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Seleção brasileira é convocada para a Copa do Mundo Feminina; veja a lista das jogadoras

Marta, recuperada de lesão, lidera seleção em seu último Mundial. Cristiane fica fora da Copa

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:27

Seleção brasileira é convocada para a Copa do Mundo Feminina; veja a lista das jogadoras

(Thais Magalhães/CBF)

Com a lista de 23 nomes anunciada nesta terça-feira (27), Pia Sundhage deu início à contagem regressiva para a última Copa do Mundo de Marta.

(Confira, no fim do texto, a lista das convocadas)

A meia-atacante de 37 anos terá no torneio a ser disputado na Austrália e Nova Zelândia a última esperança de conquistar um título de expressão com a seleção brasileira. Ela vai disputar seu sexto mundial.

Seis vezes eleita melhor do planeta (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), Marta fez parte da equipe vice no torneio de 2007. Foi também medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas-2004 e Pequim-2008.

"Sem dúvida [será a última Copa]. Eu estou superbem. Não sou a Marta de 20 anos atrás, mas eu estou muito bem, mentalmente melhor ainda. Espero chegar bem para ajudar essa equipe e realizar esse grande sonho", disse a craque para a Cazé TV.

Na última Copa, em 2019, ela alfinetou companheiras de equipe. Após a eliminação nas oitavas de final diante da França, pediu maior comprometimento no futuro para as jogadoras da seleção. A crítica não foi bem recebida por todas do elenco.

A comparação com Lionel Messi se torna inevitável. Assim como Marta, o também maior vencedor do prêmio de melhor do mundo (agora sete vezes), mas entre os homens, avisou que o torneio do Qatar, em 2022, seria sua última chance de chegar à glória máxima no futebol. Deu certo. A Argentina foi campeã e ele acabou eleito o craque da competição.

Naqueles que foram considerados os últimos testes reais para a equipe antes da convocação, Marta não esteve presente. Com lesão no bíceps femoral, acabou cortada da convocação e ficou em Orlando, nos Estados Unidos, enquanto as comandadas de Pia perdiam nos pênaltis a Finalíssima contra a Inglaterra (após empate em 1 a 1) e derrotavam a Alemanha por 2 a 1 em Nuremberg, em abril.

A recuperação de Marta é um alívio para Pia depois dos problemas de lesão de outras atletas nos últimos meses. A atacante Ludmilla, do Atlético de Madrid-ESP, e a goleira Lorena, do Grêmio, são desfalques por causa de lesões no joelho.

A atacante Debinha e a zagueira Tainara passaram por problemas físicos e também não foram chamadas para as partidas na Europa.

A base da lista é composta pelas jogadoras que foram chamadas para a Finalíssima. Embora a maior parte atue fora do país, são sete chamadas para o Mundial que jogam no Brasil. O número é bem superior aos selecionados por Tite para a Copa do Mundo do Qatar, no ano passado. Apenas três estavam em atividade em times nacionais.

As convocadas iniciam a primeira fase de treinos nesta semana. Antes da iagem para Brisbane, na Austrália, que será a base brasileira na Copa, a equipe vai enfrentar o Chile no próximo domingo (2), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O Brasil está no Grupo F da Copa do Mundo feminina, ao lado de Panamá, França e Jamaica. A estreia será no próximo dia 24, contra as panamenhas.

LISTA DE CONVOCADAS POR PIA SUNDHAGE PARA A COPA DO MUNDO:

Goleiras: Letícia Izidoro (Corinthians), Bárbara (Flamengo) e Camila Rodrigues (Santos)

Laterais: Antônia (Levante), Bruninha (Gotham FC) e Tamires (Corinthians);

Zagueiras: Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Mônica Hickman (Madrid CFF) e Rafaelle (Arsenal);

Meio-campistas: Adriana (Orlando Pride), Ary Borges (Racing Louisville), Duda Sampaio (Corinthians), Andressa Alves (Roma), Luana (Corinthians), Ana Vitória (Benfica);

Atacantes: Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Geyse (Barcelona), Kerolin (North Carolina Courage), Nicole (Benfica), Gabi Nunes (Madri CFF) e Marta (Orlando Pride)

SUPLENTES: Tainara (Bayern de Munique), Aline Gomes (Ferroviária) e Angelina (OL Reign)

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Após Brasil ser escolhido sede da Copa Feminina, dirigentes e técnicos cobram investimento em Goiás

Brasil receberá Mundial feminino de 2027 e serão dez cidades-sedes

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Christiane Guimarães, técnica do Aliança, comanda treino da equipe

Christiane Guimarães, técnica do Aliança, comanda treino da equipe (Wildes Barbosa)

++LUIZ FELIPE MENDES++

Após a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, pessoas ligadas ao futebol feminino em Goiás acreditam que o evento pode ajudar a fomentar a modalidade no País e no estado, mas há também ceticismo em relação ao apoio que pode surgir no cenário goiano, que ainda não encarou realidade consistente de apoio em termos de investimentos, planejamento, competições e formação de jogadoras.

Como na versão masculina da Copa do Mundo, sediada pelo Brasil pela segunda vez em 2014, o estado de Goiás não sediará partidas válidas pela competição. Na candidatura para o Mundial de 2014, houve trabalho para que a capital goiana fosse considerada, mas a cidade acabou não contemplada. Desta vez, não houve tentativa.

Presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), Ronei Freitas conta que a candidatura da CBF foi "muito em cima da hora" e, por isso, não houve viabilização de uma possível indicação de Goiás como uma das sedes. Além disso, a proximidade com Brasília é um dos fatores que tende a "atrapalhar" esse processo, segundo o dirigente.

Gestora do Aliança, clube mais vencedor do Goiano Feminino, Patrícia Menezes opina que há a expectativa de que a escolha do Brasil como sede faça com que as pessoas olhem mais para o futebol feminino, incluindo Goiás. Contudo, a dirigente demonstra preocupação.

"Acho que o Brasil não está preparado. Vemos tantos comentários machistas em relação ao futebol feminino, até dos nossos próprios dirigentes do esporte goiano. Eles têm uma postura muito polêmica de falar que mulher não sabe jogar, é muito ruim de se assistir, então as pessoas ainda têm esse preconceito. Enquanto houver, no Brasil, esse tipo de comentário, acho que não devia ter Copa do Mundo aqui, não", comentou.

A técnica do Aliança, Christiane Guimarães, vê o evento como oportunidade. "Acredito que seria uma grande oportunidade de realmente valorizar o futebol feminino no aspecto de produto a ser vendido, tendo em vista que muitos clubes ainda só desenvolvem devido à obrigatoriedade da CBF", analisou a treinadora do Aliança.

O técnico do Vila Nova/Universo, Robson Freitas, possui uma visão dividida em relação ao assunto. Em Goiás, ele afirma que o crescimento da modalidade ainda está longe. Para o treinador, o evento é chance de avançar, mas o desempenho da seleção pode trazer risco.

"Isso significa um marco importante. Entendemos que, pela Copa do Mundo ser no Brasil, algumas políticas voltadas para o apoio ao futebol feminino, de forma geral, devem surgir. É uma modalidade em constante crescimento, então (a Copa) vem para agregar muito em relação a visibilidade, mídia espontânea. Mas tem a probabilidade de, se a seleção não for bem, criar uma imagem negativa do futebol feminino e causar um retrocesso", avaliou.

Nélio Martins, técnico do Vasco de Itaberaí, falou que a Copa no Brasil vai ser uma chance para o futebol feminino ser mais valorizado em Goiás. Diana Camargos, presidente do River Trindade, acredita que a modalidade está crescendo, mas com um longo caminho pela frente.

"Com toda certeza, a Copa Feminina é um incentivo a mais, isso a gente não pode negar. Mas o que falta dentro do estado de Goiás para o futebol feminino crescer mais um pouco é mais oportunidade, visibilidade, incentivo. Sendo visto, será valorizado. Se eu invisto mais em uma categoria, ela vai ser vista", diz a dirigente.

Competições

Atualmente, o calendário da FGF para o futebol feminino tem apenas o Campeonato Goiano adulto. Na edição do ano passado, foram seis times participantes: Aliança, Vila Nova, Flugoiânia, Vasco de Itaberaí, Trindade e Abecat Ouvidorense.

Ronei Freitas afirma que a entidade pretende aumentar o calendário do futebol feminino goiano, através de projetos no segundo semestre deste ano. Em geral, esses projetos são de incentivos, tais como isenção de taxas de inscrição de atletas, filiação de clubes amadores e taxas de arbitragem, fornecimento de materiais esportivos e bolas.

"Nós estamos precisando muito ter essa valorização do futebol feminino. Eu, particularmente, gosto muito e estou com alguns projetos para serem desenvolvidos, para ver se damos uma alavancada. Acho que essa luta e conquista da CBF vai valorizar muito o futebol feminino em Goiás e, principalmente no Brasil, vai fortalecer muito", declarou o dirigente, sem detalhar os projetos para o segundo semestre.

Ronei Freitas ainda emenda que a falta de procura de clubes limita o número de competições de futebol feminino em Goiás, mas afirma que os incentivos podem ajudar para a criação de torneios de base no futuro.

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Brasil será sede da Copa do Mundo feminina de 2027

Será a décima edição da Copa do Mundo feminina

Modificado em 17/09/2024, 15:52

Gianni Infantino, presidente da Fifa, exibe escolha da sede

Gianni Infantino, presidente da Fifa, exibe escolha da sede (Fifa)

Pela terceira vez na história, o Brasil será a sede de uma Copa do Mundo. Nesta sexta-feira (17), durante o congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em Bancoc, na Tailândia, a candidatura brasileira superou a proposta conjunta apresentada por Bélgica, Alemanha e Holanda e foi escolhida para receber a edição feminina do torneio em 2027.

A versão masculina da Copa do Mundo já foi sediada pelo Brasil duas vezes: 1950 e 2014. Ao todo, 207 associações filiadas à Fifa estavam aptas a participarem da votação. O Brasil recebeu 119 votos, contra 78 dos europeus.

Será a primeira vez que o Mundial das mulheres será realizado na América do Sul. Pesou a favor do Brasil o legado deixado pela Copa do Mundo de 2014, sobretudo os estádios construídos para a ocasião. "Parabéns ao Brasil. Vamos agora organizar a melhor Copa do Mundo da história no Brasil", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Em relatório publicado pela entidade máxima do futebol há pouco mais de uma semana, no qual a entidade avaliava os principais aspectos levados em consideração na escolha da sede, como estádios, acomodação e centro de mídia, o país alcançou nota 4, em uma escala de 0 a 5, enquanto a candidatura conjunta europeia recebeu 3,7.

Estádios
Os dez estádios indicados pela candidatura brasileira, que foram erguidos ou reformados para receber jogos da Copa de 2014, tiveram nota 3,7. Os 13 estádios dos países europeus receberam avaliação de 3,4.

O Brasil entrou na disputa contando com as cidades, e os respectivos estádios, de Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Fortaleza (Castelão), Manaus (Arena Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena Pernambuco), Salvador (Fonte Nova), São Paulo (Neo Química Arena) e Rio de Janeiro (Maracanã) - o estádio carioca foi indicado para receber a abertura, no dia 24 de junho, e a final, no dia 25 de julho.

O Beira-Rio, do Internacional, está entre os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Até o momento, não foi discutida a possibilidade de uma substituição. Em seu discurso após a escolha do Brasil, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, mencionou a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e prometeu que o estado receberá um centro de desenvolvimento de futebol para as mulheres.

"A tragédia e a catástrofe por condições climáticas no Rio Grande do Sul, onde muitas vidas se foram e muitas famílias estão desabrigadas. Essa conquista aqui hoje, de o Brasil sediar pela primeira vez uma Copa do Mundo feminina, nós queremos que o trabalho que vai ser desenvolvido possa também ser de fortalecimento para o futebol feminino brasileiro, sul-americano e, principalmente do Rio Grande do Sul, onde deverá ter um grande centro de desenvolvimento do futebol feminino", disse o dirigente.

Mobilidade
Para Valesca Araújo, responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento, a utilização dos principais estádios do país impulsiona o desenvolvimento da modalidade. "É essencial levar o futebol feminino para os melhores estádios e centros de treinamento que temos no país. Uma vez que adentre esses espaços, não há mais como voltar atrás", afirmou.

Valesca declarou que, apesar das longas distâncias entre cada uma das sedes propostas pelo Brasil, foi apresentado um calendário regionalizado para cada grupo da competição. "O calendário leva em consideração os climas de cada região para conforto das atletas e o tamanho dos deslocamentos, pela sustentabilidade ambiental."

Com a utilização dessas arenas, segundo o plano apresentado à Fifa, o principal gasto para o torneio de 2027 será com estruturas provisórias, como a montagem de tendas para receber convidados e imprensa e para a realização de reuniões.

De acordo com os cálculos da candidatura brasileira, esses gastos devem somar US$ 13,3 milhões (cerca de R$ 65 milhões). O financiamento, de novo, segundo o plano apresentado, virá por meio de parceiros e patrocinadores da Fifa e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), sem a utilização de verba pública.

Serão dez cidades brasileiras que vão abrigar os 64 jogos da Copa. Em 2014, foram 12 municípios. A redução tem como objetivo reduzir os deslocamentos e melhorar a logística para equipes e torcedores.

Além do Mundial há uma década, o Brasil recebeu nos últimos anos os Jogos Pan-Americanos, em 2007, os Jogos Olímpicos, em 2016, e a Copa América, em 2019 e 2021.

Visibilidade
A entidade máxima do futebol mundial também levou em consideração o apoio do governo federal para o Brasil receber a competição. No entendimento do Ministério do Esporte, um evento com essa magnitude representa uma ferramenta para dar visibilidade ao futebol feminino no país e ampliar seu desenvolvimento.

Na Tailândia, o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA). A CBF também considera o evento uma oportunidade para ampliar as possibilidades para meninas e mulheres que estejam considerando uma carreira no futebol.

"Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento", afirmou Ednaldo Rodrigues

As mulheres terão a chance de alcançar um feito inédito para o país, que nunca venceu um Mundial como anfitrião. Em 1950, a seleção brasileira masculina perdeu a partida decisiva para o Uruguai. No Mundial de 2014, ficou apenas na quarta colocação geral, depois de histórica goleada sofrida diante da Alemanha nas semifinais, por 7 a 1, e de nova derrota na disputa do terceiro lugar, diante da Holanda, por 3 a 0.

A seleção feminina ainda busca o seu primeiro troféu. O melhor resultado das mulheres brasileiras até hoje foi um vice, na edição de 2007, quando foram superadas pela Alemanha, na edição realizada na China.

Será a décima edição da Copa do Mundo feminina. A primeira foi em 1991, na China, palco também do evento em 2007. Outros países que receberam o Mundial foram a Suécia (1995), os Estados Unidos (1999 e 2003), a Alemanha (2011), o Canadá (2015) e a França (2019). Na edição mais recente, Austrália e Nova Zelândia organizaram o campeonato de forma conjunta, em 2023.

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Inglaterra elimina Austrália e faz final inédita contra a Espanha na Copa do Mundo

Inglaterra elimina Austrália e faz final inédita contra a Espanha na Copa do Mundo

Modificado em 19/09/2024, 00:45

Jogadoras da Inglaterra celebram classificação à final da Copa do Mundo

Jogadoras da Inglaterra celebram classificação à final da Copa do Mundo (Divulgação/@FifaWWC)

Desfalcada de suas duas principais jogadoras desde o início da Copa do Mundo feminina e com outra estrela suspensa, a Inglaterra desafiou os contratempos para ir à final.

Nesta quarta-feira (16), a equipe venceu a Austrália por 3 a 1 pela semi. No próximo domingo (20), faz a decisão contra a Espanha. A certeza é que o Mundial feminino terá uma campeã inédita.

Já é o melhor resultado da história da seleção inglesa e a confirmação do favoritismo da equipe que chegou à competição como campeã continental. No ano passado, venceu a Eurocopa.

Em 2015 e 2019, a Inglaterra havia sido derrotada nas semifinais. Em 38 jogos sob o comando da treinadora holandesa Sarina Wiegman, o time perdeu apenas uma vez. Mas este revés havia acontecido em amistoso diante da Austrália, neste ano.

A finalista desembarcou na Oceania sem Beth Mead, artilheira do título europeu do ano passado, e a volante/capitã Leah Williamson. Ambas não foram convocadas por causa de lesões no joelho. Na vitória sobre a Nigéria, pelas oitavas de final, a atacante Lauren James foi expulsa e recebeu dois jogos de suspensão. Ela retorna apenas na decisão de domingo.

A Inglaterra dominou o primeiro tempo, em parte porque a Austrália decidiu que o melhor caminho era se fechar e usar os contra-ataques. Algo que não aconteceu nos primeiros 45 minutos. No único lançamento que pegou a zaga rival desguarnecida, Sam Kerr saiu na cara do gol, mas já havia sido marcado impedimento.

A recompensa pelo melhor desempenho inglês veio aos 35, quando Ella Toone acertou chute no ângulo para abrir o placar. No restante da etapa inicial, as donas da casa não conseguiram pressionar pelo empate e as britânicas continuaram com domínio territorial.

A Austrália precisava sair mais para o jogo e que a sua craque Sam Kerr aparecesse. Se o segundo tempo não teve um cenário muito diferente nos primeiros minutos, a Inglaterra arrefeceu seu ritmo e o empate chegou graças ao brilhantismo da camisa 20.

Recuperada de lesão, a semifinal foi o primeiro jogo em que começou como titular na Copa. E aos 28 minutos, Kerr acertou um arremate de longa distância, indefensável para ao goleira Earps, e igualou o placar.

Foi o lance que fez a Inglaterra despertar e retomar o mesmo ritmo com o qual iniciou a partida. Lucy Bronze quase anotou um gol espírita, em um cruzamento, e Alessia Russo chegou perto de desempatar com chute cruzado. A vantagem aconteceu aos 25, quando Lauren Hemp aproveitou a falha da zaga australiana para marcar o segundo inglês.

A Austrália estava acostumada a passar aperto nesta Copa do Mundo. Na fase de grupos, chegou à última rodada precisando vencer o Canadá para se classificar depois de ter sido batida pela Nigéria. Nas quartas de final, apelou a uma longa disputa de pênaltis para passar pelas francesas após empate em 0 a 0.

A derrota significa que o país perdeu a chance de igualar algo que foi obtido apenas pelos Estados Unidos em 1999: sediar a competição e ser campeã.

Nos 20 minutos finais, o time tentou. Vine e Kerr tentaram mas Earps fez duas defesas. Foi Sam Kerr quem teve a melhor oportunidade de igualar de novo o placar. Aos 40, a bola caiu nos seus pés dentro da pequena área após rebote da goleira. Ela chutou para fora. O castigo foi imediato.

No ataque seguinte, Alessia Russo bateu cruzado, anotou o terceiro inglês e carimbou a vaga para a inédita final.

FICHA TÉCNICA
AUSTRÁLIA : Mackenzie Arnold; Ellie Carpenter, Clare Hunt, Clare Polkinghorne (Emily van Egmond) e Steph Catley; Hayley Raso (Cortnee Vine), Katrina Gorry (Alex Chidiac), Kyra Cooney-Cross e Caitlin Foord; Sam Kerr e Mary Fowler. Treinador: Tony Gustavsson.

INGLATERRA : Mary Earps; Jess Carter, Millie Bright e Alex Greenwood; Lucy Bronze, Keira Walsh, Georgia Stanway, Rachel Daly e Ella Toone (Niamh Charles); Alessia Russo (Chloe Kelly) e Lauren Hemp. Treinador: Sarina Wiegman

Estádio: Accor Stadium, em Sydney (Austrália)
Público: 75.784 presentes
Árbitra: Tori Penso
Auxiliares: Brooke Mayo e Mijensa Rensch Tess Olofsson (quarta árbitra);
VAR: Massimiliano Irrati
Cartões amarelos: Alex Greenwood e Chloe Kelly (ING)
Gols: Ella Toone (ING), aos 36'/1ºT; Sam Kerr (AUS), aos 17' (AUS), Lauren Hemp (ING), aos 25'; e Alessia Russo (ING), aos 40'/2ºT

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Espanha vence Suécia e vai à final da Copa do Mundo feminina pela primeira vez

Outra finalista sai do confronto entre Inglaterra e Austrália, que se enfrentam na quarta-feira (16) na outra semifinal.

Modificado em 19/09/2024, 00:45

Espanholas comemora classificação à final da Copa Feminina

Espanholas comemora classificação à final da Copa Feminina (Twitter / Fifa)

A Espanha venceu Suécia por 2 a 1, com gols marcados na reta final do jogo, fez história e disputará sua primeira final da Copa do Mundo feminina, em Sydney (Austrália), no domingo, contra a Inglaterra ou a Austrália, que se enfrentam na quarta-feira (16) na outra semifinal.

A partida, que terminou na manhã desta terça-feira (15), no horário do Brasil, marcou a despedida das craques suecas da competição.

A atacante Salma Paralluelo marcou o primeiro gol espanhol aos 35 do segundo tempo, com um chute de direita após cruzamento de Jennifer Hermoso.

Rebecka Blomqvist empatou para a Suécia nos últimos minutos da partida, mas em seguida a lateral esquerda Olga Carmona recuperou a vantagem para as espanholas e fez o segundo gol. As espanholas vibraram muito após a vitória, com abraços e gritos. Deitadas no chão, as suecas choraram ao verem o final do sonho de disputar a final.

A Espanha, que está em sua terceira Copa, nunca havia chegado a essa etapa. Caiu na primeira fase em 2015 e foi eliminada nas oitavas de final em 2019. A equipe teve o melhor ataque da competição, com 16 gols em seis jogos.

Nas oitavas de final, as espanholas surpreenderam os Estados Unidos, eliminados nos pênaltis após empate por 0 a 0, nas oitavas de final.

A Suécia foi a única equipe semifinalista que já esteve em uma final: perdeu por 2 a 1 para a Alemanha, em 2003. Em outras três ocasiões, em 1991, 2011 e 2019, foi até as semifinais.

O jogo foi apitado pela árbitra brasileira Edina Alves, assistida pelas também brasileiras Neuza Back e Leila Cruz . Edina já havia apitado três jogos na Copa, um deles no mata-mata, a vitória por 3 a 1 do Japão sobre a Noruega, nas oitavas de final.

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