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Coronel Benito Franco é solto, mas vai usar tornozeleira

Ex-comandante do batalhão da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) estava detido desde abril em operação que apura envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro

Modificado em 19/09/2024, 00:31

Print do vídeo em que Benito Franco afirmava que o presidente Lula não tomaria posse

Print do vídeo em que Benito Franco afirmava que o presidente Lula não tomaria posse (Reprodução / Instagram do Coronel Benito Franco)

O coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), foi solto na noite desta quarta-feira (7), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O policial estava preso desde 18 de abril deste ano, quando foi detido pela Polícia Federal (PF) na Operação Lesa Pátria, que investiga suspeitos de participação, financiamento, omissão ou financiamento dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

De acordo Leonardo Batista, um de seus advogados, o ministro entendeu que Franco poderia continuar respondendo o processo em liberdade, desde que cumprisse medidas cautelares. "Ele entendeu que a aplicação dessas medidas seriam mais suficientes do que a prisão", afirma. Entre elas, o policial terá de usar tornozeleira eletrônica e ir, uma vez ao mês, à 1ª Vara de Execução Penal de Goiânia.

Franco estava detido na Academia de Polícia Militar de Goiás desde o dia 18 de abril. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em dezembro do ano passado, ele publicou um vídeo nas suas redes sociais em que afirmava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não subiria a rampa do Palácio do Planalto, em alusão a um suposto golpe que ocorreria para impedir a posse do vencedor da disputa presidencial.

No vídeo, ele defendia o silêncio do então presidente Bolsonaro, que estava calado desde que perdeu a eleição para Lula. "Só o fato de ele não ter anunciado e reconhecido a vitória do ladrão (sic) já diz tudo e é o que você precisava saber. Então mantenha a calma. Ninguém tá brincando de bandeirinha na rua não. A coisa é complexa", disse.

Depois, ele afirmava, ao chamar Lula de ladrão, que o presidente não tomaria posse. "Pelos meus filhos, pelos seus filhos. Até pelos seus filhos, eleitores do Lula, que não se importa de obter as coisas licitamente, eu, coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás, ex-comandante do batalhão de Rotam, falo com todas as letras: o ladrão (sic) não sobe a rampa", acrescentou.

Processo administrativo

Na época, a PM-GO determinou a abertura de um procedimento administrativo contra Franco por conta do vídeo. Depois ele se retratou e disse que reconhecia a vitória do petista e que Lula era "democraticamente e reconhecidamente o presidente do Brasil eleito em 2022". Ainda em dezembro, o coronel foi denunciado ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) por suas falas. A audiência está marcada para o dia 13 de setembro.

Integrante da PM-GO há 25 anos, Franco foi comandante do batalhão da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) entre janeiro de 2019 e agosto de 2021. Seu nome ganhou notoriedade na época das buscas a Lázaro Barbosa, acusado de uma série de crimes violentos na região do Entorno do DF, em junho de 2021. Ele também foi candidato a deputado federal em 2022, pelo PL.

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Padre condenado por estuprar jovem em Goiás é preso

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, Ricardo Campos Parreiras deverá cumprir nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado

Modificado em 15/02/2025, 20:29

À esquerda o momento em que a Polícia Militar prende o padre em Aruanã. À direita o padre Ricardo Campos.

À esquerda o momento em que a Polícia Militar prende o padre em Aruanã. À direita o padre Ricardo Campos. (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes sociais)

O padre que foi condenado pela Justiça de Goiás em 2023 por estuprar um jovem em Nova Crixás, região norte de Goiás, foi preso em Aruanã, no noroeste goiano. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), após informações no mandado de prisão de que qualquer autoridade policial poderia prender o padre Ricardo Campos, a PM-GO efetuou a prisão do mesmo na manhã deste sábado (15).

O POPULAR entrou em contato com a defesa de Ricardo Campos por meio de uma mensagem neste sábado (15) às 13h, mas até a última atualização desta reportagem não tive retorno.

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Ricardo Campos Parreiras deverá cumprir nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Segundo a PM, assim que o padre foi pego, os policiais conduziram Ricardo ao hospital para um relatório médico e logo depois ele foi entregue a Polícia Penal de Mozarlândia, no norte de Goiás. Segundo a polícia, o padre está à disposição da justiça.

Em entrevista à TV Anhanguera, o jovem que sofreu o estupro, João Victor Canelas de Accioly, disse que se sente aliviado e que com a ajuda de amigos e familiares ele conseguiu se reerguer.

É uma sensação de alívio tremenda porque são anos atrás de botar o Ricardo atrás das grades; eu passei por vários momentos de depressão, larguei faculdade, fui demitido de um emprego porque não conseguia render realmente no trabalho, minha cabeça só pensava nisso; muito apoio psicológico, de amigos e familiares a gente consegue se reestabelecer e botar a vida para seguir", disse.

Relembre o caso

O estudante fez uma denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde mora, contando que foi estuprado em fevereiro de 2017, na Casa Paroquial. O processo, então, foi encaminhado para a Comarca de Nova Crixás.

À época, com 18 anos, o estudante viajou com o avô para ajudar em um trabalho missionário em Nova Crixás. Devido à idade avançada do parente, o jovem dirigia o carro dele para visitar várias cidades da região norte de Goiás. Quando chegaram a Nova Crixás, ele conheceu o padre Ricardo Campos e ficou hospedado na casa do pároco por cerca de cinco dias.

Enquanto estive na casa, ele ficava puxando conversa e tentando se aproximar. Na última noite que dormi no local, ele me chamou na sala quando saí do banho. Achei estranho, porque era de noite, meu avô estava dormindo, mas fui lá conversar com ele", contou.

O jovem relata que se sentou em uma ponta do sofá e o padre na outra. Assim, ficaram fisicamente afastados. Durante a conversa, de acordo com o rapaz, o pároco inseriu temas sexuais.

Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé atrás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco", ponderou o jovem.

De acordo com o jovem, quando a suposta droga começou a fazer efeito, o padre iniciou a aproximação física. O rapaz relata que ele pegou três vezes em seu órgão genital e depois o mandou ir para o quarto, com a ressalva de deixar a porta trancada.

Só lembro de acordar no outro dia com o short folgado e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes senti muita dor. Tenho certeza de que fui drogado e estuprado por ele", lamentou.

O padre havia sido preso na época, mas respondia o processo em liberdade até a decisão final.

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PM morre após ser baleado por homem que faz família refém, em Niquelândia, diz polícia

Outro policial ficou ferido durante a ocorrência, mas não corre risco de morte

Policial militar foi morto durante cumprimento de uma operação para prender um suspeito de alta periculosidade

Policial militar foi morto durante cumprimento de uma operação para prender um suspeito de alta periculosidade ((Reprodução/ TV Anhanguera))

O policial militar Paulo Vitor Coelho Campos morreu após ser baleado por um homem que faz a própria família como refém, em Niquelândia, no norte goiano. Outro policial foi baleado no braço. Ele já recebeu atendimento médico e não corre risco de morte. As informações foram confirmadas ao Daqui pelo batalhão da cidade. O caso aconteceu nesta terça-feira (11) na zona rural do município.

Segundo a Polícia Militar de Goiás (PMGO), a ocorrência segue em andamento e o agressor está mantendo membros da própria família como reféns. A PMGO também informou que o local já foi isolado pela corporação e está aplicando protocolos de gerenciamento de crise (leia na íntegra abaixo).

Paulo Vitor era cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), segundo a PMGO. Ainda não se sabe as motivações e o histórico do suspeito. Conforme a polícia, assim que chegou na propriedade, a equipe foi recebida com tiros de fuzil.
Nota da PMGO

A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que, na madrugada desta terça-feira, durante uma ocorrência na zona rural do município de Niquelândia, dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foram alvejados.

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que a ocorrência na zona rural de Niquelândia ainda está em andamento. O agressor mantém membros de sua própria família como reféns em um local totalmente isolado pela corporação.

Todas as forças necessárias já foram mobilizadas para garantir uma resolução segura da situação. No local, equipes especializadas atuam com protocolos técnicos de gerenciamento de crise, visando preservar vidas e assegurar a segurança da população.

Matéria em atualização.

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Após cerimônia, mais de 100 aspirantes da Polícia Militar passam a atuar em 20 regionais

Ao todo, 105 militares atuarão como comandantes de policiamento urbano

Modificado em 05/02/2025, 15:44

Aspirantes a Oficial atuarão em 20 regionais (Divulgação/Polícia Militar)

Aspirantes a Oficial atuarão em 20 regionais (Divulgação/Polícia Militar)

Mais de 100 recém-formados aspirantes da Polícia Militar terão atuação em 20 regionais do estado de Goiás. A definição de onde cada aspirante irá atuar aconteceu em uma cerimônia na manhã desta quinta-feira (5). Ao todo, 105 militares atuarão como comandantes de policiamento urbano.

A formatura dos aspirantes aconteceu no dia 27 de janeiro. Após as definições ocorridas nesta quinta-feira, os militares já iniciaram sua atuação. O tenente-coronel da Polícia Militar Lívio Adriano de Oliveira destacou a importância da incorporação dos novos aspirantes nas frentes de policiamento.

É a maior presença da Polícia Militar nas ruas, uma oxigenação nas tropas e nos batalhões operacionais, além de um incremento operacional considerável em todas as unidades do estado de Goiás", ressaltou ao POPULAR .

A Polícia Militar destacou que com a chegada dos novos aspirantes, reafirma seu compromisso com a sociedade e com a valorização da formação policial.

Formação

Os aspirantes passaram pelo Curso de Formação de Oficiais (CFO), que durou dois anos e contou com 3.270 horas-aula, abrangendo uma formação completa para o oficialato. Além da grade curricular tradicional, os aspirantes concluíram também os cursos de Comunicação Social, Inteligência Policial Militar e Instrutor de Tiro, qualificações estratégicas que ampliam suas capacidades operacionais e técnico-profissionais.

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Demora no conserto de celular pode ter motivado assassinato de comerciante em galeria de Goiânia, diz PM

Adolescente foi apreendido e confessou o crime, segundo a Polícia Militar

Adolescente no momento em que foi apreendido pela Polícia Militar e arma usada para matar comerciante em Goiânia

Adolescente no momento em que foi apreendido pela Polícia Militar e arma usada para matar comerciante em Goiânia (Divulgação/Polícia Militar)

Um adolescente de 16 anos foi apreendido suspeito de matar o comerciante Fenando Gomes Teixeira da Silva em uma galeria de Goiânia na sexta-feira (31). Segundo a Polícia Militar, ele confessou o crime e disse que matou o comerciante após ele se recusar a oferecer garantia para o conserto de um celular. Um vídeo mostra quando o adolescente entra na galeria e logo depois sai correndo e foge em uma moto.

Informalmente, ele teria afirmado para a equipe policial que a motivação do ato infracional seria em virtude de um desacordo comercial com a vítima. Teria entrado em um desentendimento relacionado a um conserto de um telefone celular", disse o delegado Diogo Rincon, titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI) em entrevista ao Daqui.

Como o nome do adolescente não foi divulgado, o Daqui não conseguiu localizar a defesa até a última atualização desta matéria.

Fenando Gomes Teixeira da Silva foi morto com dois tiros a queima roupa, segundo a Polícia (Montagem Jornal Daqui/Reprodução Redes Sociais)

Fenando Gomes Teixeira da Silva foi morto com dois tiros a queima roupa, segundo a Polícia (Montagem Jornal Daqui/Reprodução Redes Sociais)

Entenda o caso

O crime aconteceu no Setor Morada do Sol, em um estabelecimento comercial que fica na avenida Mangalô. A PM informou que o suspeito chegou na galeria por volta das 10h, foi até a loja RedPhone Assistência Técnica e matou a tiros o comerciante.

O suspeito foi apreendido por equipes das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) horas depois do crime no bairro Estrela D'Alva. De acordo com a PM, o adolescente já possui histórico criminal pelo crime de homicídio registrado em 2024.