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Marcelo Cabo fica no Atlético após episódio de desaparecimento

Técnico do Atlético ficou sumido entre a madrugada de domingo e a noite de segunda-feira, quando foi encontrado em um motel em Aparecida de Goiânia

Modificado em 27/09/2024, 00:22

Marcelo Cabo, novo treinador do Vila Nova.

Marcelo Cabo, novo treinador do Vila Nova. (Marcello Dantas)

Marcelo Cabo permanecerá no Atlético após episódio do seu desaparecimento. O anúncio foi feito pelo diretor de futebol e vice-presidente do clube, Adson Batista, na tarde desta quarta-feira (18) no centro de treinamentos do clube, no Setor Urias Magalhães. O dirigente se pronunciou após se reunir com o treinador, que volta a comandar a equipe nesta quinta-feira (19).

"Pensando sempre no histórico do nosso treinador, no lado humano, vamos continuar com o Marcelo Cabo", afirmou Adson. "Ele sabe que neste momento vai sempre trabalhar na corda bamba, porque não tem fogla para ele. Sempre vou dar o respaldo", continuou o dirigente.

O técnico reapareceu no Atlético no início da tarde desta quarta-feira (18) após o episódio do desaparecimento. O treinador ficou sumido da madrugada de domingo até a noite de segunda-feira, quando foi encontrado em um motel em Aparecida de Goiânia. Na terça-feira, ele não apareceu no rubro-negro.

Marcelo teve uma reunião que contou com o diretor de futebol e vice-presidente Adson Batista e toda a comissão técnica do Atlético, formada pelos auxiliares João Paulo Sanches e Rodolfo Oliveira, pelo supervisor Júnior Mortosa e pelo preparador físico Jorge Soter. Em seguida, Adson Batista teve reunião com o elenco rubro-negro.

"Tivemos uma conversa bem transparente. Ele mostrou total arrependimento e admitiu que cometeu um equívoco em sua vida profissional. O Marcelo vai se recuperar, mas, para mim, o mais importante é trabalhar com a verdade", disse Adson.

Adson disse ainda que os jogadores concordaram com a permanência do técnico. "O grupo foi unânime em abraçar o Marcelo Cabo e buscar todos os objetivos, Goiano e Série A do Brasileiro. Neste momento, por parte do clube, vamos dar todo o respaldo e tranquilidade a ele."

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Técnico de ar-condicionado desaparecido estava com depressão e só saia de casa para o trabalho, diz irmã

Irmã também relatou que a família não faz ideia de onde Geraldo esteja e que ele nunca havia feito isso antes

Geraldo Nogueira saiu de casa na manhã do dia 11 de abril e disse que iria trabalhar em Aparecida de Goiânia, mas não voltou mais (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

Geraldo Nogueira saiu de casa na manhã do dia 11 de abril e disse que iria trabalhar em Aparecida de Goiânia, mas não voltou mais (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

Débora Thaís Nogueira, irmã do técnico de ar-condicionado Geraldo Nogueira, de 31 anos, que está desaparecido desde o dia 11 de abril, disse que o irmão estava com depressão e só saia de casa para o trabalho. A irmã também relatou que a família não faz ideia de onde o irmão esteja e que ele nunca havia feito isso antes.

Não temos nem ideia [de onde ele esteja], porque ele nunca fez nada disso antes, nunca. Ele sempre foi muito rotineiro, de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Só saía com a esposa", contou.

Débora Thaís relatou que o técnico fazia acompanhamento médico para tratar depressão, mas parou por conta própria.

Desde o ano passado ele fazia acompanhamento e tomava remédio, mas parou por conta própria", disse.

Desaparecimento

Geraldo Nogueira saiu de casa na manhã do dia 11 de abril e disse que iria trabalhar em Aparecida de Goiânia, mas não voltou mais. Em uma troca de mensagens com a irmã no mesmo dia do desaparecimento, Geraldo disse que precisava ver seu carro que estava na oficina e pediu R$ 20 a ela.

Em boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil por Débora Thaís, ela relata que o técnico é depressivo e foi diagnosticado com TDH. A família fez contato com todos os amigos e parentes próximos, mas ninguém tem notícias do desaparecimento dele.

A suspeita da família é de que o sumiço esteja relacionado às dívidas acumuladas por ele com apostas online feitas no ano passado. Desde então, perceberam que ele apresentava sinais de depressão.

Ao procurar informações do técnico no local de trabalho, a família foi informada de que ele permaneceu no local até as 14h do dia 11.

Segundo Débora, depois de mensagem enviada às 14h50 por Geraldo a ela, a família não teve mais nenhum sinal do técnico.

Tudo tão difícil. A gente acaba se chateando, mas tudo dentro do normal", escreveu Geraldo.

Geraldo Nogueira Cavalcante, de 31 anos, mandou uma mensagem para a irmã antes de desaparecer, em Aparecida de Goiânia (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

Geraldo Nogueira Cavalcante, de 31 anos, mandou uma mensagem para a irmã antes de desaparecer, em Aparecida de Goiânia (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

A reportagem entrou em contato com o Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) da Polícia Civil de Goiânia nesta terça-feira (22) para saber como estão as investigações do desaparecimento, mas até a última atualização desta reportagem não tivemos retorno.

Geral

Mãe de jovem desaparecida que pode ter sido assassinada pede respostas: 'Esperança de encontrar minha filha viva'

Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, desapareceu em 2023, em Guaraí. Adair Gonçalves, de 53 anos, está preso por suspeita de ter matado a jovem e ocultado o corpo, segundo a polícia

Modificado em 11/04/2025, 12:13

Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, desapareceu em agosto de 2023 (Reprodução/g1 Tocantins)

Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, desapareceu em agosto de 2023 (Reprodução/g1 Tocantins)

Sem ter notícias da filha há um ano sete meses, mãe de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, Aldener Mendes Sousa Lima, pede justiça. O inquérito policial do caso foi concluído com o indiciamento de Adair Gonçalves, de 53 anos, companheiro da vítima e que, segundo a polícia,teria matado e jogado o corpo na fornalha de uma cerâmica. Mesmo após as conclusões da pólicia, a mãe tem esperança de encontrar a filha viva.

Ela até agora nunca foi encontrada. As investigações apontam que ele tenha assassinado ela, mas não foram encontradas pistas, não foi encontrado corpo, nada. Eu venho pedir justiça para que ela seja encontrada de qualquer forma. Eu não tenho mais a quem recorrer. Mas a minha esperança é de encontrar minha filha viva. Já tem um ano e sete meses que a gente não tem notícias dela e não temos certeza do que realmente aconteceu com ela", afirmou Aldener.

A jovem desapareceu em agosto de 2023 em Guaraí, na região centro-norte do Tocantins. A cerâmica que pertence ao suspeito passou por perícia após a Polícia Civil receber informações de que o corpo dela teria sido queimado no local, após a morte.

A defesa do suspeito informou que recebeu o resultado do indiciamento com 'indignação e surpresa' e que 'serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair' (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas (PCTO/Divulgação)

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas (PCTO/Divulgação)

Segundo Aldener, que mora em Porto Franco (MA), a filha se mudou para Guaraí em 2022 para morar com o suspeito. Mas a família não o conhecia, nem sabia sobre a possível violência doméstica.

Ela foi morar em Guaraí na compahia de um homem, a gente não tinha total conhecimento desse homem. Ela tinha um relacionamento com esse homem e pela convivência deles, que eu fiquei sabendo, eles tinham muitos problemas, brigas, tinham vários desentimentos. E com tudo isso eu fiquei sabendo que ele era uma pessoa agressiva, maltratava, torturava ela", explicou, afirmando que a Míria nunca contou para ela o que estava passando.

Sobre a prisão de Adair, ela disse que ficou sabendo no dia 18 de março deste ano, quando a polícia entrou em contato afirmando que ele era suspeito de ter assassinado Míria. Desde então, ela luta por justiça pela crueldade que acredita que a jovem passou.

"Se ela não estiver viva, peço à Justiça que tome providências, que descubra o que realmente aconteceu com ela. Não temos uma conclusão do que aconteceu com ela. Isso eu preciso saber, porque não tenho tido sossego, eu tenho chorado por isso e é muito difícil para mim", lamentou Aldener.

Adair está preso preventivamente. A ação ocorreu após uma testemunha informar à polícia que recebeu informações de que ele confessou a uma terceira pessoa que matou Míria.

Entenda

Adair foi indiciado pela Polícia Civil na terça-feira (8) pelos crimes de tortura, estupro, feminicídio tentado, feminicídio consumado e ocultação de cadáver.

Segundo a polícia, o crime teria sido motivado porque Míria descobriu que Adair teria abusado sexualmente das filhas de Míria. "Já ao final das investigações, fomos surpreendidos com essa nova informação [...] Nesse sentido, após os fatos terem sido descobertos por Míria, esta acabou sendo morta e com requintes de crueldade", explicou o delegado Joelberth Nunes de Carvalho.

Antes do desaparecimento da jovem, o indiciado tinha tentado matá-la jogando-a de um carro em movimento, conforme a polícia.

Além das agressões contra Míria, a polícia apurou que Adair também cometeu crimes semelhantes com outras mulheres e em diferentes cidades do Tocantins.

Após ser concluído o inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais do caso.

Íntegra da nota da defesa

A defesa manifesta indignação e surpresa com o indiciamento do nosso constituinte, destacando a desnecessária espetacularização do caso, que tramita desde o início em segredo de justiça, mas tem cada andamento reportado em tempo real à mídia, talvez com o objetivo de atrair protagonismo a quem não conseguiu elucidar um suposto crime mesmo após mais de 2 anos de investigação. A equipe de defesa reforça que serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair. Vinícius Moreira, Wagner Nascimento, José Augusto Nascimento e Leonardo Almeida (advogados).

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Pai de jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia desabafa: 'Não tivemos notícias e estamos desesperados'

Família contou que Luís Henrique tem TDAH e estava fazendo teste para diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista (TEA)

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde o dia 1° de abril

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde o dia 1° de abril (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

O professor Rodrigo Gondim, pai de Luís Henrique de Moura, disse à redaçãoque a família está desesperada sem notícias do filho que desapareceu após sair de casa no dia 1° de abril. Segundo a Polícia Civil, o jovem de 19 anos que morava com a família em um apartamento no Setor Oeste, em Goiânia, segue desaparecido.

Rodrigo desabafou sobre a angústia à espera de informações sobre o filho.

"Infelizmente, nós não tivemos notícias até o presente momento. As investigações estão em curso com a Polícia Civil e a Polícia Militar. A família está desesperada. E eu como pai estou desesperado, minha esposa está desesperada, toda a família está desesperada. Enfim, até o momento nós não tivemos nenhuma notícia e nenhuma informação concreta sobre o paradeiro do Luís Henrique", disse o pai.

Jovem de 19 anos desaparece após sair de casa em Goiânia
Vídeo mostra jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia saindo pela portaria do prédio que mora com os pais

Rodrigo disse que o filho tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), tinha poucos amigos e estava fazendo teste para diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista (TEA).

Luís Henrique era de poucos amigos, e os mesmos também não querem falar a respeito. Ele estava em avaliação para diagnóstico do autismo, e em função dessa avaliação eu fiz também o teste e fui diagnosticado com TEA e TDAH. Nós estamos desesperados, porque é um mistério o desaparecimento dele, e até agora não há pistas e informações", completou.

Segundo o pai de Luís Henrique, a família também está tendo que lidar com trotes e recebendo informações falsas.

A redação entrou em contato com a Polícia Militar, mas até a finalização da matéria, não teve retorno. A Polícia Civil informou que o caso não tem atualizações, mas as investigações ainda estão em andamento.

Desaparecimento

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Câmeras de segurança do edifício onde Luís Henrique mora com a família registraram o rapaz saindo às 9h25 do condomínio . O vídeo mostra ele passando pela portaria do prédio com calça preta, camiseta cinza, boné preto e uma mochila também na cor preta nas costas.

Nas redes sociais, amigos, conhecidos e familiares de Luís Henrique se uniram para divulgar sobre o desaparecimento do jovem.

Para informar sobre o paradeiro de Luís Henrique, deve-se entrar em contato pelos números 197 da Polícia Civil ou pelo (62) 99102-0040 e falar com o pai do rapaz.

Geral

Retoques em imagem de santa revoltam moradores de Pirenópolis

Pirenepolinos denunciam intervenção não autorizada em imagem tombada pelo Iphan, que teve rosto modificado. Autarquia vai requisitar perícia para apurar caso

Imagem de Nossa Senhora das Dores é tombada desde 1941 e é levada às procissões em Pirenópolis

Imagem de Nossa Senhora das Dores é tombada desde 1941 e é levada às procissões em Pirenópolis (Fábio Lima / O Popular)

Moradores de Pirenópolis denunciam que a Nossa Senhora das Dores, que integra o acervo tombado da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, foi descaracterizada após sofrer uma intervenção não autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A descoberta da alteração na originalidade da obra bicentenária, ocorrida na última sexta-feira (4), foi feita por fiéis que frequentavam o local. Desde então, mais de 20 queixas foram feitas à autarquia, que cobrou resposta da Diocese de Anápolis, responsável pelo templo.

Construída há quase três séculos, a Igreja Matriz de Pirenópolis e todo o seu acervo foram tombados como patrimônio nacional em 1941. Situada na Praça da Matriz, no centro histórico, a igreja é tida como cartão postal do município e palco de celebrações religiosas tradicionais, como a Festa do Divino Espírito Santo e a Semana Santa. Durante as festividades da semana, a imagem de Nossa Senhora das Dores, construída em madeira, é levada às procissões. Diante de toda a relevância à comunidade católica, não foi difícil para fiéis identificarem alterações na escultura.

Presidente da Comissão Pirenepolina de Folclore, Séfora Pina explica que a santa esteve "sumida" por cerca de um mês e reapareceu na última semana, quando um integrante Irmandade do Santíssimo Sacramento teria observado tais mudanças. "A pele dela parecia uma louça de tão limpa. Fizeram cílios, mudaram a sobrancelha, parecia até uma harmonização facial. Todos os fiéis estão indignados. Mexeram nela inteira, não é pouca coisa que fizeram. Tirou toda a característica da imagem. Todo o acervo é patrimônio, ninguém pode botar a mão assim, tinha que ser algum especialista", lamenta.

Ainda na sexta-feira, foi à igreja e registrou, em fotos, o que foi alterado. E em imagens comparativas, as diferenças são destacadas. Na obra original, havia lágrimas vermelhas, ou seja, de sangue, haja vista que a santa representa as dores de Maria quando o filho, Jesus, foi crucificado. Agora, as lágrimas são transparente e, à distância, praticamente imperceptíveis. A sobrancelha antes mais fina foi engrossada, e os cílios -- que não existiam -- foram pintados. Até mesmo a boca tem um tom mais forte, e a santa, agora, tem as bochechas coradas. "A madeira dos pés também está toda cheia de tinta", acrescenta, ao citar ainda, uma nova posição das mãos entrelaçadas.

Advogado e membro da comissão, Adriano Dourado reforça que a imagem reapareceu "totalmente descaracterizada". "Parece que fizeram uma limpeza na imagem. Ela tinha uma variação na tonalidade de cor de pele, pois a pele não é a mesma cor, sempre tem um lado mais escuro, uma mancha, e tinha essas imperfeições na pele. Agora não, está parecendo uma folha de papel. E as lágrimas vermelhas desapareceram e fizeram transparentes, como se fosse uma pedra clara. Contornaram os olhos, fizeram a sobrancelha, puseram ruge nas bochechas, passaram batom. Tem gente até duvidando que é a mesma santa. Isso é um absurdo. É um caso de polícia", pontua.

Conforme Dourado, há, ali, o crime de dano ao patrimônio histórico. "A gente mantém tanto séculos o patrimônio, e do nada vem alguém, 'imperito' (e faz isso). E o que muda? Muda a expressão dos olhos triste dela, por exemplo, mexe com o lúdico. Está uma revolta geral, só estão querendo saber quem foi o artista que tocou na imagem. Por enquanto está todo mundo calado. É uma revolta muito grande, porque a Nossa Senhora das Dores faz parte de uma das procissões mais lindas", complementa. Na sexta-feira (11), a imagem da santa sai para a procissão no Dia da Nossa Senhora das Dores. Dois dias depois, no domingo (13), estará presente na procissão de encontro com o Senhor dos Passos. Além disso, na sexta-feira Santa (18), participa da procissão do Enterro do Senhor.

Denúncias

Diante das queixas recebidas pelo Iphan, foi instaurado um processo formal para apuração do caso. Um ofício foi encaminhado na sexta-feira (4) ao bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk, para prestar "esclarecimento quanto à pintura da imagem sem autorização do Iphan e sem acompanhamento de técnico restaurador habilitado". O documento diz ainda que a conservadora-restauradora de bens culturais móveis e técnica da autarquia fez vistoria na Igreja Matriz em março e "não foi informada da necessidade de restauro da referida peça".

"A seriedade do ocorrido requer medidas céleres para contenção do agravamento do estado de preservação da referida imagem. A preocupação com a pintura sem acompanhamento técnico se reforça pela importância da imagem e por ser um bem importante para a comunidade Católica de Pirenópolis", destaca. Foi dado um prazo de 15 dias para manifestação da Diocese, além da apresentação de um cronograma com ações previstas para recuperação da imagem, "que garantam a reparação dos danos identificados."

Conforme o superintendente do Iphan em Goiás, Gilvane Felipe, após o prazo, será aberto um processo fiscalizatório, "com lavratura de auto de infração e demais medidas legais cabíveis". Ele conta que estará em Brasília nesta segunda-feira (7) onde será requisitada a vinda de especialista para fazer "uma verificação completa a minuciosa". "Adulterar um bem tombado pelo Iphan é crime, sujeito a multa e outras penalidades", diz. A autarquia também vai apurar se houve alteração em outras imagens, como, conforme Séfora foi informada, de São Sebastião e Senhor Morto.

A reportagem esteve na Igreja Matriz neste domingo (6) e confirmou que as alterações estavam presentes na santa, disposta no altar. No local, um funcionário rechaçou as denúncias e alegou que nada foi feito com a imagem. Conforme ele, a escultura foi apenas limpa, já que, com as intervenções no espaço, teria acumulado poeira. Caracterizou ainda a situação como boato de um grupo pequeno.

Ainda neste domingo (6), a reportagem entrou em contato com o padre Augusto Gonçalves, pároco de Pirenópolis, por meio de mensagem de texto e ligação. Também foi deixado um número para contato na recepção do museu da igreja. Até o fechamento desta edição, contudo, não obteve retorno. Também não foi possível falar com a Diocese de Anápolis. As fontes relataram que, conforme informado pelo mesmo, o padre não sabia das alterações na imagem.