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Acusada de matar mulher e esfaquear filha da vítima por vingança é condenada a mais de 16 anos de prisão

Condenada deve cumprir a pena em regime fechado e a decisão ainda cabe recurso. O crime aconteceu em abril do ano passado, em Aliança do Tocantins

Modificado em 07/02/2025, 18:43

Fórum de Gurupi

Fórum de Gurupi (Rondinelli Ribeiro/TJTO)

Uma mulher de 39 anos foi condenada a 16 anos e oito meses de prisão pela morte de Rosângela Rodrigues Andrade e tentativa de homicídio contra a filha da vítima. A ré foi identificada como Silvilandia Silva dos Santos. O crime foi registrado em Aliança do Tocantins e teria sido motivado por vingança, segundo a sentença:

O crime foi praticado por motivo torpe, em razão de vingança, visto que o esposo da acusada estava tendo um caso extraconjugal com a vítima [filha]. O crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima, pois esta não esperava o ataque por parte da acusada".

O JTo solicitou um posicionamento à Defensoria Pública, que faz a defesa de Silvilandia, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.

A decisão foi assinada na tarde desta quinta-feira (6) pelo juiz Jossanner Nery Nogueira Luna, da Comarca de Gurupi. Ele estabeleceu uma indenização à família de Rosângela no valor de R$ 50 mil e indenização à filha de R$ 25 mil.

Silvilandia está presa desde abril de 2024. Na decisão, o juiz manteve a prisão preventiva e a ré deve cumprir a pena em regime fechado.

O crime

O caso aconteceu na manhã dia 6 de abril de 2024, próximo à Unidade de Saúde da Família (USF) de Aliança. Rosângela Rodrigues e a filha foram esfaqueadas e levadas ao hospital. A mãe não resistiu aos ferimentos e morreu. Na época, a filha estava grávida de seis meses.

Após o crime, Silvilandia fugiu do local, mas os policiais militares a encontraram no portão de casa. No dia ela foi presa e afirmou que jogou fora a arma branca utilizada no homicídio.

Os militares encontraram uma faca quebrada próximo ao local do crime. A arma branca foi recolhida e apresentada na delegacia junto com a suspeita.

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Ex-deputado é condenado a 30 anos de prisão e terá que pagar R$ 600 mil por tentar matar ex-mulher e o namorado dela

Uma das vítimas sofreu lesões graves em órgãos vitais e vive com limitações. Crime aconteceu em Augustinópolis e ainda cabe recurso da decisão

Modificado em 21/03/2025, 18:07

Fórum da Comarca de Augustinópolis

Fórum da Comarca de Augustinópolis (Divulgação/Cecom-TJTO)

O ex-deputado Antônio Alexandre Filho, de 71 anos, foi condenado a mais de 30 anos de prisão por tentar matar a facadas sua ex-companheira o então namorado dela. Além disso, também deverá indenizar os dois em R$ 600 mil. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O caso foi a júri popular nesta terça-feira (18), mais de 14 anos após o crime. Os jurados decidiram que os crimes ocorreram por motivo fútil e com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

A sentença é assinada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, e ainda cabe recurso. A defesa do réu informou que vai buscar a anulação do julgamento, pois "a decisão dos jurados foi manifestadamente contraria à prova dos autos" (veja nota completa abaixo) .

As tentativas de homicídio aconteceram em um bar da Praça Augusto Cayres, no centro de Augustinópolis, no norte do estado, em setembro de 2010. De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes aconteceram porque o réu não aceitava o fim do relacionamento e nem que a mulher se relacionasse com outras pessoas.

Segundo o processo, o casal estava sentado no bar, quando Antônio Alexandre chegou e os esfaqueou. As duas vítimas sobreviveram após passarem por tratamento hospitalar.

Após fixar as penas de reclusão, o juiz ainda estabeleceu a indenização de R$ 100 mil para a mulher. Conforme a sentença, o réu não prestou assistência financeira para a vítima, que precisou mudar de estado e transferir sua faculdade.

O então companheiro da mulher deverá receber uma indenização de R$ 500 mil. O juiz cita que ele ficou mais de três meses em coma induzido em um hospital e vive com limitações pelas lesões em órgãos vitais, sem que o réu jamais o tenha procurado para verificar qualquer necessidade financeira.

Ao determinar o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena, o juiz citou o Tema 1068, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza a imediata execução da condenação imposta pelos jurados, para decretar a prisão do acusado.

Antônio Alexandre Filho foi deputado estadual entre 1991 e 1994 e exerceu mandato como vereador em Augustinópolis de 2001 a 2004.

Íntegra da defesa de Antônio Alexandre Filho

Vem esclarecer a parte, Antônio Alexandre Filho, irresignado com a sentença que o condenou, pela prática delitiva do art. 121, § 2º, inc. I e IV c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, tentativa de homicídio por motivo Fútil, fixando-lhe pena de 30 anos e 11 meses de reclusão, em cujas razões pretende a anulação do julgamento ao argumento de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em pleitos subsidiários, bate pela ausência da qualificadora de motivo fútil, bem como a desclassificação para o crime de lesão corporal e desistência voluntária.

No âmbito da dosimetria da pena requer a exclusão da valoração desfavorável da culpabilidade e a aplicação da atenuante de confissão.

Advogado Ubirajara Cardoso Vieira

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Homem é morto a pedradas e PM prende suspeito ainda com as roupas sujas de sangue

Crime aconteceu em Araguanã, no norte do Tocantins. Suspeito foi preso pela PM enquanto tentava fugir a pé da cidade.

Modificado em 17/03/2025, 17:20

Polícia Militar encontrou o homem dormindo na cama da ex

Polícia Militar encontrou o homem dormindo na cama da ex (PM/Divulgação)

Valtemir Primo de Araújo, 47 anos, foi morto a pedradas em Araguanã, no norte do Tocantins. O suspeito do crime é um homem de 28 anos, que foi preso pela Polícia Militar ainda com as roupas sujas de sangue.

O crime aconteceu na noite deste domingo (16), por volta das 21h. A PM foi ao local e testemunhas informaram que o suspeito estava tentando fugir a pé.

Foi realizado patrulhamento e o suspeito localizado em uma rua da cidade. Ele não teve o nome divulgado e a reportagem não conseguiu contato com a defesa.

A perícia foi chamada e o corpo levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína, onde passou por exames de necrópsia.

O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes da cidade de Araguaína e preso em flagrante. Ainda segundo a PM, ele tem passagem por roubo ocorrido em 2022, em Araguanã.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o suspeito foi encaminhado para a Unidade Prisional de Araguaína, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações do caso ficarão a cargo da 23ª Delegacia de Polícia de Araguanã.

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Caso Priscila Brenda: namorado acusado de matar adolescente passa por novo júri após anulação de sentença e adiamento

Paulo Vitor chegou a ser condenado a 18 anos de prisão e o amigo dele foi inocentado. Crime ocorreu há 12 anos em Catalão

Modificado em 17/03/2025, 13:05

Priscila Brenda, adolescente assassinada em Catalão.

Priscila Brenda, adolescente assassinada em Catalão. (Reprodução/Facebook)

O namorado acusado de matar Priscila Brenda Pereira Martins da Silva, de 14 anos, enfrenta novo júri popular em Catalão, no sudeste goiano, nesta segunda-feira (14). Em abril de 2023, Paulo Vitor Azevedo chegou a ser condenado a 18 anos de prisão pela morte e por esconder o corpo da adolescente. No entanto, a sentença foi anulada, em março do ano passado, devido uma jurada ter feito postagens em rede social demonstrando o seu posicionamento sobre o caso, segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

Com a anulação, um novo júri foi marcado para 6 de fevereiro deste ano , porém, foi adiado depois que uma testemunha informou que teve problema de saúde e não poderia participar da sessão.

A defesa de Paulo Vitor, o advogado Leandro de Paula, por meio de nota, destacou que o cliente "nunca foi namorado de Priscila e, na data dos fatos, não estava em sua companhia" (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

Ao DAQUI , Luciângela Cardoso, tia de Priscila lamentou o adiamento do julgamento, disse que a família sofre essa situação há 12 anos e a esperança que haja Justiça.
A nossa expectativa é que aconteça o julgamento, não haja nenhuma intercorrência e que o Paulo Vitor seja condenado. Nossa tristeza nunca terá fim,mas pelo menos ameniza um pouco, declarou Luciângela.

No julgamento que condenou Paulo Vitor pelo crime, a Justiça inocentou o amigo dele, Claudomiro Marinho Júnior, por acusação de participar do crime. Ambos foram julgados pela primeira vez em abril de 2023.

Anulação da sentença

O TJ-GO esclareceu que o júri de Paulo Vitor foi anulado por unanimidade pela Quarta Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal do Tribunal, depoi que uma das juradas fez postagens em sua rede social demonstrando posicionamento sobre o caso.

"A jurada publicou fotos da mãe da vítima usando camiseta com a imagem de Priscila Brenda e a frase 'Queremos Justiça'", citou a assessoria de imprensa do Tribunal.

Relembre o caso

Conforme a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), Priscila Brenda foi vista pela última vez em 11 de dezembro de 2012, ao entrar no carro de seu então namorado, Paulo Vitor, em Pires Belo, distrito de Catalão. Testemunhas relataram que ele estava acompanhado do amigo Claudomiro.

Embora o corpo da adolescente nunca tenha sido encontrado, a investigação apontou fortes indícios de que ela foi assassinada, o que resultou no indiciamento de ambos por homicídio e ocultação de cadáver.

Em depoimento, Paulo Vitor afirmou que esteve com Priscila no dia do desaparecimento, porém negou que ela tenha entrado em seu carro ou deixado a cidade com ele.

Em 2014, tanto ele quanto Claudomiro foram presos, mas posteriormente libertados e responderam o processo em liberdade.

Íntegra da nota da defesa de Paulo Vitor

Trata-se do caso de Priscila Brenda Pereira Martins da Silva, cujo julgamento pelo Tribunal do Júri, marcado para o dia 06/02/2025, na Comarca de Catalão -- GO, foi adiado devido a um problema de saúde de uma das principais testemunhas do processo.

É importante destacar que o acusado nunca foi namorado de Priscila e, na data dos fatos, não estava em sua companhia. Paulo Vitor, juntamente com seu amigo (também acusado e inocentado em julgamento anterior), não tem qualquer ligação com o desaparecimento da jovem.

Nos autos processuais, consta que foi realizada uma investigação policial abrangente, com diversas diligências, incluindo interceptações telefônicas nos celulares dos acusados. A apuração demonstrou que não há qualquer prova que relacione Paulo Vitor ao desaparecimento da jovem.

Sendo o acusado inocente, isso será devidamente demonstrado ao corpo de jurados do egrégio Tribunal do Júri, garantindo um julgamento justo e imparcial.

Dr. Leandro De Paula OAB/GO 49.389

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Suspeito preso no caso Vitória foi desmentido pela esposa em depoimento

Suspeito afirmou à polícia que na noite de 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu, estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe dela

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrado com sinais de violência

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrado com sinais de violência (Reprodução/Redes sociais e Prefeitura de Cajamar)

Uma contradição em depoimento foi um dos fatores que levou à prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos por suspeita de envolvimento na morte de Vitória Regina Souza, 17, em Cajamar (SP).

Suspeito afirmou à polícia que na noite de 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu, estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe dela, onde ficou até o dia seguinte, e só falou com ele por mensagem.

Maicol é dono do veículo Corolla que teria sido visto no local onde Vitória desapareceu. Vizinhos afirmaram que perceberam uma "movimentação atípica" na casa do suspeito naquela noite. Uma testemunha disse que ele entrava e saía da garagem e afirmou a amigos que o carro teria "ficado bom".

"Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados", escreveu juíza em despacho. A magistrada Juliana Junqueira foi a responsável por decretar a prisão temporária do suspeito.

Outro lado: a reportagem busca contato com a defesa do suspeito. O espaço está aberto para manifestação.

Suspeito também pediu para que publicassem nas redes sociais, segundo a decisão, que seu envolvimento no caso era "fake news". A juíza escreveu que a atitude sugere tentativa de obstrução do processo, o que motivou a prisão do suspeito, já que considera que ele possa influenciar outros depoimentos do caso.

Maicol passou por audiência de custódia e exame de corpo delito, procedimento padrão em casos de prisão, no IML de Franco da Rocha (SP). Ele chegou ontem à cidade e foi levado de volta a Cajamar nesta manhã, onde vai ficar detido temporariamente.

A Polícia Civil também pediu a prisão temporária de outro suspeito, identificado como Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou. Porém, a juíza autorizou busca e apreensão na casa dos dois investigados.

Relembre o caso

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos (Reprodução/Redes sociais)

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos (Reprodução/Redes sociais)

Imagens mostram quando Vitória sai do trabalho e caminha em direção a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro. Ela entra no primeiro ônibus e manda mensagem para uma amiga como se estivesse bem, segundo o delegado Aldo Galiano.

Depois, ela pega um segundo ônibus e suspeita de dois homens. Vitória manda outra mensagem para a amiga dizendo que estava com medo de estar sendo seguida.

Vitória desce do ônibus, enquanto um dos homens continua no veículo e o outro desembarca. Esse segundo suspeito a acompanha até um ponto de ônibus próximo à casa dela, de acordo com a investigação. A partir desse momento, o Corolla é visto. Ela também fala para a amiga que dois rapazes em outro veículo, um Yaris, "mexem" com ela.

Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória, também é investigado. A polícia já sabe que ele estava próximo do local do crime no momento em que Vitória desapareceu e ignorou uma mensagem dela.

Naquela noite, ela pediu uma carona após sair do trabalho, mas Gustavo não respondeu. Normalmente, Vitória fazia o trajeto com o pai, mas o carro da família estava em uma oficina mecânica e ela teria que fazer o percurso a pé.

Em seu primeiro depoimento, Gustavo Moraes alegou que não viu a mensagem porque estava em um encontro com uma menor de idade e só acessou o WhatsApp por volta das 4h. Porém, a polícia descobriu que ele acessou o aplicativo de mensagens antes e respondeu apenas um "ok" às mensagens da família de Vitória sobre o desaparecimento.

Corpo de Vitória foi encontrado na última quarta-feira com sinais de tortura no bairro Ponunduva, zona rural de Cajamar. Ela foi degolada, estava com a cabeça raspada e tinha marcas de facada no rosto. As mãos dela estavam enroladas em um saco plástico para evitar que as unhas ficassem com algum resquício de DNA dos assassinos, afirmou o delegado Aldo Galiano.

A polícia também investiga se o PCC está envolvido com o crime. Segundo o delegado, a jovem foi encontrada com o cabelo raspado -o que é considerado um sinal deixado pela facção paulista por traição amorosa. Galiano também disse que, há quatro meses, um integrante do PCC foi preso na região onde o corpo foi encontrado.

Os policiais encontraram ontem um local para onde Vitória foi levada antes do crime, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A pasta informou apenas que o local foi periciado e "alguns objetos" foram apreendidos.