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Cliente que teria ameaçado entregadora e teve portão de casa destruído por colegas é banido do app

Entregadora conta que cliente quebrou o celular dela. A Polícia Militar (PM) esteve na casa do homem, mas ninguém foi preso

Modificado em 19/09/2024, 00:44

Entregadores foram a casa do cliente no Jardim América

Entregadores foram a casa do cliente no Jardim América (Reprodução / Redes Sociais)

O cliente que teria ameaçado e quebrado o celular de uma entregadora, no Jardim América, em Goiânia, foi banido do aplicativo. Ao saberem do ocorrido, colegas da trabalhadora se revoltaram com a situação e na tarde de domingo (6) destruíram o portão da casa do cliente.

A Polícia Militar (PM) esteve na casa do cliente no momento da confusão, mas ninguém foi preso. O Ifood informou que presta apoio à entregadora. A reportagem, o cliente, que não quis se identificar, negou as acusações, disse que o celular caiu sozinho e que a mulher o teria ameaçado.

Relembre
A entregadora Jhennifer Rodrigues, de 28 anos, contou a reportagem que foi chamada para realizar uma entrega na residência na noite deste sábado (5). Chegando lá, ela teria esperado por cerca de 15 minutos até que o cliente recebesse a entrega e informasse o código de entrega.

Eu cheguei lá, liguei, mandei mensagem para ele, bati no portão. Depois de 15 minutos, chegou uma rapaz e perguntou se eu era a moça do Ifood. Eu disse que sim e ele entrou para dentro da casa e não voltou", disse.

Jhenifer ainda contou que chegou a chamar novamente no portão da casa e que um outro homem, teria saído, já nervoso. "Eu fui no portão e falei: 'moço, eu preciso do código para finalizar a corrida.' Aí ele gritou: 'Amor, tem que passar o código para a moça!'. Nisto, um outro homem já saiu lá fora nervoso e falando para falar baixo com ele", detalhou.

Ela ainda contou que insistiu para que o homem passasse o código, mas que neste momento, passou a ser ameaçada de morte. "Ele disse que iria me achar. Ele filmou a placa e o meu rosto dizendo que ia me matar", contou. Ela afirmou que teria pego o celular para filmar a coação, quando ele o quebrou. Em seguida, deixou o local com uma bicicleta.

Com a ajuda de testemunhas, Jhennifer diz ter acionado a PM, mas foi informada por eles que o suspeito "sofre de problemas psicológicos e que, por isso, nada poderia ser feito." Diante disso, ela disse que foi embora e que ao chegar em casa, usou o telefone da filha para informar a um colega do ocorrido, para que ela repassasse as informações para os supervisores.

Nota do Ifood
O iFood não tolera, de forma alguma, o uso da violência, seja ela física ou verbal, de qualquer usuário cadastrado na plataforma, prezando sempre pelo respeito nas relações entre consumidores, entregadores e restaurantes.

Ao tomar conhecimento do caso, entramos em contato com a entregadora para oferecer o apoio psicológico e assistência jurídica, por meio da nossa Central de Apoio Jurídico e Psicológico. Já o cliente envolvido no episódio foi banido, de acordo com o que está estabelecido nos Termos e Condições do aplicativo.

Reiteramos que as boas práticas na relação com entregadores têm sido divulgadas constantemente nos canais de comunicação da empresa.

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Goiás vê protesto em último jogo na Série A: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás"

Partida contra o América-MG tem o menor número de torcedores pagantes do clube esmeraldino na Série A, apenas 793

Modificado em 19/09/2024, 01:13

Faixa estendida no setor Tobogã Força, na Serrinha: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás"

Faixa estendida no setor Tobogã Força, na Serrinha: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás" (Wesley Costa)

No jogo de despedida da Série A após o rebaixamento sofrido na competição, o Goiás, que venceu o América-MG por 1 a 0, viu faixa de protesto da torcida na arquibancada do Estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, com a inscrição: "Diretoria, vocês apequenaram o nosso Goiás". A faixa foi estendida na noite desta quarta-feira (6), no setor Tobogã Força, onde tradicionalmente fica a torcida organizada, que não compareceu à partida.

A partida contra o América-MG tem o menor público do Goiás no Brasileirão. Foram 793 pagantes - 1.966 pessoas no total. Foram mais não pagantes do que torcedores que pagaram: 1.173.

O número de pessoas no estádio para o jogo da 38ª rodada é, de certa forma, um protesto. Nas redes sociais, antes da partida, houve uma mobilização "público zero" por parte de torcedores.

A média de público do Goiás na Série A, antes da partida desta quarta-feira (6), é de 7.697 torcedores.

O Goiás sofreu, em 2023, seu sexto rebaixamento na história, o quarto nos pontos corridos. O clube vai passar, neste mês de dezembro, por processo eleitoral. O clube marcou para o próximo dia 15 de dezembro, uma sexta-feira, a eleição do Conselho de Administração, regime que vai substituir a figura do presidente executivo na gestão do clube. Será o primeiro pleito no atual modelo, aprovado no fim de novembro.

Alvo do protesto

A diretoria executiva, alvo do protesto na Serrinha, já se despediu do clube. Paulo Rogério Pinheiro, presidente nos últimos três anos, se despediu em carta encaminhadas aos conselheiros em que diz que, a partir da publicação do novo estatuto, o cargo fica extinto e a gestão dele se encerra, o que ocorreu, segundo ele, no dia 1º de dezembro.

Vice-presidente de futebol, Harlei Menezes também se despede com o fim da gestão.

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Justiça absolve PMs acusados de matar lutador em surto em Goiânia

José Carlos Alves Coimbra, de 48 anos, foi atingido na barriga enquanto avançava em direção aos policiais em agosto do ano passado. Ele estava bastante agressivo, gritando frases desconexas e correndo de forma errática quando foi abordado. Para MP, soldados tiveram chance de algemá-lo e não o fizeram

Modificado em 19/09/2024, 01:09

Surto de José Carlos foi filmado por pedestres durante ação policial

Surto de José Carlos foi filmado por pedestres durante ação policial (Reprodução)

A Justiça absolveu os soldados da PM Fabíola Cavalcante de Sousa, de 31 anos, e Robson Massaki Watanabe, de 35, pela morte do vigilante e ex-lutador de MMA José Carlos Alves Coimbra, de 48, durante uma abordagem policial na manhã do dia 2 de agosto do ano passado no Jardim América, em Goiânia. José Carlos estava em um possível surto psicótico, gritando frases desconexas e se movimentando de forma agressiva e errática e antes da chegada dos policiais teria agredido um idoso e danificado um veículo.

O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, há prova "robusta e incontroversa" e convergência nos relatos das testemunhas e dos acusados, para afirmar que ficou demonstrado que a dupla agiu "acobertada pela excludente de ilicitude consistente na legítima defesa" e que "usaram moderadamente dos meios necessários que dispunham para repelir a agressão injusta".

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) havia pedido que os soldados fossem a júri popular por homicídio, argumentando que eles tiveram oportunidade de algemar a vítima, mas não o fizeram. Anteriormente, na fase de investigação, a Polícia Civil havia concluído pela legítima defesa por parte dos acusados, tese rechaçada pela promotora Renata de Oliveira Marinho e Sousa.

Antes de ser morto ao ser atingido na barriga por um dos dois disparos feitos pelos policiais, José Carlos atendeu a uma voz de comando de ordem unida, fez posição de sentido, deitou no chão com as mãos na cabeça e ficou assim por um tempo. Foi neste momento que, segundo a promotora, os policiais poderiam ter agido. Depois o lutador voltou a se levantar e avançou em direção aos policiais, que nesta hora efetuaram o disparo.

"A ação dos réus foi desproporcional às ações da vítima que se mostrava em surto e deveria ter sido abordada de maneira não letal. Tiveram a possibilidade de algemar a vítima quando esta se ajoelhou e deitou-se, mas deliberaram por não fazer sem, ao menos, tentar", afirmou a promotora as alegações finais.

Ao ser ouvido pela Justiça, Robson contou que a vítima não obedecia aos policiais, mas ao ouvir um comando de voz de ordem única deitou no chão com as mãos na cabeça. Disse que sua colega o questionou se poderia algemá-lo, mas que respondeu negativamente e que precisariam pedir apoio. Justificou a decisão alegando que dez pessoas tentaram sem sucesso conte-lo anteriormente. A soldado confirmou a versão do colega.

Já a defesa dos policiais durante todo o processo alegou a tese de legítima defesa e ressaltou que os policiais agiram de forma moderada, unicamente para conter o lutador, Isso porque cada um disparou uma única vez, que seria com intuito apenas de conter o avanço. A defesa também questionou a falta de provas sobre o suposto surto psicótico. Não foi investigado o histórico de José Carlos nem como ele foi parar no Jardim América naquela manhã.

Em sua decisão, o magistrado coloca diversos trechos de interrogatórios tomados durante a audiência de instrução e julgamento e em seguida narra uma sequência de fatos apontando que o lutador não obedeceu ao comando para recuar, saltou em cima da viatura, sapateou e saltou do veículo para o asfalto e, em seguida, "rumou contra os policiais militares, dizendo que tomaria suas armas e os mataria". O momento em que ele ficou deitado no chão não é citado pelo juiz.

"Conforme destacado pelas testemunhas e pelos acusados, a vítima possuía porte físico avantajado, e se encontrava sob um possível surto psicótico, e não foi possível ser contido por cerca de dez populares que tentaram amarrá-lo, fato este que demonstra a desproporção da sua força com relação aos acusados. Embora a vítima estivesse desarmada, ainda assim, sua compleição física e seu estado emocional desequilibrado lhe proporcionava uma significativa vantagem de força física sobre os acusados", afirmou Lourival na sentença.

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Dezenas de caminhoneiros protestam por melhores condições de trabalho na BRF de Montividiu

Acordo foi fechado com a empresa na manhã desta segunda-feira (31)

Modificado em 19/09/2024, 00:39

São cerca de 180 caminhões parados, pelo menos, desde a última sexta-feira (28).

São cerca de 180 caminhões parados, pelo menos, desde a última sexta-feira (28). (Reprodução / TV Anhanguera)

Caminhoneiros protestam por melhores condições de trabalho em Montividiu, a 278 km de Goiânia. Segundo informações da Associação Comercial dos Transportadores Terrestres de Cargas do Brasil (Actbras), são cerca de 180 veículos parados no pátio da BRF do município desde o fim da semana passada. Até o início da manhã desta segunda-feira (31), não existia acordo com a direção da empresa, e os caminhoneiros estavam parados sem receber a estadia, garantida por lei.

Oo assessor jurídico da Actbras, Erivelton Barbosa, afirma que só foi firmado um acordo com a companhia na manhã desta segunda-feira (31). Até então, cerca de 180 motoristas estavam parados, sem conseguir descarregar, e sem receber valor de estadia que é garantido por lei. Além disso, o grupo reclama da qualidade das estruturas oferecidas aos profissionais e da falta de diálogo com a BRF.

De acordo com a lei 11.442/2007, todo caminhão deve ser descarregado em até cinco horas após apresentação de nota fiscal na empresa de destino, se não, é obrigatório o pagamento da diária do profissional. Esse valor é definido com base na taxa de R$ 2,21 por tonelada/hora, ou seja, a empresa deve pagar um valor de R$ 2,21 multiplicado pela capacidade de carga do veículo para cada hora que o profissional estiver parado.

O assessor do sindicato conta que houve reunião com representantes da diretoria da empresa, vindos de Curitiba. No encontro desta manhã (31), foram acertados os pagamentos das diárias dos colaboradores em Montividiu e também melhorias na estrutura do local. As obras e o descarregamento, segundo Erivelton, foram iniciados por volta das 10h30 desta segunda-feira (31). A expectativa do sindicato é que, caso não ocorram imprevistos, a fila seja zerada na terça-feira (1).

Garantia de direitos trabalhistas
Apesar do acordo firmado na manhã desta segunda-feira (31), Erivelton acende alerta. "Isso [o acordo firmado] aconteceu depois que a mídia entrou fazendo reportagens sobre a BRF", lamentou. Quando questionado sobre as respostas que a empresa dava às demandas dos caminhoneiros, o assessor da Actbras responde de forma direta: "Nenhuma. Ninguém ligava, ninguém se posicionava, ninguém fazia nada. Só teve posicionamento após a mídia chegar no local".

Em nota, o setor de comunicação da BRF afirma que a empresa "está trabalhando junto aos produtores da região para cadenciar a entrega de mercadorias na unidade de Montividiu". Sobre o atraso para realizar o descarregamento, a empresa diz que houve quebra pontual de um elevador, que foi consertado ainda no mesmo dia, na última sexta-feira (28).

A nota termina afirmando que "A BRF está mantendo diálogo aberto com os transportadores sobre eventuais diárias de estadia que possam ocorrer, seguindo a legislação".

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Começam as obras para ampliação da rede de drenagem na Avenida C-107, no Jardim América; veja desvio

O objetivo, segundo a Seinfra, é evitar alagamentos durante o período chuvoso. As obras que começaram nesta terça-feira (25), devem ser concluídas em 30 dias

Modificado em 19/09/2024, 01:03

Começam as obras para ampliação da rede de drenagem na Avenida C-107, no Jardim América; veja desvio

Seis meses após a morte do motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, que foi arrastado por uma enxurrada, na Avenida C-107, no Jardim América, em Goiânia, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), começou as obras de ampliação na rede de drenagem local. O objetivo, segundo a pasta, é evitar alagamentos durante o período chuvoso. As obras que começaram nesta terça-feira (25), devem ser concluídas em 30 dias.

O secretário de Infraestrutura, Denes Pereira, explicou que as obras fazem com que o volume de água da chuva chegue em menor quantidade na região do Jardim América. "A água, em relação a alagamento, depois que ela perde velocidade, a gente não tem dificuldade em conter. Então os nossos técnicos, engenheiros fizeram todo um estudo da região, para que pudéssemos fazer algumas intervenções para diminuir a quantidade de água que chega naquele local".

Ele ainda explica que novas tubulações serão colocadas em ruas da região, o que vai auxiliar no escoamento. "Naquela região nós temos rede de drenagem que a gente fala que é de 800 milímetros. Nós não vamos trocar, nós vamos ampliar. Nós vamos manter a de 800 milímetros e vamos ampliar a rede em 1,5 mil milímetros. Ou seja, além dos 800 que existem atualmente, nós vamos colocar quase que o dobro do que temos lá hoje", diz o secretário.

O titular da Seinfra ainda afirmou, que dentro dos próximos 30 dias, deve ser colocada uma grelha nas imediações da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Além de trabalho de prevenção próximo ao córrego, para "não ocorrer maiores problemas no próximo período chuvoso", ressalta.

O secretário lembra ainda que a capital está com o Plano Diretor de Drenagem defasado e que, por isso, a prefeitura fez uma parceiria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), para um levantamento de obras para melhorar o sistema hídrico de Goiânia.

Trechos interditados
Nesta primeira fase das obras, a Seinfra solicitou a interdição total das Ruas C-107 e C-190.

"Bloqueio total da Rua C-190, a partir da esquina com a C-119, e da C-107, a partir da Rua C-120. No meio do quarteirão da Rua C-190, as equipes vão construir uma grelha para drenagem da água da chuva. Antes da esquina com a Rua C-107, será ampliada a rede de drenagem, com a troca da tubulação de 800 milímetros por 1500 milímetros, além da construção de bocas de lobo", explica.

Já na Avenida C-107, será feito o enrocamento próximo a uma torre de alta tensão. A obra consiste em reforçar a sustentação do terreno com pedras onde fica a torre.

O secretário ressalta que apenas as ações do poder público não são eficazes para evitar problemas de alagamento em Goiânia e destaca a importância do descarte apropriado de lixo e entulhos. "É preciso que o goianienses cumpra o seu dever. Se a gente tiver um buero limpo na seca, vamos ter um maior escoamento de água no período chuvoso", ressalta Denes Pereira.

Relembre
O motociclista Warley Melo Adorno, de 22 anos, morreu após ser arrastado pela enxurrada no dia 30 de janeiro, no Jardim América, em Goiânia. O corpo dele foi encontrado por familiares no dia seguinte preso em uma torre a cerca de 6 metros de altura no nível do Córrego Cascavel. O local fica a 4 km de onde Warley foi arrastado.