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Novo ministro da Educação disse que universidades ensinam 'sexo sem limites'

Vídeo de 2018 mostra Milton Ribeiro falando à comunidade evangélica sobre o assunto durante culto

Modificado em 24/09/2024, 01:17

Pastor Milton Ribeiro em palestra

Pastor Milton Ribeiro em palestra (Reprodução)

O novo ministro da Educação, o advogado e pastor presbiteriano Milton Ribeiro, afirmou em 2018 que a linha existencialista de pensamento é ensinada nas universidades e incentiva uma "prática totalmente sem limites do sexo". Um vídeo mostra Ribeiro falando à comunidade evangélica sobre o assunto durante culto.

"Para contribuir ainda mais em termos negativos para uma prática totalmente sem limites do sexo veio a questão filosófica do existencialismo, em que o momento é que importa. Não importa se é A, B, se é homem ou se é mulher, se é esse, se é aquele, se é velho, se é novo. Não interessa. O que interessa é aquele momento", declarou na gravação. Ribeiro acrescenta que "é isso que eles estão ensinando para os nossos filhos na universidade".

Questionado sobre o vídeo, o Ministério da Educação não se manifestou até a publicação deste texto. A gravação foi noticiada pelo portal Metrópoles neste sábado, 11. A postagem original, contudo, foi apagada pela conta titular onde foi publicada inicialmente, o canal Meditando na Sã Doutrina. Em sua fala, o titular do MEC contextualiza ainda dizendo que a partir da década de 60 houve "liberdade maior nessa área sexual", com a invenção da pílula do dia seguinte.

"O mundo foi perdendo a referência do que é certo e do que é errado em termos de conduta sexual. E isso foi trazendo muitas dificuldades porque agora a gravidez indesejada não é mais um risco", afirmou.

Outras declarações antigas do pastor já vieram à tona desde a sua nomeação, nesta sexta-feira, 10. O Estadão mostrou que Milton Ribeiro já defendeu educar crianças "com dor". Em vídeo, publicado há 4 anos pela Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, o pastor fala aos fiéis que "deve haver rigor e severidade" na educação de crianças. O vídeo com a fala também foi apagado.

A igreja da qual Ribeiro é pastor titular comemorou a sua nomeação no MEC. Texto publicado em boletim especial da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração relatou que a nomeação foi recebida "como obra de Deus e não do homem".

A escolha do presidente Jair Bolsonaro por Milton Ribeiro ocorreu após um "vai e vem" não oficial para decidir quem ocuparia a cadeira do MEC após a saída de Abraham Weintraub. O governo enfrentou impasse para definir o substituto do ex-ministro, conhecido por declarações polêmicas como pedir a prisão dos "vagabundos" do Supremo Tribunal Federal e ironizar o sotaque de chineses.

A decisão se tornou ainda mais sensível depois de Carlos Alberto Decotelli pedir demissão antes mesmo de tomar posse, depois de inconsistências apontadas em seu currículo. O posto no ministério foi também recusado publicamento por Renato Feder, atual secretário de Educação do Paraná.

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Começa período para solicitar isenção da taxa de inscrição do Enem 2025; veja quem tem direito

Prazo começa nesta segunda-feira (14) e vai até o dia 25 de abril

Estar cursando o Ensino Médio no ano de 2025 é dos critérios para isenção

Estar cursando o Ensino Médio no ano de 2025 é dos critérios para isenção (Shutterstock)

Começou nesta segunda-feira (14) o período para solicitar a isenção da taxa de inscrição para participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o período de solicitação vai até 25 de abril e as inscrições para realização da prova ainda não estão abertas.

Isenção

Segundo o edital do Inep, os critérios para isenção da taxa do ENEM 2025 são:

  • Estar cursando o último ano do ensino médio no ano de 2025, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar da Educação Básica;
  • Estar cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e ter renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
  • Declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda, e que está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
  • Enem 2024 teve apenas 12 redações nota mil, menor número da história Inteligência Artificial tem maior nota de corte na UFG

    Como fazer a solicitação da isenção:

    -Acessar o site Enem.

    -Informar CPF, data de nascimento, e-mail válido e número de telefone;

    -Para os isentos que realizaram inscrição no Enem 2024 e não compareceram à prova, é necessário justificar ausência;

    -Preencher as informações e criar um cadastro na Página do Participante em sso.acesso.gov.br.

    Justificar ausência no Enem 2024

    Os participantes que solicitaram a isenção da taxa na última edição da prova e faltaram um ou dois dias do exame devem apresentar uma documentação que comprove o motivo da ausência, para ter direito novamente à gratuidade.

    Segundo o Inep, documentos auto declaratórios emitidos por pais ou responsáveis não serão aceitos e é necessário acessar a página do participante e justificar.

    Cronograma:

  • 12/05 à 16/05 - Recurso da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 12/05 - Resultado da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 14/04 a 25/04 - Justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 22/05 - Resultado do recurso da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
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    5 dicas para quem quer cursar uma universidade nos Estados Unidos

    Modificado em 17/09/2024, 17:29

    5 dicas para quem quer cursar uma universidade nos Estados Unidos

    (Freepik)

    Recentemente, o Open Doors, relatório divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano e pelo Instituto Internacional de Educação (IIE), mostrou crescimento de 7,6% no número de estudantes brasileiros matriculados em cursos de graduação e de pós-graduação nos EUA, que já passa de 16 mil pessoas.

    De acordo com a análise, os estudantes brasileiros buscam diversas áreas de estudo, com destaque para negócios, administração, ciências sociais, finanças e artes. No entanto, com essa nova experiência à vista, muitos dos alunos têm dúvidas sobre como devem se preparar para a jornada de estudos em outro país, pensando nos desafios de vivenciar outra cultura e todo o processo de mudança envolvido, como moradia, transporte, trabalho, entre outros aspectos.

    Para ajudar nesta organização, Lara Crivelaro, especialista em internacionalização e CEO da Efígie, edtech especializada em educação internacional, traz algumas dicas para facilitar a adaptação dos estudantes brasileiros que vão cursar universidades nos Estados Unidos. Confira abaixo!

    1 -- A preparação começa muito antes
    É fundamental entender e se preparar para o processo de admissão, que inclui testes padronizados como SAT (Scholastic Assessment Test) ou ACT (American College Testing), redações e atividades extracurriculares, mas, para além disso, o cuidado é anterior. De acordo com Lara, "preparar-se ainda na Educação Básica no Brasil pode ser importante para uma transição mais suave de um país para o outro. Faz-se necessário investir em um aprendizado aprofundado do inglês e participar de cursos avançados. É importante também estar atento a diferentes culturas por meio de leituras ou interações com estrangeiros, o que ajuda a desenvolver uma mente aberta. Foque também no desenvolvimento de habilidades como autonomia, resolução de problemas e pensamento crítico, que te prepararão tanto para as provas, quanto para a vivência", afirma a especialista.

    2 -- Pesquise sobre a cultura do seu local de destino
    Adaptar-se a um novo país pode ser um grande desafio para estudantes brasileiros que decidem cursar universidades nos Estados Unidos. Para tornar essa transição mais suave, a CEO destaca que é fundamental compreender e respeitar as diferenças culturais e, portanto, conhecê-las com certa propriedade. "A comunicação dos estadunidenses, por exemplo, é direta e objetiva, e pode ser uma mudança notável para os brasileiros. A pontualidade também é uma questão: ela é altamente valorizada e chegar atrasado a compromissos pode ser visto como falta de respeito. Além disso, a cultura americana incentiva a independência e a autonomia, esperando que os estudantes sejam proativos e autossuficientes. Estar aberto à diversidade cultural, religiosa e de modos de vida também é muito importante para uma integração harmoniosa a este novo momento de vida" completa.

    3 -- Esteja pronto para uma nova rotina
    Se uma mudança nacional já é trabalhosa, as internacionais exigem mais. A maioria das universidades oferece opções de moradia dentro do campus, o que pode facilitar a adaptação inicial. A especialista destaca que, "morar no campus durante o primeiro ano é uma escolha comum, pois proporciona um ambiente seguro e confortável. Alguns estudantes optam por trabalhar para manter a qualidade de vida e, com visto de estudante (F-1), eles podem trabalhar até 20 horas por semana em empregos no campus e podem fazer estágios para ganhar experiência profissional. A rotina acadêmica e social pode ser intensa e é recomendável criar um equilíbrio saudável entre estudo, trabalho e vida social. Participar de clubes e organizações estudantis é uma excelente maneira de construir uma rede de apoio num país diferente do seu", comenta Lara.

    4 -- Não esqueça de considerar as dificuldades acadêmicas
    No âmbito acadêmico, os estudantes brasileiros podem enfrentar desafios significativos. A fundadora da edtech explica que o sistema de avaliação americano tende a ser mais flexível, com avaliações contínuas ao longo do semestre, incluindo quizzes, trabalhos e participação em sala de aula, além de oferecer um currículo mais abrangente que permite a escolha de disciplinas fora da área principal de estudo. "Tudo isso pode gerar um estranhamento por parte do estudante brasileiro e, para auxiliar na adaptação, quase todas as universidades americanas possuem um International Students Office (ISO) ou International Student Services (ISS). Esses departamentos oferecem sessões de orientação para novos estudantes internacionais, explicando aspectos legais, acadêmicos e culturais. Além disso, disponibilizam suporte contínuo ao longo do ano para questões relacionadas a vistos, integração cultural e adaptação acadêmica, e organizam eventos sociais e culturais para ajudar na integração dos estudantes internacionais".

    5 -- E, por fim, não se desespere
    Apesar de parecer muito difícil, seguir o planejamento correto pode facilitar a experiência de cursar uma universidade nos Estados Unidos. Por isso, a especialista aconselha os estudantes: "busque referências de outras pessoas que passaram pela mesma jornada, especialistas que costumam acompanhar viagens e relaxe, pois o planejamento certo trará oportunidades muito gratificantes. Não se esqueça que o curso, para além de proporcionar um diploma valorizado no mundo todo, ainda agrega na sua perspectiva global e nas habilidades que os acompanharão por toda a vida", finaliza Lara.

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    Luciano Huck critica decisão sobre Novo Ensino Médio

    Modificado em 19/09/2024, 00:24

    Luciano Huck critica decisão sobre Novo Ensino Médio

    (Reprodução/TV Globo)

    Luciano Huck criticou, na tarde desta segunda-feira (3), a decisão do governo de suspender a implementação do novo Ensino Médio. O apresentador fez uma publicação em seu perfil no Twitter, que recebeu mais de 1 mil comentários em menos de duas horas - a maioria de professores, que divergem dele na discussão.

    "O Novo Ensino Médio deveria estar acima de diferenças ideológicas. Mesmo com difícil implementação, não faz sentido retroceder à estaca zero. O esforço para oferecer uma escola mais atrativa para os alunos e conectada com as suas expectativas de vida e carreira deve ser permanente", escreveu Huck, em post que teve mais de 270 mil visualizações.

    O Novo Ensino Médio deveria estar acima de diferenças ideológicas. Mesmo c/ difícil implementação, não faz sentido retroceder à estaca zero. O esforço p/ oferecer uma escola mais atrativa p/ os alunos e conectada c/ as suas expectativas de vida e carreira deve ser permanente. --- Luciano Huck (@LucianoHuck) April 3, 2023

    A deputada estadual e professora Elika Takimoto foi uma das internautas que respondeu o comandante do "Domingão com Huck". "Você acha que estudantes de escola pública - onde sequer têm professores de todas as disciplinas - têm condições de oferecer todos os itinerários? Essa reforma é um verdadeiro apartheid", escreveu ela.

    O professor Toninho Vespoli, vereador eleito por São Paulo, também se indignou com a posição de Huck. "Luciano, o que você entende de Educação? Quantas escolas visitou? Qual realidade do chão da escola você viveu? O que é uma escola mais atrativa para você? Sei que o seu interesse é defender as fundações ávidas em meter a mão na verba da escola pública, mas tenha o mínimo de decência".

    A implementação do novo formato do ensino médio tornou-se obrigatória em 2022 e tem registrado uma série de problemas. Os estudantes reclamam, principalmente, de terem perdido tempo de aula de disciplinas tradicionais. A decisão de suspender a medida foi divulgada nesta segunda-feira, e deve ter portaria publicada nos próximos dias.

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    Professor da UFG vai assumir diretoria do MEC

    Laerte Guimarães Ferreira Júnior será o novo diretor do Programas e Bolsas da pasta

    Modificado em 19/09/2024, 00:11

    Ex-pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás, o professor doutor Laerte Guimarães Ferreira Júnior, de 57 anos

    Ex-pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás, o professor doutor Laerte Guimarães Ferreira Júnior, de 57 anos (Diomício Gomes / O Popular)

    Ex-pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás, o professor doutor Laerte Guimarães Ferreira Júnior, de 57 anos, vai assumir a direção de Programas e Bolsas (DPB) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. O convite foi feito pela presidente da fundação, Mercedes Bustamante, no dia 20 de janeiro. A nomeação ainda não foi efetivada no Diário Oficial da União.

    Embora não tenha assumido o cargo oficialmente, Laerte Guimarães Jr., que é vinculado ao Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), da UFG, tem ido a Brasília para se familiarizar com a nova equipe de trabalho, participado de reuniões e de ações da DPB. Ex-bolsista da Capes, o professor explica que demorou dez dias para responder ao convite, o que ocorreu somente após o aval positivo da reitora da UFG, Angelita Lima, e dos demais integrantes da gestão da instituição.

    "Tenho orgulho de ser servidor público e me sinto comprometido. Nesse cargo na Capes vou pensar em todo o Brasil, mas o convite é uma deferência para a UFG que a cada ano vem ganhando importância na ciência e na pesquisa. Acredito que vou trazer alguma contribuição." A DPB é responsável por quase 100 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado que depois de dez anos receberam um reajuste de 40%, conforme anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16 último.

    O novo diretor da DPB comemora o anúncio. "Isso demonstra o papel da pós-graduação para o desenvolvimento científico-tecnológico-econômico-social do País. E demonstra que o governo e, em particular, o presidente, reconhece esta importância. Ainda que a recomposição das perdas acumuladas não seja integral, o passo que se dá, com todo o seu simbolismo, é gigantesco."

    No âmbito da DPB, a Capes realiza ainda programas estratégicos que Laerte Guimarães já enxerga como a "menina dos olhos". Entre eles as parcerias com as fundações de amparo à pesquisa, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), e o Portal de Periódicos da Capes, a maior base digital do mundo de acesso da comunidade acadêmico-científica a periódicos científicos de excelência. "Pouca gente sabe disso", lembra.

    Conforme o professor da UFG, a Capes trabalha hoje com um orçamento de R$ 3 bilhões, a maior parte comprometida com as bolsas. Os programas estratégicos são, em sua visão, a oportunidade de reduzir as assimetrias da ciência brasileira. "Temos muito a caminhar na interiorização da pesquisa, por exemplo." Ele relata que já está marcado para abril um seminário para debater acordos transformativos. "Hoje está inviável para um pesquisador publicar seus estudos de forma aberta. Tem revista que cobra entre US$ 2 mil e US$ 5 mil. O Portal de Periódicos pode ajudar nesse processo."

    Quem é

    Graduado em Geologia pela Universidade de Brasília, com mestrado em Geologia Econômica e doutorado em Ciência do Solo, Laerte Guimarães Pereira Jr. criou e coordenou o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig), uma das principais referências no país de processamento e análise de dados satelitários de resolução espacial moderada aplicados ao monitoramento biofísico-ambiental e governança territorial. A plataforma já foi citada pelo jornal norte-americano The Washington Post. (Com UFG).