiro dela tinha organizado tudo e que não denunciou por medo", destacou Peterson Amin.

Venda de cabeças de gado

O investigador detalhou ainda que a mulher vendeu 100 cabeças de gado após o crime. As vendas aconteceram depois que, após o crime, a mulher pediu dinheiro ao banco e não conseguiu acessar esse dinheiro.

"Ela vendeu as cabeças de gado e estava se desfazendo do patrimônio", disse o delegado.

Crime

Prisão preventiva do genro da vítima (Divulgação / Polícia Civil)

Prisão preventiva do genro da vítima (Divulgação / Polícia Civil)

Desde a data do crime, a PC iniciou um trabalho de investigação que perdurou por oito meses, onde foi apontado que a filha e o genro da vítima teriam mandado matar o pai dela para se beneficiarem de uma herança de aproximadamente R$ 3 milhões, sendo 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e dinheiro em conta bancária.

Após o fim das investigações, a polícia solicitou a prisão preventiva dos suspeitos, que foi aceita pelo Poder Judiciário. Na última sexta-feira (20), a filha e o genro foram presos após serem encontrados na cidade de Campos Verdes, no norte goiano.

Segundo a PC, os três homens que foram contratados para o crime ainda não foram localizados e são considerados foragidos.

(Colaborou Thauany Melo)