Geral

Dois advogados são presos suspeitos de tentar obrigar cantora gospel a assumir dívida de R$ 1 milhão do marido

Casal de advogados ainda ameaçou a cantora de que ela seria “cancelada” nas redes sociais caso não assinasse os contratos, segundo a polícia

Cantora gospel e influencer Angélica Azevedo tem mais de 445 mil seguidores nas redes sociais (Reprodução/Redes sociais)

Cantora gospel e influencer Angélica Azevedo tem mais de 445 mil seguidores nas redes sociais (Reprodução/Redes sociais)

Um casal de advogados foi preso suspeito de tentar obrigar a cantora gospel e influencer Angélica Azevedo a assumir uma suposta dívida de R$ 1 milhão do marido, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC), os advogados ainda ameaçaram a cantora de que ela seria "cancelada" nas redes sociais caso não assinasse os contratos. Os suspeitos pagaram a fiança de R$ 25 mil, cada um, e respondem pelos crimes em liberdade.

Por não terem os nomes divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa do casal e dos produtores musicais, que contrataram os advogados, para que pudessem se posicionar.

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) informou que instaurou um procedimento para apurar a prisão em flagrante dos dois advogados. Segundo a OAB-GO, os profissionais foram detidos sem a presença de um representante da Ordem, mesmo estando relacionada ao exercício da advocacia (veja a nota completa no final) . A reportagem entrou em contato com a cantora, via aplicativo de mensagem às 13h52, mas não teve retorno.

À reportagem, o delegado responsável pelo caso, Humberto Teófilo, disse que a cantora, que é uma pessoa com deficiência visual, procurou a delegacia antes da visita dos advogados. Ele afirmou que os suspeitos foram presos em flagrante, na noite desta terça-feira (18), na casa da vítima. Com eles estavam os cheques e os contratos, que segundo o investigador, são falsos.

Angélica e o marido foram na delegacia, dizendo que estavam sendo vítimas de extorsão por parte dos empresários e principalmente agora dos advogados que representam os empresários. Ficamos sabendo que os advogados iriam na casa dela, forçar ela a assinar esses dois contratos no valor de R$ 1 milhão, assumir a dívida de forma solidária", disse o delegado.

Segundo a polícia, estava com os profissionais um contrato no valor de R$ 750 mil e outro de R$ 250 mil, além de três cheques de R$ 100 mil, cada um, bem como outros em branco, ambos assinados pelo marido da cantora. O delegado afirmou que, durante a abordagem, a advogada tentou esconder um dos envelopes com os cheques na bolsa alegando serem documentos pessoais dela.

Dívida

Téofilo explicou que o marido da cantora fez um empréstimo com empresários, mas que não correspondia ao valor que eles cobraram. Cerca de R$ 300 mil já haviam sido pagos, segundo o delegado.

Há uma prática de agiotagem descarada, somando-se ao constrangimento diante de grave ameaça, no sentido que ela faça uma coisa que a lei não permite. A grave ameaça é em relação ao patrimônio da cantora e a liberdade do marido dela", afirmou o investigador.

Crimes

Os dois advogados poderão responder pelo crime de constrangimento ilegal e também de usura (agiotagem).

Os empresários que contrataram os advogados também serão intimados e serão indiciados pelos mesmos crimes, segundo o delegado. Por não terem os nomes divulgados, a reportagem não localizou a defesa dos empresários.

Nas redes sociais, a cantora declarou que acredita na Justiça: "Estou mais aliviada. Acredito na Justiça de Deus e também na da terra".

Nota completa da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil -- Seção Goiás (OAB-GO), por meio do Sistema de Defesa das Prerrogativas (SDP), instaurou procedimento para apurar a prisão em flagrante de dois advogados, ocorrida na Central de Flagrantes de Goiânia no último dia 18 de fevereiro. Os profissionais foram detidos sob acusação de constrangimento ilegal e usura, sem a presença de um representante da Ordem, mesmo estando relacionada ao exercício da advocacia.

Diante da gravidade dos fatos, a OAB-GO determinou uma série de medidas para garantir a apuração e a responsabilização de possíveis abusos. A Seccional instaurou um procedimento formal, com a juntada de documentos pertinentes, e solicitou esclarecimentos urgentes à Polícia Civil sobre o ocorrido, conforme prevê o Regimento Geral da OAB.

Defesa das Prerrogativas

O presidente do SDP, Alexandre Pimentel, determinou que a Procuradoria de Prerrogativas atue no processo, com todas as medidas cabíveis para a declaração de nulidade ou o trancamento do flagrante ilegal.

A Ordem também está analisando outras providências necessárias, incluindo a possibilidade de crime de violação de prerrogativas, com posterior expedição de oficio à Corregedoria da Polícia Civil, e a posterior remessa de ofício ao Procurador-Geral de Justiça do Estado de Goiás, para ciência do possível crime de abuso de autoridade, bem como para exercício do controle externo da atividade policial.

Além disso, após a resposta da solicitação feita a Polícia Civil, será realizado o envio de cópia integral dos autos ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) para análise e deliberação sobre eventuais desdobramentos éticos e disciplinares dos advogados envolvidos.

Por fim, a Seccional permanecerá vigilante, acompanhando todos os desdobramentos do caso para garantir que os direitos e deveres da classe sejam integralmente respeitados.

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)