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Tradicional em bares, torresmo ganha cardápios de restaurantes em Goiânia

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Torresmo com limão e cerveja é combinação em bares de Goiânia

É só chegar o final de semana que a pedida certa é samba, cervejinha gelada e, é claro, o torresmo crocante. Uma das iguarias mais queridas das mesas de bar, o torresmo tem saído dos botecos de esquina e indo parar nos cardápios de restaurantes em receitas inventivas e combinações especiais. Seja como o tradicional torresminho ou em cortes mais elaborados e no estilo panceta, o petisco é tradição que o goiano gosta de perdurar.

Em processo artesanal, no Thiosti Bar e Restaurante o torresmo é um dos carros-chefes entre os petiscos servidos no local. “Toda a técnica para se preparar o torresmo é como nossas avós faziam no passado. Eu mesmo compro a panceta, tempero e jogo na panela. Todo o processo deve ser acompanhado para que não passe do ponto exato”, explica a proprietária do local, Jaldete Rodrigues Oliveira.

Com diferentes tipos de corte, como o pururuca de rancho, o torresmo de barriga e o de rolo, o petisco tem como base a carne de porco com gordura, que pode ou não levar o toucinho e a banha. A diferença entre o torresmo e a panceta, por exemplo, é a quantidade de carne. “A panceta tem menos gordura e vai render um torresmo mais suculento e carnudo, enquanto a barriga, mais gorda, forma torresminhos menores e crocantes”, aponta a profissional.

O torresmo serve de acompanhamento para diversos tipos de pratos, mas a pedida mais tradicional é a feijoada. Outras parcerias de sucesso são com o feijão tropeiro e o caldo de feijão e de vaca atolada. No Thiosti, a iguaria é servida com um molho de goiabada reduzido e pimenta com mandioquinha. “O sabor agridoce da goiabada junto com a crocância do torresmo dá outra cara para o prato. É de encher a boca d’água”, brinca Jaldete.

Para cada restaurante ou bar existe um mistério na hora de preparar o petisco. Jaldete conta que um dos segredos do Thiosti é na hora de escolher a carne. “Tudo depende muito da qualidade do porco. Se ele não estiver em ótimas condições eu nem sirvo no restaurante. Aquela crocância e sabor se devem, principalmente, à excelência do animal”, diz.

Segredo

Em tamanhos menores, bom para petiscos acompanhados da cerveja, há também aqueles torresmos maiores servidos de maneira individual. No Matuto Bar, localizado no Setor Universitário, a dica é aproveitar os dias quentes de Goiânia e se deliciar com o torresmão, um tipo de panceta especial que serve como carro-chefe do local. “É aquela tira bem estilo torresmo de botequim do interior de Goiás. O goiano mesmo adora sentar em uma mesa de bar, pedir uma geladinha e comer torresmo. É um costume que faz parte do paladar em todos os cantos do Estado”, adianta o dono do Matuto, Daniel Gil Cintra.

O modo de preparo do torresmão servido no bar é diferente dos tradicionais vistos em outros locais da cidade. “A carne é a mesma, mas, na hora de fritar, colocamos na panela a tira inteira. Fica muito suculento. No fim, o petisco impressiona o público pelo tamanho e sabor, crocante por fora e macio por dentro”, conta Daniel. Número um entre os pedidos do Matuto, o torresmão é individual para os mais famintos, mas dá para dividir entre duas pessoas.

“O ideal é sempre trabalhar com panceta de primeira qualidade. Tudo depende da carne”, explica o proprietário. No bar, o torresmo é servido junto com um creme de milho, receita criada em 2015 para o festival Comida di Buteco. Na época, o tema do evento era prato à base de cereais. “Pode parecer um pouco improvável a combinação, mas o público pede muito. Está entre nossas principais saídas”, assegura.

Já no Breguellas Bar, localizado no Setor Oeste, o torresminho compete lado a lado com outros petiscos do cardápio, como o disco de carne, o frango frito e o bolinho de arroz. Enquanto a bandeja recheada da iguaria passa de mesa em mesa, o samba faz a trilha sonora do local. Combina a clientela de 40 anos, junto com a atual juventude da cidade, que aprecia a comida da cozinheira Nilza Abreu, que trabalha no boteco há mais de 25 anos. “Criamos uma freguesia muito boa por conta do nosso torresminho. Temos muito orgulho da nossa história”, destaca Gonçalo dos Santos, proprietário da casa.

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Torresmão do Matuto: tira-gosto está entre os mais pedidos
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