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Acontece a primeira etapa do Circuito Gastronômico de Goiás

Nesta primeira etapa, o Circuito acontece nos estabelecimentos, com pratos típicos do Cerrado

Modificado em 17/09/2024, 16:32

Acontece a primeira etapa do Circuito Gastronômico de Goiás

(Murillo Cortez - Sesc Goiás)

O Circuito Gastronômico na cidade de Goiás, com o tema "Cozinha Cerratense", teve início na última segunda-feira (1) e promete uma experiência gastronômica única até o dia 28 de julho. Chefs renomados, como Jimmy Ogro, Emiliana Azambuja, Kátia Barbosa, Cidinha Santiago, José Honorato e André Barros, participarão do festival, apresentando suas criações e realizando workshops e palestras sobre gastronomia.

Nesta primeira etapa, o Circuito está acontecendo em 30 estabelecimentos participantes, cada um oferecendo pratos exclusivos com ingredientes típicos do cerrado, como pequi e baru. No cardápio temos pamonhas, drinks, empadão, hamburguer, petiscos, manjar de cajuzinho e muito mais. Os preços dos pratos são a partir de R$ 15. Clique aqui para acessar o guia completo com os estabelecimentos participantes.

Na segunda etapa, de 19 a 22 de julho, teremos a Arena Gastronômica Senac, na Praça de Eventos. Este espaço é dedicado aos amantes da gastronomia, onde chefs renomados conduzirão aulas e oficinas, compartilhando seus segredos e técnicas culinárias. Além das oficinas, a Arena terá expositores de produtos artesanais, como queijos, mel, cachaças, cervejas, vinhos, comidas, entre outros.

A Arena contará ainda com um espaço Kids e Cozinha Show, com o projeto Mãos na Massa, onde 20 participantes terão a oportunidade de cozinhar ao lado dos chefs. Além disso, haverá a Cozinha de Cora, uma cozinha equipada com fogão e forno caipira, que estará em funcionamento durante todo o evento. O festival vai além da gastronomia, com apresentações culturais de artistas como Noys é Noys, Maíra, Heróis de Botequim e, para encerrar com chave de ouro, Elba Ramalho.

O presidente do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac, Marcelo Baiocchi, destaca a importância de promover eventos que valorizem o setor gastronômico. "Sabemos que a culinária é uma forma de arte que desperta os sentidos e une as pessoas. Portanto, ao promover um festival gastronômico, estamos não apenas oferecendo qualificação e uma variedade de pratos, mas também criando momentos de conexão e convívio", comenta.

Já o diretor regional do Sesc e Senac, Leopoldo Veiga Jardim, ressalta a importância da qualificação profissional para o fortalecimento do comércio local. "Neste festival, contaremos com a participação de renomados chefs e especialistas culinários, que irão apresentar suas criações e compartilhar suas técnicas e conhecimentos. Além disso, teremos workshops e palestras, proporcionando oportunidades de aprendizado e crescimento profissional para toda comunidade", disse.

O Circuito Gastronômico é uma realização do Senac, do Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Retomada, e do Sindicato de Turismo e Hospitalidade (Sindtur), com apoio da Goiás Turismo, Goiás Social, Sebrae, Associação dos Restaurantes, Pousadas, Hotéis e Similares (ARPHOS), Bonfrigo e Prefeitura municipal de Goiás, conta também com a organização de São Bento Produções e Eventos.

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Estátua de Leodegária volta a sofrer vandalismo

Imagem da poetisa, instalada ao lado da escultura de Cora Coralina no Mercado Municipal, foi quebrada no último sábado (5); avaliação para possível restauro será feita nos próximos dias

A escultura que fica no pátio do Mercado Municipal está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor.

A escultura que fica no pátio do Mercado Municipal está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor. (Reprodução/Instagram)

A cidade de Goiás receberá nos próximos dias milhares de turistas para as celebrações da Semana Santa, que começam no dia 13 de abril. Quem passar pelo Mercado Municipal, no entanto, terá uma triste surpresa: novamente a escultura da poetisa Leodegária de Jesus, instalada no pátio interno, foi alvo de vandalismo.

O fato ocorreu na noite de sábado (5), segundo a Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, e o autor já foi identificado.

Na imagem é possível ver que a escultura está sem a cabeça, fruto de um golpe com o joelho que sofreu do autor, um rapaz menor de idade. Ele estava acompanhado de outras pessoas que não depredaram a obra, todos moradores da cidade. O jovem foi identificado pelas câmeras de segurança do mercado, e uma investigação está em curso.

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DE NOVO

Em maio de 2023, tanto a imagem de Leodegária quanto a de Cora Coralina, instalada logo ao lado, foram completamente destruídas. Após avaliação do criador das obras, o artista plástico Carlos Antônio Silva, foi constatado que não seria possível fazer a restauração das esculturas. Outras duas esculturas das poetisas foram feitas do zero e instaladas novamente no banco, em frente à Livraria Leodegária. O artista deve ir até a cidade de Goiás nos próximos dias para avaliar a possibilidade de restauração da escultura.

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Cobra de 'bigode' e que vive em árvores: biólogos descobrem nova espécie de serpente no cerrado tocantinense

Materiais da nova espécie foram coletados em 2017, no Tocantins, e foram comparados com outras espécies já existentes ao longo dos últimos anos. A cobra não é peçonhenta, segundo especialistas

Modificado em 22/02/2025, 13:16

Nova espécie de cobra-papagaio é descoberta no Tocantins (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

Nova espécie de cobra-papagaio é descoberta no Tocantins (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

Uma nova espécie de cobra-papagaio foi descoberta no Tocantins e em Minas Gerais. Com cores vibrantes de verde, branco e amarelo, a Leptophis mystacinus é encontrada apenas no bioma cerrado. Seu nome faz referência à faixa preta que percorre a cabeça, próximo aos olhos e acima da boca, formando uma espécie de 'bigode', segundo os pesquisadores.

O biólogo Diego Santana é um dos pesquisadores que trabalhou na descoberta da serpente mystacinus. Em conversa com o g1, ele explicou como foi feito o estudo que identificou a espécie e a diferença entre ela e as outras cobras do grupo Leptophis. Como a descoberta da mystacinus é recente, outros estudos devem ser feitos para saber mais sobre seu comportamento. Segundo o biólogo, a cobra não é peçonhenta .

Antes da nova espécie ser identificada, apenas 19 do gênero eram catalogadas em todo o mundo, sendo que cinco são encontradas no Brasil. A descoberta foi realizada a partir de comparações de materiais coletados no Tocantins em 2017, com outros 1.625 espécimes.

"O professor Nelson [um dos pesquisadores envolvidos] e eu, analisamos vários materiais que estavam tombados em museus de zoologia, em coleções zoológicas. Esse material fica nessas instituições. E os meus alunos coletaram alguns exemplares, esses do Tocantins, em 2017. E o professor Nelson veio para Campo Grande entre 2021 e 2022. E aí quando ele chegou aqui a gente começou a avaliar esse material", disse.

Segundo o artigo científico 'Uma nova espécie de cobra-papagaio, Leptophis (Serpentes: Colubridae) do Cerrado brasileiro', publicado na revista PeerJ, a cobra-papagaio é encontrada no México, América Central e do Sul. No Tocantins, a nova espécie foi identificada na região norte e central do estado, nas cidades de Araguaína, Caseara e Pium .

"Essa espécie até agora é conhecida só para áreas de cerrado. Só que no Tocantins tem uma área que é de cerrado, mas é numa área de transição. Na transição entre o cerrado e a amazônia que é ali em Caseara. Mas as áreas que a gente pegou esse bicho foi em áreas de cerrado", explicou.

Leptophis mystacinus é a nova espécie identificada das cobras-papagaio (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

Leptophis mystacinus é a nova espécie identificada das cobras-papagaio (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

A espécie é uma serpente e pode estar presente em outros estados da região centro-oeste do país. "A gente acredita que ela possa ocorrer no meio do caminho, então deve ter ido no leste do Mato Grosso. Ela provavelmente deve ocorrer em Goiás também. No nosso artigo a gente encontrou exemplares para o Tocantins e Minas, e sabemos que tem registros para Goiás e para o leste do Mato Grosso", explicou Diego.

"A gente conhece pouco, ela acabou de ser nomeada, então agora começam os estudos ecológicos, os estudos de comportamento. Ela pertence a um grupo de serpentes e não é peçonhenta. Elas são mais fininhas mesmo, porque elas são um tipo de cobra cipó também, tanto que tem gente que chama elas de cobra-cipó. Ela tem outros nomes como cobra-papagaio, ela também é conhecida como cobra-cipó verde ou azulão-boia", explicou.

Essa serpente se chama colubridae e são conhecidas por viverem em árvores. Seus parentes mais distantes, que são da mesma família, são as cobras caninana e papa-pinto.

A gente sabe que as serpentes desse gênero, as cobras-papagaios, no geral, gostam de comer lagartos, algumas aves pequenas também, e elas dormem nas árvores. Elas até ficam no chão também, podem rastejar no chão, mas elas sobem nas árvores também, que chamam de serpente arborícola", disse o biólogo.

O nome científico da cobra deriva do grego e faz referência a faixa preta que fica acima da boca. Desse forma, a identificação dela vem de mystax, que significa 'lábio superior' ou 'bigode' e do sufixo latino inus, que significa 'semelhança' ou 'pertencente a'. Segundo o biólogo, é justamente esse bigode que a diferencia de outras espécies como ahaetulla e dibernardoi.

"Além disso, ela também tem uma faixa preta escura depois do olho (pós-ocular) que vai até o corpo dela. Nas outras quando tem essa faixa é um menor e mais discreta", explicou.

Todas as cobras-papagaios possuem a coloração verde, com uma faixa branca, marcas pretas e algumas vezes amareladas. Conforme Diego, os padrões dessas colorações variam de acordo com a espécie.

Veja quem são os pesquisadores envolvidos na descoberta:

  • Nelson R. Albuquerque
  • Roullien H. Martins
  • Priscila S. Carvalho
  • Donald B. Shepard
  • Diego J. Santana
  • Cobra-papagaio é a nova espécie descoberta no Tocantins (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

    Cobra-papagaio é a nova espécie descoberta no Tocantins (Leandro Alves da Silva / Divulgação)

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    Trabalho de descontaminação busca diminuir danos no Rio Vermelho

    Manancial recebe raspagem do solo afetado por agrotóxicos, além da lavagem das pedras que compõem suas margens na cidade de Goiás

    Equipes fazem a descontaminação das margens do Rio Vermelho

    Equipes fazem a descontaminação das margens do Rio Vermelho (Divulgação/Semad)

    Autoridades municipais da cidade de Goiás percorreram o Rio Vermelho nesta segunda-feira (23), até o distrito de Buenolândia, para avaliações sobre a contaminação por agrotóxicos. A carga de pesticidas entrou em contato com o manancial após um acidente na GO-164, na manhã de terça-feira (17), que matou um casal e deixou dois homens feridos. Desde a última semana, moradores vêm registrando a morte de centenas de peixes ao longo das águas que cortam a antiga capital.

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    A contaminação é monitorada pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Municipal do Meio Ambiente da cidade de Goiás. Nesta segunda-feira (23), equipes realizaram a remoção dos resíduos com a raspagem do solo contaminado e a lavagem das pedras que compõem as margens do rio.

    A preocupação, tanto de pesquisadores da cidade como da administração pública com a qualidade das águas, que podem sofrer prolongadamente os efeitos da contaminação, gerou recomendações quanto à utilização do recurso hídrico. De acordo com a Semad, a população que necessitar de água para a hidratação de animais pode recorrer à secretaria pelo WhatsApp 62 92798321.

    "Eu não tive coragem de descer mais em outros poços, só no que eu fui já fiquei bem triste", diz um agricultor familiar da região sobre a contaminação do Rio Vermelho. Em áudio ao qual a reportagem teve acesso, o homem pede a um agente público para solicitar à prefeitura uma fiscalização urgente junto do rio: "A situação não está normal, estamos muito tristes", complementa.

    O homem diz ter encontrado ao longo do rio diversas espécies de peixes mortos, devido à grande quantidade de "veneno" nas águas. Após a ida ao local, ele diz não conseguir mais voltar pelo cheiro e situação em que o rio se encontra. "Tem uma espuma, está grossa, um cheiro muito estranho", complementou. Os peixes vêm sendo vistos mortos na antiga capital desde o museu Casa de Cora Coralina e se estendido também ao Balneário Cachoeira Grande, na junção do Rio Vermelho com o Bagagem.

    Acidente

    O acidente ocorreu na terça-feira passada, depois que um caminhão carregado de agrotóxicos teve uma falha nos freios próximo ao primeiro trevo de acesso à cidade. O caminhão atingiu a traseira de um veículo, o que causou a morte de um casal. Com o acidente, o Corpo de Bombeiros chegou a comunicar a Semad sobre os agrotóxicos espalhados na área. A carga foi identificada como roubada de um local no município de Marcelândia (MT).

    Apesar de a Gerência de Gestão e Prevenção de Incêndios e Acidentes Ambientais (Gegia) da Semad tomar iniciativas para evitar o contato com o rio, como barreiras de contenção, as chuvas torrenciais na região acabaram levando produtos tóxicos para o manancial. Após a morte dos peixes, a secretaria entrou em contato com os fabricantes dos produtos, Bayer e Basf, para atender à emergência ambiental. Como prevê a Lei Federal 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, as duas empresas contrataram a Ambipar, que enviou profissionais para atuar na descontaminação da área.

    Os ocupantes do caminhão onde a carga estava foram encaminhados ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). De acordo com nota da unidade, enviada na segunda (22), os dois homens estão internados na enfermaria do hospital, com o estado de saúde estável, conscientes e respirando espontaneamente.
    (João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG)

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    Animal raríssimo e ameaçado de extinção, cachorro-vinagre é visto em Goiás

    Registro foi feito no Parque Estadual da Mata Atlântica (Pema), que fica no município de Água Limpa. Essa é a segunda aparição da espécie no local

    undefined / Reprodução

    Uma matilha de cachorros-vinagre foi vista no Parque Estadual da Mata Atlântica (Pema), localizado no município de Água Limpa, no sul goiano. Segundo especialistas do Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado (PCMC), a espécie é considerada rara e está ameaçada de extinção no Brasil. O registro foi publicado em uma rede social do projeto nessa terça-feira (17) (assista acima) .

    O vídeo mostra três cachorros-vinagre passando pelo parque. O caso foi celebrado pelos profissionais que fizeram a filmagem. "A equipe do Projeto Detetives Ecológicos comemora com alegria o privilégio de registrar essa espécie em nossas armadilhas fotográficas", diz a legenda da publicação.

    Segundo os ecologistas do PCMC, essa é a segunda aparição do cachorro-vinagre no parque. A primeira aconteceu em 2022. A presença dessa espécie indica a qualidade ambiental da região, conforme explicaram os especialistas. Além disso, o cachorro-vinagre é uma das espécies-alvo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Canídeos Silvestres Brasileiros.

    Ainda segundo os profissionais do projeto, o cachorro-vinagre é, dentre os canídeos silvestres brasileiros, o único que caça em bando. O nome do animal foi escolhido devido à sua urina, que tem cheiro de vinagre. Eles são mais registrados em ambientes próximos a corpos d'água, onde conseguem encontrar suas presas. A espécie possui membranas interdigitais - adaptações nas patas que facilitam a locomoção na água.

    Cachorro-vinagre, espécie ameaçada de extinção no Brasil. (Frederico Gemesio Lemos)

    Cachorro-vinagre, espécie ameaçada de extinção no Brasil. (Frederico Gemesio Lemos)