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Justiça aceita denúncia contra ex-BBB Laércio investigado por estupro de vulnerável

O ex-brother está preso desde o dia 16 de maio na Casa de Custódia de Curitiba após ser denunciado por estupro de vulnerável e tráfico de drogas. Como o processo corre em segredo, não é possível ainda saber se foram aceitas as duas denúncias ou apenas uma

Modificado em 29/09/2024, 00:18

Justiça aceita denúncia contra ex-BBB Laércio investigado por estupro de vulnerável

(Ellen Soares/Gshow)

A Justiça do Paraná decidiu aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) feita contra o ex-BBB Laércio de Moura. O ex-brother está preso desde o dia 16 de maio na Casa de Custódia de Curitiba após ser denunciado por estupro de vulnerável e tráfico de drogas. Como o processo corre em segredo, não é possível ainda saber se foram aceitas as duas denúncias ou apenas uma.

Em entrevista ao G1 Paraná, o advogado de Laércio afirmou que não irá comentar o assunto.

A investigação contra Laércio começou quando ele ainda participava do reality show. Durante a competição, ele virou alvo de polêmica nas redes sociais após ter sido apontado como pedófilo em uma briga com Ana Paula.

Ele ainda teria "confessado" ser efebófilo, pessoa que sente atração sexual por adolescentes, além de ter relatado namorar jovens de 17 e 19 anos de idade. Após a polêmica, sua conta na rede social foi desativada.

Em entrevista coletiva após o reality, ele admitiu ter atração por adolescentes, mas que nunca havia tido relações sexuais com menores de idade.

​Entre as denúncias contra o ex-participante do "BBB", havia o testemunho de uma jovem, que entregou à polícia diversos "prints" de conversas com Laércio, entre 2012 e 2013.

A garota de 17 anos, cuja identidade não foi revelada, teria se relacionado com o tatuador aos cerca de 13 anos de idade. Na época, Laércio tinha 49. Ele ainda teria assediado a jovem por meio de mensagens.

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Homem é preso suspeito de estuprar adolescente e duas jovens

Segundo delegada, investigado cometeu o último crime enquanto era investigado por outros dois estupros semelhantes. Ele chegou a ser condenado e preso na Espanha

undefined / Reprodução

Um homem de 38 anos foi preso, nesta segunda-feira (14), suspeito de estuprar uma adolescente e duas jovens, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A delegada Aline Lopes, que investiga o caso, contou ao POPULAR que as vítimas identificaram como autor Pedro Paulo de Jesus Costa. Uma delas, inclusive, chegou a morder o dedo dele.

Uma das vítimas que o mordeu, o sangue dele ficou na roupa da vítima. Então, agora estamos aguardando o resultado dos exames periciais que vão confirmar e dar mais certeza, que ele é o autor desse crime", explicou a delegada.

O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do investigado, até a última atualização desta reportagem.

Segundo Aline Lopes, o suspeito abordava as vítimas aleatoriamente passando em ruas próximas de locais de mata, que não possuía câmeras de segurança.

Ele conseguia em algum momento se aproximar dessas vítimas, cruzar com essas vítimas, no momento que a vítima passava por ele, ele abordava ela por trás, a imobilizava pelo pescoço e arrastava para o matagal", narrou a delegada.

De acordo com Aline Lopes, o perfil das vítimas escolhido pelo suspeito sempre era de mulheres jovens e "frágeis".

Todas com o mesmo perfil, estrutura física, franzina, baixinha, magrinha... frágeis, que não poderiam oferecer resistência frente ao porte físico dele. Ele é um lutador de artes marciais, de judô e jiu-jitsu", disse a delegada.

A delegada destacou que o homem foi identificado e preso no decorrer de investigação de dois crimes que ocorreram na mesma região, com descrições de um homem que teria as mesmas características de Pedro Paulo. "Em fevereiro, o crime foi contra uma menor, o estupro foi consumado", disse.

Ela lembra que o suspeito chegou a ser preso em 2023, pela Polícia Civil de Anápolis, "pelo crime de estupro tentado, agindo da mesma forma e de uma região muito próxima também".

Então, nós acreditávamos que poderia se tratar da mesma pessoa e poderia ser esse homem preso em 2023. Enquanto, nós estavamos investigando esses dois crimes ocorridos em janeiro e fevereiro, um envolvendo uma maior de idade e uma menor, ocorreu um outro crime de tentativa de estupro", salienta a investigadora.

Esse outro crime similar, segundo a delegada, foi registrado no último dia 6, quando a vítima mordeu o dedo do suspeito e conseguiu fugir. À polícia, a jovem descreveu o modo de agir do homem e suas vestimentas. "Então, nós tivemos certeza que se tratava da mesma pessoa", pontuou.

A delegada ressaltou que Pedro Paulo foi encontrado na casa dele e apresentava um ferimento no dedo, conforme idicado pela jovem. Durante a prisão, a polícia informou que o investigado negou o crime. Mas, ele ainda será interrogado formalmente.

Aline Lopes contou que Pedro Paulo chegou a ser condenado na Espanha também por estupro. Por enquanto, ela aguarda confirmação por quantos anos ele ficou preso por lá.

Ele é brasileiro, morou um tempo na Espanha, lá ficou preso, segundo ele, por 10 anos", comentou a investigadora.

Com a divulgação da imagem do investigado, a delegada acredita que outras vítimas do homem devem procurar a delegada.

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)

Segundo polícia, suspeito foi encontrado com ferimento provocado por vítima (Divulgado/PC-GO)

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Servente de pedreiro é condenado a 30 anos de prisão pela morte de estudante

Reidimar Silva Santos vai ser julgado em 7 de abril pelo estupro e assassinato de Thaís Lara, crime cometido de forma semelhante ao que o levou à prisão

Reidimar Silva Santos está preso desde 29 de novembro de 2022: ele confessou os dois assassinatos

Reidimar Silva Santos está preso desde 29 de novembro de 2022: ele confessou os dois assassinatos (Reprodução)

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Jovem é estuprada e roubada após suspeito ajudá-la a consertar moto e receber Pix de R$ 50 como agradecimento, diz PM

O homem tem passagem pelos crimes de furto, roubo e estupro de vulnerável, segundo a polícia. Caso aconteceu em Porto Nacional, a cerca de 60 km de Palmas

Modificado em 05/02/2025, 19:59

Suspeito acabou preso pela Polía Militar

Suspeito acabou preso pela Polía Militar (Ascom 5º BPM)

Um homem foi preso suspeito de estuprar e roubar uma mulher de 22 anos, em Porto Nacional. O caso foi registrado nesta quarta-feira (5). Segundo a Polícia Militar, a jovem foi violentada e assaltada após receber ajuda do suspeito para consertar a moto, que havia apresentado problemas.

O nome do homem não foi divulgado, por isso o Daqui não conseguiu contato com a defesa dele.

O crime aconteceu durante a madrugada. A mulher contou aos policiais que após sua moto apresentar problemas, o suspeito se aproximou e ofereceu ajuda. Como ele conseguiu consertar o veículo, ela transferiu R$ 50 para conta dele, por meio do Pix.

Conforme a PM, no momento em que a vítima tentou deixar o local, o homem anunciou o assalto, levando anéis e correntes. Em seguida ele a estuprou. Ainda na madrugada, policiais militares e civis fizeram patrulha e localizaram o suspeito no setor Jardim América.

A polícia informou que o homem já tinha passagem pelos crimes de roubo, furto, além de reincidência por estupro de vulnerável, praticado em 2021. Na época, ele foi preso e chegou a usar tornozeleira eletrônica. Conforme a Polícia Civil, o homem tinha cinco passagens pelo crime de estupro.

O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por roubo e estupro, segundo a PM. Os policiais também identificaram que o homem tinha um mandado de prisão em aberto pelos mesmos crimes.

O caso será investigado pela 8ª Delegacia de Atendimento à Mulher de Porto Nacional.

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Laudo indica que piloto morto pela PM não tinha pólvora na mão

Ministério Público pede que Justiça avalie se resultado pode ser considerado prova nova para reabrir inquérito sobre triplo homicídio. Relação com narcotráfico já foi descartada

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Helicópteros apreendidos após abordagem do COD que resultou na morte de três pessoas em chácara

Helicópteros apreendidos após abordagem do COD que resultou na morte de três pessoas em chácara
 (Wesley Costa)

O laudo de identificação de resíduos de disparo de arma de fogo feito a partir de material colhido no corpo do piloto Felipe Ramos Morais, morto aos 35 anos com mais duas pessoas durante uma abordagem policial em uma chácara em Goiânia no dia 17 de fevereiro de 2023, deu negativo para pólvora. Nesta quinta-feira (22), o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) encaminhou para a Justiça requerimento para que seja analisado o resultado do laudo e se avalie a reabertura do inquérito que apurou o triplo homicídio devido ao surgimento de uma possível prova nova.

A Justiça havia arquivado o processo em agosto de 2023 sob alegação de que não havia elementos para apontar se houve crime ou não na ação realizada por policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Além de Felipe, foram mortos os mecânicos de aeronaves Paulo Ricardo Pereira Bueno, de 36 anos, e Nathan Moreira Cavalcante, de 22. A abordagem foi realizada pelo então comandante do COD, tenente-coronel Edson Luiz Souza Melo Rocha, e pelo major Renyson Castanheira Silva.

O resultado do exame ficou pronto em maio de 2023, porém só foi encaminhado para a Justiça no dia 20 de agosto deste ano após diversas ordens judiciais ignoradas pela Polícia Científica do Estado de Goiás. O laudo foi assinado pelo perito Marcos Tiago de Amaral e Elói, do Instituto Nacional de Criminalística (Ditec) da Polícia Federal, e foi encaminhado para a Polícia Científica em 1º de junho. Como o Instituto de Criminalística estadual não realiza este tipo de exame, o pedido é repassado para a Polícia Federal, que depois devolve para a Polícia Científica.

Polícia não encontra relação de mortos pelo COD em Goiânia e tráfico e processo é arquivado
Polícia Civil não investiga possível envolvimento de mecânicos e piloto mortos em ação da PM em Goiânia com tráfico
Justiça de Goiás nega pedido de devolução de helicóptero usado para o tráfico de drogas

Felipe era considerado inimigo jurado de morte do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa surgida em São Paulo e com ramificações em todo o Brasil, desde que ao ser preso acusado de participação na morte de dois líderes do grupo, em 2018, resolveu delatar os ex-companheiros e ajudou a Justiça a prender outros integrantes e a recuperar mais de R$ 1 bilhão em dinheiro e bens.

A ação policial do COD se deu em uma chácara na saída de Goiânia para Abadia de Goiás, onde os três que foram mortos faziam a manutenção de três helicópteros. O tenente-coronel afirmou na época que o comando recebeu uma denúncia anônima de que o local era usado como ponto de referência para tráfico e distribuição de drogas e ao chegarem lá para verificação foram recebidos a tiros, por isso reagiram.

O exame residuográfico só aconteceu por causa da mobilização da família de Felipe, que acionou a Justiça para garantir a realização do laudo. O material só foi colhido no cadáver do piloto porque quando os parentes dele chegaram com a decisão judicial na madrugada do dia 18, os familiares de Paulo Ricardo e de Nathan já haviam retirado seus corpos para velório e sepultamento. O Instituto Médico Legal (IML) também já teria se livrado das roupas usadas pelos três, o que inviabilizou esta possibilidade para o teste.

A família de Paulo Ricardo chegou a entrar com um pedido similar na manhã do dia 18, mas neste caso a Justiça negou a autorização para o exame por ter passado mais de 12 horas após a morte. Isso, segundo o MP-GO na época, tornaria o resultado inconclusivo.

A Polícia Civil não pede exames residuográficos nos corpos de pessoas mortas em ações policiais sob alegação de que este tipo de teste é bastante questionado por peritos criminais por causa de uma suposta probabilidade alta de falsos positivos ou mesmo falso negativo. As famílias dos três mortos na abordagem pelos policiais do COD sempre afirmaram que o confronto foi forjado e que eles foram executados. Obrigada pela Justiça, a Polícia Civil investigou e não encontrou nenhuma prova de que os três tivessem envolvimento com tráfico de drogas e o inquérito foi arquivado em junho.

Na conclusão do laudo, o perito afirma que não foram encontrados nem resíduos determinantes nem indicativos de disparo de arma de fogo nas amostras encaminhadas, mas destaca que uma instrução técnica orienta que as superfícies analisadas não tenham sido lavadas e, segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, Felipe morreu por volta de 14h20 do dia 17 de fevereiro de 2023, o cadáver passou por processo de limpeza com água às 19h e a coleta foi feita às 13h25 do dia seguinte. "Tal fato pode ter contribuído para o resultado dos exames", afirma Marcos Tiago.

Com base no resultado, o promotor Lauro Machado Nogueira, da 41ª Promotoria de Justiça de Goiânia, encaminhou ofício à 3ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida para que avalie o exame junto ao processo com o inquérito que apurou as circunstâncias em que se deram as mortes. O documento fala em uma "possível prova nova", sem se aprofundar no resultado. Desde janeiro, o promotor vinha alertando à Justiça sobre a demora da Polícia Científica em encaminhar o resultado do exame.

Demora no envio

A Justiça chegou a expedir quatro ordens para que a Polícia Científica entregasse o laudo. A primeira em setembro, após a família de Felipe cobrar a entrega do laudo. Na terceira vez que a Justiça pediu o laudo, em fevereiro deste ano, o juiz Liciomar Fernandes da Silva, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão e Detenção, chegou a falar que seria a "última vez" que determinaria a intimação e, "diante de reiteradas abstenções quanto ao cumprimento da ordem judicial", que a Corregedoria da Polícia Técnico Científica do Estado de Goiás fosse notificada.

Em julho, a juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, da 1ª Vara das Garantias, mandou intimar pessoalmente o gerente do Instituto de Criminalística "sob as penas da lei".

O jornal questionou a Polícia Científica uma explicação sobre o resultado e sobre a demora no encaminhamento, mas na resposta o órgão afirmou apenas que o perito responsável pelo laudo não pertence aos seus quadros, e que por isso mesmo "não pode comentar acerca de laudo de outra força policial".

Contradições

Em agosto do ano passado, o promotor Spiridon Anyfantis, da 83ª Promotoria de Justiça de Goiânia, afirmou, ao pedir o arquivamento das investigações, que até então "não foram obtidas provas aptas a esclarecer, de maneira satisfatória, as circunstâncias do fato retratado nos autos" e que apesar de a hipótese de crime não pudesse ser descartada, encontravam-se ausentes "elementos necessários à oferta de denúncia". Ele destacou o fato de a Polícia Civil não ter encontrado nada contra os mecânicos mortos.

A chácara era usada há algum tempo por Felipe para manutenção de helicópteros. Atualmente, a família de Felipe e o dono de uma das aeronaves tenta reaver o material apreendido em fevereiro de 2023, com posicionamento favorável do MPGO. "Não se pode afirmar que os bens apreendidos, ora pleiteados, sejam instrumentos ou produtos do tráfico", afirmou o órgão em um parecer anexado ao processo.

Os argumentos do promotor seguem o posicionamento dos peritos criminais que participaram da elaboração de laudos do local de morte e da reprodução simulada, apontando que a versão apresentada pelos policiais militares é verossímil, mas não pode ser confirmada. "Não existem elementos suficientes a caracterizar a legítima defesa pleiteada. De igual forma, inexistem elementos suficientes para sustentação de ação penal contra os policiais nominados."

Os pontos que chamam a atenção tanto dos peritos como do promotor e que os impediram de chegar a uma conclusão são: o recolhimento dos estojos das munições das armas dos policiais da cena; as armas que supostamente foram usadas pelas vítimas estarem dentro de um carro na hora em que os peritos chegaram; as vítimas terem sido levadas por socorristas mesmo já estando mortas; e o fato de um veículo próximo aos corpos ter sido alvejado por apenas dois disparos, apesar da dinâmica e do número de tiros que atingiram as vítimas.

O delegado Alexandre Bruno Barros, na época adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu em seu relatório pela tese da legítima defesa sem abordar os apontamentos feitos pelos peritos. No dia da ação policial, o delegado esteve na chácara e já havia se posicionado favorável à versão dos policiais.

Cobrança

O pai de Felipe, Carlos Alberto Morais, diz esperar que a remessa do laudo à Justiça leve alguma autoridade a providenciar a reabertura do inquérito e que, desta vez, seja feita o que ele chama de leitura correta das provas e fatos arrolados no processo. Ele cita também o resultado da investigação que não encontrou nenhuma ligação de Felipe e dos dois mecânicos com tráfico de drogas. Segundo Carlos, é mais uma prova nova de que os três foram executados. "Nossa esperança é que os responsáveis sejam punidos. Vamos aguardar a manifestação da Justiça."

Edson deixou o comando do COD em abril deste ano, após a morte de duas pessoas por seis policiais do batalhão especializado. Atualmente, ele atua na segurança do candidato a prefeito por São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). Ele não foi localizado pelo POPULAR para comentar o resultado do exame.