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TJ de Goiás aposenta juiz acusado de fraude em contas milionárias

Levine Raja Artiaga estava afastado do cargo desde dezembro de 2020 por suspeita de integrar grupo que esvaziava contas bancárias vultosas sem movimentação por meio de decisões judiciais.

Modificado em 21/09/2024, 00:28

Juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga foi aposentado compulsoriamente

Juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga foi aposentado compulsoriamente

Atualizada às 21h58

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) aposentou compulsoriamente o juiz da Comarca de Corumbá, Levine Raja Gabaglia Artiaga, de 42 anos, suspeito de participar de uma quadrilha que esvaziava contas bancárias milionárias sem movimentação por meio de decisões judiciais. Levine estava afastado desde dezembro de 2020 e, segundo a defesa dele, vai entrar com recurso.

A aposentadoria compulsória é a pena máxima prevista contra um magistrado dentro de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Levine segue alvo de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra 19 pessoas em setembro deste ano e pode responder a ação penal, na qual pode ser condenado a perder o cargo e ter a aposentadoria suspensa.

O desembargador Luiz Eduardo de Souza, relator do PAD contra Levine, considerou procedentes as acusações de envolvimento do juiz com a quadrilha e foi acompanhado no voto por outros 15 colegas do órgão. Dois deles se abstiveram de votar. Durante a leitura dos votos, alguns desembargadores aproveitaram para destacar o fato de estarem aplicando a pena máxima prevista legalmente e se prevenir contra possíveis críticas por Levine continuar recebendo salário agora como aposentado.

O último a ser punido com essa medida no TJ-GO foi o juiz Felipe Alcântara Peixoto, em fevereiro de 2018. Ele respondia pela Comarca de Porangatu na época e foi condenado por violar os deveres de imparcialidade, urbanidade e comportamento irrepreensível na vida pública e particular. Com a aposentadoria, o salário de Felipe caiu de R$ 25,5 mil para R$ 12,5 mil.

As punições administrativas contra um magistrado são cinco, e vão de uma mera advertência ou censura, a remoção compulsória, disponibilidade ou aposentadoria forçada. Esta última está prevista tanto na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) como em uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Questionado sobre a lógica da punição máxima ser uma aposentadoria na qual o magistrado continua recebendo o salário, mesmo que proporcional, o TJ-GO destacou que a sanção administrativa não impede que o juiz possa ser responsabilizado financeiramente em outras vias, como ação civil ou penal. "Observa-se que o Ministério Público pode ajuizar ação buscando a perda da aposentadoria proporcional em casos dessa natureza", informou.

Entenda o caso
Investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO apontam Levine como líder do núcleo jurídico de uma quadrilha cuja atuação se baseava em encontrar contas bancárias com valores milionários e paradas e bolar estratégias para sacar estes recursos com ajuda de decisões judiciais.

O delegado aposentado Hylo Marques Pereira liderava junto com o agente aposentado Alexandrino Araújo Oliveira Neto o núcleo articulador do grupo, enquanto o pastor Efraim Soares de Moura era responsável por fazer a ponte entre os dois núcleos.

Além destes, havia auxiliares e um grupo de advogados arregimentados para entrarem com processos que seriam validados por Levine na Comarca de Corumbá, onde ele atuava.

Os promotores identificaram cerca de R$ 1,8 milhão que teriam sido repassados para Levine como a parte dele em seis dos processos sob suspeita de terem sido fraudados pelo juiz junto com o grupo.

"Coincidência"
O julgamento durou cerca de quatro horas e o relator da PAD gastou mais de uma hora para ler o voto. Luiz Eduardo destacou que as fraudes só prosperaram por causa das ações do juiz processado e que as estratégias usadas pelos advogados para conseguirem acesso às contas bancárias eram muito fáceis de serem notadas por um juiz que não estivesse pactuado com a quadrilha. Ainda segundo o desembargador, as investigações apontaram que Levine só tomava providências quando as fraudes eram descobertas.

Também chamou a atenção do relator o que ele chamou, ironicamente, de "coincidência" o fato de os empréstimos feitos por um dos suspeitos ao juiz, como a defesa alegou no processo para justificar os repasses que apareceram na conta de Levine, ocorrerem sempre quando havia liberação de "valores vultosos" das contas bancárias alvo da quadrilha investigada.

A defesa de Levine informou que respeita a decisão do Órgão Especial, mas que entende não ser correta e irá recorrer para revertê-la. "As provas produzidas contra o magistrado são ilegais, produzidas em procedimento totalmente nulo. O magistrado reitera sua inocência, visto que não recebeu qualquer valor de forma irregular, tendo pautado sua carreira em muito esforço e seriedade", afirmou o advogado Dyogo Crosara, que representou Levine no julgamento.

Pastor falava em nome de Levine

Interceptações feitas com autorização da Justiça pelo Ministério Público junto ao celular do pastor Efraim Soares Moura, acusado de ser a pessoa que fazia a ponte entre o núcleo que articulava as estratégias para esvaziar as contas bancárias milionárias e o juiz Levine Artiaga, mostram que o pastor tinha uma relação com o acusado que ia além da amizade.

Efraim aparece em conversas com outras pessoas falando em nome do juiz e agendando encontros para tratar de interesses em comum. Em conversa com uma autoridade política, Efraim diz que ficou dois dias com o juiz em Brasília, sem especificar os assuntos que foram tratados por lá. A defesa de Levine alega que eles são amigos e que nos últimos anos negociaram empréstimos e a venda de um apartamento.

Outro lado

A defesa de Levine informou que respeita a decisão do Órgão Especial, mas que entende não ser correta e irá recorrer para revertê-la. "As provas produzidas contra o magistrado são ilegais, produzidas em procedimento totalmente nulo. O magistrado reitera sua inocência, visto que não recebeu qualquer valor de forma irregular, tendo pautado sua carreira em muito esforço e seriedade", afirmou o advogado Dyogo Crosara, que representou Levine na sessão de julgamento.

Relatos apontam série de falhas de juiz

Relator da PAD contra Levine Artiaga, o desembargador Luiz Eduardo de Souza chamou a atenção para uma série de pontos nas decisões do juiz investigado que reforçam a suspeita de que ele tinha ligação, sim, com a quadrilha conforme foi levantado em investigações do Ministério Público.

Uma das primeiras observações foi de que no caso de contas bancárias de correntistas que já estavam mortos o juiz determinava a intimação da pessoa falecida e não de seu espólio.

Ele também rebateu o argumento que teria sido usado pelo investigado de que trabalhava demais e não tinha tempo de analisar detalhadamente os documentos. "Um juiz que não abre o processo, que não vê isso, é um juiz que fere sem sombra de dúvidas o código de ética."

O relator frisou que muitas das atitudes do juiz não tinham justificativas, como colocar todos os casos envolvendo os advogados da quadrilha sob sigilo sem motivo aparente, não tomar decisões para averiguar informações apresentadas sem provas e dar celeridade aos processos além do normal.

Ele citou um caso em que o advogado alegou que o cliente teve uma conta bloqueada com recursos da venda de um apartamento e que Levine pediu a liberação da mesma ao banco sem que fossem incluídas no processo provas de quem era o dono ou mesmo da suposta negociação. "A fraude só prosperou por causa do juiz processado, se ele detecta isso, ele fecha a porta."

O desembargador também afirmou que o juiz teve durante todo o processo amplo espaço para se defender e lembrou de momentos em que Levine tentou postergar o trâmite do PAD, seja adiando oitiva por motivos de saúde, proibindo os porteiros de receberem notificações ou se recusado a receber um oficial de Justiça.

Defesa vai recorrer no TJ-GO e no CNJ e insiste em falta de provas

O advogado Dyogo Crosara, que defendeu o juiz Levine Artiaga no julgamento da PAD, diz que pretende entrar com recursos para reverter a aposentadoria compulsória do magistrado, tanto no próprio TJ-GO, com embargos declaratórios, como no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com um pedido de revisão disciplinar. Ele diz que pretende insistir no argumento de nulidade de provas e de ausência de ligação do juiz com os envolvidos na fraude.

Ao defender o juiz no julgamento, o advogado argumentou que não havia nenhuma prova de que Levine participou dos esquemas fraudulentos ou mesmo que tinha relação com qualquer um dos outros envolvidos diretamente no golpe. Em relação ao pastor Efraim Moura, ele argumenta que ali havia uma relação de amizade e que ambos mantinham negociações financeiras dentro da lei, envolvendo empréstimos e venda frustrada de um apartamento.

Dyogo argumentou que a quadrilha agia em vários estados, simulando documentos para entrar com ações no intuito de sacar valores elevados de contas bancárias de um banco público e que não era possível verificar numa primeira avaliação qualquer irregularidade nos processos apresentados pelos advogados. Ele garante que quando algum problema era detectado, Levine tomava as providências. "O juiz, quando foi avisado, ele imediatamente comunicou a Polícia Civil."

O advogado também alega que Levine foi prejudicado na oitiva de testemunhas de defesa, com a inclusão na véspera de nomes pelo MP-GO, e que uma investigação feita pela Polícia Federal não poderia estar entre o material dentro do PAD.

Geral

Motorista de aplicativo que morreu após ser atingido por peça de caminhão que se soltou deixa filhos e enteadas

Acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia

Modificado em 29/03/2025, 20:23

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes Sociais)

O motorista de aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, que morreu após ser atingido por uma peça de caminhão que se soltou , era casado e deixa um casal de filhos e duas enteadas, que cuidou desde os primeiros anos de vida, segundo a cunhada Lorena Souza. O acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia. A Polícia Civil investiga o caso.

Uma família destruída", conforme contou Lorena Souza.

As duas filhas mais velhas são do relacionamentos anterior da minha irmã. Ele as criou como filhas. O filho mais novo dele é autista", segundo Lorena. As idades não foram divulgadas.

Nas redes sociais, Lorena também lamentou a morte do cunhado. "Que pesadelo, meu Deus, saber que meu cunhado não está mais com a gente. Que Deus o tenha em um bom lugar. Você sempre será lembrado, meu cunhado", lamentou na postagem.

Ainda segundo a cunhada, o motorista de aplicativo era um homem dedicado à família. "Ele era um homem muito trabalhador, tudo que fazia era pela família. Ele era provedor, muito triste o que aconteceu", contou Lorena em entrevista ao POPULAR .

Acidente

O acidente ocorreu na quinta-feira (27), no km 493, sentido Goiânia-Anápolis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista estava transportando uma passageira no banco traseiro que sofreu apenas ferimentos leves, enquanto Eder não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Como o nome da passageira não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu atualizar seu estado de saúde.

A Polícia Científica realizou a perícia para apurar as circunstâncias do acidente. A Triunfo Concebra, concessionária responsável pelo trecho, informou que o cubo de freio se desprendeu do caminhão e atravessou o para-brisa do lado do motorista.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem mais de 100 vagas de emprego em Goiás

Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho.

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Veja as vagas de emprego disponíveis em Goiás nesta sexta-feira (28). Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

Global Effects Brasil

Total de vagas oferecidas: 05 vagas
Cargo oferecido:

05 vagas para auxiliar de efeitos especiais

Prazo para se inscrever: até 26/04
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail rhefeitosespeciais@outlook.com
Contato: (62) 992147950 - Lucas

Expresso Maia

Total de vagas oferecidas: 25 vagas
Cargos oferecidos:

05 vagas para motorista de ônibus
04 vagas para mecânico de ônibus
03 vagas para eletricista de ônibus
02 vagas para auxiliar de mecânico
02 vagas para técnico de ar-condicionado de ônibus
02 vagas para fiscal de tráfego
02 vagas para almoxarife
02 vagas para borracheiro
02 vagas para serviços gerais
01 vaga para pedreiro

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (65) 98153-0222
Contato: (65) 98153-0222

Aparecida de Goiânia

H Egidio Group

Total de vagas oferecidas: 39 vagas
Cargo oferecido:

15 vagas para auxiliar industrial
10 vagas para consultor comercial (experiência em distribuição de medicamentos)
04 vagas para auxiliar de serviços gerais
03 vagas para auxiliar de logística
03 vagas para ajudante de cozinha
03 vagas para jovem aprendiz
01 vaga para motorista de caminhão (cnh d)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail curriculos@hegidiogroup.com
Contato: curriculos@hegidiogroup.com

Real Distribuidora

Total de vagas oferecidas: 21 vagas
Cargos oferecidos:

20 vagas para movimentador de mercadorias (noturno)
01 vaga para motorista (CNH C/D)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (62) 3250-0567 ou e-mail selecao@realdec.com.br
Contato: (62) 3250-0567

Hidrolândia

Gi Group

Vagas oferecidas: 30 vagas
Cargo oferecido:

30 vagas para auxiliar de logística

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (11) 97725-0476 ou e-mail rafaela.santos@gigroup.com
Contato: (11) 97725-0476

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Arquiteta e ex-secretária de turismo morre ao cair de escada em casa, em Rio Verde

Segundo a polícia, Maria Luiza de Moraes se desequilibou e caiu da escada ao tentar entregar um pano a uma pessoa no telhado da casa

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

A arquiteta e ex-secretária de Turismo, Maria Luiza de Moraes, de 62 anos, morreu após cair de escada em sua casa, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a morte foi constatada no local. A queda, que teria sido de aproximadamente 7 metros, está sendo investigada pela Polícia Civil.

O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira (26). Segundo a Polícia Militar, Maria Luiza teria subido na escada para entregar um pano a uma pessoa que realizava a limpeza de placas de energia solar no telhado, quando perdeu o equilíbrio e caiu. O Samu informou que a vítima apresentava trauma na cabeça, embora a causa exata da morte ainda será apurada pela Polícia Científica.

O velório foi realizado na noite de quarta-feira (26) até a manhã de quinta-feira (27) em Rio Verde. O sepultamento ocorrerá às 11h desta quinta-feira, no Cemitério São Sebastião.

A Prefeitura de Rio Verde publicou uma nota nas redes sociais lamentando a morte da ex-servidora e expressou solidariedade à família.

Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos", escreveu a prefeitura.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014. Anteriormente, em 1988, quando ainda era recém-formada, iniciou sua carreira como arquiteta na Secretaria de Obras da Prefeitura de Rio Verde.Também foi artista plástica, com 25 exposições coletivas e 5 individuais em seu currículo.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Nota da Prefeitura de Rio Verde na íntegra:

A Prefeitura de Rio Verde manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento da ex-servidora municipal Maria Luiza Moraes. Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos, expressando as mais sinceras condolências por esta perda.

(Colaborou Rodrigo Melo)

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Onça que nasceu em cativeiro em Goiás é levada à Argentina para viver na natureza

Ayní tem apenas três anos de vida e deve passar por um período de adaptação de um ano na Argentina. A viagem está programada para esta quarta-feira (26)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní, que nasceu em cativeiro em Goiás, vai ser levada à Argentina nesta quarta-feira (26) para viver na natureza. O animal nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, localizado em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o custo para soltar uma onça na natureza gira em torno de R$ 1 milhão.

A mãe da pequena onça de apenas 3 anos de vida é a Jací, que foi resgatada na Amazônia há 12 anos, após ser encontrada sozinha e ferida por uma enchente, com uma fratura exposta na pata dianteira.Ela recebeu cuidados no Instituto Nex, mas devido à necessidade de cuidados específicos, acabou permanecendo no santuário de onças.

Em entrevista à TV Anhanguera, Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto Nex, explicou que Ayní é a primeira onça nascida em cativeiro no Brasil que será solta na natureza, embora seja a terceira a ser levada à Argentina, após outras duas fêmeas resgatadas pelo Instituto.

É um animal extremamente ameaçado, e por isso fazemos a reprodução em cativeiro. O ápice do nosso trabalho é poder soltar esses animais na natureza, tanto os resgatados, quando conseguimos reabilitá-los 100%, quanto os que nascem aqui. E, pela primeira vez, temos uma onça nascida em cativeiro com o perfil adequado para a soltura. Ela é agressiva e não gosta do contato humano", explicou Daniela.

De acordo com a coordenadora, Ayní passará por um período de adaptação na Argentina, onde conhecerá o clima local e os outros animais com os quais vai conviver. Antes da viagem, a onça passou por uma bateria de exames para garantir que está saudável.

Ela passará pelo menos um ano de treinamento, caçando animais da região, e depois será feita a soltura branda, ou seja, a porta do recinto será aberta e ela poderá entrar e sair quando quiser. Precisamos deixar a natureza seguir seu curso, e nada nos deixa mais felizes do que ver essa espécie vivendo livre", comemora Daniela Gianni.