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Lojistas da Região da 44 se queixam de Feira Hippie às sextas-feiras

Feirantes comemoram retorno, após um ano e meio; empresários falam em disputa por espaços e criticam falta de fiscalização pelo poder público

Modificado em 21/09/2024, 00:27

Waldivino da Silva: maioria das vendas no atacado acontece na sexta

Waldivino da Silva: maioria das vendas no atacado acontece na sexta (Zuhair Mohamad)

Os feirantes da Feira Hippie se preparam para voltar a trabalhar de sexta-feira a domingo, depois que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), revogou a portaria que permitia o funcionamento apenas aos sábados e domingos.

Mas os empresários da Região da 44 preveem que a medida poderá provocar um verdadeiro caos no polo confeccionista neste fim de ano, com uma intensa disputa por espaços entre os feirantes, camelôs e lojistas, devido à falta de fiscalização do município.

O clima entre os feirantes é de comemoração pela volta das vendas a partir desta sexta-feira (19), após mais de um ano e meio. Antes da pandemia, a feira funcionava nos três dias da semana. Quando o funcionamento foi liberado, em março deste ano, eles só puderam trabalhar aos sábados e domingos.

"Foi desesperador ficar tanto tempo sem a sexta-feira, quando acontece a maioria das vendas no atacado, pois os ônibus com compradores de fora vão embora neste dia. Eles mesmos pediam o retorno da feira às sextas", diz o presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva. Segundo ele, os feirantes estavam fazendo apenas vendas no varejo aos sábados e domingos, o que não garante renda suficiente para as famílias que vivem da feira.

Para Waldivino, é preocupante o fato de que a volta do funcionamento da Feira Hippie às sextas-feiras tenha se tornado motivo de reclamação por parte dos lojistas da região, que fizeram muita pressão sobre a Prefeitura para evitar a medida, considerada uma importante vitória. "Isso está se tornando uma espécie de rivalidade, que é muito ruim para todos."

De acordo com ele, a reclamação ocorre porque muitos lojistas estariam deixando as galerias e voltando para a feira por conta do alto custo dos aluguéis. "Isso tudo é muito injusto porque todos os empreendimentos dali começaram por causa da Feira Hippie. Os feirantes estavam muito revoltados sem poderem trabalhar às sextas e não tínhamos mais como segurá-los", ressalta.

Fiscalização

Em outubro, a Prefeitura lançou a Operação Boas Compras na Região da 44, que foi considerada um fracasso pelos empresários locais. A Associação Empresarial da Região da 44 (AER444) reclama da ausência de fiscalização urbana por parte do município.

O presidente-executivo da AER44, Crhystiano Câmara, ressalta que os lojistas foram os primeiros a terem que fechar as portas e, por muito tempo, trabalharam com restrições de horários e de lotação por causa da pandemia.

"Já os ambulantes nunca pararam e fazem o que querem. Neste fim de ano, com retomada de lojas e dos empregos, eles invadem calçadas e ruas, atrapalham o trânsito de carros e o fluxo dos turistas de compras e a fiscalização municipal nada faz", diz. Ele lembra que, historicamente, a Feira Hippie sempre funcionou do começo da tarde de sábado até o fim da tarde de domingo, justamente para evitar conflito entre lojistas e feirantes.

Para o presidente da AER44, a volta da feira às sextas é uma decisão imprudente no fim do ano, quando o movimento de carros, pessoas e ônibus é enorme. "A região, que sempre teve graves problemas de trânsito, ficará ainda mais tumultuada com a feira fora da Praça do trabalhador. Vai ficar intransitável e afugentar o nosso turista de compras", prevê.

Segundo os empreendedores, a feira afeta até o terminal rodoviário, que teve que improvisar um novo acesso dos ônibus à área de embarque e desembarque, e trava o trânsito na região, mesmo após a inauguração do Viaduto da Moda, que liga o setor Nova Vila ao Norte Ferroviário.

"Essa decisão, sem qualquer planejamento, atrapalha o funcionamento de um importante equipamento público, a rodoviária, e deixa fechada por três dias na semana uma infraestrutura de mobilidade importante pra toda a cidade", afirma Crhystiano Câmara.

Crhystiano lembrou que, num passado não muito distante, a ausência da Prefeitura para o devido cumprimento do ordenamento urbano levou a situações lamentáveis, como brigas e até óbitos causados por desentendimento entre ambulantes. "Essa inoperância e irresponsabilidade geram uma forte tensão, que muitas vezes resulta em vias de fato, quando não mortes", destaca.

Promessa de campanha

Em nota, a Sedec informou que a Prefeitura de Goiânia liberou a realização da Feira Hippie também às sextas-feiras por causa do avanço da vacinação contra Covid-19, que permite a retomada das atividades econômicas. Segundo a secretaria, a decisão foi tomada após um longo diálogo entre secretarias e feirantes, observando os dados sanitários da Saúde Municipal.

"O funcionamento da feira às sextas-feiras também foi uma promessa de campanha do prefeito Maguito Vilela, que o prefeito Rogério Cruz faz questão de honrar como todas as demais. A Prefeitura de Goiânia acredita que há espaço para todos na Região da 44, feirantes e comerciantes", diz a nota.

"Eu tenho trabalhado constantemente para que voltemos ao nosso normal em Goiânia. E o funcionamento da Feira Hippie às sextas-feiras foi uma promessa de campanha do prefeito Maguito Vilela e eu vou cumprir essas promessas", declarou o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, na ocasião do anúncio da decisão.

Na mesma ocasião, o titular da Sedec, Paulo Henrique Rodrigues Silva, lembrou que, por conta da pandemia, os feirantes também foram muito afetados e que o retorno às sextas-feiras trará a esperança de um retorno financeiro positivo para esses trabalhadores.

Geral

Ambulantes da 44 poderão ser realocados

Prefeito de Goiânia discute com Associação Empresarial da Região propostas para deslocar camelôs das ruas para outros espaços na localidade

Modificado em 19/02/2025, 07:13

Vendedores ambulantes na Região da 44: ‘Aluguel social’ é sugerido para que ocupem lojas em galerias

Vendedores ambulantes na Região da 44: ‘Aluguel social’ é sugerido para que ocupem lojas em galerias (Fábio Lima / O Popular)

Os vendedores ambulantes que trabalham na Região da 44 poderão ser realocados para outros espaços na própria localidade. Empresários da região se reuniram ontem com o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, para cobrar uma ação mais efetiva para a retirada dos camelôs das ruas e discutiram possibilidades para que isso seja feito sem que eles fiquem impossibilitados de trabalhar e gerar renda para suas famílias.

Entre as opções, estão a criação de um 'Aluguel social' para que eles sejam instalados dentro de espaços que estejam desocupados nos próprios empreendimentos comerciais da região ou a alocação em feiras que funcionam nas proximidades.

O prefeito Sandro Mabel se mostrou muito receptivo às nossas sugestões. Falamos que o empresariado da Região da 44 está aberto ao diálogo e a contribuir para que a região seja revitalizada e organizada", disse o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Sérgio Naves.

Segundo ele, esta foi apenas a primeira de algumas reuniões que ainda devem ocorrer para discutir um plano de ação para resolver o antigo problema dos vendedores ambulantes na região. Este plano prevê, entre outras opções, a criação de um projeto de 'Aluguel Social', onde pontos de venda seriam oferecidos aos ambulantes que já foram previamente cadastrados até o fim do ano passado.

Naves explica que eles teriam um benefício de isenção de aluguel por um período de cerca de seis meses e precisariam arcar apenas com o pagamento do condomínio do shopping ou galeria onde fossem instalados. Depois deste período de seis meses de carência, a cobrança começaria equivalente a 30% do valor do aluguel, subindo para 60% seis meses depois e chegando a integralidade do valor da locação ao final de um ano e meio. "Esses custos seriam assumidos por empreendimentos que também optarem em participar deste projeto de Aluguel Social", explica o presidente da AER44.

Mas ele lembra que esse plano de ação, discutido na reunião com o prefeito Mabel, também prevê a possibilidade de alocar os ambulantes nas duas feiras que já estão consolidadas na região: a Feira Hippie e a Feira da Madrugada. Esta medida ficaria a cargo da Prefeitura de Goiânia. Sérgio Naves adverte, porém, que ainda acontecerão outras reuniões para discutir as propostas do plano de ação com as secretarias municipais pertinentes.

Fiscalização

A AER44 quer que a Prefeitura coloque uma fiscalização mais intensa e retire os ambulantes das ruas. O prefeito Sandro Mabel concorda com a necessidade desta retirada. Porém, segundo ele, primeiro, é importante oferecer essas oportunidades para que os ambulantes possam trabalhar de forma mais digna, dentro do que prevê a legislação, sem obstruir calçadas e ruas, usando os chamados "carros lojas".

Outra sugestão do prefeito foi firmar uma parceria com o Sebrae para que estes ambulantes possam receber algum tipo de treinamento e se desenvolvam mais e melhor como empreendedores para gerar renda para suas famílias e divisas para o município. Só depois disso, segundo ele, haverá por parte da Prefeitura uma fiscalização permanente para que as vias públicas da região não sejam mais ocupadas irregularmente.

Não podemos nos esquecer de que são pais de família, pessoas que precisam trabalhar para levar o sustento para suas casas", disse Mabel.

O presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva, disse que a feira tem condições de receber estes ambulantes que seriam retirados das ruas da Região da 44, pois possui espaços que ainda precisam ser ocupados. Segundo ele, atualmente existem cerca de 900 bancas disponíveis, distribuídas nos 30 corredores da feira, que poderiam ser ocupadas por estes trabalhadores realocados. "Estamos abertos a receber este pessoal e orientá-los no que for preciso, dando total suporte para sua instalação nestas bancas. Só depende do poder público nos procurar para discutirmos a questão", avisa Silva.

Revitalização

O presidente da AER44 informa que outro assunto que foi discutido durante o encontro como prefeito Sandro Mabel foi o projeto de revitalização da região central de Goiânia, que, além da 44, também inclui o Parque Mutirama, que receberá obras físicas realizadas pela prefeitura. "A ideia é pegar a parte histórica do Centro de Goiânia, o Mutirama e a Região da 44, e montar um grande circuito turístico com esses atrativos da capital", explica Naves.

Segundo ele, durante a conversa com o prefeito, ficou claro que o plano é tornar Goiânia uma cidade inteligente e que este projeto incluirá a Região da 44 como um dos principais pontos turísticos da capital, dentro do turismo de compras.

Uma próxima reunião deve ser marcada, em breve, para definir como o plano de ação será articulado entre os poderes público e e a iniciativa privada.

Para o prefeito, depois que os ambulantes forem devidamente instalados em algum local mais adequado onde tenham condições de continuar trabalhando, a fiscalização da prefeitura poderá atuar de forma mais incisiva e cobrar que estas pessoas não voltem mais para as ruas.

IcEconomia

Emprego

Mais de 400 vagas de trabalho podem ser encontradas no grupo Mega Moda

Modificado em 17/09/2024, 16:15

Mais de 400 vagas de trabalho podem ser encontradas no grupo Mega Moda

(Divulgação)

O Mega Moda, formado pelos shoppings de moda atacadistas Mega Moda Shopping, Mega Moda Park e Mini Moda, situados na Região da 44, em Goiânia, percebeu um aumento no número de vagas oferecidas pelas lojas do complexo nos últimos meses.

Segundo levantamento interno do grupo, há mais de 400 oportunidades de trabalho ofertadas por cerca de 94 lojas. "Estas vagas são uma chance para profissionais ingressarem em um mercado dinâmico e em expansão. Percebemos um grande otimismo das marcas para este ano", destaca Tássia Carvalho, gerente de marketing do Mega Moda.

Confira alguns locais com vagas abertas no Mega Moda :
All Fitness (Mega Moda Shopping)
Amora Fashion (Mega Moda Shopping)
Annalô Store (Mega Moda Shopping)
Anamary (Mega Moda Shopping)
Audaciosa (Mega Moda Shopping)
Barbarella (Mega Moda Shopping)
Bella Jack (Mega Moda Park)
Bistrô 1890 (Mega Moda Park)
Blime (Mega Moda Park)
Cally Moda Íntima (Mega Moda Shopping)
Chiquita Bonita (Mega Moda Shopping)
Closet da Fabi (Mega Moda Shopping)
Cousins Jeans (Mega Moda Park)
Cris Brasil (Mega Moda Shopping)
D'Jô (Mega Moda Shopping)
Débora Rei (Mega Moda Shopping)
Dellas Moda Feminina (Mega Moda Shopping)
Diva Fashion (Mega Moda Park e Mega Moda Shopping)
Doce Cabana (Mega Moda Shopping)
Dommani (Mega Moda Shopping)
Donna Pimenta Bolsas (Mega Moda Shopping)
Gesú (Mega Moda Park)
Gollog (Mega Moda Shopping)
Intuição (Mega Moda Park)
Invicta Brand (Mega Moda Park)
JR6 Moda Praia (Mega Moda Shopping)
Kiss My (Mega Moda Shopping)
KMK Moda Infantil (Mega Moda Shopping)
LAF (Mega Moda Shopping)
Larissa Lima (Mega Moda Shopping)
Lola Closet (Mega Moda Shopping)
Loucas por Tricô (Mega Moda Shopping)
Lourys Fashion (Mega Moda Shopping)
Moda Amora (Mega Moda Park)
Mulher Luxuosa (Mega Moda Park)
Mundo do Kilo (Mega Moda Park)
M Two M (Mega Moda Shopping)
Pimenta Rosa (Mega Moda Shopping)
Polly Closet (Mega Moda Shopping)
Power WE (Mega Moda Park)
Prints (Mega Moda Park)
RJ Essence (Mega Moda Shopping)
Studio Make (Mega Moda Shopping)
Sanck Land (Mega Moda Park)
Tassara (Mega Moda Shopping)
Tati Araújo (Mega Moda Park)
Tendencias da Moda (Mega Moda Shopping)
Thata Fashion (Mini Moda)
Trevo Envios (Mega Moda Shopping)
Vaibe Jeans (Mega Moda Shopping)
Vivenda Tricot (Mega Moda Park)

Para se candidatar a uma das oportunidades, o interessado deve entrar em contato com os lojas mencionadas ou pelo Telemoda (WhatsApp oficial do Grupo Mega Moda) através do (62) 98599-0009.

Geral

Prefeitura autoriza Feira Hippie funcionar às sextas em Goiânia

Tradicional ponto comercial entre a Rua 44 e o terminal rodoviário em Goiânia passa a funcionar um dia a mais na semana

Modificado em 17/09/2024, 15:36

Prefeitura autoriza Feira Hippie funcionar às sextas em Goiânia

(Renato Conde)

Um decreto da prefeitura de Goiânia autoriza o funcionamento da Feira Hippie toda sexta-feira de forma definitiva. Segundo o documento assinado pelo prefeito Rogério Cruz, os feirantes podem montar as bancas depois de meia-noite, e funcionar até as 15h de domingo.

O documento foi publicado no Diário Oficial do Município na terça-feira (2). Com ele, fica garantida a mudança até o final de janeiro. A partir do dia 30, a alteração vai fazer parte da lei complementar que incorpora o Código de Posturas, e que deve garantir a mudança de forma definitiva.

Os comerciantes da Feira Hippie já estavam recebendo autorização para funcionar na sexta-feira, desde 2022, no período pós-pandemia em datas comemorativas de grande fluxo no comércio.

O secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa, Geverson Abel, disse que a Feira Hippie se tornou referência cultural e comercial de Goiânia. Segundo ele, a mudança que permite o funcionamento do local na sexta-feira tem o objetivo de fomentar a economia da capital e a geração de renda.

Retomada para os feirantes
Desde 1995 a Feira Hippie funciona na Praça do Trabalhador, e atualmente tem mais de 4,5 mil expositores atuantes, de acordo com a associação dos feirantes. Já a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), contabiliza que esse número ire em torno de 3,5 mil.

Waldivino da Silva, presidente da Associação da Feira Hippie, disse que os ônibus que trazem clientes dos interiores para a capital, para comprar maiores quantidades de mercadoria em atacado, vão embora na sexta-feira por volta das 15h.

Com isso os feirantes que antes tinham autorização para montar as bancas só no sábado e domingo acabavam perdendo esses clientes. Segundo ele, sem essa decisão a feira corria risco de aos poucos acabar, mas agora pode voltar a disputar com o comércio da 44.

"O prefeito entendeu a necessidade, o feirante está feliz com essa decisão que o prefeito tomou em prol da sexta-feira. Sofremos muito e agora é um momento festivo. É uma necessidade, hoje a gente pode ter o cliente do interior de volta que vai embora na sexta-feira as 15h", disse Waldivino.

Geral

Comerciantes veem redução em crimes na Região da 44

Empreendedores consideram que houve reforço no policiamento. Troca de informações e protocolos de segurança também têm sido ferramentas para evitar prejuízos

Modificado em 19/09/2024, 01:15

Movimento intenso na Região da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário: público da região credita melhoria, entre outros pontos, ao policiamento que foi reforçado no polo comercial

Movimento intenso na Região da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário: público da região credita melhoria, entre outros pontos, ao policiamento que foi reforçado no polo comercial (Fábio Lima)

Comerciantes da região comercial da Rua 44, no Setor Central de Goiânia, estão se sentindo mais seguros em relação a furtos e roubos nas proximidades. Para aqueles ouvidos pela reportagem, maior policiamento nas ruas e menor fluxo de clientes levaram a uma queda nos crimes em comparação com os anos anteriores. Com mais movimento diante festas de fim de ano e maior risco, a recomendação dos órgãos de segurança pública para lojistas e clientes é ficar atento com os pertences próprios e mercadorias.

Comandante do policiamento da Região da 44, o tenente da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) Kleber Martins aponta que o principal alvo de furtos são os lojistas. Roubos, por outro lado, são raros. Conforme ele, três medidas auxiliaram na redução, desde o ano passado, do índice de crimes contra o patrimônio público. "Aumento do policiamento, tecnologia por meio de monitoramento por câmeras de segurança, associado aos grupos de WhatsApp com comerciantes", comenta.

Os grupos são utilizados para divulgar imagens de suspeitos para que os lojistas possam acionar policiais quando os virem. "Antes cometiam crimes e iam embora. Hoje, com o sistema, pode até ser que vão embora, mas quando voltam todo mundo já sabe quem é", aponta. Nesta sexta-feira (22), militares prenderam um homem de 35 anos suspeito de praticar furtos a comércios na região.

Pelo aplicativo de mensagens, foi informado à corporação de que o suspeito, que teria efetuado furtos há três dias, estava em um shopping do local. A PM-GO aponta que, durante a abordagem, foram encontradas peças de roupas furtadas. A corporação destaca ainda que, também nesta sexta, reforçou o policiamento na região da 44 por conta do aumento do fluxo de pessoas para as compras do fim de ano.

A expectativa é que aproximadamente 500 mil pessoas passem pelo local nesta semana, até a véspera de Natal, no domingo (24). A estimativa é da Associação dos Lojistas da 44 (Aer44), que engloba 15 mil pontos de venda na região. Em todo o mês de dezembro, devem circular cerca de 2 milhões de pessoas. A movimentação financeira estimada, apenas nos pontos da Aer44, é de R$ 2,5 bilhões só no último mês de 2023.

Conforme a delegada Mila Vilella, titular do 2º Distrito Policial (DP) de Goiânia, que engloba parte da região comercial, a maior circulação de pessoas influenciou no aumento de crimes nas últimas semanas. "Nos últimos 15 dias aumentou um pouco, mas eu imaginava até mais ocorrências. Não foi tão grande (o aumento) porque o policiamento ostensivo está forte, então está fazendo reduzir. Teve um leve acréscimo em relação a novembro." Ela acrescenta que muitos dos furtos são contra lojistas, mas transeuntes também são visados.

Para 15 comerciantes da região ouvidos pela reportagem na tarde desta sexta-feira (22), a segurança para lojistas e clientes está maior neste ano em comparação com os anos anteriores. De acordo com o tenente Kleber, são 26 policiais em ronda a pé e sete viaturas em vigilância no local, durante as 24 horas do dia.

Para o vendedor ambulante Breno Oliveira, de 33 anos, que atua há 11 na região, este é o "melhor ano" em relação a furtos e roubos, mas ainda há vários casos de clientes que, ao chegar na banca, percebem que foram furtados. "Antigamente tinha muito mais. Agora o policiamento melhorou, a segurança aumentou. Antes tinha até medo de pegar o celular aqui", opina. Para o feirante Elmiton Correia, de 45 anos, o fluxo menor de pessoas contribuiu para a redução. "Furto e roubo é oportunidade", pontua.

A vendedora ambulante Maria Célia Gomes, de 49 anos, brinca: "As vendas e os ladrões estão devagar". Para ela, o pouco movimento, maior policiamento nas ruas, e os transeuntes e lojistas estarem mais atentos contribuiu para a melhora na percepção da criminalidade local. "Antigamente era um tumulto aqui. Agora, três dias para o Natal, e está vazio", pondera.

Medidas de segurança

Mesmo com uma percepção de maior segurança na região, a PM-GO orienta aos clientes e aos comerciantes algumas medidas de segurança. "Evitar carregar mais de uma bolsa, e ter ela sempre ao alcance. Nunca colocar nas costas ou debaixo do braço, com facilidade para abrir por trás. E qualquer ação suspeita se dirigir a um comerciante, pois eles ajudam a pessoa a chegar na polícia", comenta o tenente Kleber.

Para os vendedores, as recomendações são "não deixar mercadoria com facilidade de acesso e suspeitar de grupos de mulheres", que ficaram conhecidos como "turma da lazinha" por fazer furtos organizados. "Outra dica recente é o fardo (de roupas). Evitar deixar o nome do cliente exposto. Tivemos relatos de pessoas que chegavam se passando por cliente, viam o nome, e depois chegava um motoboy falando que a pessoa pediu a mercadoria", acrescenta o comandante.