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Repórter da Globo recebe ameaça após reportagem sobre exército: 'sua família vai pagar'

Carlos de Lannoy mostrou print com mensagem enviada por internauta pelo Twitter

Modificado em 25/09/2024, 01:39

Carlos de Lannoy em reportagem no 'Fantástico'

Carlos de Lannoy em reportagem no 'Fantástico' (Reprodução)

O repórter da Globo Carlos de Lannoy compartilhou em seu Twitter, na noite do último domingo, 7, uma ameaça que recebeu por meio de uma rede social após a exibição de uma reportagem no Fantástico sobre a morte de um homem após o carro em que estava com sua família ter recebido cerca de 80 disparos por parte do Exército.

"Minutos depois de fazer reportagem no Fantástico sobre mais uma morte em blitz do Exército, recebi essa ameaça no meu Instagram. Não ficará assim", escreveu Carlos em seu Twitter.

Na sequência, ele publicou uma captura de tela em que um usuário do Instagram o ameaça: "Se você escolher falar m*** e defender bandido é escolha sua! Seu m***!"

O perfil ainda afirma que o jornalista "assinou sua sentença" e que "sua família vai pagar": "aguarde cartas!"

De Lannoy compartilhou o comentário e fez um adendo: "Você vai responder por essa ameaça. O que você fez não é apenas uma afirmação vergonhosa, infeliz e lamentável, mas um crime previso em lei. Aguarde!"

Procurada pelo E+, a Globo, por meio de sua assessoria, afirmou que "não vai comentar" o caso.

Confira a publicação abaixo:

Minutos depois de fazer reportagem no #showdavida sobre mais uma morte em blitz do @exercitooficial recebi essa ameaça no meu Instagram. Não ficará assim. pic.twitter.com/xRMkUYOYVV --- Carlos de Lannoy (@CarlosdeLannoy) 8 de abril de 2019

Entenda o caso

Pelo menos dez militares do Exército foram presos em flagrante pelo envolvimento no fuzilamento do carro de uma família em Guadalupe, na zona norte do Rio, no domingo, 7. O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morreu depois que o carro foi alvejado por mais de 80 tiros.

O músico levava a família para um chá de bebê no momento em que foi atingido por três disparos. O sogro de Evaldo também ficou ferido, mas se recupera bem. Outras três pessoas estavam dentro do carro.

O filho mais velho do músico, Daniel Rosa da Silva, de 29 anos, contou que além dos 80 tiros disparados contra o carro de sua família, foram encontradas mais de 200 cápsulas no chão.

Segundo a polícia, os militares teriam aberto fogo contra o carro ao confundir o veículo com o de criminosos que atuam na região.

"Para mim, isso é uma execução", afirmou Silva. "Foram 80 tiros no carro, mais 200 cápsulas de munição pelo chão. Vão botar o exército na rua para garantir a segurança? Que segurança foi essa? Acabaram com uma família."

Silva contou que não houve nenhuma abordagem oficial, nem mesmo um pedido para parar o carro ou prestar esclarecimentos. Os militares apenas atiraram contra o carro. O irmão mais novo de Silva, de apenas 7 anos, estava no carro alvejado mas não ficou ferido.

Confira também a nota oficial divulgada pelo Exército Brasileiro sobre o ocorrido:

"Acerca dos fatos envolvendo militares do Exército que realizavam patrulhamento regular no perímetro de segurança da Vila Militar (RJ), no dia 7 de abril, e que resultaram no óbito de um civil e em ferimentos em outros dois, o Comando Militar do Leste informa que:

1. com base em informações iniciais transmitidas pela patrulha, foi emitida Nota segundo a qual a tropa teria reagido a uma agressão oriunda de criminosos a bordo de um veículo;

2. em virtude de inconsistências identificadas entre os fatos inicialmente reportados e outras informações que chegaram posteriormente ao Comando Militar do Leste, foi determinado o afastamento imediato dos militares envolvidos, que foram encaminhados à Delegacia de Polícia Judiciária Militar para tomada de depoimentos individualizados. Esse procedimento prolongou-se pela madrugada, tendo sido coletado também, até o presente momento, o depoimento de uma testemunha civil. Um membro do Ministério Público Militar acompanhou todo o procedimento;

3. na manhã de hoje, após a conclusão dessas oitivas, foi determinada a lavratura da prisão em flagrante de 10 dos 12 militares ouvidos, em virtude de descumprimento de regras de engajamento;

4. a partir de agora esses militares passam à disposição da Justiça Militar da União, a quem cabe, obedecido o prazo legal, realizar a Audiência de Custódia e determinar como será dado prosseguimento;

5. cumpre esclarecer que o decurso de prazo entre os acontecimentos propriamente ditos e as providências no sentido da decretação das prisões deveu-se aos cuidados necessários para com o devido processo legal, por orientação do Ministério Público Militar, órgão encarregado do controle externo das atividades das Forças Armadas;

6. por fim, o Exército Brasileiro reitera seu estrito compromisso com a transparência e com os parâmetros legais impostos pelo Estado de Direito ao uso legítimo da força por seus membros, repudiando veementemente excessos ou abusos que venham a ser cometidos quando do exercício das suas atividades."

Geral

Suspeito de ameaçar esposa e filho com queimaduras é preso após jogar álcool neles

O suspeito teria ameaçado a companheira com uma faca depois de não conseguir atear fogo nela, informou a Polícia Militar. Crime aconteceu em Guaraí, no noroeste do Tocantins

Modificado em 04/03/2025, 13:25

Suspeito de ameaçar esposa e filho com queimaduras é preso após jogar álcool neles

Um homem de 30 anos suspeito de jogar álcool no corpo da esposa e do filho com a intenção de atear fogo neles, em Guaraí, região central do estado. Ele ainda teria tentado matar a mulher com uma faca, depois de não conseguir queimá-la.

A Polícia Militar (PM) foi chamada para atender uma ocorrência de violência no Setor Centro. No local, o suspeito confessou o crime. A vítima relatou que o marido estava bastante violento, agredindo-a verbalmente e fisicamente.

A mulher contou que o marido jogou álcool nela e no filho e, após não conseguir atear fogo, o homem começou a brigar com ela e pegou uma faca. A irmã da vítima chegou ao local e, juntas, conseguiram retirar a faca do autor até a chegada da polícia.

Suspeito e vítima foram levados para a Central de Flagrante de Guaraí na madrugada de domingo (2).

Geral

Operação mira suspeitos de ameaçar e roubar celular de adolescente que teria envolvimento íntimo com parlamentar

Segundo a PC, a vítima denunciou que suspeitos teriam cometido o crime para apagar arquivos e ocultar relacionamento

Três homens foram presos suspeitos de ameaçar e apagar arquivos de celular para ocultar relacionamento de um adolescente com parlamentar (Divulgação/Polícia Civil)

Três homens foram presos suspeitos de ameaçar e apagar arquivos de celular para ocultar relacionamento de um adolescente com parlamentar (Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (12) uma operação com o objetivo de prender três suspeitos de cometerem crimes de roubo e de ameaça por meio da utilização de armas de fogo, contra um adolescente, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. As investigações apontam que o adolescente, de 16 anos, teria tido um envolvimento íntimo com parlamentar.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem.

De acordo com a PC, as investigações tiveram início no mês de novembro e apontam que os suspeitos cometeram o crime com a finalidade apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos telefônicos, bem como salvos no iCloud, com o objetivo de ocultar a relação íntima entre o adolescente e o parlamentar.

As investigações apontam que os investigados teriam restringido a liberdade do adolescente e o ameaçado com a utilização de armas de fogo para que entregasse os aparelhos telefônicos e fornecesse a senha do iCloud. Os investigados são: um policial militar, um instrutor de tiros e um segurança particular.

Durante a operação, chamada Peneira, foram cumpridos três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão na casa dos investigados. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia continuará a investigação policial.

Durante a operação, a PC apreendeu armas de fogo e celulares nas casas dos investigados (Divulgação PC)

Durante a operação, a PC apreendeu armas de fogo e celulares nas casas dos investigados (Divulgação PC)

Geral

Mulher consegue pedir socorro por ligação após marido deixá-la presa por um mês em casa, diz polícia

Vítima de cárcere privado conseguiu entrar em contato pelo 190 e foi resgatada em estado de choque

Modificado em 19/09/2024, 01:17

Faca usada pelo homem para ameaçar a mulher

Faca usada pelo homem para ameaçar a mulher (Divulgação/PM)

Uma mulher conseguiu pedir socorro depois de ficar um mês presa dentro de casa, em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia. A Polícia Militar (PM), informou que ela conseguiu ligar na terça-feira (10), relatando o que estava acontecendo. O suspeito tem outros crimes cometidos no estado do Piauí e foi preso.

Segundo a PM, quando chegaram na casa a mulher estava sem controle emocional, machucada e chorando dizendo que o marido poderia voltar a qualquer momento. Depois de libertar a vítima, a polícia encontrou o suspeito bebendo com vizinhos.

De acordo com os policiais, a vítima contou que foi obrigada a manter relações sexuais com o suspeito, sofreu violência física, moral e psicológica. Ela também disse que sofreu ameaças de morte com uma faca de açougue.

A PM levou a mulher para um pronto socorro onde recebeu atendimento e foi liberada. O homem foi levado preso para a delegacia de Hidrolândia, e deve responder pelos crimes de sequestro e cárcere privado, ameaça e estupro. Ele já tem ficha criminal extensa no estado de Piauí.

O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia, por isso não foi possível localizar a defesa e pedir um posicionamento sobre o caso.

Geral

Despachante é preso em operação da PF que combate fraudes em registros de CAC

Registro de Colecionador, Atirador ou Caçador é documento necessário para manuseio legal de armas de fogo

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Foram apreendidas armas e munições de uma das das pessoas que obtiveram o CAC de forma irregular

Foram apreendidas armas e munições de uma das das pessoas que obtiveram o CAC de forma irregular (Divulgação / PF)

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (12) mandados judiciais no combate à prática de obtenção fraudulenta de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC). Ao todo, foram um mandado de busca e apreensão e outro de prisão em desfavor de um despachante que atuava nos processos para retirar o CAC fazendo uso de documentação falsa. A investigação acontece em Jataí, a 327 km de Goiânia, mas os mandados são cumpridos em Professor Jamil, a 70 km da capital.

De acordo com informações da PF, foram identificados, até o momento, 16 processos fraudados pelo suspeito. Ao menos 70 documentos falsos teriam sido apresentados no intuito de levar o exército brasileiro ao erro na concessão dessas permissões.

Entre a documentação inválida apresentada estão: laudos psicológicos, declarações de filiação a entidades de tiro, comprovante de ocupação lícita, comprovantes de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo, certidão de antecedentes criminais, comprovantes de endereço e declaração de guarda de acervo.

A PF acredita que pessoas com antecedentes criminais por furto e posse ilegal de armas de fogo podem ter se beneficiado das falsificações feitas pelo despachante investigado. O CAC de um dos envolvidos foi cancelado, e as armas e munições em sua posse foram confiscadas.

O mandado de busca e apreensão expedido contra o suspeito visa encontrar em computadores, celulares e documentos, algum material comprobatório de outras ações ilegais semelhantes às investigadas. A PF suspeita da possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no caso.

As investigações tiveram início após compartilhamento de dados do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro de Jataí-GO.

Requisitos

Para conseguir o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), e para comprar armas e munições, é preciso apresentar certidão criminal negativa das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral. Também é necessário ter declaração de não envolvimento em inquérito policial ou processo criminal, além de realizar testes de aptidão no manuseio de armas de fogo.

Quaisquer falsificações em documentos dessa natureza para realizar esse processo configura nos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso. De acordo com o Código Penal, os crimes podem chegar, respectivamente, a 6, 5 e 3 anos de reclusão, além de multas equivalentes.