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Onda de frio faz vendas aumentarem na Região da 44, em Goiânia

Associação de empresários relata crescimento de 20% na procura por roupas de inverno em comparação com o ano passado; preço está cerca de 18% mais alto

Modificado em 20/09/2024, 00:13

Goianiense sentiram mudança no clima e foram em busca das roupas de frio no comércio

Goianiense sentiram mudança no clima e foram em busca das roupas de frio no comércio (Diomício Gomes)

O frio chegou e esquentou as vendas de roupas de inverno em Goiás. Somente na Região da 44, as vendas aumentaram cerca de 20%, segundo dados da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), em comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, os clientes que procuram as peças tanto no varejo como no atacado têm encontrado também preços mais altos do que os praticados em 2021.

Além do consumidor de Goiânia, que não estava preparado para a queda na temperatura, há até compradores de outros Estados reforçando a demanda. "Quando chega esse período em que esfria no Brasil, em maio e junho, as pessoas antes deixavam de vir para 44 e procuravam o Sul de Minas Gerais. Porém, nos últimos anos, começamos a produzir roupas de frio e numa crescente", pontua o vice-presidente da AER44, Lauro Naves.

Ele explica que há até confecção que produz peças para enfrentar temperaturas mínimas como as encontradas na região Sul do País e que têm saído para Goiás com a situação inesperada. "Mas ao chegar o frio estávamos preparados, inclusive recebemos pessoas do Espírito Santos, Minas Gerais e Mato Grosso para comprar roupa de frio."

A alta na demanda, por outro lado, reacende a tendência de ter produção diferente da rotineira, como classifica, e chama atenção para o trabalho de qualificação dos profissionais. Se o volume ainda permite conseguir preços competitivos, Lauro pontua que também houve alta de 15% a 18% em média nos valores praticados em comparação com o ano passado.

"Com alta produção, conseguimos negociar, mas teve aumento de custos", diz. De acordo com a coordenadora das Lojas Balada e Muchacha, com unidade no Mega Moda, Mônica Brito, desde a embalagem até o algodão e o transporte trouxeram acréscimo. Mas houve preparação para atender o mercado sem precisar subir o preço com a alta pontual da demanda. "Estávamos preparados, não para um frio tão intenso, mas com coleção outono inverno e fizemos até ação promocional com peças paradas no estoque", relata.

Geral

Fim da onda de calor deve trazer tempestades para Goiás, prevê Cimehgo

Com fortes previsões de chuva, frente fria pode causar queda de temperatura

Modificado em 11/03/2025, 13:08

Chuva/Temporal

Chuva/Temporal (Wildes Barbosa/O Popular)

Uma frente fria avança em Goiás, segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Hidrológicas e Meteorológicas de Goiás (Cimehgo). Com o fim da segunda onda de calor do ano,a previsão para os próximos dias é de possível formação de tempestades acompanhadas de rajadas de vento, raio e granizo.

Segundo André Amorim grande parte dos municípios do estado terão quedas de temperatura e o calor intenso está sendo substituído por pancadas de chuva isoladas. Além de Goiás, outras regiões do país também enfrentam o calor extremo, São Paulo e Minas Gerais que passam por queda de temperatura. Em grande parte do estado, o sol predomina ainda, mas com uma maior chances de chuva.

De acordo com Andrea Ramos, metereologista do Instituto Nacional de Metereologia, a frente fria segue ocêanica e a chuvas em apenas algumas regiões do país, como em Santa Cantarina e no Paraná.

A região centro-oeste ainda se mantém principalmente no Distrito Federal e em parte de Goiás, formando uma tendência de tempo com nebulosidade e um certo calor, ainda assim as temperaturas vão ficar em 31°C e 32°C"

Em Goiás, de acordo com o Cimehgo, as rajadas de chuva devem se estender a partir da madrugada de quinta-feira (13) para sexta-feira (14), onde há fortes chances de tempestade na região metropolitana.

André Amorim destaca que a onda de calor ainda se mantém com menor proporção, aliviando a sensação térmica e se desconfigurando com a chegada da frente fria.

Ao mesmo tempo que a frente fria está subindo, ela vai chocar com esse calor. E nessa virada do tempo, vai começar a diminuir a temperatura aos poucos, aumentando os riscos de tempestade ."

Nova onda de calor chega a Goiás; veja cidades mais afetadas Aragarças registra maior temperatura do país, diz Inmet

Desde segunda-feira (10), já é possível sentir a queda de temperatura, conforme André Amorim. Na região central de Goiânia, os termômetros registraram 19°C. O calor deu uma pausa e a previsão é de temperatura máxima de 35°C e umidade do ar variando entre 35% e 90%.

Onda de calor

Em Goiás segundo André Amorim, a onda de calor foi a responsável pelo aumento de temperatura que chegou sabádo (19). As fortes temperaturas permaceram até a chegada da frente fria na segunda-feira (10).

Segundo o Cimehgo, as cidades mais afetadas estão localizadas no norte e no oeste goiano. Já região central de Goiânia, os termômetros registraram 34,2°C quarta-feira (5), e o calor intenso continuou até sexta-feira (7).

Geral

Ambulantes da 44 poderão ser realocados

Prefeito de Goiânia discute com Associação Empresarial da Região propostas para deslocar camelôs das ruas para outros espaços na localidade

Modificado em 19/02/2025, 07:13

Vendedores ambulantes na Região da 44: ‘Aluguel social’ é sugerido para que ocupem lojas em galerias

Vendedores ambulantes na Região da 44: ‘Aluguel social’ é sugerido para que ocupem lojas em galerias (Fábio Lima / O Popular)

Os vendedores ambulantes que trabalham na Região da 44 poderão ser realocados para outros espaços na própria localidade. Empresários da região se reuniram ontem com o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, para cobrar uma ação mais efetiva para a retirada dos camelôs das ruas e discutiram possibilidades para que isso seja feito sem que eles fiquem impossibilitados de trabalhar e gerar renda para suas famílias.

Entre as opções, estão a criação de um 'Aluguel social' para que eles sejam instalados dentro de espaços que estejam desocupados nos próprios empreendimentos comerciais da região ou a alocação em feiras que funcionam nas proximidades.

O prefeito Sandro Mabel se mostrou muito receptivo às nossas sugestões. Falamos que o empresariado da Região da 44 está aberto ao diálogo e a contribuir para que a região seja revitalizada e organizada", disse o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Sérgio Naves.

Segundo ele, esta foi apenas a primeira de algumas reuniões que ainda devem ocorrer para discutir um plano de ação para resolver o antigo problema dos vendedores ambulantes na região. Este plano prevê, entre outras opções, a criação de um projeto de 'Aluguel Social', onde pontos de venda seriam oferecidos aos ambulantes que já foram previamente cadastrados até o fim do ano passado.

Naves explica que eles teriam um benefício de isenção de aluguel por um período de cerca de seis meses e precisariam arcar apenas com o pagamento do condomínio do shopping ou galeria onde fossem instalados. Depois deste período de seis meses de carência, a cobrança começaria equivalente a 30% do valor do aluguel, subindo para 60% seis meses depois e chegando a integralidade do valor da locação ao final de um ano e meio. "Esses custos seriam assumidos por empreendimentos que também optarem em participar deste projeto de Aluguel Social", explica o presidente da AER44.

Mas ele lembra que esse plano de ação, discutido na reunião com o prefeito Mabel, também prevê a possibilidade de alocar os ambulantes nas duas feiras que já estão consolidadas na região: a Feira Hippie e a Feira da Madrugada. Esta medida ficaria a cargo da Prefeitura de Goiânia. Sérgio Naves adverte, porém, que ainda acontecerão outras reuniões para discutir as propostas do plano de ação com as secretarias municipais pertinentes.

Fiscalização

A AER44 quer que a Prefeitura coloque uma fiscalização mais intensa e retire os ambulantes das ruas. O prefeito Sandro Mabel concorda com a necessidade desta retirada. Porém, segundo ele, primeiro, é importante oferecer essas oportunidades para que os ambulantes possam trabalhar de forma mais digna, dentro do que prevê a legislação, sem obstruir calçadas e ruas, usando os chamados "carros lojas".

Outra sugestão do prefeito foi firmar uma parceria com o Sebrae para que estes ambulantes possam receber algum tipo de treinamento e se desenvolvam mais e melhor como empreendedores para gerar renda para suas famílias e divisas para o município. Só depois disso, segundo ele, haverá por parte da Prefeitura uma fiscalização permanente para que as vias públicas da região não sejam mais ocupadas irregularmente.

Não podemos nos esquecer de que são pais de família, pessoas que precisam trabalhar para levar o sustento para suas casas", disse Mabel.

O presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva, disse que a feira tem condições de receber estes ambulantes que seriam retirados das ruas da Região da 44, pois possui espaços que ainda precisam ser ocupados. Segundo ele, atualmente existem cerca de 900 bancas disponíveis, distribuídas nos 30 corredores da feira, que poderiam ser ocupadas por estes trabalhadores realocados. "Estamos abertos a receber este pessoal e orientá-los no que for preciso, dando total suporte para sua instalação nestas bancas. Só depende do poder público nos procurar para discutirmos a questão", avisa Silva.

Revitalização

O presidente da AER44 informa que outro assunto que foi discutido durante o encontro como prefeito Sandro Mabel foi o projeto de revitalização da região central de Goiânia, que, além da 44, também inclui o Parque Mutirama, que receberá obras físicas realizadas pela prefeitura. "A ideia é pegar a parte histórica do Centro de Goiânia, o Mutirama e a Região da 44, e montar um grande circuito turístico com esses atrativos da capital", explica Naves.

Segundo ele, durante a conversa com o prefeito, ficou claro que o plano é tornar Goiânia uma cidade inteligente e que este projeto incluirá a Região da 44 como um dos principais pontos turísticos da capital, dentro do turismo de compras.

Uma próxima reunião deve ser marcada, em breve, para definir como o plano de ação será articulado entre os poderes público e e a iniciativa privada.

Para o prefeito, depois que os ambulantes forem devidamente instalados em algum local mais adequado onde tenham condições de continuar trabalhando, a fiscalização da prefeitura poderá atuar de forma mais incisiva e cobrar que estas pessoas não voltem mais para as ruas.

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Primeira frente fria do ano pode trazer tempestades com descargas elétricas para Goiás; veja as regiões mais afetadas

Há possibilidade de quedas de árvores, conforme informações do gerente do órgão, André Amorim

Previsão é de grande quantidade de raios acompanhadas de rajadas de vento de 60 km/h

Previsão é de grande quantidade de raios acompanhadas de rajadas de vento de 60 km/h (Pixabay)

Uma frente fria, vinda da região sudeste do Brasil, pode favorecer neste sábado (4) a formação de fortes chuvas acompanhas de rajadas de vento e descargas elétricas em diversas regiões do estado, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Há possibilidade de quedas de árvores, conforme informações do gerente do órgão, André Amorim.

Entre as regiões mais afetadas estão: Região Norte, Oeste, Sudoeste, Leste, Central e Sul.

Para este final de semana temos o risco potencial para ocorrência de tempestades, com isso o risco para alagamentos e outros problemas fica elevado", disse André.

O órgão alerta ainda para uma grande quantidade de raios acompanhados de rajadas de vento de 60 km/h.

O boletim do Cimehgo informa que o nível de um dos principais mananciais do estado, Rio Araguaia, encontra-se dentro da normalidade esperada.

Observando os prognósticos podemos notar que as chuvas vão ocorrer também na próxima semana", complementou o gerente.

Previsão na Capital

Em Goiânia a previsão é de dia ensolarado com temperatura máxima podendo chegar aos 30°C e mínima aos 19°C. A umidade relativa do ar deve variar entre 60% e 95%, considerado um nível ideal.

Municipios mais afetados

  • Abadia de Goiás,
  • Abadiânia,
  • Acreúna,
  • Adelândia,
  • Água Fria de Goiás,
  • Água Limpa,
  • Águas Lindas de Goiás,
  • Alexânia,
  • Aloândia,
  • Alto Horizonte,
  • Alto Paraíso de Goiás,
  • Alvorada Do Norte,
  • Amaralina,
  • Americano do Brasil,
  • Amorinópolis,
  • Anápolis,
  • Anhanguera,
  • Anicuns,
  • Aparecida de Goiânia,
  • Aparecida do Rio Doce,
  • Aporé,
  • Araçu,
  • Aragarças,
  • Aragoiânia,
  • Araguapaz,
  • Arenópolis,
  • Aruanã,
  • Aurilândia,
  • Avelinópolis,
  • Baliza,
  • Barro Alto,
  • Bela Vista de Goiás,
  • Bom Jardim de Goiás,
  • Bom Jesus de Goiás,
  • Bonfinópolis,
  • Bonópolis,
  • Brazabrantes,
  • Britânia,
  • Buriti Alegre,
  • Buriti de Goiás,
  • Buritinópolis,
  • Cabeceiras,
  • Cachoeira Alta,
  • Cachoeira de Goiás,
  • Cachoeira Dourada,
  • Caçu,
  • Caiapônia,
  • Caldas Novas,
  • Caldazinha,
  • Campestre de Goiás,
  • Campinaçu,
  • Campinorte,
  • Campo Alegre de Goiás,
  • Campo Limpo de Goiás,
  • Campos Belos,
  • Campos Verdes,
  • Carmo do Rio Verde,
  • Castelândia,
  • Catalão,
  • Caturaí,
  • Cavalcante,
  • Ceres,
  • Cezarina,
  • Chapadão do Céu,
  • Cidade Ocidental,
  • Cocalzinho de Goiás,
  • Colinas do Sul,
  • Córrego do Ouro,
  • Corumbá de Goiás,
  • Corumbaíba,
  • Cristalina,
  • Cristianópolis,
  • Crixás,
  • Cromínia,
  • Cumari,
  • Damianópolis,
  • Damolândia,
  • Davinópolis,
  • Diorama,
  • Divinópolis de Goiás,
  • Doverlândia,
  • Edealina,
  • Edéia,
  • Estrela do Norte,
  • Faina,
  • Fazenda Nova,
  • Firminópolis,
  • Flores de Goiás,
  • Formosa,
  • Formoso,
  • Gameleira de Goiás,
  • Goianápolis,
  • Goiandira,
  • Goianésia,
  • Goianira,
  • Goiás,
  • Goiatuba,
  • Gouvelândia,
  • Guapó,
  • Guaraíta,
  • Guarani de Goiás,
  • Guarinos, Heitoraí,
  • Hidrolândia,
  • Hidrolina,
  • Iaciara,
  • Inaciolândia,
  • Indiara,
  • Inhumas,
  • Ipameri,
  • Ipiranga de Goiás,
  • Iporá,
  • Israelândia,
  • Itaberaí,
  • Itaguari,
  • Itaguaru,
  • Itajá,
  • Itapaci,
  • Itapirapuã,
  • Itapuranga,
  • Itarumã,
  • Itauçu,
  • Itumbiara,
  • Ivolândia,
  • Jandaia,
  • Jaraguá,
  • Jataí,
  • Jaupaci,
  • Jesúpolis,
  • Joviânia,
  • Jussara,
  • Lagoa Santa,
  • Leopoldo de Bulhões,
  • Luziânia,
  • Mairipotaba,
  • Mambaí,
  • Mara Rosa,
  • Marzagão,
  • Matrinchã,
  • Maurilândia,
  • Mimoso de Goiás,
  • Minaçu,
  • Mineiros,
  • Moiporá,
  • Monte Alegre de Goiás,
  • Montes Claros de Goiás,
  • Montividiu,
  • Montividiu do Norte,
  • Morrinhos,
  • Morro Agudo de Goiás,
  • Mossâmedes,
  • Mozarlândia,
  • Mundo Novo,
  • Mutunópolis,
  • Nazário,
  • Nerópolis,
  • Niquelândia,
  • Nova América,
  • Nova Aurora,
  • Nova Crixás,
  • Nova Glória,
  • Nova Iguaçu de Goiás,
  • Nova Roma,
  • Nova Veneza,
  • Novo Brasil,
  • Novo Gama,
  • Novo Planalto,
  • Orizona,
  • Ouro Verde de Goiás,
  • Ouvidor,
  • Padre Bernardo,
  • Palestina de Goiás,
  • Palmeiras de Goiás,
  • Palmelo,
  • Palminópolis,
  • Panamá,
  • Paranaiguara,
  • Paraúna,
  • Perolândia,
  • Petrolina de Goiás,
  • Pilar de Goiás,
  • Piracanjuba,
  • Piranhas,
  • Pirenópolis,
  • Pires do Rio,
  • Planaltina,
  • Pontalina,
  • Porangatu,
  • Porteirão,
  • Portelândia,
  • Posse,
  • Professor Jamil,
  • Quirinópolis,
  • Rialma,
  • Rianápolis,
  • Rio Quente,
  • Rio Verde,
  • Rubiataba,
  • Sanclerlândia,
  • Santa Bárbara de Goiás,
  • Santa Cruz de Goiás,
  • Santa Fé de Goiás,
  • Santa Helena de Goiás,
  • Santa Isabel,
  • Santa Rita do Araguaia,
  • Santa Rita do Novo Destino,
  • Santa Rosa de Goiás,
  • Santa Tereza de Goiás,
  • Santa Terezinha de Goiás,
  • Santo Antônio da Barra,
  • Santo Antônio de Goiás,
  • Santo Antônio do Descoberto,
  • São Domingos,
  • São Francisco de Goiás,
  • São João D'Aliança,
  • São João da Paraúna,
  • São Luís de Montes Belos,
  • São Miguel do Araguaia,
  • São Miguel do Passa Quatro,
  • São Patrício,
  • São Simão,
  • Senador Canedo,
  • Serranópolis,
  • Silvânia,
  • Simolândia,
  • Sítio D'Abadia,
  • Taquaral de Goiás,
  • Teresina de Goiás,
  • Terezópolis de Goiás,
  • Três Ranchos,
  • Trindade,
  • Trombas,
  • Turvânia,
  • Turvelândia,
  • Uirapuru,
  • Uruaçu,
  • Uruana,
  • Urutaí,
  • Valparaíso de Goiás,
  • Varjão,
  • Vianópolis,
  • Vicentinópolis,
  • Vila Boa,
  • Vila Propício,
  • Goiânia,
  • São Luíz do Norte.
  • IcEspecial

    Meu Bichinho

    Pets também sentem frio e têm risco maior de doenças durante o inverno

    A redução das temperaturas e da umidade relativa do ar pode contribuir para um maior risco e ocorrência de enfermidades em animais

    Modificado em 17/09/2024, 16:29

    Pets também sentem frio e têm risco maior de doenças durante o inverno

    (Freepik)

    O doutor em Engenharia Biomédica e Sanitarista especialista em Saúde Pública, Raphael Castro, adverte que a redução da temperatura dos animais, ainda que não alcance os níveis extremos mais graves, impactam no funcionamento natural de muitos processos biológicos, como a manutenção de um sistema imunológico ativo e eficiente. Com o sistema imunológico fragilizado, os pets se tornam suscetíveis ao adoecimento por bactérias, vírus e muitos outros agentes infecciosos e parasitários.

    "Nessa época de frio, os animais ajustam seu comportamento visando resistir às condições adversas do meio ambiente. Cães e gatos passam a se abrigar muito próximo, por vezes em contato direto uns com os outros, objetivando melhor manutenção mútua da temperatura corporal. Essa proximidade eleva o risco da transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, seja a partir de secreções respiratórias ou do simples contato direto (casos dos parasitas de superfície, como sarna, pulga, carrapatos e piolhos)", destaca.

    Enfermidades como a cinomose e a doença respiratória infecciosa em cães são mais frequentemente observadas no inverno. Já a rinotraqueíte, a calicivirose e a panleucopenia, mesmo não sendo exatamente relacionadas ao período de inverno, podem ser potencializadas nessa época, principalmente em gatos não vacinados de abrigos ou colônias de rua.

    Parasitas externos como pulgas, carrapatos, sarnas e piolhos também podem se beneficiar da aglomeração de animais frente ao frio e disseminarem entre eles.

    "É importante manter a vacinação dos animais em dia e realizar a vermifugação e a prevenção contra parasitas externos. Em qualquer caso ou suspeita de alteração comportamental, mudanças na frequência e aspecto das fezes e urina, no apetite ou ingestão de água, na atividade física, aspecto do pelo ou emissão de sons distintos dos habituais é extremamente importante que o animal seja levado para uma avaliação com um veterinário. Somente um profissional formado em Medicina Veterinária tem a habilitação para uma avaliação médica da saúde de um animal", esclarece o professor da Estácio.

    Comportamento dos pets e os cuidados no frio
    "Além de falarmos sobre as doenças prevalentes no inverno é extremamente importante sabermos o que o frio, por si só, causa nos animais e em seu comportamento. Cada espécie animal possui uma faixa (ou intervalo) de temperatura considerada normal, que proporciona conforto térmico e mantém seu funcionamento biológico. Dentro desse intervalo, há uma temperatura mínima e máxima consideradas normais, onde o corpo do animal trabalha biologicamente sem alterar sua eficiência", observa.

    O veterinário explica que para que essa temperatura se mantenha dentro dos limites normais, os animais precisam regulá-la, ajustando-a às variações do ambiente: em condições de frio, os animais precisam conservar o calor, reduzindo sua perda para o ambiente, e, também, aumentar a sua produção. Para isso, os animais utilizam mecanismos físicos e bioquímicos, como os tremores e aumento do metabolismo, por exemplo.

    "Quando a temperatura cai para níveis inferiores a temperatura mínima normal, os animais começam a estabelecer ações para conservar o calor por ele naturalmente produzido, contraindo os vasos sanguíneos periféricos, mantendo o sangue, que também é uma solução condutora do calor, mais concentrado no interior do corpo, reduzindo assim a perda do calor para o ambiente".

    Outra ação comum que pode ser observada nos pets, segundo Raphael Castro, é quando eles se "enrolam" sobre o próprio corpo reduzindo seu contato com o ambiente e elevam os pelos criando um espaço extra entre sua pele e o ambiente, tudo isso a fim de retardar a perda do calor interno.

    "Com o avanço da redução da temperatura ambiental eles começam a aumentar a sua produção de calor, seja pelo tremor muscular ou pelo aumento em seu metabolismo bioquímico. Tudo isso é controlado pelo sistema nervoso dos animais", explica.

    O docente do curso de Medicina Veterinária da Estácio destaca que quando o frio é intenso, mesmo com todas as estratégias naturais, a perda de calor para o ambiente pode ser maior que sua produção ou conservação, levando o animal a um estado de hipotermia.

    "Quando os animais apresentam uma temperatura de 29º C, isso compromete sua capacidade de regular sua temperatura, chegando à parada cardíaca em torno de 20º C a 25º C. Cães recém-nascidos não possuem capacidade de realizar tremores, requerendo suporte térmico de sua mãe, da ninhada ou do próprio ninho. Portanto, nessa época, é crucial oferecermos condições ambientais que contribuam para o equilíbrio e conforto térmico dos animais, como a oferta de abrigos cobertos, roupas, cama e alimentos disponíveis, principalmente para os filhotes recém-nascidos de cães e gatos. Animais de rua possuem um desafio muito maior em relação a estas condições, ficando mais vulneráveis ao adoecimento e morte, no entanto, aqueles criados e mantidos nos quintais das residências ou empresas também necessitam desse cuidado e atenção", alerta Castro.