Geral

Veículos de quatro secretarias municipais estão sem abastecimento em Goiânia

Postos de combustíveis deixam de atender Prefeitura por falta de repasse. Semad afirma que pagamentos estão sendo feitos, mas Samu pode parar em 36 horas

Samu, que já tem ambulâncias paradas por falta de combustível, enfrenta ameaça de desabastecimento total

Samu, que já tem ambulâncias paradas por falta de combustível, enfrenta ameaça de desabastecimento total (Wesley Costa / O Popular)

Os postos de combustíveis da capital deixaram de abastecer a frota da Prefeitura de Goiânia de pelo menos quatro secretarias nesta quarta-feira (4) alegando falta de repasse de verbas, que é de responsabilidade da empresa Dataplex Tecnologia e Gestão. O problema afeta diretamente os veículos contratados pela Secretaria Municipal de Administração (Semad), que repassa carros e caminhões para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Educação (SME), e Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A área mais afetada seria o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que já possui pelo menos duas ambulâncias paradas por falta de combustível e a previsão de técnicos da área é que haverá desabastecimento total dos veículos em até 36 horas.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

O contrato da Dataplex com a Prefeitura é de julho deste ano, e é válido por 12 meses. O acordo possui um custo total de R$ 29,3 milhões, em que o objetivo é que a empresa faça a gestão dos abastecimentos da frota das secretarias a partir de um serviço de gerenciamento eletrônico e controle de abastecimento de combustíveis. Até agora, foram empenhados R$ 7,3 milhões do contrato, enquanto que o portal da transparência da Prefeitura registra R$ 4,6 milhões pagos.

Segundo a Semad, a empresa Dataplex foi contratada após ter sido adjudicada em processo licitatório. "A mesma apresentou Notas Fiscais com superfaturamento, acima dos valores permitidos contratualmente. Por sua vez, o município está cumprindo regularmente todas suas obrigações frente à mesma, inclusive o pagamento deste mês já foi efetuado antecipadamente, com os devidos abatimentos previstos em lei", informa a pasta.

Entretanto, ainda de acordo com a Semad, "a empresa não vem cumprindo o contrato e não está fazendo o repasse aos postos". "Vale destacar que a Semad abriu um Processo de Apuração de Responsabilidade de Fornecedor (PARF), visando a regularização da falta de prestação de serviços da referida empresa e aplicação de penalidade, conforme determina o Edital do Pregão Eletrônico n° 039/2023", complementa a pasta. A reportagem tentou contato com a Dataplex, que possui sede na cidade de Rolim de Moura (Rondônia), por telefone e e-mail na tarde desta quarta-feira (4) a respeito do argumento da Semad, mas não recebeu retorno até o fechamento da matéria.

No contrato, há a previsão de preço unitário de litro do etanol em R$ 3,79, de diesel a R$ 5,05 e gasolina comum a R$ 5,32, sem que se tenha um cálculo de reajuste enquanto o contrato durar. A estimativa é de um gasto de 4,62 milhões de litros de Diesel S10, 1,17 milhão de etanol e 640 mil litros de gasolina. Há ainda uma taxa de administração paga para a empresa no valor de 5,94%. O contrato diz ainda que "nos preços estipulados estão incluídos todos os custos decorrentes da execução do contrato" e que os pagamentos devem ser "efetuados em até 30 dias após a protocolização e aceitação pela contratante das Notas Fiscais e/ou Faturas".

Saúde

Oficialmente, a SMS informa que ainda não há problemas no abastecimento das ambulâncias do Samu e nem de outros veículos da pasta. Isso ocorre porque, conforme apurou O POPULAR, os tanques foram enchidos ontem e ainda há gasolina, diesel ou etanol em quantidade para uso. No entanto, das ambulâncias do Samu, pelo menos duas já estão sem combustível, mas como há veículos de reserva, dentro da frota de 22 carros contratados recentemente e que chegaram em meados de novembro, estes estão sendo usados. Nesta quarta-feira (4), havia 12 ambulâncias sendo usadas na capital, sendo 4 unidades avançadas e 8 básicas. Normalmente, são necessárias 17 para atender a cidade.

Porém, o problema da redução não seria relacionado apenas à falta de combustível, visto que existem 5 ambulâncias de reserva para este fim. A questão ainda é o déficit de técnicos de enfermagem na SMS, visto que o veículo tem de ser operado por uma equipe completa (médico, enfermeiro e técnico de enfermagem), o que ocorre desde julho deste ano. A SMS informou que estava previsto para a edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira (4) a lista de novos profissionais nomeados para exercer o cargo e resolver o problema. A falta de técnicos de enfermagem também está relacionada à redução do número de salas de vacinação na capital. A edição do DOM ainda não estava publicada até o fechamento da reportagem.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Néia Vieira, informa que os técnicos do Samu estimam um limite de no máximo 36 horas, de acordo com o uso médio das ambulâncias, para que o trabalho comece a ser afetado, ou seja, para que reduza o número de veículos disponíveis e complique o resgate e transporte de pacientes na cidade. "Em tantos anos que eu acompanho a saúde de Goiânia, nunca vi algo tão escandaloso. São muitos problemas em muitas áreas e agora com a saída de uma secretária em menos de 30 dias de fim de mandato, quem vai querer assumir, colocar seu CPF nisso?", afirma ela, citando o pedido de demissão de Cynara Mathias e parte da equipe (leia mais na página 11).

Néia lembra ainda que o problema de falta de pessoal na Saúde vem sendo alertado há tempos, sem que se tenha uma solução para o caso. "Nós tentamos hoje pela manhã (quarta-feira, 4) uma reunião com a nova secretária por meio do vereador Welington Bessa e ela ainda falava como gestora da pasta, mas aí veio essa informação da saída dela. Não sabemos de mais nada e nem de como vai ser daqui para a frente. É um problema atrás do outro", diz.

Seinfra segura até fim de semana

O problema da falta de abastecimento dos carros das secretarias municipais em Goiânia afeta também serviços de infraestrutura da cidade, já que os veículos usados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) também são abastecidos dentro do contrato da Secretaria Municipal de Administração (Semad) com a Dataplex. A Seinfra ressalta que "está trabalhando com o combustível que está nos tanques dos carros, caminhões e máquinas" atualmente.

Segundo a pasta, ainda há, até esta quarta-feira (4), o combustível Diesel S10 dentro do caminhão-tanque da pasta, "que deve ser suficiente para os serviços emergenciais até o final desta semana". "Espera-se que a situação seja regularizada até o início da próxima semana", complementa. Neste caso, há problemas com serviços como a realização de tapa-buraco e as obras próprias da pasta, feitas de maneira direta, e fiscalização, já que todos estes utilizam os veículos contratados e abastecidos no acordo da Semad.

Já a Secretaria Municipal de Educação (SME), informou que até esta quarta-feira (4) não tinha verificado problemas com a falta de combustíveis para os veículos da pasta. O POPULAR apurou que o contrato com a Dataplex abrange todas as demais pastas do município, a partir da vinculação com a Semad, incluindo veículos da Guarda Municipal Metropolitana (GCM) e da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM). No entanto, ainda não há informações de que estes serviços já estejam prejudicados pela falta de combustível.

O acordo garante que "quando da ocorrência de eventuais atrasos de pagamento provocados exclusivamente pelo município de Goiânia, o valor devido deverá ser acrescido de atualização financeira". O cálculo a ser feito para essa cobrança se dá a partir da data de impugnação por parte do contratado, "momento após o qual serão devidos, além da atualização financeira, juros de mora que serão calculados à taxa de 0,5% ao mês ou 6% ao ano". Segundo a Semad, no entanto, os pagamentos vem ocorrendo normalmente, mas há um problema com a execução do acordo por parte da empresa contratada.

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)