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Primeira frente fria do ano pode trazer tempestades com descargas elétricas para Goiás; veja as regiões mais afetadas

Há possibilidade de quedas de árvores, conforme informações do gerente do órgão, André Amorim

Previsão é de grande quantidade de raios acompanhadas de rajadas de vento de 60 km/h

Previsão é de grande quantidade de raios acompanhadas de rajadas de vento de 60 km/h (Pixabay)

Uma frente fria, vinda da região sudeste do Brasil, pode favorecer neste sábado (4) a formação de fortes chuvas acompanhas de rajadas de vento e descargas elétricas em diversas regiões do estado, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Há possibilidade de quedas de árvores, conforme informações do gerente do órgão, André Amorim.

Entre as regiões mais afetadas estão: Região Norte, Oeste, Sudoeste, Leste, Central e Sul.

Para este final de semana temos o risco potencial para ocorrência de tempestades, com isso o risco para alagamentos e outros problemas fica elevado", disse André.

O órgão alerta ainda para uma grande quantidade de raios acompanhados de rajadas de vento de 60 km/h.

O boletim do Cimehgo informa que o nível de um dos principais mananciais do estado, Rio Araguaia, encontra-se dentro da normalidade esperada.

Observando os prognósticos podemos notar que as chuvas vão ocorrer também na próxima semana", complementou o gerente.

Previsão na Capital

Em Goiânia a previsão é de dia ensolarado com temperatura máxima podendo chegar aos 30°C e mínima aos 19°C. A umidade relativa do ar deve variar entre 60% e 95%, considerado um nível ideal.

Municipios mais afetados

  • Abadia de Goiás,
  • Abadiânia,
  • Acreúna,
  • Adelândia,
  • Água Fria de Goiás,
  • Água Limpa,
  • Águas Lindas de Goiás,
  • Alexânia,
  • Aloândia,
  • Alto Horizonte,
  • Alto Paraíso de Goiás,
  • Alvorada Do Norte,
  • Amaralina,
  • Americano do Brasil,
  • Amorinópolis,
  • Anápolis,
  • Anhanguera,
  • Anicuns,
  • Aparecida de Goiânia,
  • Aparecida do Rio Doce,
  • Aporé,
  • Araçu,
  • Aragarças,
  • Aragoiânia,
  • Araguapaz,
  • Arenópolis,
  • Aruanã,
  • Aurilândia,
  • Avelinópolis,
  • Baliza,
  • Barro Alto,
  • Bela Vista de Goiás,
  • Bom Jardim de Goiás,
  • Bom Jesus de Goiás,
  • Bonfinópolis,
  • Bonópolis,
  • Brazabrantes,
  • Britânia,
  • Buriti Alegre,
  • Buriti de Goiás,
  • Buritinópolis,
  • Cabeceiras,
  • Cachoeira Alta,
  • Cachoeira de Goiás,
  • Cachoeira Dourada,
  • Caçu,
  • Caiapônia,
  • Caldas Novas,
  • Caldazinha,
  • Campestre de Goiás,
  • Campinaçu,
  • Campinorte,
  • Campo Alegre de Goiás,
  • Campo Limpo de Goiás,
  • Campos Belos,
  • Campos Verdes,
  • Carmo do Rio Verde,
  • Castelândia,
  • Catalão,
  • Caturaí,
  • Cavalcante,
  • Ceres,
  • Cezarina,
  • Chapadão do Céu,
  • Cidade Ocidental,
  • Cocalzinho de Goiás,
  • Colinas do Sul,
  • Córrego do Ouro,
  • Corumbá de Goiás,
  • Corumbaíba,
  • Cristalina,
  • Cristianópolis,
  • Crixás,
  • Cromínia,
  • Cumari,
  • Damianópolis,
  • Damolândia,
  • Davinópolis,
  • Diorama,
  • Divinópolis de Goiás,
  • Doverlândia,
  • Edealina,
  • Edéia,
  • Estrela do Norte,
  • Faina,
  • Fazenda Nova,
  • Firminópolis,
  • Flores de Goiás,
  • Formosa,
  • Formoso,
  • Gameleira de Goiás,
  • Goianápolis,
  • Goiandira,
  • Goianésia,
  • Goianira,
  • Goiás,
  • Goiatuba,
  • Gouvelândia,
  • Guapó,
  • Guaraíta,
  • Guarani de Goiás,
  • Guarinos, Heitoraí,
  • Hidrolândia,
  • Hidrolina,
  • Iaciara,
  • Inaciolândia,
  • Indiara,
  • Inhumas,
  • Ipameri,
  • Ipiranga de Goiás,
  • Iporá,
  • Israelândia,
  • Itaberaí,
  • Itaguari,
  • Itaguaru,
  • Itajá,
  • Itapaci,
  • Itapirapuã,
  • Itapuranga,
  • Itarumã,
  • Itauçu,
  • Itumbiara,
  • Ivolândia,
  • Jandaia,
  • Jaraguá,
  • Jataí,
  • Jaupaci,
  • Jesúpolis,
  • Joviânia,
  • Jussara,
  • Lagoa Santa,
  • Leopoldo de Bulhões,
  • Luziânia,
  • Mairipotaba,
  • Mambaí,
  • Mara Rosa,
  • Marzagão,
  • Matrinchã,
  • Maurilândia,
  • Mimoso de Goiás,
  • Minaçu,
  • Mineiros,
  • Moiporá,
  • Monte Alegre de Goiás,
  • Montes Claros de Goiás,
  • Montividiu,
  • Montividiu do Norte,
  • Morrinhos,
  • Morro Agudo de Goiás,
  • Mossâmedes,
  • Mozarlândia,
  • Mundo Novo,
  • Mutunópolis,
  • Nazário,
  • Nerópolis,
  • Niquelândia,
  • Nova América,
  • Nova Aurora,
  • Nova Crixás,
  • Nova Glória,
  • Nova Iguaçu de Goiás,
  • Nova Roma,
  • Nova Veneza,
  • Novo Brasil,
  • Novo Gama,
  • Novo Planalto,
  • Orizona,
  • Ouro Verde de Goiás,
  • Ouvidor,
  • Padre Bernardo,
  • Palestina de Goiás,
  • Palmeiras de Goiás,
  • Palmelo,
  • Palminópolis,
  • Panamá,
  • Paranaiguara,
  • Paraúna,
  • Perolândia,
  • Petrolina de Goiás,
  • Pilar de Goiás,
  • Piracanjuba,
  • Piranhas,
  • Pirenópolis,
  • Pires do Rio,
  • Planaltina,
  • Pontalina,
  • Porangatu,
  • Porteirão,
  • Portelândia,
  • Posse,
  • Professor Jamil,
  • Quirinópolis,
  • Rialma,
  • Rianápolis,
  • Rio Quente,
  • Rio Verde,
  • Rubiataba,
  • Sanclerlândia,
  • Santa Bárbara de Goiás,
  • Santa Cruz de Goiás,
  • Santa Fé de Goiás,
  • Santa Helena de Goiás,
  • Santa Isabel,
  • Santa Rita do Araguaia,
  • Santa Rita do Novo Destino,
  • Santa Rosa de Goiás,
  • Santa Tereza de Goiás,
  • Santa Terezinha de Goiás,
  • Santo Antônio da Barra,
  • Santo Antônio de Goiás,
  • Santo Antônio do Descoberto,
  • São Domingos,
  • São Francisco de Goiás,
  • São João D'Aliança,
  • São João da Paraúna,
  • São Luís de Montes Belos,
  • São Miguel do Araguaia,
  • São Miguel do Passa Quatro,
  • São Patrício,
  • São Simão,
  • Senador Canedo,
  • Serranópolis,
  • Silvânia,
  • Simolândia,
  • Sítio D'Abadia,
  • Taquaral de Goiás,
  • Teresina de Goiás,
  • Terezópolis de Goiás,
  • Três Ranchos,
  • Trindade,
  • Trombas,
  • Turvânia,
  • Turvelândia,
  • Uirapuru,
  • Uruaçu,
  • Uruana,
  • Urutaí,
  • Valparaíso de Goiás,
  • Varjão,
  • Vianópolis,
  • Vicentinópolis,
  • Vila Boa,
  • Vila Propício,
  • Goiânia,
  • São Luíz do Norte.
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    Moradores colocam cerveja para 'gelar' em granizo que caiu durante forte chuva em Goiânia; vídeo

    Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou tempestades na região de 37,8 milímetros e rajadas de vento de 36 km/h

    Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio

    Empresário disse que se assustou com o temporal e saiu do escritório para ver a situação do seu carro estacionado na frente do prédio (Divulgação/Arquivo Maykon Douglas)

    Dois moradores colocaram suas cervejas para "gelar" no granizo que caiu durante a forte chuva em Goiânia, na tarde de terça-feira (11). O empresário Maykon Douglas, de 28 anos, relatou à redação que ele e o sócio, Marcos Dimitry, estavam trabalhando no escritório deles no Parque Amazônia quando de repente "o céu começou a cair" sobre o carro deles (veja vídeo acima).

    Eu e meu colega de trabalho ficamos aflitos pelos nossos carros na porta levando pedrada de gelo, e ele mais ainda por ter acabado de lavar o carro", contou Maycon.

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    No entanto, segundo o empresário, após o susto, quando eles olharam para o chão da calçada viram o granizo acumulado e tiveram a ideia de colocar a cerveja que guardam para tomarem no final do expediente de todas as sextas-feiras para gelar.

    O chão da calçada parecia neve de tanto granizo acumulado, e logo veio a ideia: 'granizo gelado, cerveja quente?'. Vamos aproveitar. E assim colocamos a bebida no gelo, gravamos sem pretensão nenhuma a brincadeira, que acabou repercutindo bastante", disse o empresário.

    Maykon Douglas e Marcos Dimitry gravaram quando a tempestade acompanhada por muito granizo caiu sobre os dois veículos.

    Apesar do susto pelo vento e pela quantidade de granizo, os carros não amassaram, pois apesar de muita pedra de granizo, o diâmetro delas era pequena, não amassando os carros", comemorou Dimitry.

    Nas cenas, as pedras de gelo batem com bastante força e se acumulam próximo a uma parede. Eles juntam um pouco mais o granizo, colocam cerca de quatro latinhas de cerveja e jogam mais gelo sobre elas.

    Devido ao fenômeno, Maykon disse que esta semana tiveram um "happy hour" a mais, além da sexta-feira. "Se a vida te der um limão, faça uma limonada. No nosso caso, fizemos um cozumel bem gelado", brincou.

    Temporal isolado

    O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) registrou a precipitação de chuvas nos setores Parque Amazônia e Jardim América de 37,8 e 30,2 milímetros, respectivamente. Na capital, conforme o instituto, tiveram ventos de 36 km/h.

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    Fim da onda de calor deve trazer tempestades para Goiás, prevê Cimehgo

    Com fortes previsões de chuva, frente fria pode causar queda de temperatura

    Modificado em 11/03/2025, 13:08

    Chuva/Temporal

    Chuva/Temporal (Wildes Barbosa/O Popular)

    Uma frente fria avança em Goiás, segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Hidrológicas e Meteorológicas de Goiás (Cimehgo). Com o fim da segunda onda de calor do ano,a previsão para os próximos dias é de possível formação de tempestades acompanhadas de rajadas de vento, raio e granizo.

    Segundo André Amorim grande parte dos municípios do estado terão quedas de temperatura e o calor intenso está sendo substituído por pancadas de chuva isoladas. Além de Goiás, outras regiões do país também enfrentam o calor extremo, São Paulo e Minas Gerais que passam por queda de temperatura. Em grande parte do estado, o sol predomina ainda, mas com uma maior chances de chuva.

    De acordo com Andrea Ramos, metereologista do Instituto Nacional de Metereologia, a frente fria segue ocêanica e a chuvas em apenas algumas regiões do país, como em Santa Cantarina e no Paraná.

    A região centro-oeste ainda se mantém principalmente no Distrito Federal e em parte de Goiás, formando uma tendência de tempo com nebulosidade e um certo calor, ainda assim as temperaturas vão ficar em 31°C e 32°C"

    Em Goiás, de acordo com o Cimehgo, as rajadas de chuva devem se estender a partir da madrugada de quinta-feira (13) para sexta-feira (14), onde há fortes chances de tempestade na região metropolitana.

    André Amorim destaca que a onda de calor ainda se mantém com menor proporção, aliviando a sensação térmica e se desconfigurando com a chegada da frente fria.

    Ao mesmo tempo que a frente fria está subindo, ela vai chocar com esse calor. E nessa virada do tempo, vai começar a diminuir a temperatura aos poucos, aumentando os riscos de tempestade ."

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    Desde segunda-feira (10), já é possível sentir a queda de temperatura, conforme André Amorim. Na região central de Goiânia, os termômetros registraram 19°C. O calor deu uma pausa e a previsão é de temperatura máxima de 35°C e umidade do ar variando entre 35% e 90%.

    Onda de calor

    Em Goiás segundo André Amorim, a onda de calor foi a responsável pelo aumento de temperatura que chegou sabádo (19). As fortes temperaturas permaceram até a chegada da frente fria na segunda-feira (10).

    Segundo o Cimehgo, as cidades mais afetadas estão localizadas no norte e no oeste goiano. Já região central de Goiânia, os termômetros registraram 34,2°C quarta-feira (5), e o calor intenso continuou até sexta-feira (7).

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    Fortes chuvas causam mortes, deslizamento e alagamentos no Recife

    Capital de Pernambuco está em estado de alerta máximo. Um homem morreu e há suspeita de que tenha sido vítima de choque elétrico

    Vista de avenida alagada na Zona Oeste de Recife (PE) por conta das fortes chuvas na quarta-feira (5)

    Vista de avenida alagada na Zona Oeste de Recife (PE) por conta das fortes chuvas na quarta-feira (5) (Marlon Costa/AGIF/Folhapress)

    Fortes chuvas provocaram alagamentos e deslizamento de barreira na região metropolitana do Recife na manhã desta quarta-feira (5). A capital está em estado de alerta máximo desde as 10h20. Um homem morreu e há suspeita de que tenha sido vítima de choque elétrico.

    O estado de alerta máximo foi acionado porque, segundo a prefeitura, "condições meteorológicas extremas representam risco máximo à população e exigem a formação de uma ampla força-tarefa para o restabelecimento da normalidade". A orientação da gestão municipal é que a população evite deslocamento.

    O homem morreu na avenida Agamenon Magalhães, a principal via da cidade. O Samu constatou a morte e há suspeita de que a vítima tenha levado um choque elétrico.

    A prefeitura recebeu dez chamados para quedas de galhos ou de árvores. Desses, quatro já foram atendidos, dois estão em andamento e o restante está sendo monitorado, segundo a administração.

    Camaragibe, no Grande Recife, foi o local onde mais choveu em 24 horas, até as 5h desta quarta, com 100,4 milímetros, seguida de Abreu e Lima (91,9 milímetros).

    A Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima) emitiu, na tarde de terça (4), um alerta de chuvas moderadas para o Grande Recife, o Agreste e a Zona da Mata de Pernambuco. A previsão é válida até esta quarta.

    No Recife, a prefeitura diz que as chuvas chegaram a 149 mm em algumas localidades do município. A média de precipitações ficou em 91 mm nas últimas 24 horas.

    O canal da avenida Agamenon Magalhães transbordou no bairro das Graças. Outras avenidas e ruas da cidade estão alagadas desde o início da manhã, dificultando a mobilidade. O túnel Josué de Castro, na saída da via Mangue, foi interditado. A BR-101, que corta a região metropolitana, também tem pontos de alagamento.

    Em Paulista, no Grande Recife, uma barreira deslizou na rua 25, no bairro de Maranguape I. Não houve feridos.

    Em Jaboatão dos Guararapes, o rio Duas Unas atingiu a cota de alerta. Há risco de inundação em áreas próximas, segundo a Apac.

    O temporal também impacta o transporte público. A linha centro do metrô está sem funcionar desde as 9h20. Estações foram fechadas. Apenas a linha sul opera normalmente.

    A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) suspendeu as atividades nesta quarta no campus Recife. As redes municipais de educação da capital, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Abreu e Lima suspenderam as aulas. O Governo de Pernambuco manteve aulas nas escolas estaduais.

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    Seinfra diz que alagamentos se repetirão em dias de temporais em Goiânia

    Secretário de Infraestrutura afirma que só o Plano de Drenagem Urbana, previsto para dezembro, será capaz de barrar impactos de chuvas fortes. Ele admite que obras pontuais não são suficientes

    Modificado em 17/09/2024, 15:38

    Seinfra diz que alagamentos se repetirão em dias de temporais em Goiânia

    (Redação)

    Enxurradas, enchentes e alagamentos vão continuar sendo uma certeza em Goiânia nos dias de temporais de verão, caracterizados por índices pluviométricos acima de 30 milímetros (mm) em pouco tempo. No domingo (7), a região Sudoeste da cidade recebeu em 2 horas uma chuva estimada em 80 mm, na cabeceira do Córrego Cascavel, o que foi o suficiente para gerar problemas ao longo da cidade.

    O temporal causou a cheia do córrego e também do Ribeirão Anicuns, onde ele deságua, e alagamentos ocorreram nas regiões Sudoeste, Central e Norte da capital. Essa foi a terceira chuva intensa no ano e todas elas redundaram em consequências para moradores e transeuntes.

    O titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Denes Pereira, afirma que uma chuva de quase 100 mm em duas horas prejudicaria qualquer cidade e que, embora o Paço tenha feito intervenções, em situações como essa, haverá problemas. "No começo da tarde (de domingo) eu já avisei toda a diretoria da Seinfra e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) de que teríamos problemas, porque viria um temporal. Ficamos até 1 hora conversando com o pessoal da Defesa Civil", diz.

    Ele acredita que o principal problema foi a cheia dos cursos d´água. "Aí não é um problema de galeria, é questão de adensamento urbano, ocupação dos fundos de vale."

    De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, para a região Sudoeste da capital é feita uma estimativa do índice pluviométrico, com base nas medições mais próximas. Em Aparecida de Goiânia, na região do Setor Garavelo, a precipitação chegou a 110,8 mm, enquanto que no Cidade Vera Cruz a medição foi de 100 mm.

    O Cimehgo, então, calcula que na cabeceira do Córrego Cascavel tenha caído 80 mm de chuva intensa por duas horas. O volume é menor do que o registrado no dia 31 de dezembro passado, por exemplo. Na ocasião, Goiânia teve alagamentos na região Noroeste, principalmente, onde choveu 102 mm.

    Amorim explica que a chuva do dia 31 foi espalhada em toda a cidade, chegando a 89 mm na região Central, por exemplo. No entanto, o temporal deste domingo (7) foi mais concentrado na divisa entre Goiânia e Aparecida de Goiânia, de modo que acredita-se que o problema tenha sido a cheia do Cascavel, que cruza a capital no sentido Sudoeste-Norte, e também do Córrego Vaca Brava Este deságua no Cascavel, que vai até o Ribeirão Anicuns.

    "Foi uma chuva de verão normal para o período, como outras que tivemos, Não foi a mais forte dos últimos anos, nem mais forte do que do dia 31", explica. Porém, ele lembra que as chuvas já consideradas normais são muito intensas e em pouco tempo, em razão do fenômeno El Niño.

    Segundo Denes Pereira, se não fossem as intervenções que a Prefeitura fez ao longo do ano passado, a situação seria ainda pior. Ele conta que foram feitas limpezas de bocas de lobo e bueiros em toda a cidade e que, em alguns pontos que havia alagamentos durante temporais, foram resolvidos.

    "Em alguns lugares, só com a limpeza dos bueiros já resolveu. Mas não tem jeito, a água vai para algum lugar, aí precisamos de intervenções mais estruturais, que com o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU, previsto para ser finalizado em dezembro deste ano), vamos saber onde fazer", afirma.

    O secretário ressalta que a Seinfra já tem as soluções para os alagamentos e enxurradas, que seria a construção de baciões, um espaço físico capaz de armazenar a água da chuva e escoá-la aos poucos, evitando o alto volume nas vias e córregos. A questão, no entanto, é a necessidade de estudos que vão determinar onde essas estruturas devem ser instaladas para conseguir o resultado esperado, o que ocorrerá no PDDU, que está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Enquanto isso, diz Pereira, a Seinfra tem feito obras pontuais, como na Avenida C-107, do Jardim América, na Avenida Padre Monte, do Bairro Goiá, e na Avenida H, no Jardim Goiás, que ainda está em andamento.

    "Não vamos conseguir resolver tudo. O prefeito Rogério nunca disse que acabaria com o problema de alagamento da cidade, mas que começaria a agir sobre isso. A gestão está fazendo isso. Daqui para frente, nenhuma outra gestão vai poder administrar sem falar em drenagem urbana, e isso começou com o Rogério", diz.

    Abrangência

    O engenheiro e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Lamartine Moreira, entende que as obras pontuais, em que não há um planejamento sobre toda a bacia hidrográfica local, não resolve o problema de alagamentos, enchentes e enxurradas. "É como fizeram com a Marginal Botafogo, tiveram as intervenções na gestão passada, mas não analisaram a bacia como um todo. Se não começar a coletar lá de cima, da cabeceira, e fazer uma drenagem específica para o rio, não adianta", acredita.

    Ele lembra também que não adiantaria a Prefeitura fazer a galeria pluvial e a população continuar destinando o lixo incorretamente, o que possibilita o entupimento das tubulações. Outro ponto ressaltado por ele é a falta de locais para a permeabilidade da água, já que um aumento das construções, com maior quantidade de cobertura do solo por concreto, impede que a água percole. "Não tem para onde infiltrar. A água sai na sarjeta, vai para a via pública e bueiro."

    Moreira ressalta também que a solução dos problemas de drenagem urbana é demorada e requer mais que uma gestão da Prefeitura, sendo necessários investimentos altos.

    "Agora que estão trabalhando no Plano de Drenagem e se não pensar ao longo das redes, só resolver pontualmente, não vai solucionar", garante. O presidente do Crea-GO afirma que a entidade tem participado das discussões acerca do PDDU.

    "Fizemos as nossas contribuições, mas se elas vão ser acatadas não sabemos ainda. Temos de esperar terminar o plano. O nosso grupo faz observações ao plano, nós queremos ajudar com os especialistas que temos", considera. Ele lembra, por exemplo, que a entidade também participou do Plano Diretor, em 2022, mas não foi atendida nas observações que foram feitas tecnicamente.

    (Redação)