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Abramovich põe Chelsea à venda e promete doar lucro para vítimas da guerra

Bilionário russo anunciou que está deixando o comando da administração do clube depois de quase 20 anos

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 02:15

Roman Abramovich, bilionário russo proprietário do Chelsea, emitiu um comunicado oficial nas redes sociais da equipe confirmando que colocou o clube à venda.

Além disso, ele afirmou que que instruiu sua equipe para criar uma fundação de caridade onde todos os lucros líquidos da venda do Chelsea serão doados para as vítimas da guerra na Ucrânia.

O jornal inglês ' Daily Mail ' publicou na manhã desta quarta-feira (2) que o russo estaria querendo acelerar o processo de venda por conta da repercussão dos ataques da Rússia aos ucranianos. No entanto, Roman desmentiu essa versão.

De acordo com a revista ' Forbes ', o time deve 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 10 bilhões na cotação atual) a Roman Abramovich. Na nota, ele diz que não irá cobrar esse valor do clube.

Na semana passada, Abramovich anunciou que estava deixando o comando da administração do clube depois de quase 20 anos.

*VEJA COMUNICADO COMPLETO
Gostaria de abordar a especulação na mídia nos últimos dias em relação à minha propriedade do Chelsea FC. Como já disse antes, sempre tomei decisões tendo em mente o melhor interesse do Clube. Na situação atual, tomei, portanto, a decisão de vender o Clube, pois acredito que seja do interesse do Clube, dos adeptos, dos colaboradores, bem como dos patrocinadores e parceiros do Clube.

A venda do Clube não será acelerada, mas seguirá o devido processo. Eu não vou pedir nenhum empréstimo para ser reembolsado. Isso nunca foi sobre negócios ou dinheiro para mim, mas sobre pura paixão pelo jogo e pelo clube. Além disso, instruí minha equipe a criar uma fundação de caridade onde todos os lucros líquidos da venda serão doados. A fundação será para o benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia. Isso inclui fornecer fundos essenciais para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, bem como apoiar o trabalho de recuperação de longo prazo.

Por favor, saibam que esta foi uma decisão incrivelmente difícil de tomar, e me dói me separar do Clube dessa maneira. No entanto, acredito que isso seja do melhor interesse do clube.

Espero poder visitar Stamford Bridge uma última vez para me despedir de todos vocês pessoalmente. Foi um privilégio de uma vida fazer parte do Chelsea FC e estou orgulhoso de todas as nossas conquistas conjuntas. O Chelsea Football Club e seus torcedores estarão sempre em meu coração.

Obrigado, Roman.

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Rússia diz que Zelensky está 'obcecado por guerra' e cita fracasso nos EUA

Zelensky afirmou que quer o fim da guerra em 2025 e que a Ucrânia "não está a venda"

Modificado em 01/03/2025, 19:38

Zakharova chamou o bate-boca entre Trump e Zelensky de "surra" sem precedentes na história

Zakharova chamou o bate-boca entre Trump e Zelensky de "surra" sem precedentes na história (Reprodução/ Jornal Nacional)

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a viagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington, nos EUA, foi um "fracasso político e diplomático". A declaração da porta-voz russa ocorreu um dia após o bate-boca com o presidente Donald Trump, na Casa Branca.

Ministra Maria Zakharova escreveu sobre o que chamou de "incapacidade" do presidente ucraniano. "O lado russo afirmou repetidamente sobre a inadequação, a corrupção e a incapacidade de Zelensky de negociar a todos os níveis." Ex-presidente russo Dmitry Medvedev disse que Zelensky recebeu um "tapa sólido" na reunião com Trump.

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Zakharova descreveu o comportamento do presidente da Ucrânia como "escandalosamente grosseiro" durante a estadia em Washington. Ela disse ainda que as ações dele na ocasião são "uma ameaça mais perigosa para a comunidade mundial como instigador irresponsável de uma grande guerra."

A ministra disse ainda que Zelensky está "obcecado em continuar a guerra". "Nas atuais condições políticas cada vez mais deterioradas para o regime de Kiev, esta figura não é capaz de demonstrar responsabilidade e está, portanto, obcecada em continuar a guerra, rejeitando a paz, que para ele é como a morte.

Zakharova chamou o bate-boca entre Trump e Zelensky de "surra" sem precedentes na história e na diplomacia internacional. Segundo ela, a discussão é "uma prova da fraqueza política e da extrema degradação moral dos líderes europeus que continuam a defender o apoio ao líder insano do regime nazi, que perdeu o contato com a realidade."

Ministra disse que objetivos da Rússia continuam a sendo a "desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia". "Quanto mais cedo Kiev e as famosas capitais europeias perceberem isso, mais próxima estará a resolução pacífica da crise ucraniana."

Trump chama Zelensky de ditador

Declaração de 19 de fevereiro é mais um capítulo na história tensa que vive a relação entre Kiev e Washington. O mandato do ucraniano terminou em 2024. Zelensky foi eleito para um mandato de cinco anos, mas já completou mais de 9 meses como presidente. A lei ucraniana prevê a possibilidade de não haver eleições durante períodos de guerra.

Resposta veio após ucraniano dizer que americano vive em um "espaço de desinformação". Trump tem se aproximado da retórica de Moscou, demonstrando um alinhamento cada vez mais afinado com o presidente Vladimir Putin.

Zelensky afirmou que quer o fim da guerra em 2025 e que a Ucrânia "não está a venda". Um assunto que deve ser pauta no encontro entre o enviado americano à Kiev, Keith Kellogg, e o presidente ucraniano é o acordo proposto pelos EUA sobre os recursos minerais do país europeu. Washington esperava obter acesso a 50% dos minerais estratégicos da Ucrânia como compensação por sua ajuda militar e econômica. O acordo foi negado pelo europeu.

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Zelenski critica neutralidade de Bolsonaro na Guerra da Ucrânia

Presidente diz à TV Globo que conflito da Rússia é contra povo de seu país

Modificado em 20/09/2024, 05:14

O presidente Volodimir Zelenski em entrevista coletiva em Kiev.

O presidente Volodimir Zelenski em entrevista coletiva em Kiev. (Valentin Oguirenko/Reuters)

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, fez uma crítica direta ao brasileiro Jair Bolsonaro (PL), com quem teve uma conversa por telefone nesta segunda-feira (18).

"Eu não apoio a posição dele de neutralidade. Eu não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo", disse Zelenski, em entrevista à TV Globo. Desde o começo do conflito no Leste Europeu, Bolsonaro já afirmou que mantém essa posição, tendo em vista principalmente a alta dependência de fertilizantes importados da Rússia.

Apesar das declarações de Bolsonaro, em fóruns internacionais como as Nações Unidas o Brasil se posicionou de forma crítica a Moscou, condenando a ação do Kremlin em resoluções da Assembleia-Geral e do Conselho de Segurança -o país se absteve na votação que suspendeu a Rússia do Conselho de Direitos Humanos.

"Vamos pensar sobre a Segunda Guerra Mundial. Foi assim. Muitos líderes ficaram neutros num primeiro momento", completou Zelenski. "Isso permitiu que os fascistas engolissem metade da Europa e se expandissem mais e mais, capturando toda a Europa. Isso aconteceu por causa da neutralidade. Ninguém pode ficar no meio do caminho."