Geral

Estudantes goianos se destacam em campeonato mundial de robótica

A prática desenvolve não só conhecimento em tecnologia, mas também habilidades comportamentais, duas grandes demandas da atualidade, explica pedagoga

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Estudantes goianos se destacam em campeonato mundial de robótica

(Divulgação)

Em um contexto em que a inteligência artificial, a internet das coisas e os robôs já fazem parte do cotidiano das pessoas, o domínio do conhecimento em tecnologia e programação está se tornando elementar. Embora ainda não seja disciplina obrigatória na matriz curricular da educação no Brasil, escolas goianas já incluem disciplinas como pensamento computacional e robótica na grade da educação fundamental. Com isso, os frutos já começam a aparecer.

Dez estudantes goianos de uma mesma escola foram destaque na maior competição de robótica no mundo, realizada neste ano em solo brasileiro, em São Luiz do Maranhão, entre os dias 5 e 9 de agosto. Trata-se o Campeonato Mundial de Robótica (RoboWorld Cup), da Federation of International Robot Sport Association (FIRA) com 1500 participantes de 22 países competindo, divididos em 300 equipes.

O grupo integra a Escola Canadense Maple Bear Goiânia, que começou a participar do mundial nos últimos três anos e, desde sua primeira participação, vem trazendo medalhas para o Estado a cada edição. Em 2024, os representantes de Goiás trouxeram três: duas de ouro e uma de bronze.

"Esse prêmio significa para a comunidade escolar e para Goiás que o investimento em uma boa educação gera frutos para além de medalhas e troféus. Gera no ser humano o desejo e a autoconfiança para realizar grandes feitos", considera Sabrina Oliveira, diretora geral da Maple Bear Goiânia, ao destacar ainda que as vitórias estimularam mais escolas goianas a participar do campeonato.

Ela explica que, desde 2019, a escola inseriu as disciplinas de pensamento computacional em suas turmas de Educação Infantil e, a partir do Ensino Fundamental, a robótica. "Até o sexto ano, são disciplinas obrigatórias dentro da escola. A partir do sétimo, permanece quem deseja ser preparado para competições", explica. Atualmente, 20 alunos integram o clube da robótica com aulas semanais.

Aluno do primeiro ano do ensino médio, Arthur Guissoni, de 15 anos, é um dos que participou do campeonato pela terceira vez, sempre trazendo um troféu nas mãos. Ele também participa das aulas de robótica na escola desde o início do ensino fundamental. "Quando a gente conclui um projeto, tem uma satisfação imensa de ver o robô fazendo as funções sozinho", conta ele, que não sabe bem o curso superior que vai fazer, mas já tem uma certeza: tem a ver com a programação.

Já Natália Bastos Canut Costa, de 14 anos, foi uma das três meninas da Escola Maple Bear Goiânia que participou da competição e percebeu que o grupo feminino ainda é minoria em todas as delegações. Na prova em que foi campeã, era a única mulher que integrava as equipes finalistas do Brasil, Irã e Canadá. "Acho que é cultural, está melhorando aos poucos", disse ela, que esteve pela segunda vez no FIRA. "As meninas estão perdendo de não participarem. São muitas experiências, não é só programar um robô. A gente aprende o valor do esforço e do trabalho em equipe", diz.

Soft Skills
O conhecimento em tecnologia, apesar de ser o protagonista da disciplina, não é o único benefício da robótica. Sabrina Oliveira, que é pedagoga, explica que o ambiente necessário para que os projetos se desenvolvam com sucesso exige dos alunos outras habilidades, como o trabalho em equipe, a criatividade, a capacidade de resolução de problemas e o respeito mútuo entre os integrantes.

Carlos Alexandre Costa Melo, de 15 anos, que foi pela primeira vez ao FIRA, diz que este foi o grande aprendizado que teve no campeonato. Ele conta que sua função era ser um suporte: tirar dúvidas com os juízes do campeonato, observar os concorrentes para trazer soluções melhores durante a competição, entre outras. "O que me pediam eu tentava fazer o meu melhor e entendi que cada um dava a sua contribuição. A gente não consegue fazer tudo sozinho. No grupo, sempre tem uma discussão, mas eu aprendi a lidar com isso como algo positivo", conta.

Essas habilidades integram as soft skills, que atualmente são grande demanda do mercado de trabalho, sendo inclusive mencionadas pelo Fórum Econômico Mundial como habilidades do futuro. "Dentro de cada equipe, o programador tem sua importância, assim como o montador, que precisa levar em consideração os componentes e autonomia do robô para que seja eficiente, assim como aquele que tem a criatividade de pensar em soluções rápidas para os desafios", complementa Sabrina.

Ela explica ainda que a metodologia canadense, que desenvolve o protagonismo dos alunos no processo da educação, também ajudou a prepará-los para se adaptarem bem à robótica. "Trabalhamos as soft skills desde os dois anos e a robótica é um excelente laboratório para praticá-las", diz.

Geral

Estudantes de Catalão conquistam vaga para o mundial de Robótica na África do Sul

Jovens foram classificados após vencerem a etapa do Festival Nacional de Robótica, em Brasília

Estudantes do CEPMGI classificados para a First Lego League (FLL) (Divulgação/SEDUC)

Estudantes do CEPMGI classificados para a First Lego League (FLL) (Divulgação/SEDUC)

Uma equipe de robótica do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Integral Doutor Tharsis Campos (CEPMGI), de Catalão, região sudeste, garantiu uma vaga no mundial First Lego League (FLL), na África do Sul. O evento vai acontecer nos dias de 7, 8 e 9 de maio.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a classificação do CEPMGI aconteceu após o grupo de estudantes ser um dos vencedores do Festival Nacional de Robótica, em Brasília. O evento teve a participação de alunos de escolas públicas e privadas.

Equipe Lego Star após vencer a etapa nacional, em Brasília (Divulgação/SEDUC)

Equipe Lego Star após vencer a etapa nacional, em Brasília (Divulgação/SEDUC)

Marcos Henrique Faleiros Santos, professor de Química e técnico da equipe Lego Stars, disse que está com os estudantes há pouco tempo, mas que trabalharam muito para que eles conquistassem esse desafio, pois acredita no poder transformador da educação.

Já a estudante, Thayna Barboza contou que já faz quase sete anos que a equipe foi criada, e que está muito feliz e sem palavras para expressar esse momento.

Inteligência Artificial tem maior nota de corte na UFG Estudantes goianos se destacam em campeonato mundial de robótica

Em entrevista ao POPULAR , o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), José Frederico, disse que a formação em robótica é prioridade para o estado de Goiás.

"A gente entende como a introdução, o início da vida desses jovens em tecnologia. As pessoas que competem hoje em robótica vão competir melhor amanhã no mercado. Nós temos uma rede de escolas do futuro, que são escolas em tecnologia, nós temos uma rede de laboratórios de introdução à robótica, chamados de start, que é esse início", disse.

A FLL é uma disputa global para crianças e jovens de 3 a 15 anos, dividida em três categorias, Discover, Explore e Challenge. E durante a disputa os participantes enfrentam desafios inovadores, a fim de desenvolver soluções práticas de Robótica com peças Lego.

Equipe Lego Stars do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Integral, de Catalão (Divulgação/ SEDUC)

Equipe Lego Stars do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Integral, de Catalão (Divulgação/ SEDUC)

Colaborou Isadora Sátira

Geral

Include abre inscrições para curso gratuito de robótica em Goiás

Serão ofertadas 75 destinadas a jovens de escolas públicas, com idade entre 10 e 18 anos

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Vagas são destinadas a jovens de escolas públicas, com idade entre 10 e 18 anos

Vagas são destinadas a jovens de escolas públicas, com idade entre 10 e 18 anos (Divulgação/Programa Include)

O programa Include, do Instituto Campus Party, anunciou que estão abertas as inscrições para o curso gratuito de robótica em Goiânia. Serão ofertadas 75 destinadas a jovens de escolas públicas, com idade entre 10 e 18 anos.

As inscrições podem ser feitas pelo link do instituto .

Nos últimos três anos, foram matriculados mais de 3 mil estudantes nos 26 laboratórios Include do Estado. As unidades laboratórios Include estão localizadas nos municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Pirenópolis, Aruanã, Mozarlândia, São Miguel do Araguaia, Porangatu, Monte Alegre, Mambaí, Uruana, Jataí, Rio Verde, Itumbiara, Catalão, Caldas Novas, São Luís de Montes Belos e Cristalina.

O programa Include foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), e tem o objetivo de inserir jovens de comunidades carentes no ambiente digital, possibilitando o conhecimento das novas tecnologias e abrindo oportunidades nos estudos e no mercado de trabalho.

Geral

Governo oferece quase 2 mil vagas para cursos gratuitos de robótica

Inscrições vão até o dia 27 de fevereiro e incluem todos os 26 laboratórios Include do Estado de Goiás

Modificado em 19/09/2024, 00:11

São mais de 20 laboratórios espalhados por Goiás

São mais de 20 laboratórios espalhados por Goiás (Divulgação / Secom)

Estão abertas as inscrições para cursos gratuitos de robótica no laboratório Include. São 1.950 vagas ofertadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com o Instituto Campus Party. As formações são reservadas para alunos de 12 a 20 anos e que estejam matriculados em escola pública, ou que têm bolsa integral em instituição privada. As matrículas vão até o dia 27 de fevereiro, quando começam as aulas. Para se inscrever é só acessar o site do Instituto Campus Party.

Os cursos são presenciais e têm quatro meses de duração. Em Goiás, são 26 unidades do laboratório Include, espalhadas em 23 municípios. Cada Laboratório Include possui 75 vagas para o curso de robótica, com metodologia e linguagem de software e hardware.

O secretário Marcio Cesar Pereira, da Secti, ressaltou a importância do programa na tentativa de popularizar o acesso à área de desenvolvimento tecnológico. Ele conta que "os alunos criaram mecanismos com foco na solução de problemas da comunidade. O objetivo do programa é justamente este, despertar o interesse dos jovens e identificar aptidões".

Em Goiás, os cursos acontecem nos municípios de: Alto Paraíso, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aruanã, Caldas Novas, Catalão, Cavalcante, Cristalina, Goiânia (nos bairros Jardim Novo Mundo, Setor Santos Dumont, Jardim Guanabara), Itumbiara, Jataí, Luziânia, Pirenópolis, Rio Verde, São Luís de Montes Belos, Trindade, Uruana, Valparaíso, Porangatu, São Miguel do Araguaia, Mozarlândia, Monte Alegre e Mambaí.

IcEsporte

Esporte

Torcida do Vila Nova esgota ingressos de visitantes para jogo contra o Anápolis, no Jonas Duarte

Todos os bilhetes destinados aos colorados foram comercializados para a partida de ida da final do Goianão

Modificado em 19/03/2025, 15:11

Parte da torcida do Vila Nova no jogo da semifinal contra o Goiás

Parte da torcida do Vila Nova no jogo da semifinal contra o Goiás (Wesley Costa / O Popular)

Um dia depois da abertura das vendas de ingressos para o jogo de ida da final do Campeonato Goiano, contra o Anápolis, a torcida do Vila Nova esgotou os bilhetes destinados a visitantes. O duelo está marcado para o próximo domingo (23), às 17 horas, no estádio Jonas Duarte, em Anápolis.

De acordo com o Anápolis, cerca de 900 ingressos foram disponibilizados para os visitantes. O clube ressaltou que não haverá mais venda digital ou física para o Vila Nova, não será permitida a entrada de torcedores colorados em outros setores e a bilheteria de visitantes estará fechada no dia do jogo.