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Em consulta on-line, MEC cogita fazer Enem em um dia e pelo computador

Um dos objetivos do governo é reduzir os custos com a prova

Folhapress

Modificado em 27/09/2024, 00:22

Em consulta on-line, MEC cogita fazer Enem em um dia e pelo computador

(Reprodução)

Em consulta popular aberta na internet nesta quarta (18), o MEC (Ministério da Educação) cogita a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em apenas um dia, e não mais dois. Também há uma pergunta sobre a possível realização da prova no computador.

A consulta faz parte da estratégia do MEC para mudar o exame. Um dos objetivos do governo é reduzir os custos com a prova. Os participantes do Enem 2016 já podem consultar suas notas a partir desta quarta-feira.

O Enem foi criado em 1998 como uma avaliação do ensino médio e algumas instituições de ensino superior usavam o resultado como parte da nota de seus vestibulares. A partir de 2009, na gestão do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, o exame ganhou o formato atual e começou a ser adotado por universidades federais para selecionar seus alunos.

Com provas separadas por área (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza, além da redação), o exame também passou a ser elaborado e corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). Esse modelo matemático permite comparação entre provas diferentes por categorizar as perguntas em níveis de dificuldades. Por isso, a quantidade de acertos não define a nota - o valor de cada questão varia conforme sua dificuldade.

Com essas mudanças, o Enem virou uma espécie de vestibular nacional. As instituições que adotam o exame como vestibular disponibilizam as vagas em um sistema on-line, chamado Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A prova também passou a ser critério para certificação do ensino médio, uso de que deve ser descontinuado.

Após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a nova equipe do MEC passou a cogitar mudanças no exame. Mas a aplicação do Enem em apenas um dia e a possibilidade de fazer a prova pela internet já era cogitada pela equipe do MEC no governo do PT. A ideia inicial para o Enem, desde 2009, era ter mais de uma edição por ano - o que nunca saiu do papel.

Não há perguntas na consulta sobre o fim da redação, medida já defendida por alguns especialistas. Além de perguntas sobre a aplicação do Enem em apenas um dia, o MEC pergunta se, caso a prova seja mantida em dois dias, quais datas seriam mais adequadas (domingo e segunda-feira, em dois domingos seguidos ou no formato atual, em um único fim de semana).

Ainda há um campo para que os participantes da consulta deixem um texto de sugestão para aprimoramento do exame. A consulta pode ser acessada aqui.

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Americano é resgatado de fazenda no Tocantins após promessa de conhecer o Brasil com tudo pago

Polícia Civil conseguiu retirá-lo da propriedade depois que ele conseguiu acionar a Embaixada Americana. Órgão vai dar apoio no retorno aos Estados Unidos

Modificado em 22/02/2025, 11:32

Samuel Nathan Bryan (camisa vermelha) chegou ao Brasil em janeiro de 2025

Samuel Nathan Bryan (camisa vermelha) chegou ao Brasil em janeiro de 2025 (Divulgação/Polícia Civil)

Um norte-americano mantido preso em uma fazenda que fica a 50 km de Ananás, no Bico do Papagaio, foi resgatado nesta sexta-feira (21). Ele havia sido convidado pela dona da propriedade para visitar o Brasil e só conseguiu sair do local após acionar a Embaixada Americana para pedir ajuda.

O resgate foi feito pela equipe da 18ª Delegacia de Polícia Civil do município, depois que a própria Embaixada informou a 3ª Central de Atendimento de Araguatins sobre a situação de Samuel Nathan Bryan, de 51 anos. A dona da fazenda estaria o impedindo de deixar a fazenda, segundo ele relatou às autoridades.

A polícia descobriu que o homem veio para o Brasil com a viagem custeada pela mulher, que não teve o nome divulgado. Os dois eram amigos e Samuel chegou ao país em janeiro deste ano.

Quando ele resolveu que queria retornar aos Estados Unidos, a mulher não teria deixado e o informou que não pagaria a passagem para ele ir embora.

Além de o impedir de deixar a fazenda, o delegado Eduardo Artiaga, responsável pelo caso, afirmou que Samuel relatou às autoridades que estaria sendo forçado a realizar trabalhos manuais para permanecer no local.

Os policiais chegaram à propriedade durante a manhã e conseguiram fazer o resgate e levar o americano para a delegacia. A Embaixada Americana foi contatada e vai auxiliar o homem a retornar aos Estados Unidos, informou o delegado.

A Polícia Civil vai investigar a conduta da proprietária da fazenda com relação à situação do americano na fazenda.

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Prefeito defende ampliação dos serviços da Maternidade Célia Câmara

Sandro Mabel (UB) discute ampliar o perfil de atendimento do Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara, que está com uma parte considerável da infraestrutura inutilizada, mas descarta conversão para hospital geral

Modificado em 11/02/2025, 16:07

Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara poderá ter perfil de atendimento ampliado

Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara poderá ter perfil de atendimento ampliado (Wesley Costa / O Popular)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), discute ampliar o perfil de atendimento do Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC). Segundo ele, ainda está em avaliação quais outros tipos de atendimentos podem ser feitos no local, que está com mais da metade da infraestrutura sem utilização. Mabel descarta a transformação da unidade em um hospital geral. "Não estamos precisando de hospital geral aqui em Goiânia", disse a reportagem com exclusividade.

Reportagem publicada na edição desta segunda-feira (10) mostrou que a Prefeitura de Goiânia estuda fechar ou mudar o perfil de uma das três maternidades da capital. O intuito é otimizar a rede de atendimento. A avaliação de técnicos da pasta ouvidos pela reportagem é de que duas unidades seriam suficientes para atender a demanda da capital. Mabel vai além: "Hoje, se fossemos ver, no duro, no duro, uma maternidade faz todo o serviço. Com a Dona Iris você faz todo o serviço que Goiânia precisa (...) Para se ter ideia, o centro cirúrgico da Dona Iris tem 83% de ociosidade (...) Precisamos utilizar mais essas estruturas", pondera o prefeito.

Mesmo assim, Mabel aponta que o caminho a ser seguido deve ser o de promover mudanças. "Temos conversado com a Fundahc. O Célia Câmara é um hospital muito grande, que está hoje só como hospital da mulher e está superdimensionado para o que ele faz. Não precisa ser exclusivo para isso. Estamos conversando sobre a possibilidade de conversar a fazer a internação de pessoas do sexo masculino também", afirma.

Isso não significa que a unidade irá se transformar em um hospital geral. "Já viu o tanto de hospital que tem em Goiânia? Goiânia tem hospital de sobra. O que precisamos fazer é isso que estamos fazendo. Utilizar melhor as unidades que nós temos", esclarece. Segundo ele, os outros tipos de atendimento que podem ser oferecidos na Célia Câmara ainda estão em avaliação.

Na última semana, ficou acordado que o contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) irá diminuir de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões por mês, uma redução de 40%. A Célia Câmara é a maior das três unidades e também a que mais custa para os cofres públicos. Atualmente, o repasse é de R$ 10 milhões para o funcionamento do local, mas o valor cairá para R$ 4,1 milhões por mês com o novo contrato.

Mabel destacou que, após a readequação do valor do contrato, a relação da Prefeitura com a Fundahc "melhorou muito". Para conseguir reduzir o valor em 40%, a principal supressão ocorreu nas atividades das maternidades Dona Iris e Célia Câmara. Nas duas unidades, a urgência seguirá em funcionamento, mas os atendimentos eletivos, inclusive as cirurgias, serão suspensos. O cenário não é muito diferente do que já é encontrado atualmente nos dois locais, já que desde o final de agosto de 2024 as maternidades passaram a oferecer apenas atendimentos de urgência e emergência por conta da dívida acumulada por parte da SMS. Atualmente, o débito gira em torno de R$ 200 milhões.

Outras unidades

Questionado sobre as outras unidades, Mabel descarta mudanças drásticas no Hospital e Maternidade Dona Iris (HDMI), que junto com a Célia Câmara é responsável por cuidar de partos de alto risco e acompanhar casos mais complexos. "É a principal (maternidade). Nós estamos é reforçando (a unidade). Inclusive, está vindo um monte de equipamento novo para a Dona Iris", conta. Segundo ele, também não é possível fechar a Célia Câmara e ficar só com a Dona Iris por conta dos leitos intensivos neonatais que estão localizados no hospital da mulher e são estratégicos para a administração municipal.

Mabel também afasta a possibilidade de fechar a Maternidade Nascer Cidadão (MNC), unidade que fica responsável por realizar partos de complexidade mais baixa. "A localização dela é importante para nós", afirma. A reportagem já havia mostrado que a mudança de perfil da unidade tem o potencial de gerar desgaste para a administração municipal, já que a maternidade possui um valor simbólico para os moradores da região Noroeste.

O prefeito explica que a ideia geral é otimizar a infraestrutura dos aparelhos de saúde que já existem em Goiânia, promovendo a ampliação do atendimento ambulatorial, por exemplo. "Estamos avaliando isso na cidade toda. Temos 13 unidades de saúde (de urgência) e bastariam sete. A quantidade de atendimento que temos em cada unidade: 4 mil, 5 mil. É completamente antieconômica (...) Precisamos fortalecer algumas unidades para que elas possam fazer esse serviço complementar (exames e consultas). Muitas vezes, o cara vai ao médico e demora 10 dias para fazer o exame (...) É para dar uma celeridade, uma resolutividade melhor no problema da Saúde", discorre.

Paralisação impactou na Nascer Cidadão

Duas das três maternidades municipais apresentaram dificuldades em promover atendimentos nos últimos dias. Durante a tarde deste domingo (9), os pediatras que atendem na Célia Câmara paralisaram as atividades. Apesar de ter sido temporária, a paralisação impactou na maternidade mais próxima, a Nascer Cidadão, que amanheceu lotada nesta segunda-feira (10). Fotos enviadas a reportagem por pacientes da unidade mostram gestantes em macas no corredor da maternidade. O motivo da paralisação foram os pagamentos atrasados por parte da Fundahc para com a empresa Instituto dos Médicos Intensivistas do Estado de Goiás (Intensipeg), responsável por fornecer médicos especializados em pediatria. Os atendimentos na Célia Câmara foram retomados às 19 horas do domingo, enquanto a situação na Nascer Cidadão se normalizou no período da tarde de segunda.

A Fundahc informou que a Nascer Cidadão está com 100% de ocupação e se esforça para atender a demanda de urgência e emergência. De acordo com a fundação, devido à alta demanda registrada na tarde do último domingo, foi necessário otimizar os espaços de atendimento, "incluindo a utilização provisória de macas e biombos nos corredores". Entretanto, de acordo com a Fundahc, "todas as pacientes que estavam nesses locais já foram realocadas para os apartamentos e centros de parto normal (CPNs)."

Mesmo com a previsão de altas hospitalares para esta segunda, a Fundahc ponderou que "a demanda por novos atendimentos continua elevada, o que mantém a maternidade em sua capacidade máxima" e reforçou que "todos os esforços estão sendo feitos para assegurar um atendimento humanizado e ágil às gestantes e puérperas."

Nos últimos dias, os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) da Célia Câmara foram esvaziados. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nesta segunda, apenas um dos dez leitos de UTI neonatal estava ocupado. Em relação aos 20 leitos adultos, apenas 2 estavam com pacientes.

Em nota, a Fundahc comunicou que a redução da ocupação dos leitos neonatais ocorreu devido a um plano de contingência adotado desde a última sexta-feira (7), que incluiu a transferência de pacientes para outras unidades pela restrição de neonatologistas na unidade, o que foi restabelecido após negociações neste domingo. "Durante esse período, todas as ações foram conduzidas com foco na segurança dos recém-nascidos, garantindo que não houvesse prejuízo na assistência neonatal", reforçou a fundação em um trecho da nota.

Já a redução nos leitos de UTI adulto se justifica por falta de materiais e insumos "que estão sendo contingenciados para atendimento de casos de urgências internas da unidade, não recebendo pacientes externos".

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Vídeo mostra implosão do que sobrou de ponte que desabou entre o Tocantins e o Maranhão

Ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, deixou 14 mortos e três pessoas ainda estão desaparecidas

Modificado em 02/02/2025, 16:45

As plataformas que restaram em pé da ponte ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis e Estreito (MA), foram implodidas na tarde deste domingo (2). Após dias de preparação tanto da estrutura como da população, o procedimento ocorreu às 14h.

A ponte ligava os estados do Tocantins e do Maranhão desde os anos de 1960. Com diversos problemas estruturais, ela desabou no dia 22 de dezembro de 2024 causando mortes e deixando um ferido e desaparecidos. Dez veículos entre carros, motos, caminhonetes e carretas, estavam na estrutura quando ocorreu o desabamento.

Durante a semana, moradores tanto a margem tocantinense como a maranhense foram informados da necessidade de evacuação das casas próximas à ponte. Em Aguiarnópolis, 50 imóveis foram desocupados a partir das 13h. Em Estreito (MA), moradores de 150 casas tiveram que sair temporariamente, até a finalização da implosão da ponte. Prefeitura e Defesa Civil fizeram as orientações e deram apoio na ação.

A etapa de implosão da ponte está dentro do cronograma para a construção da nova estrutura. O Consórcio Penedo -- Neópolis, constituído pela Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada é responsável pela obra e tem o prazo para entrega de um ano.

O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como Manezinho da Implosão, foi o responsável pelo processo. Ele já participou de mais de 200 implosões, algumas das principais atuações foram em obras históricas brasileiras como o Presídio Carandiru, Edifício Berrini e o Estádio Fonte Nova.

Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) monitoraram o procedimento que utiliza a técnica de calor intenso e explosivos. O material foi colocado de forma estratégica para causar 'fraturas' no concreto e provocar o desmonte da estrutura da ponte.

O concreto que caiu às margens do Rio Tocantins será retirado por máquinas. Para facilitar o acesso, o solo abaixo da ponte passou por terraplanagem.

Ponte é implodida entre o Tocantins e o Maranhão (Reprodução/TV Anhanguera)

Ponte é implodida entre o Tocantins e o Maranhão (Reprodução/TV Anhanguera)

Relembre o desabamento

Pouco antes das 15h do dia 22 de dezembro de 2024, o vão central da ponte JK cedeu. Pessoas que estavam nas proximidades conseguiram fazer vídeos do acidente que deixou famílias em luto nos dias que sucederam o colapso.

As condições da estrutura já era motivo de reclamação de autoridades e moradores tanto de Aguiarnópolis como de Estreito. O vereador Elias Júnior (Republicanos), do lado tocantinense, estava fazendo um vídeo para denunciar a situação da ponte no momento em que ela cedeu.

O parlamentar conseguiu filmar o momento que uma parte do asfalto cedeu por causa do rompimento do vão central. Elias acompanhou toda a movimentação para resgate das vítimas e lamentou que a situação mudou a realidade dos municípios.

"Todos aqui dependiam dessa ponte, da travessia dela para ir a Estreito, que é uma cidade bem maior. Por exemplo, a nossa cidade é como se fosse um bairro do tamanho de um bairro de Estreito. Não somente a Aguiarnópolis, mas cidades circunvizinhas. Tem cidade de 11 quilômetros, cidade de 30 quilômetros. Nós temos várias cidades que vinham e também passavam, como Palmeiras, Darcinópolis, Santa Terezinha, Nazaré, Tocantinópolis. Todos frequentavam a ponte para estar resolvendo alguma coisa aqui. Então tudo mudou", explicou Elias ao g1.

Como foram abertas fendas na estrutura que não desabou, carros e caminhões acabaram ficando presos na estrutura. Quando o acidente completou um mês, em 22 de janeiro, os veículos começaram a ser retirados. Um dos proprietários chegou a conseguir uma liminar na Justiça Federal para conseguir reaver o carro que ficou atravessado em um dos buracos da ponte.

Carga perigosa

Dos veículos que caíram no rio estavam carretas carregadas de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. As cargas perigosas poderiam causar um desastre ambiental, mas os frascos não chegaram a se romper, segundo informações de órgão que monitoram a situação.

Nos primeiros dias, as buscas às vítimas chegaram as ser suspensas pelo risco que as cargas poderiam causar aos mergulhadores. Após avaliação da situação no fundo do rio com equipamentos da Marinha do Brasil, os mergulhos foram liberados e os corpos começaram a ser resgatados.

Sobre a retirada dos materiais agrotóxicos e ácido sulfúrico que ainda estão no fundo do rio, a empresa que é responsável pelos produtos contrataram outras empresas especializadas nessa área de produtos perigosos para coordenar as ações de retirada.

Em janeiro, com a cheia do Rio Tocantins por causa das chuvas foi preciso interromper as buscas submersas, que seguem suspensas. O aumento no nível do rio também levou à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, segundo a Marinha do Brasil.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a carga só poderá ser retirada do fundo do rio a partir do fim de abril, quando o nível começa a baixar.

Vítimas

O desabamento da ponte JK deixou 18 vítimas. Desse número, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados.

Até este domingo ainda há três pessoas desaparecidas. Eles são Salmon Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe Giuvannuci, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Veja quem são as vítimas encontradas no rio:

  • Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado no domingo (22);
  • Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos . O corpo dela foi localizado na terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;
  • Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos . O corpo dele foi localizado na terça-feira (24). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
  • Andreia Maria de Souza, de 45 anos . O corpo foi encontrado na terça-feira (24). Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
  • Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (25);
  • Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos . O corpo dela foi localizado na quarta-feira (25);
  • Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por mergulhadores na manhã da quinta-feira (26). Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);
  • Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos . O corpo dela foi localizado também na quinta (26);
  • Alison Gomes Carneiro, de 57 anos . O vereador do PSD teve o corpo localizado na manhã de domingo (29). Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia.
  • Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31) e estava dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia.
  • Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31). A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues.
  • Beroaldo dos Santos, de 56 anos. Ele foi retirado da água no fim da manhã de quarta-feira (1º), segundo a Marinha. O corpo dele havia sido localizado no domingo (29), dentro da água, na cabine da carreta que transportava as 76 toneladas de ácido sulfúrico.
  • Na manhã de sexta-feira (3), um corpo foi encontrado no rio Tocantins. Era o mototaxista Marçonglei Ferreira, de 43 anos , que trabalhava na região.
  • A lessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos , natural de Palmas, no Tocantins. A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA, realizado pelo Instituto de Análise Forense (IGF).
  • Só tem travessia para pedestres

    As movimentações dos governos estadual e federal para arrumar soluções para travessia entre os estados começou ainda em dezembro. Foram anunciadas pelo menos duas datas sobre a possível travessia de veículos por balsa. Entretanto, atualmente, barcos contratados por iniciativa do governo estadual fazem a travessia entre Aguiarnópolis e Estreito de pedestres.

    O DNIT chegou a anunciar a contratação da empresa Pipes Empreendimentos LTDA no valor de R$ 6.405.001,97. Mas a dispensa de licitação para contratação foi revogada porque houve descumprimento das obrigações contratuais por parte da Pipes, informou o departamento.

    Enquanto a autarquia ligado ao Ministério dos Transportes não contrata outra empresa, a LN Moraes Logística LTDA foi autorizada a realizar o serviço de travessia por balsa no local pela Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). A medida foi publicada no Diário Oficial da União no dia 21 de janeiro. Esse serviço deverá ter cobrança à população.

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    Mais de 200 kg de explosivos em 15 segundos: saiba detalhes sobre a implosão da ponte entre TO e MA

    Explosivos serão colocados até a manhã deste domingo (2). Engenheiro responsável pela implosão é o mesmo que atuou na demolição do presídio do Carandiru e outras grandes obras

    Modificado em 02/02/2025, 11:01

    Vão central da ponte entre Aguiarnópolis e Estreito desabou em dezembro (Reprodução/TV Globo)

    Vão central da ponte entre Aguiarnópolis e Estreito desabou em dezembro (Reprodução/TV Globo)

    A implosão das partes remanescentes da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira será realizada na tarde deste domingo (2). Pelo menos 200 casas entre o Tocantins e Maranhão devem ser evacuadas e cerca de 250 kg de explosivos devem ser utilizados. A ação é necessária para que uma nova estrutura seja construída até a dezembro deste ano, segundo a previsão do DNIT.

    O desabamento da ponte aconteceu no dia 22 de dezembro de 2024, quando o vão central caiu e deixou 14 mortos e três desaparecidos. Entres os veículos que passavam no local na hora do acidente estavam duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões, sendo que dois carregavam ácido sulfúrico e um agrotóxicos.

    Depois de mais de um mês, a ponte será implodida.

    Como será a implosão?

    A ponte já foi perfurada para receber os 250 kg de explosivos. Esses materiais chegaram na região no sábado e devem ser instalados até a manhã de domingo. A demolição está marcada para as 14h.

    Conforme os engenheiros responsáveis, a implosão será realizada em etapas, já que as partes da ponte não podem ser demolidas ao mesmo tempo. Por isso, os explosivos serão acionados com um intervalo de três segundos e de forma remota.

    Para facilitar o acesso das máquinas que vão remover os escombros, o solo abaixo da estrutura passou por terraplanagem. Nada pode cair na água para não atrapalhar as buscas pelas três vítimas que estão desaparecidas. Para garantir que os escombros não sejam arremessados para as casas, telas foram colocadas nas bases dos pilares.

    Aqui no caso, em função do colapso e da condição precária da estrutura nós estamos intervindo apenas nos pilares e no limite da segurança, principalmente aqui do lado do Tocantins. A estrutura foi bastante afetada. Nós tivemos que trabalhar sobre o crivo de um monitoramento muito intenso e de tal forma que não ultrapassássemos o limite da segurança", explicou o engenheiro responsável Manoel Jorge Diniz.

    Que metódo será utilizado?

    Para demolir a estrutura que sobrou da ponte será utilizada uma técnica de calor intenso e explosivos que irão fragmentar as formações rochosas. Segundo o DNIT, esse tipo de trabalho é feito quando não é possível utilizar maquinário pesado sobre a estrutura.

    A previsão que é que a implosão produza cerca de seis mil metros cúbicos ou 14 mil toneladas de concreto e ferragem, que devem ser retirados do local. A intenção das equipes é que nada caia no rio já que ainda há três pessoas desaparecidas, além dos tanques de ácido sulfúrico e bombonas de agrotóxicos dentro da água.

    Em entrevista ao g1, o doutor em Estruturas Moacyr Salles Neto explicou que nesses casos os explosivo são colocados em lugares determinados para que se faça uma 'linha de fratura' e provoque a queda do objeto.

    "Isso é a técnica de fogo. O fogo é a explosão. A gente determina o correto posicionamento dos explosivos de forma que, quando eles forem detonados, a linha de fratura provocada faça com que aquela estrutura seja desmontada e venha abaixo, na direção que a gente tenha intenção e que provoque uma quantidade de danos menor", detalhou.

    Acima a estrutura da ponte recebe buracos para explosivos e abaixo a ponte após a queda do vão central (TV Mirante/Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera)

    Acima a estrutura da ponte recebe buracos para explosivos e abaixo a ponte após a queda do vão central (TV Mirante/Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera)

    Quanto tempo vai durar a ação?

    Segundo o DNIT, a implosão deve demorar 15 segundos. Isso porque os detonadores não serão acionados ao mesmo tempo. As explosões devem ser feitas por etapa e intervalos de milésimos de segundo, conforme o engenheiro responsável Manoel Jorge Diniz.

    Como ficam os moradores da região?

    Pelo menos 50 casas serão desocupadas em Aguiarnópolis (TO) e 150 em Estreito (MA), uma hora antes da implosão. Na cidade tocantinense, a prefeitura e Defesa Civil orientaram os moradores da rua JK e João Aguiar sobre o processo de evacuação.

    A população contará com um a ônibus para ajudar no deslocamento até a área de segurança, em um ginásio coberto de Aguiranópolis. Os moradores podem voltar para casa trinta minutos depois demolição da ponte.

    Em mapas, as áreas que serão desocupadas foram marcadas de vermelho pela empresa responsável pela implosão. O perímetro de segurança será 2.136 metros em Aguiarnópolis e de 2.148 metros em Estreito.

    Mapa mostra área s que serão desocupadas durante demolição da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Reprodução/TV Anhanguera)

    Mapa mostra área s que serão desocupadas durante demolição da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Reprodução/TV Anhanguera)

    Quem é o engenheiro responsável pela implosão?

    O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como Manezinho da Implosão, será o responsável pelo processo que irá derrubar a estrutura que restou da ponte. Ele passou a trabalhar na área em 1982, com o pioneiro da implosão no Brasil, Hugo Takahashi.
    Ao longo dos anos, o engenheiro já participou de mais de 200 implosões. Algumas das principais atuações foram em obras históricas brasileiras como:

  • Presídio do Carandiru, em São Paulo, em 2002
  • Presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, em 1994
  • Edifício Palace II, no Rio de Janeiro, em 1998
  • Edifício Berrini, em São Paulo, em 2008
  • Estádio Fonte Nova, na Bahia, em 2010
  • Manoel Jorge Diniz Dias é o responsável pela implosão da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Reprodução/TV Anhanguera)

    Manoel Jorge Diniz Dias é o responsável pela implosão da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Reprodução/TV Anhanguera)

    Porque a implosão é necessária?

    Para que as obras da nova ponte comecem é necessário que toda a estrutura antiga, que está comprometida, seja demolida. Segundo a publicação do Diário Oficial da União do dia 31 de dezembro, a execução ocorre em caráter emergencial.

    A previsão é que a nova ponte entre Aguiarnópolis e Estreito seja entregue no dia 22 de dezembro deste ano, quando o acidente completará um ano.

    Como foi a queda da ponte?

    A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. A estrutura fica na BR-226 e liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Pessoas que estavam nas proximidades conseguiram filmar o momento exato em que a ponte caiu. Um vereador de Aguiarnópolis denunciava a situação precária da estrutura e flagrou a tragédia.

    Em uma das imagens, o vão central da ponte de Estreito, como é popularmente conhecida, desabou de uma vez, causando muita fumaça com o impacto da poeira dos escombros com a água. Na água, depois do desabamento, é possível ver parte das cargas boiando.

    Imagens aéreas feitas após a queda da ponte mostraram a situação do que restou. Carros e caminhões ficaram presos sem poder seguir viagem por causa da estrutura comprometida. Um dos veículos, ficou preso em uma fenda que se abriu no asfalto. Eles foram retirados cerca de um mês depois do desastre.

    Quem são as vítimas?

    De acordo com a Marinha do Brasil, 14 pessoas morreram e três seguem desaparecidas. Veja a lista de Mortos:

    1. Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos
    2. Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos
    3. Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos
    4. Ansio Padilha Soares, de 43 anos
    5. Silvana dos Santos Rocha, de 53 anos
    6. Andreia Maria de Sousa, de 45 anos
    7. Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos
    8. Alison Gomes Carneiro, de 57 anos
    9. Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos
    10. Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos
    11. Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos
    12. Beroaldo dos Santos, de 56 anos
    13. Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos;
    14. Marçon Gley Ferreira, de 42 anos.

    Desaparecidos:

    1. Salmon Alves Santos, 65 anos;
    2. Felipe Giuvannucci Ribeiro, 10 anos;
    3. Gessimar Ferreira, 38 anos.

    O único sobrevivente é Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos. Ele foi resgatado e encontrado com vida após o desabamento da ponte, ainda no domingo (22). Após o resgate, ele foi levado para o hospital.

    Os Bombeiros afirmam que as buscas pelos desaparecidos continuam, mas sem mergulhos, por causa das chuvas que provocaram um aumento do nível do rio nas últimas semanas.