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Entorno de Goiânia dispara e já é a 2ª região mais populosa do País

Migração, custo de moradia mais baixo e proximidade da capital são causas. Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Senador Canedo foi a que mais ganhou habitantes no Brasil

Modificado em 19/09/2024, 00:30

Senador Canedo registra o maior aumento relativo de população do País entre os municípios com mais de 100 mil habitantes: 84,3%

Senador Canedo registra o maior aumento relativo de população do País entre os municípios com mais de 100 mil habitantes: 84,3%
 (Wildes Barbosa)

A região metropolitana de Goiânia (RMG) tem uma taxa média de crescimento anual de 1,49% nos últimos 12 anos, conforme aponta o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo a segunda do País entre as aglomerações com mais de 1 milhão de habitantes neste índice. A Grande Goiânia ficou atrás apenas da região de Florianópolis (SC), que teve o maior crescimento médio, com 2,47%. Entre 2010 e o ano passado, um total de 307.526 pessoas a mais passaram a habitar a capital goiana e as demais 19 cidades do entorno, uma alta de 14,14%. O crescimento da região se deu principalmente nas cidades menores, especialmente Senador Canedo, Goianira e Abadia de Goiás.

Para se ter uma ideia, a taxa de crescimento médio anual de Goiânia verificada pelo IBGE é de 0,83%, o menor índice de toda a RMG. Senador Canedo, por exemplo, teve um crescimento médio de 5,23%, o que gerou o maior aumento relativo de população do País entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, com variação de 84,3% entre os censos de 2010 e 2022. No geral de todos os municípios, no entanto, duas cidades da RMG estão entre as quatro do Brasil com maior crescimento populacional relativo.

A quarta colocação é de Goianira, cuja população mais que dobrou nos últimos 12 anos, com aumento de 111,2%. A taxa de crescimento médio anual na cidade foi de 6,43%. Mas a maior alta é a de Abadia, cuja população cresceu 177,6% no período, e o município teve taxa média de 8,88%. A cidade, neste período, ainda foi a que teve o maior aumento proporcional de domicílios no País, com 197,5%. Abadia, em 2010, tinha 2,6 mil moradias e no ano passado o Censo verificou 7,9 mil domicílios.

Em toda a RMG, chama a atenção o aumento semelhante, em números absolutos, de população e domicílios, com 302.514, uma alta de 38,49%. Atualmente, a região conta com 2.480.667 habitantes para 1.088.458 domicílios, ou seja, são 2,27 moradores por residência, sendo que em 2010 essa relação era de 2.173.141 pessoas e 785.944 habitações, o que chega a um índice de 2,76. Para a arquiteta e urbanista Maria Ester de Souza, a oferta de moradia mais barata na última década nas cidades metropolitanas é o principal motivo para o crescimento das cidades menores da região.

"O tema moradia é o que decide o caminho da pessoa e ela vai para o mais barato, seja por falta de infraestrutura ou pelo o que a pessoa consegue pagar. O mais seguro ou o mais tranquilo é o mais caro", avalia Maria Ester. Ela conta que o aumento dos domicílios, especialmente em Goianira e Abadia de Goiás, se dá por incremento do programa Minha Casa Minha Vida que ocorreu no período verificado pelo Censo 2022. A situação é diferente em relação a Senador Canedo, cuja explicação passa pela proximidade às regiões Sul e Leste de Goiânia e a oferta de imóveis mais baratos. Para a urbanista, o crescimento do município não pode ser visto apenas por acontecimentos locais. "É um dado de região, não é municipal. Esse crescimento, mesmo em outras cidades, é encabeçado por Goiânia, envolve a migração e o crescimento da região metropolitana", explica.

O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (UB), atribui o desenvolvimento da cidade a várias razões. "Na curta história dela, a capacidade econômica acabou sendo o fator chave para o crescimento populacional. Além de ser uma cidade acolhedora, ela fica praticamente a 20 km de Goiânia, e desde a implantação do polo petroquímico, conseguiu atrair a atenção de muitas indústrias e, em especial, de uma população mais jovem. Para um território relativamente novo, com 34 anos, teve uma ascensão grande e rápida", afirma.

Segundo o gestor, a maioria dos novos habitantes vêm da região Nordeste do estado, assim como da capital. "Eles vêm atraídos pela qualidade de vida, pela proximidade com Goiânia, pelo custo mais acessível, pelas ofertas de emprego", relata. Presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO), João Victor Araújo concorda que a expansão em Senador Canedo tem explicação pelo crescimento econômico da cidade, mas não nega a influência da capital. "Hoje faz parte da região nobre de Goiânia, perto de shopping, estádio, centro cultural, saída para o aeroporto. Era natural a ida dos loteamentos para Senador Canedo", diz.

Araújo ressalta que na cidade há crescimento de moradias de médio e alto porte, ao citar os condomínios fechados que se propagaram no município, na divisa com Goiânia. "A tendência para os próximos anos é que isso continue", afirma. O superintendente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, lembra que o Censo 2022 é resultado das políticas públicas iniciadas há 10 ou 15 anos. "A gente já vinha acompanhando esse movimento porque nas cidades do entorno a legislação para abrir novos loteamentos era mais acessível. Desde o Plano Diretor de 2007 Goiânia já tinha mais restrições", conta.

Ele acredita que isso é o que ocorre com a ida de diversos condomínios no eixo Senador Canedo e Bela Vista, na saída de Goiânia. "Não consegue mais áreas na capital, nem em Aparecida de Goiânia e nem em Trindade. Esse é um dos fatores, mas não é o único." Sobre Goianira e Abadia, Araújo entende que o crescimento se deu mesmo em razão das moradias mais econômicas, ou seja, de habitação social, no que ele ainda acrescentou a cidade de Aragoiânia. (Colaborou João Pedro Santos, estagiário do GJC em convênio com a UFG)

Censo mostra necessidade de Plano Diretor Metropolitano

A arquiteta e urbanista, Maria Ester de Souza, acredita que os números expostos pelo Censo 2022 escancaram o quanto é necessária a finalização do Plano Diretor Metropolitano (PDM). "O Plano Diretor de Goiânia (aprovado em 2022) se referiu a um estudo do município, com dados da cidade. Nós temos um Plano Metropolitano que está arquivado, mas temos essa possibilidade de encaminhá-lo agora, com esses novos números", diz.

O Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana (PDIRM) começou a ser traçado em 2013, em uma parceria do Estado de Goiás com a Universidade Federal de Goiás (UFG) com o objetivo de diagnosticar os problemas de toda a região e traçar soluções conjuntas para os municípios e o governo estadual. Entre 2016 e 2018, o projeto básico foi elaborado, mas, desde então, o convênio foi descontinuado e o projeto está parado.

Para Maria Ester, o crescimento populacional e de domicílios nas cidades metropolitanas, encabeçado por Goiânia, demonstra que já não é possível traçar as políticas públicas apenas municipais.

O superintendente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, concorda que o poder público já não consegue fazer a gestão de Goiânia sem pensar na região metropolitana. "Tanto que as saídas da capital estão sempre cheias, que são as pessoas indo para as casas todos os dias. Há uma necessidade de acompanhar esse futuro próximo nas legislações", diz. Ele cita, por exemplo, a necessidade da Prefeitura de Goiânia dar andamento na sanção das leis complementares ao Plano Diretor de Goiânia, sobretudo na que se refere às habitações de interesse social (HIS). Segundo ele, essa legislação vai possibilitar um avanço na construção de moradias mais baratas em todas as regiões da capital. Ele ressalta que deve ser levada em consideração a redução do número de moradores por domicílio, o que, para ele, é demonstrado no aumento de oferta de apartamentos compactos na capital, por exemplo. Melazzo considera ainda que o futuro da RMG vai depender justamente de como cada município, sobretudo Goiânia, vai agir com os incentivos à moradia e mesmo desenvolvimento econômico.

João Victor Araújo, presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO), concorda e reforça que a capital pode ser a nova indutora dos empreendimentos de médio e baixo padrão. Ele também aposta no crescimento de Hidrolândia nos próximos anos, devido a oferta de área e localização privilegiada.

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Mercado de venda de lotes cresceu 39% em 2024

Setor imobiliário registrou o menor estoque de unidades da série histórica, iniciada em 2017; mercado segue aquecido

Loteamento em Senador Canedo: município concentra mais de um terço dos lotes lançados em 2024 na região metropolitana

Loteamento em Senador Canedo: município concentra mais de um terço dos lotes lançados em 2024 na região metropolitana (Diomício Gomes / O Popular)

O mercado imobiliário horizontal da Região Metropolitana de Goiânia fechou 2024 com um crescimento de 39% no volume de vendas e uma queda de 11% no número de novas unidades lançadas. Com isso, as empresas do setor contabilizaram uma queda de mais de 17% no estoque de lotes disponíveis, em relação ao quarto trimestre de 2023, o menor da série histórica pesquisada pela Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (Adugo) desde 2017.

As vendas passaram de 8.694 lotes vendidos em 2023, para 12.111 em 2024. Já os lançamentos caíram de 9.991 unidades para 8.901 no período. Os dados da pesquisa Mercado Imobiliário Horizontal, realizada pela Brain Inteligência Estratégica para a Adugo, mostram o aquecimento deste mercado. "Se a curva de vendas de 2024 for mantida em 2025 e o mercado não lançar mais nenhum loteamento, em outubro zeramos o estoque", alerta o presidente da Adugo, João Victor Araújo.

Segundo ele, 2024 foi o segundo melhor ano de vendas da história de loteamentos, atrás apenas de 2021, considerando a venda líquida, ou seja, vendas menos os distratos realizados. "Vamos fechar primeiro trimestre com estoque mais baixo ainda por conta dos poucos lançamentos, por causa de trocas das gestões municipais", prevê.

Empresa é suspeita de vender mesmo apartamento para mais de um cliente em Goiânia Participação feminina na liderança do setor imobiliário tende a crescer

Araújo atribui a queda dos lançamentos à maior burocracia para se aprovar parcelamento de solo em comparação às incorporações verticais. Araújo afirma que, para se produzir lotes e casas, há uma burocracia maior, independente de município, devido a interferências maiores. "Na incorporação vertical já houve, em algum momento do passado, um loteamento naquele bairro onde, agora, serão construídos condomínios verticais", explica.

Naturalmente, com isso, os lançamentos são menores. Mas, segundo ele, nos últimos anos, houve um aumento da escala de demora de aprovações, ao mesmo tempo em que a demanda por este tipo de produto aumentou. "Morar horizontal na região metropolitana tem uma cultura muito forte", destaca.

Mas municípios como Senador Canedo têm investido num desenvolvimento planejado de lotes em condomínios fechados, por isso receberam muitos empreendimentos. Dos 8.901 lotes lançados em 2024 na região metropolitana, mais de um terço (3.313) ficam neste município. "Mais de 10 condomínios fechados foram lançados lá nos últimos anos e 100% foram vendidos", ressalta.

Crédito

Para o presidente da Adugo, de forma geral, os goianos também preferem morar mais em casas do que em apartamento. "Como essa velocidade de lançamentos deve continuar baixa e o mercado deve se manter aquecido, a tendência é de uma constante valorização. Acreditamos que vamos vender muito mais em 2025 que em 2024", prevê.

Outro ponto favorável é que, enquanto o mercado de incorporação vertical é muito mais dependente do crédito imobiliário, nos loteamentos, as próprias incorporadoras também financiam o cliente e com taxas reduzidas. "É um crédito mais acessível e com juros menores. Estamos falando de uma entrada de 5%, no máximo 10%, com crédito também em 20 anos, alguns até 25 anos, e uma taxa de juros de 6% a 10% ao ano".

O consultor da Brain, Marcelo Gonçalves, acredita que o mercado local já tenha alguns fatores institucionalizados. Ele lembra que a quantidade de lançamentos e vendas é maior em Senador Canedo do que em Goiânia pela maior dificuldade de aprovações, por exemplo, com mais exigências, além do custo e escassez de terrenos, pois estes empreendimentos horizontais exigem grandes áreas.

"Falamos de cidades que estão completamente a disposição para estes empreendimentos, que têm áreas muito boas para recebê-los e que investem em infraestrutura para isso", ressalta. Segundo Gonçalves, este mercado é favorecido pela queda de 11% no número de lançamento e o aumento de 39% nas vendas, o que reduz os estoques e deixa as unidades disponíveis mais disputadas.

Atualmente, o maior estoque disponível é de loteamentos abertos em Goianira, uma região que ainda não conseguiu absorver toda disponibilidade. "O mercado tem projetos cada vez mais bem elaborados, mesmo de loteamentos abertos, que têm até áreas de convivência hoje. Cada vez mais pessoas querem morar melhor", ressalta.

Ele concorda que os goianos gostam mais de morar em casa. Apenas 10,7% dos domicílios do País são verticais. "Mas lançamentos são questão de sazonalidade e o processo de aprovação de um parcelamento de solo, condomínio ou loteamento leva anos, o que prejudica o mercado. Às vezes, as pessoas ficam sem muitas opção de compra.

Com o mercado mais escasso e mais caro na capital, as pessoas foram para as cidades da região metropolitana. "Imaginávamos que 2024 seria muito bom, mas com uma perspectiva de que no meio do ano haveria diminuição dos juros. Tivemos um aumento de taxa de juros e o mercado só aqueceu. O que estamos vivendo é um momento sui generis, com um bom número de lançamentos de mais qualidade, sendo que esse estoque está sendo consumido", conclui.

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Chuva deixa ruas alagadas e trânsito lento em Goiânia

Congestionamento na BR-153 foi registrado entre o Jardim Novo Mundo e Aparecida de Goiânia

Modificado em 12/11/2024, 17:05

Alagamento registrado no Jardim Ana Lúcia, em Goiânia (Wesley Costa)

Alagamento registrado no Jardim Ana Lúcia, em Goiânia (Wesley Costa)

Uma forte chuva que caiu em Goiânia na manhã desta terça-feira (12) deixou várias ruas alagadas e o trânsito lento na BR-153, entre o Jardim Novo Mundo e Aparecida de Goiânia. Os bairros da capital com alagamentos registrados foram na Avenida C-107 no Jardim América, Rua T5 com T-14 no Setor Bueno, Praça Tamandaré, Jardim Atlântico, Parque Amazônia e Jardim Ana Lúcia.

Na tarde de segunda-feira (11), a chuva chegou a transbordar uma ponte que passa por cima do Rio Taquaral, no Setor Goiânia Viva. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a chegada de uma nova frente fria pode provocar chuvas mais volumosas entre a próxima quinta-feira (14) e sábado (16).

O Cimehgo emitiu um novo alerta para risco de chuvas intensas para Goiás nesta terça-feira (12) com rajadas de ventos que podem chegar a 60km por hora. Em Goiânia, a temperatura mínima deve ser de 19°C e a máxima de 31°C.

Média histórica

Goiânia registrou o maior volume de chuva do Brasil no mês de outubro, segundo o Inmet. Conforme os dados, o total de chuva acumulado no mês foi de 336,7 milímetros, uma quantidade quase três vezes maior que a média normal para a capital em outubro, que é de aproximadamente 144 milímetros.

De acordo com o Instituto, esse foi o quarto outubro mais chuvoso desde 1961 em Goiânia, sendo o maior registrado em 1965, há 59 anos, com 401,6 milímetros. Além disso, em comparação ao mesmo período do ano passado, choveu mais que o triplo neste ano, já que em outubro de 2023 o volume total foi de 105,8 milímetros.

Chuva que caiu na manhã desta terça-feira (12) deixou o trânsito lento na BR-153 (Reprodução/TV Anhanguera)

Chuva que caiu na manhã desta terça-feira (12) deixou o trânsito lento na BR-153 (Reprodução/TV Anhanguera)

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Entorno está crescendo mais que o próprio Distrito Federal

Valparaíso de Goiás é destaque na região, sua população aumentou 51,68% em 12 anos. Novos empreendimentos ajudam no crescimento ordenado da cidade

Modificado em 17/09/2024, 17:27

Valparaíso de Goiás

Valparaíso de Goiás (Prefeitura de Valparaíso de Goiás)

Baseado nos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realizou estudo que constatou desaceleração no crescimento populacional em Brasília passando de 2,28% ao ano entre 2000 e 2010 para uma média anual de 0,76% entre 2010 e 2022. Por sua vez, a Área Metropolitana de Brasília (AMB) teve um crescimento anual de 1,19%.

A AMB é composta pelo Distrito Federal e pelos 12 municípios goianos vizinhos Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás. O levantamento do IPEDF analisou ainda apenas esses vizinhos e o crescimento anual deles foi de 2,22%. Ou seja, eles estão crescendo mais que Brasília.

Um exemplo desses vizinhos que se destacam em crescimento é Valparaíso de Goiás, que é o primeiro município em crescimento no Entorno do Distrito Federal, de acordo com o Censo de 2022. A pesquisa indica que são 198.861 habitantes, um aumento de 51,68% em comparação ao último levantamento, feito em 2010. Todo esse aumento populacional resulta em uma maior movimentação no setor imobiliário, que pode ser destacada neste Dia Nacional da Habitação, celebrado em 21 de agosto.

Em Valparaíso de Goiás um empreendimento que está se destacando cada vez mais é o Reserva do Vale, que é totalmente planejado e contará com monitoramento 24h, parques, condomínios horizontais - o primeiro, Mirante do Vale, já foi entregue aos moradores -, espaços de conexão e integração para diversos segmentos, tais como hub de esportes, saúde e educação, entre outros serviços como clínicas médicas e veterinária, padarias, academia, restaurante, empórios. O projeto é para mais de 50 mil moradores, para que eles tenham a possibilidade de morar, trabalhar e se divertir no mesmo espaço.

"O Reserva do Vale foi pensado para transformar a vida das pessoas e da cidade de Valparaíso. Trazemos o conceito 'Live, Work, Play' que se baseia na integração de morar, trabalhar e se divertir em um só lugar, facilitando o dia a dia das pessoas e proporcionando mais tempo e qualidade de vida. Queremos reduzir o tempo de deslocamento, promovendo uma melhor mobilidade urbana e diminuir a emissão de poluentes. Além disso, vamos oferecer um acesso facilitado a serviços essenciais, criando uma comunidade mais coesa e dinâmica, gerando empregos e atraindo investimentos. Queremos que aqueles que escolherem morar aqui gastem o seu tempo com o que realmente importa, a família", pontua Emerson Vieira, diretor comercial da Gran Pacaembu, empresa responsável pelo empreendimento.

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Obra irá impactar o abastecimento de água de bairros de Goiânia e de mais 3 cidades

Fornecimento será interrompido por dois dias para interligação de adutora que ampliará serviço do Sistema Meia Ponte

Modificado em 17/09/2024, 15:50

Obra irá impactar o abastecimento de água de bairros de Goiânia e de mais 3 cidades

A obra para ampliação da distribuição de água no Sistema Meia Ponte, que vai ligar a Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte até o Centro de Reservação (CR) Paineiras, ambos localizados na região noroeste de Goiânia, vai impactar, neste fim de semana, bairros de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira, que ficarão sem abastecimento nesta sexta-feira (19) e no sábado (20). Segundo a Saneago, "a intervenção faz parte de um conjunto de obras em andamento para ampliar o sistema de abastecimento de água da região Noroeste de Goiânia, beneficiando também os municípios de Goianira e Trindade".

O serviço é parte de uma construção já iniciada, que está com 67% de execução, e a previsão é que todos os trabalhos sejam concluídos até o fim deste ano. Ele não tem relação com as obras dos linhões, que ligam o Sistema Mauro Borges a bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia, e nem mesmo com a Conexão Cristina, que liga os sistemas Meia Ponte (abastecido pelo Rio Meia Ponte) e Mauro Borges (abastecido pelo reservatório do Ribeirão João Leite). "Após a finalização total, serão beneficiados cerca de 230 mil habitantes nos municípios de Goiânia, Trindade e Goianira", informa a Saneago.

A concessionária de distribuição de água e coleta de esgoto da capital explica que "na etapa específica deste fim de semana, será realizada a interligação de uma nova adutora, de 8,9 km de extensão, ao Sistema Meia Ponte, atualmente em operação". Com esta tubulação será possível que "a água do Sistema Meia Ponte, tratada na ETA Meia Ponte, possa chegar até o Centro de Reservação Paineiras, atendendo cerca de 54 mil habitantes nos municípios de Goiânia, Trindade e Goianira".

A companhia complementa que a iniciativa tem como objetivo "aumentar significativamente a distribuição de água para a região, contribuindo não só para a regularidade no abastecimento, como também para o crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida da população local". Esta é a primeira obra na região e outras duas devem ocorrer ainda neste semestre, possivelmente até maio. A segunda intervenção será a interligação a uma adutora na Avenida Castelo Branco. Em julho do ano passado, a Saneago remanejou as redes de água e esgoto, por solicitação da Prefeitura de Goiânia. A medida possibilitou a construção do viaduto na Avenida Leste-Oeste. A previsão é que este serviço, no entanto, não impacte o fornecimento de água.

Já a terceira intervenção será a ligação a adutora da ETA Meia Ponte até o CR Recanto, passando pelo CR Solar Ville. "Os investimentos são da ordem de R$ 45 milhões e contemplam a execução de duas grandes adutoras, além dos Centros de Reservação Paineiras, Recanto, Solar Ville 2 e Floresta, bem como dos Boosters Liberdade e Vera Cruz", informa a Saneago.

As obras ocorrem neste período em razão da necessidade de serem realizadas durante a seca. Isso porque há a abertura e limpeza de terreno para acessar a adutora existente e implantação da nova tubulação que vai permitir a ligação ao CR Paineiras. "A companhia explica que o tempo seco é fundamental para o cumprimento do cronograma de obras e garantia da segurança das equipes. Havendo qualquer tipo de alteração, a população será avisada com antecedência." O menor impacto também resultou na escolha do final de semana para a realização da intervenção.

Impacto

De acordo com a Saneago, a obra de ampliação da distribuição de água impactará toda a área abastecida pelo Sistema Meia Ponte, o que corresponde a 36% do município de Goiânia, além de alguns bairros de Aparecida de Goiânia, Goianira e Trindade (ver quadro). "O bombeamento de água tratada será desligado às 19 horas de sexta (19), com previsão de retomada gradual do sistema às 14 horas de sábado (20)."

A companhia esclarece que o abastecimento "não é comprometido no momento em que o bombeamento é interrompido e, da mesma forma, ele não é normalizado no instante em que o bombeamento é retomado".

A explicação é que, no sistema de abastecimento de água utilizado em Goiás, a normalização ocorre gradualmente, à medida em que as redes e os reservatórios são carregados com carga d'água, a começar "pelos reservatórios da zona baixa, posteriormente zona média e, por último, zona alta". Em razão disso, complementa a companhia, "a normalização do fornecimento de água tratada, na maioria dos bairros afetados, está prevista para ocorrer até a noite de domingo (21)".

Moderação

Com o desligamento programado e o aviso à população, a Saneago aconselha que os moradores colaborem com o uso moderado da água armazenada nas caixas d'água dos imóveis, utilizando-a apenas para o essencial, até a recuperação completa do fornecimento. "Essa medida é fundamental para contribuir com o abastecimento de todos, especialmente dos moradores das partes mais altas da cidade ou afastadas do local da intervenção, que levam mais tempo para ter o fornecimento totalmente restabelecido. Isso reduz o prazo para recuperação do sistema", complementa.