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Governo chinês decide proibir exibição de Peppa Pig por ameaça à moral

Partido Comunista da China, no poder há quase sete décadas, retirou todos os episódios da atração da plataforma de vídeo em que ela era reproduzida no país

Modificado em 26/09/2024, 00:54

Peppa Pig

Peppa Pig (Divulgação)

O Partido Comunista da China, à frente do poder no país asiático desde 1949, decidiu proibir a exibição do desenho animado "Peppa Pig" por considerar a atração infantil uma ameaça à moral.

Segundo o jornal Global Times , controlado pelo partido, os episódios que contam as histórias da jovem porquinha e de sua família foram retirados da plataforma Douyin, popular no país e de onde eram mais reproduzidos.

Ainda de acordo com a publicação, "Peppa Pig" foi adotado na China pelo grupo Society People, considerado contracultural e composto por jovens de baixa renda que visam a mudança de paradigmas e da forma de vida defendida pelo governo. "[Peppa Pig é] Uma demonstração do valor de procurar sempre por novidades e brincadeiras, algo que vai contra a moral social positiva que tentamos cultivar", diz o Global Times sobre a visão governista.

Criada em 2004, a atração já conta com oito temporadas e quase 220 episódios.

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Espécie de escorpião gigante com 125 milhões de anos é descoberta na China

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China

J. longchengi é a quarta espécie terrestre encontrada na China (NIGPAS)

Pesquisadores encontraram fósseis de uma espécie inédita de escorpião na província de Liaoning, na China.

Espécime teria cerca de 125 milhões de anos. Esse é o primeiro escorpião da era Mesozoica encontrado em solo chinês, segundo a Academia de Ciências em artigo publicado no periódico Science Bulletin.

Escorpiões da era Mesozoica são preservados em âmbar. Os artrópodes datados de 252 milhões a 66 milhões de anos atrás geralmente são encontrados em resina fóssil que se origina a partir da fossilização da resina de árvores antigas.

Fósseis de escorpião são raros, pois esses aracnídeos vivem sobre pedras e galhos. Nesses ambientes é muito difícil que eles fiquem presos em sedimentos e fossilizem, revelou o coautor do estudo Diying Huang.

Batizada como Jeholia longchengi, nova espécie faz referência ao Johel Biota. Tal nome é do sítio paleontológico onde exemplar foi encontrado e ao distrito de Longcheng, pertencente à cidade de Chaoyang, na província de Liaoning, China.

Espécie gigante para a época. J. longchengi tinha aproximadamente 10 centímetros de comprimento, que é o dobro dos escorpiões convencionais da era Mezozoica. "Outros escorpiões mesozoicos são muito menores, a maioria deles com menos da metade [do tamanho] da nova espécie", disse Huang à Live Science.

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PAPEL NA CADEIA ALIMENTAR

É provável que mamíferos e dinossauros tenham sido predadores do J. longchengi. Por outro lado, o aracnídeo pode ter sido o predador de insetos, aranhas, lagartos, sapos e pequenos mamíferos, revela o estudo.

Partes bucais do escorpião não foram encontradas. Por isso, novas descobertas de espécimes podem ajudar os pesquisadores a entenderem o papel do J. longchengi no ecossistema e na teia alimentar.

Se colocado no ambiente atual, ele pode se tornar um predador natural de muitos animais pequenos e pode até mesmo caçar filhotes de pequenos vertebrados ", disse Huang à agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

Fósseis de outros animais já foram encontrados em Johel Biota. Arqueólogos já descobriram partes de dinossauros, mamíferos, pássaros e insetos, demonstrando que o local possuía uma teia alimentar complexa.

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Secretaria aguarda regras para proibir celular na escola

Lei federal sancionada no início da semana pelo presidente Lula restringe utilização de aparelhos eletrônicos em sala de aula

Lei sancionada nesta semana determina que uso de celular seja banido dentro das escolas

Lei sancionada nesta semana determina que uso de celular seja banido dentro das escolas (Wildes Barbosa / O Popular)

Após a lei que proíbe uso de celulares em escolas ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (13), a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) se manifesta favorável à medida e aguarda a regulamentação para dar início à implementação nas unidades estaduais de ensino. A legislação que restringe a utilização de aparelhos eletrônicos dentro e fora de sala de aula vale tanto para estabelecimentos públicos quanto privados e deve ser regulamentada pelo governo federal em até 30 dias. Portanto, começa a ser instituída ainda neste ano letivo.

Publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (14), a Lei 15.100 proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes com a justificativa de "salvaguardar a saúde mental, física e psíquica das crianças e adolescentes". Há exceções, como situações de perigo ou para atender condições de saúde dos alunos, ou mesmo para atividades pedagógicas em sala de aula. Entretanto, a forma como será implementada ainda depende de regulamentação. Conforme o ministro da Educação, Camilo Santana, será feito um decreto para estabelecer formas de fiscalização e controle, entre outras questões, no prazo de 30 dias.

A legislação abrange estudantes de todas as etapas da educação básica, ou seja, do ensino infantil ao ensino médio. No caso das escolas geridas pelo Estado, de ensino fundamental e médio, a titular da Seduc, Fátima Gavioli, aponta que ainda aguarda informações para dar início à implantação. Entre as dúvidas estão a responsabilidade pela guarda dos celulares dos estudantes, a fiscalização do cumprimento da lei e também se haverá novos financiamentos do Ministério da Educação (MEC) para que a pasta adquira novos equipamentos tecnológicos para uso pedagógico em sala de aula.

A fala da secretária, feita durante evento de entrega de kits escolares nesta terça-feira (14), faz referência ao projeto iniciado em 2023, em que a pasta fez a doação de tablets e chips para alunos da rede pública de ensino inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), além de professores. O uso dos dispositivos seriam estritamente para fins educacionais. "O governo federal diz que está proibido o uso de celulares e tablets nas escolas, mas também precisa dizer se vai haver financiamento para comprar notebooks ou chromebooks, claro, com um bloqueio de redes sociais", pondera. "E a outra coisa que ainda falta entender é de quem é a guarda deste telefone. Porque uma coisa é você se responsabilizar pelo objeto do outro. A outra é você dizer para o aluno guardar na mochila. E quem for pego usando o celular, qual vai ser a consequência?", questiona Gavioli.

Para a secretária estadual de Educação, a restrição do uso de celulares em sala de aula deve ser feita. "Isso tem comprometido o desenvolvimento cognitivo e social e todos os demais aspectos do desenvolvimento da criança e do adolescente", opina. Entretanto, mesmo com a nova lei federal, Goiás já contava com uma legislação estadual, de 2010, para proibir a utilização dos aparelhos eletrônicos nas escolas. "Só que com a pandemia, a única coisa que podíamos usar era o celular. Agora o governo federal publicou a lei e, claro, nós temos de cumprir", diz.

Capital

Em Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) também tem se manifestado favorável à medida. Ao ser questionado sobre a legislação durante coletiva de imprensa referente ao projeto para retirada de fios em desuso na capital nesta segunda-feira (13), o gestor municipal disse que concorda com a restrição. "Acho que hora de estudar é hora de estudar. Não é hora de ficar falando em telefone, o estudante fica ali se distraindo, aí amiguinho liga, namoradinho liga, passa uma mensagem. Não é hora, realmente. É aquela hora para a pessoa descansar e ter uma tranquilidade e prestar atenção nas aulas", opinou.

Nos primeiros dias de mandato, Mabel sancionou uma lei para criar a semana de prevenção e combate ao uso excessivo de celulares nas unidades da rede municipal de ensino. A semana de conscientização será feita anualmente na terceira semana de outubro e integra o calendário municipal oficial de eventos. Durante a semana, serão realizadas palestras preventivas nas escolas para orientar os alunos e seus responsáveis sobre a utilização adequada do celular, além de fazer um alerta sobre os riscos da utilização em excesso de aparelhos eletrônicos.

Estudantes recebem materiais escolares e livros

Estudantes do ensino fundamental matriculados em escolas municipais do Estado vão receber materiais escolares do governo estadual, por meio do Programa AlfaMais Goiás, lançado em 2022. Ao todo, serão entregues 292 mil kits de materiais escolares aos alunos, além de kits literários que serão repassados às unidades educacionais para uso em sala de aula. O investimento total é de R$ 17,3 milhões. A cerimônia de entrega ocorreu nesta terça-feira (14), na Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc).

Do total de 292 mil kits de materiais escolares, serão 159 mil para alunos da alfabetização, do primeiro e segundo ano do ensino fundamental, além de 133 mil para a educação infantil (creche e pré-escola). Já entre os kits literários, que contêm de oito a dez livros, serão 6,8 mil destinados ao primeiro ano, 6,7 mil para o segundo ano, e 12,3 mil para a educação de crianças de zero a 5 anos.

Durante a cerimônia, o governador Ronaldo Caiado (UB) reforçou a importância do Programa AlfaMais Goiás, e apontou que o trabalho conjunto tem contribuído para as notas altas do Estado no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb). Em 2023, o ensino médio de Goiás obteve a primeira colocação no indicador. "Não existe primeiro lugar se não cuidarmos do ensino fundamental na base. Vocês são parceiros para que o governo tenha condições de entregar bons alunos para serem avaliados pelo Ideb e na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Tudo começa com vocês", disse à plateia com mais de 100 prefeitos.

A secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, reforçou que a entrega dos materiais escolares auxilia os prefeitos no início de mandato. "Ajuda na questão financeira. Muitos estão chegando agora, têm o primeiro mandato, então para ele chegar fazendo licitação é praticamente impossível. E sem falar que a gente também está entregando kits literários que as crianças terão de saber ler e interpretar e principalmente poder dizer que fazem parte de um índice de crianças alfabetizadas na idade certa. A gente trabalha em parceria com os municípios para que isso aconteça de fato."

O Programa AlfaMais Goiás foi lançado pela Seduc para fortalecer o regime de colaboração entre Estado e municípios, visando a garantia da alfabetização de todas as crianças matriculadas nas unidades educacionais no Estado na idade correta. Por isso, tem como foco as crianças até o segundo ano do ensino fundamental. A lei foi sancionada em agosto de 2021, mas o projeto passou a ser adotado a partir de 2022.

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Últimos dias de inscrições para curso e oficinas gratuitas de desenho animado

Escola Goiana de Desenho Animado está oferecendo 15 vagas para jovens a partir de 15 anos de idade. Prazo para inscrições segue até o dia 15 de maio

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Últimos dias de inscrições para curso e oficinas gratuitas de desenho animado

(Jéssica Lourenço)

A Escola Goiana de Desenho Animado recebe até quarta-feira (15), as inscrições para a Formação Ampliada em Desenho Animado. Serão disponibilizadas 15 vagas voltadas a jovens desenhistas, amadores ou profissionais, com idade a partir de 15 anos. O curso é gratuito e envolve aulas presenciais, teóricas e práticas.

Os 15 participantes serão selecionados por meio de avaliação de portfólio ou materiais que demonstrem trabalhos de desenho livre e passarão também por entrevistas. Para isso, é necessário preencher a ficha de inscrição no site da escola e anexar a documentação.

O anúncio da lista de selecionados está previsto para o dia 20 de maio e as aulas acontecerão de 04 de junho a 28 de julho, na sede da Escola Goiana de Desenho Animado, que fica na Alameda Botafogo, nº 235, Sala 02, no Centro de Goiânia (GO).

A Formação Ampliada em Desenho Animado é um projeto contemplado pelo Fundo de Arte e Cultura (FAC) 2016, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e do Governo de Goiás.
Aulas
Além das aulas tradicionais de animação, serão oferecidas atividades complementares ministradas por profissionais de diversas regiões do Brasil. A programação inclui oficinas de adaptação de roteiro de HQ para animação, desenho de observação de modelo-vivo aplicado à animação tradicional, técnicas experimentais e novas linguagens em animação e pintura digital para animação

O curso será ministrado pelos seguintes profissionais: Emerson Rodrigues, diretor de animação, professor, desenhista e co-fundador do estúdio Buraco de Bala em Brasília-DF; Wesley Rodrigues, renomado animador, ilustrador e quadrinista brasileiro; Diego Akel, que trabalha desde 2002 com ilustração, artes plásticas, fotografia e cinema de animação; Rosana Urbes, experiente diretora, roteirista, storyboarder e animadora; e Márcio Mário da Paixão Júnior, Mestre em Comunicação pela UnB e Doutor em Arte e Cultura Visual pela UFG.
A Escola
A Escola Goiana de Desenho Animado (EGDA) é um projeto de formação em animação, artes gráficas e histórias em quadrinhos. Foi criada em 2009 com a intenção de contornar a carência de profissionais nestas áreas, bem como divulgar esta atividade aos jovens desenhistas que buscam caminhos no mercado de trabalho. A EGDA é responsável por inúmeros projetos na área de formação profissional, eventos e mostras de cinema e produção de filmes.

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Cientistas encontram crânio de 300 mil anos diferente de qualquer espécie

Modificado em 19/09/2024, 00:49

O crânio achado na China

O crânio achado na China
 (Xiujie Wu/National Research Center on Human Evolution)

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências encontraram um crânio de 300 mil anos que é considerado diferente de qualquer outro fóssil de hominídeo já encontrado.

A descoberta revela evidências da existência de uma linhagem humana até então desconhecida, diferente das já conhecidas dos neandertais, denisovanos e Homo-sapiens (humanos modernos). O estudo foi publicado na revista científica Journal of Human Evolution.

Pesquisadores de China, Espanha e Reino Unido desenterraram o conjunto de ossos, mais especificamente a parte cranial e mandibular, na região de Hualongdong, em 2015, junto de outras 15 espécimes do período do Pleistoceno Médio -de 82.800 a 355 mil anos atrás.

Os cientistas determinaram que o fóssil, que recebeu a identificação HLD 6, era de uma pessoa com idade entre 12 e 13 anos. Uma avaliação determinou que a anatomia de HLD 6 é "inesperada"

O HLD 6 tem características parecidas com a dos humanos modernos. Outras, como a falta de um "queixo verdadeiro" e a curvatura do osso, apontam similaridades com os Denisovanos, que se ramificaram dos neandertais há quase 400 mil anos.

Novas investigações devem ser feitas para confirmar que de fato HLD 6 pertence a um grupo único na linhagem evolutiva humana, disseram autores do estudo