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Seinfra diz que alagamentos se repetirão em dias de temporais em Goiânia

Secretário de Infraestrutura afirma que só o Plano de Drenagem Urbana, previsto para dezembro, será capaz de barrar impactos de chuvas fortes. Ele admite que obras pontuais não são suficientes

Modificado em 17/09/2024, 15:38

Seinfra diz que alagamentos se repetirão em dias de temporais em Goiânia

(Redação)

Enxurradas, enchentes e alagamentos vão continuar sendo uma certeza em Goiânia nos dias de temporais de verão, caracterizados por índices pluviométricos acima de 30 milímetros (mm) em pouco tempo. No domingo (7), a região Sudoeste da cidade recebeu em 2 horas uma chuva estimada em 80 mm, na cabeceira do Córrego Cascavel, o que foi o suficiente para gerar problemas ao longo da cidade.

O temporal causou a cheia do córrego e também do Ribeirão Anicuns, onde ele deságua, e alagamentos ocorreram nas regiões Sudoeste, Central e Norte da capital. Essa foi a terceira chuva intensa no ano e todas elas redundaram em consequências para moradores e transeuntes.

O titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Denes Pereira, afirma que uma chuva de quase 100 mm em duas horas prejudicaria qualquer cidade e que, embora o Paço tenha feito intervenções, em situações como essa, haverá problemas. "No começo da tarde (de domingo) eu já avisei toda a diretoria da Seinfra e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) de que teríamos problemas, porque viria um temporal. Ficamos até 1 hora conversando com o pessoal da Defesa Civil", diz.

Ele acredita que o principal problema foi a cheia dos cursos d´água. "Aí não é um problema de galeria, é questão de adensamento urbano, ocupação dos fundos de vale."

De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, para a região Sudoeste da capital é feita uma estimativa do índice pluviométrico, com base nas medições mais próximas. Em Aparecida de Goiânia, na região do Setor Garavelo, a precipitação chegou a 110,8 mm, enquanto que no Cidade Vera Cruz a medição foi de 100 mm.

O Cimehgo, então, calcula que na cabeceira do Córrego Cascavel tenha caído 80 mm de chuva intensa por duas horas. O volume é menor do que o registrado no dia 31 de dezembro passado, por exemplo. Na ocasião, Goiânia teve alagamentos na região Noroeste, principalmente, onde choveu 102 mm.

Amorim explica que a chuva do dia 31 foi espalhada em toda a cidade, chegando a 89 mm na região Central, por exemplo. No entanto, o temporal deste domingo (7) foi mais concentrado na divisa entre Goiânia e Aparecida de Goiânia, de modo que acredita-se que o problema tenha sido a cheia do Cascavel, que cruza a capital no sentido Sudoeste-Norte, e também do Córrego Vaca Brava Este deságua no Cascavel, que vai até o Ribeirão Anicuns.

"Foi uma chuva de verão normal para o período, como outras que tivemos, Não foi a mais forte dos últimos anos, nem mais forte do que do dia 31", explica. Porém, ele lembra que as chuvas já consideradas normais são muito intensas e em pouco tempo, em razão do fenômeno El Niño.

Segundo Denes Pereira, se não fossem as intervenções que a Prefeitura fez ao longo do ano passado, a situação seria ainda pior. Ele conta que foram feitas limpezas de bocas de lobo e bueiros em toda a cidade e que, em alguns pontos que havia alagamentos durante temporais, foram resolvidos.

"Em alguns lugares, só com a limpeza dos bueiros já resolveu. Mas não tem jeito, a água vai para algum lugar, aí precisamos de intervenções mais estruturais, que com o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU, previsto para ser finalizado em dezembro deste ano), vamos saber onde fazer", afirma.

O secretário ressalta que a Seinfra já tem as soluções para os alagamentos e enxurradas, que seria a construção de baciões, um espaço físico capaz de armazenar a água da chuva e escoá-la aos poucos, evitando o alto volume nas vias e córregos. A questão, no entanto, é a necessidade de estudos que vão determinar onde essas estruturas devem ser instaladas para conseguir o resultado esperado, o que ocorrerá no PDDU, que está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Enquanto isso, diz Pereira, a Seinfra tem feito obras pontuais, como na Avenida C-107, do Jardim América, na Avenida Padre Monte, do Bairro Goiá, e na Avenida H, no Jardim Goiás, que ainda está em andamento.

"Não vamos conseguir resolver tudo. O prefeito Rogério nunca disse que acabaria com o problema de alagamento da cidade, mas que começaria a agir sobre isso. A gestão está fazendo isso. Daqui para frente, nenhuma outra gestão vai poder administrar sem falar em drenagem urbana, e isso começou com o Rogério", diz.

Abrangência

O engenheiro e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Lamartine Moreira, entende que as obras pontuais, em que não há um planejamento sobre toda a bacia hidrográfica local, não resolve o problema de alagamentos, enchentes e enxurradas. "É como fizeram com a Marginal Botafogo, tiveram as intervenções na gestão passada, mas não analisaram a bacia como um todo. Se não começar a coletar lá de cima, da cabeceira, e fazer uma drenagem específica para o rio, não adianta", acredita.

Ele lembra também que não adiantaria a Prefeitura fazer a galeria pluvial e a população continuar destinando o lixo incorretamente, o que possibilita o entupimento das tubulações. Outro ponto ressaltado por ele é a falta de locais para a permeabilidade da água, já que um aumento das construções, com maior quantidade de cobertura do solo por concreto, impede que a água percole. "Não tem para onde infiltrar. A água sai na sarjeta, vai para a via pública e bueiro."

Moreira ressalta também que a solução dos problemas de drenagem urbana é demorada e requer mais que uma gestão da Prefeitura, sendo necessários investimentos altos.

"Agora que estão trabalhando no Plano de Drenagem e se não pensar ao longo das redes, só resolver pontualmente, não vai solucionar", garante. O presidente do Crea-GO afirma que a entidade tem participado das discussões acerca do PDDU.

"Fizemos as nossas contribuições, mas se elas vão ser acatadas não sabemos ainda. Temos de esperar terminar o plano. O nosso grupo faz observações ao plano, nós queremos ajudar com os especialistas que temos", considera. Ele lembra, por exemplo, que a entidade também participou do Plano Diretor, em 2022, mas não foi atendida nas observações que foram feitas tecnicamente.

(Redação)

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Moradores colocam cerveja para 'gelar' em granizo que caiu durante forte chuva em Goiânia; vídeo

Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou tempestades na região de 37,8 milímetros e rajadas de vento de 36 km/h

Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio

Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio (Divulgação/Arquivo Maykon Douglas)

Dois moradores colocaram suas cervejas para "gelar" no granizo que caiu durante a forte chuva em Goiânia, na tarde de terça-feira (11). O empresário Maykon Douglas, de 28 anos, relatou à redação que ele e o sócio, Marcos Dimitry, estavam trabalhando no escritório deles no Parque Amazônia quando de repente "o céu começou a cair" sobre o carro deles (veja vídeo acima).

Eu e meu colega de trabalho ficamos aflitos pelos nossos carros na porta levando pedrada de gelo, e ele mais ainda por ter acabado de lavar o carro", contou Maycon.

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No entanto, segundo o empresário, após o susto, quando eles olharam para o chão da calçada viram o granizo acumulado e tiveram a ideia de colocar a cerveja que guardam para tomarem no final do expediente de todas as sextas-feiras para gelar.

O chão da calçada parecia neve de tanto granizo acumulado, e logo veio a ideia: 'granizo gelado, cerveja quente?'. Vamos aproveitar. E assim colocamos a bebida no gelo, gravamos sem pretensão nenhuma a brincadeira, que acabou repercutindo bastante", disse o empresário.

Maykon Douglas e Marcos Dimitry gravaram quando a tempestade acompanhada por muito granizo caiu sobre os dois veículos.

Apesar do susto pelo vento e pela quantidade de granizo, os carros não amassaram, pois apesar de muita pedra de granizo, o diâmetro delas era pequena, não amassando os carros", comemorou Dimitry.

Nas cenas, as pedras de gelo batem com bastante força e se acumulam próximo a uma parede. Eles juntam um pouco mais o granizo, colocam cerca de quatro latinhas de cerveja e jogam mais gelo sobre elas.

Devido ao fenômeno, Maykon disse que esta semana tiveram um "happy hour" a mais, além da sexta-feira. "Se a vida te der um limão, faça uma limonada. No nosso caso, fizemos um cozumel bem gelado", brincou.

Temporal isolado

O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou a precipitação de chuvas nos setores Parque Amazônia e Jardim América de 37,8 e 30,2 milímetros, respectivamente. Na capital, conforme o instituto, tiveram ventos de 36 km/h.

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Chuva de 30 minutos desabriga mãe e filhas e causa estragos em Pirenópolis; vídeo

Segundo os bombeiros, 136 apartamentos da pousada foram inundados e a piscina ficou tomada pela enxurrada. Não há registro de feridos

Modificado em 16/02/2025, 18:40

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Uma chuva intensa de apenas 30 minutos deixou uma mãe e suas duas filhas desabrigadas, além de causar diversos estragos em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada para atender a ocorrência de alagamento em uma pousada e a queda de um muro entre duas casas. Não há registro de feridos.

Em nota, a Prefeitura de Pirenópolis disse que está acompanhando os impactos causados pela forte chuva na cidade e que está tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a normalidade o mais rápido possível.

O temporal teve início por volta do meio-dia deste domingo (16). De acordo com os bombeiros, 136 apartamentos da pousada foram inundados, danificando tudo o que estava a até 40 centímetros do chão. Uma imagem da piscina completamente tomada pela enxurrada chamou a atenção (veja abaixo). A Defesa Civil disse que solicitou um abrigo e apoio necessários para a mãe e as filhas até que a casa delas seja restituída.

Ao DAQUI , o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cihmego), André Amorim, informou que, no bairro Jardim Santa Bárbara, o volume de chuva registrado foi de 51,4 milímetros em apenas meia hora. Esse índice é significativamente superior ao esperado para a região, que varia entre 15 e 20 milímetros.

Nota da Prefeitura de Pirenópolis

A Prefeitura Municipal de Pirenópolis informa que está acompanhando de perto os impactos causados pela forte chuva que atingiu a cidade na manhã deste domingo (16/02). Equipes do Corpo de Bombeiros e da prefeitura estão mobilizadas para prestar apoio, avaliar danos e trabalhar na recuperação das áreas atingidas.

Até o momento, foram registrados alagamentos em alguns pontos da cidade, mas não há, até agora, relatos de vítimas graves, mas seguimos monitorando a situação e reforçamos a importância de a população permanecer atenta e acionar os órgãos competentes em caso de emergência.

A Prefeitura está tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a normalidade o mais rápido possível. Pedimos a compreensão e colaboração de todos, especialmente para evitar áreas de risco e seguir as orientações das autoridades.

Seguiremos atualizando a população à medida que novas informações forem confirmadas.

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Fortes chuvas causam mortes, deslizamento e alagamentos no Recife

Capital de Pernambuco está em estado de alerta máximo. Um homem morreu e há suspeita de que tenha sido vítima de choque elétrico

Vista de avenida alagada na Zona Oeste de Recife (PE) por conta das fortes chuvas na quarta-feira (5)

Vista de avenida alagada na Zona Oeste de Recife (PE) por conta das fortes chuvas na quarta-feira (5) (Marlon Costa/AGIF/Folhapress)

Fortes chuvas provocaram alagamentos e deslizamento de barreira na região metropolitana do Recife na manhã desta quarta-feira (5). A capital está em estado de alerta máximo desde as 10h20. Um homem morreu e há suspeita de que tenha sido vítima de choque elétrico.

O estado de alerta máximo foi acionado porque, segundo a prefeitura, "condições meteorológicas extremas representam risco máximo à população e exigem a formação de uma ampla força-tarefa para o restabelecimento da normalidade". A orientação da gestão municipal é que a população evite deslocamento.

O homem morreu na avenida Agamenon Magalhães, a principal via da cidade. O Samu constatou a morte e há suspeita de que a vítima tenha levado um choque elétrico.

A prefeitura recebeu dez chamados para quedas de galhos ou de árvores. Desses, quatro já foram atendidos, dois estão em andamento e o restante está sendo monitorado, segundo a administração.

Camaragibe, no Grande Recife, foi o local onde mais choveu em 24 horas, até as 5h desta quarta, com 100,4 milímetros, seguida de Abreu e Lima (91,9 milímetros).

A Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima) emitiu, na tarde de terça (4), um alerta de chuvas moderadas para o Grande Recife, o Agreste e a Zona da Mata de Pernambuco. A previsão é válida até esta quarta.

No Recife, a prefeitura diz que as chuvas chegaram a 149 mm em algumas localidades do município. A média de precipitações ficou em 91 mm nas últimas 24 horas.

O canal da avenida Agamenon Magalhães transbordou no bairro das Graças. Outras avenidas e ruas da cidade estão alagadas desde o início da manhã, dificultando a mobilidade. O túnel Josué de Castro, na saída da via Mangue, foi interditado. A BR-101, que corta a região metropolitana, também tem pontos de alagamento.

Em Paulista, no Grande Recife, uma barreira deslizou na rua 25, no bairro de Maranguape I. Não houve feridos.

Em Jaboatão dos Guararapes, o rio Duas Unas atingiu a cota de alerta. Há risco de inundação em áreas próximas, segundo a Apac.

O temporal também impacta o transporte público. A linha centro do metrô está sem funcionar desde as 9h20. Estações foram fechadas. Apenas a linha sul opera normalmente.

A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) suspendeu as atividades nesta quarta no campus Recife. As redes municipais de educação da capital, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu e Lima suspenderam as aulas. O Governo de Pernambuco manteve aulas nas escolas estaduais.

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Corpo de motociclista que desapareceu após ser arrastado por enxurrada é encontrado, diz Corpo de Bombeiros

Conforme o capitão da corporação, Ricardo Afonso, o corpo foi arrastado por cerca de 10 km e encontrado por populares nas proximidades do Rio Verdinho

Modificado em 08/01/2025, 09:29

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O corpo de um motociclista que desapareceu após ter sido arrastado por enxurrada na Avenida José Joaquim de Resende, em Mineiros, no sudoeste de Goiás, foi encontrado na tarde desta terça-feira (7), informou o Corpo de Bombeiros.

Conforme o capitão da corporação, Ricardo Afonso, o corpo foi arrastado por cerca de 10 km e encontrado por populares nas proximidades do Rio Verdinho.

Um vídeo mostra o momento em que a vítima, identificada como Neurolando Oliveira Quintino, passa pela via, desequilibra e é arrastada pela água na tarde de segunda-feira (6) (veja o vídeo acima) .

Nós fizemos as buscas no Córrego Mineiros, cerca de 10 quilômetros de busca, porém ele foi deslocado do córrego para o rio", contou Ricardo ao POPULAR.

Segundo o capitão, as equipes já estão se deslocando para o local para entregar o corpo para o Instituto Médico Legal (IML).

(Colaborou Nielton Santos)

Motociclista é arrastado por enxurrada para dentro de córrego, em Mineiros (Divulgação/PC-GO)

Motociclista é arrastado por enxurrada para dentro de córrego, em Mineiros (Divulgação/PC-GO)

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