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Registro de armas na PF em Goiás cai pela metade em janeiro

Número despencou de 446 para 232, em comparação com 2022. Redução ocorreu após medidas do governo Lula para endurecer regras. Mais de 72% das armas foram cadastradas na gestão de Bolsonaro

Modificado em 19/09/2024, 00:14

Registro de armas na PF em Goiás cai pela metade em janeiro

(Arte do O POPULAR)

A quantidade de registros de armas de fogo em Goiás no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, caiu pela metade quando comparados os meses de janeiro de 2022 e 2023. O número saiu de 446, no ano passado, para 232, neste ano. Especialista aponta que a tendência de queda deve continuar ao longo do governo de Lula (PT), já que o presidente deve endurecer as exigências para a aquisição de armamentos.

A redução acontece depois de uma explosão no número de registros durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) como presidente do Brasil. Das 52,9 mil armas cadastradas em Goiás no Sinarm, 38,5 mil (72,8%) foram registradas nos últimos quatro anos. Somente em 2022, em Goiás, foram cadastradas uma média de 24 armas por dia na Polícia Federal.

Para ter posse de uma arma pela Polícia Federal, é preciso ter no mínimo 25 anos, declarar a efetiva necessidade de possuir o instrumento, apresentar certidões negativas de antecedentes criminais, não responder a nenhum inquérito policial ou processo criminal, apresentar documentos que comprovem ocupação lícita e residência certa, além de comprovar a capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio da arma.

Antes do governo de Bolsonaro, não havia a definição de um limite máximo de armas que um brasileiro poderia ter posse. Entretanto, os cidadãos precisavam passar por uma análise subjetiva feita por agentes da Polícia Federal. "Dessa forma, era possível evitar alguns absurdos como, por exemplo, uma pessoa que mora em um apartamento de 30 metros quadrados ter mais de uma arma em casa", explica Roberto Uchôa, membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Aumento

Com o intuito de flexibilizar o acesso às armas, Bolsonaro retirou essa exigência. A análise passou a ser objetiva e a quantidade de armas permitidas por cidadão foi fixada em quatro. "Qualquer um que cumpria os requisitos para a aquisição podia obter a quantidade máxima de armas. Isso explica o crescimento acentuado do número de registros nos últimos quatro anos", esclarece Uchôa.

Na análise do especialista, o acesso desregrado às armas é prejudicial. "Furtos e roubos a estabelecimentos comerciais e residências são uma das principais formas de acesso às armas de maneira ilegal. Normalmente, elas acabam caindo nas mãos do crime organizado. Além disso, essas armas podem acabar sendo vendidas pelos donos para criminosos em um momento de necessidade. Nesses casos, o proprietário raspa o número de série da arma e faz uma ocorrência de que foi roubado."

Queda

Quando foi empossado como presidente, uma das primeiras medidas de Lula foi revogar os decretos de Bolsonaro que flexibilizaram o acesso aos armamentos. Dessa forma, a análise subjetiva voltou a acontecer. Segundo Uchôa, isso explica a queda nos registros em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022. "A quantidade de registros já vinha caindo desde a decisão (que suspendeu diversos pontos dos decretos armamentistas de Bolsonaro) do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro. Com a mudança da presidência isso se acentuou."

Controle

O especialista aponta que novos regramentos, que devem ser editados por Lula para controlar a circulação de armas, podem fazer com que o número de registros continue caindo. Um deles está relacionado ao calibre das armas que os cidadãos podem ter acesso. "Antes, a maioria eram revólveres. Bolsonaro liberou o uso de calibres restritos como a pistola 9 milímetros."

Uchôa considera que caso Lula suspenda o uso de calibres restritos, os cidadãos que possuem armas do tipo podem ter que devolvê-las. "Vai depender das estratégias que o governo adotar como, por exemplo, a recompra das armas ou então um programa de entrega voluntária."

Além disso, a diminuição do tempo de validade do registro das armas também pode interferir na quantidade de pessoas que irão permanecer com o equipamento em mãos, já que para renovar o registro é preciso se submeter a uma nova prova de capacidade técnica e de aptidão psicológica. "Antigamente, a validade era de três anos. No governo Temer, passou para cinco anos. No governo Bolsonaro, aumentou para dez anos. Lula já sinalizou que esse prazo será reduzido."

Estado tem baixa adesão ao recadastramento

Apenas 6 mil armas registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército, já foram levadas para o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. Uma portaria publicada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no dia 1º de fevereiro deste ano determinou que os proprietários de armas registradas no Sigma e adquiridas após maio de 2019, quando Jair Bolsonaro (PL) publicou decretos que flexibilizaram o acesso aos armamentos, têm 60 dias para fazer o recadastramento.

Em Goiás, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mais recente, foram registradas 47 mil novas armas no Sigma entre janeiro de 2019 e março de 2022. A determinação do governo federal vale para todas as armas, sendo que as de uso restrito deverão ser apresentadas nas delegacias da Polícia Federal com a comprovação do registro do Exército.

A baixa adesão não espanta o membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Roberto Uchôa. "Existe uma campanha de disseminação de informações falsas entre os Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs), que é incentivada até mesmo por parlamentares, de que esse seria o primeiro passado para o governo "tomar" essas armas. Isso não é verdade, mas amedronta algumas pessoas", explica.

Uchôa aponta que o intuito do recadastramento é criar uma base de dados confiável para conseguir aumentar o controle sobre as armas que estão circulando no País. "O banco de dados do Exército é ultrapassado e precisamos saber onde essas armas estão, com quem elas estão, se elas foram desviadas, dentre outras coisas. Esse recadastramento protege justamente os CACs que são sérios, pois serve para distingui-los dos demais."

Os proprietários que não apresentarem as armas no prazo previsto pelo governo federal estarão sujeitos a apreensão dos armamentos e poderão ser alvos de apuração pelo cometimento de ilícito.

(Arte do O POPULAR)

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Motorista de aplicativo que morreu após ser atingido por peça de caminhão que se soltou deixa filhos e enteadas

Acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia

Modificado em 29/03/2025, 20:23

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia

Motorista por aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, morreu após ser atingido por uma peça de um caminhão, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera e Reprodução/Redes Sociais)

O motorista de aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, que morreu após ser atingido por uma peça de caminhão que se soltou , era casado e deixa um casal de filhos e duas enteadas, que cuidou desde os primeiros anos de vida, segundo a cunhada Lorena Souza. O acidente aconteceu na BR-153, no perímetro urbano de Goiânia. A Polícia Civil investiga o caso.

Uma família destruída", conforme contou Lorena Souza.

As duas filhas mais velhas são do relacionamentos anterior da minha irmã. Ele as criou como filhas. O filho mais novo dele é autista", segundo Lorena. As idades não foram divulgadas.

Nas redes sociais, Lorena também lamentou a morte do cunhado. "Que pesadelo, meu Deus, saber que meu cunhado não está mais com a gente. Que Deus o tenha em um bom lugar. Você sempre será lembrado, meu cunhado", lamentou na postagem.

Ainda segundo a cunhada, o motorista de aplicativo era um homem dedicado à família. "Ele era um homem muito trabalhador, tudo que fazia era pela família. Ele era provedor, muito triste o que aconteceu", contou Lorena em entrevista ao POPULAR .

Acidente

O acidente ocorreu na quinta-feira (27), no km 493, sentido Goiânia-Anápolis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista estava transportando uma passageira no banco traseiro que sofreu apenas ferimentos leves, enquanto Eder não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Como o nome da passageira não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu atualizar seu estado de saúde.

A Polícia Científica realizou a perícia para apurar as circunstâncias do acidente. A Triunfo Concebra, concessionária responsável pelo trecho, informou que o cubo de freio se desprendeu do caminhão e atravessou o para-brisa do lado do motorista.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem mais de 100 vagas de emprego em Goiás

Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho.

Pessoa preenchendo uma carteira de trabalho. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Veja as vagas de emprego disponíveis em Goiás nesta sexta-feira (28). Há oportunidades para auxiliar de logística, motorista de ônibus, fiscal de tráfego, borracheiro, serviços gerais, auxiliar industrial, jovem aprendiz, auxiliar de efeitos especiais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

Global Effects Brasil

Total de vagas oferecidas: 05 vagas
Cargo oferecido:

05 vagas para auxiliar de efeitos especiais

Prazo para se inscrever: até 26/04
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail rhefeitosespeciais@outlook.com
Contato: (62) 992147950 - Lucas

Expresso Maia

Total de vagas oferecidas: 25 vagas
Cargos oferecidos:

05 vagas para motorista de ônibus
04 vagas para mecânico de ônibus
03 vagas para eletricista de ônibus
02 vagas para auxiliar de mecânico
02 vagas para técnico de ar-condicionado de ônibus
02 vagas para fiscal de tráfego
02 vagas para almoxarife
02 vagas para borracheiro
02 vagas para serviços gerais
01 vaga para pedreiro

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (65) 98153-0222
Contato: (65) 98153-0222

Aparecida de Goiânia

H Egidio Group

Total de vagas oferecidas: 39 vagas
Cargo oferecido:

15 vagas para auxiliar industrial
10 vagas para consultor comercial (experiência em distribuição de medicamentos)
04 vagas para auxiliar de serviços gerais
03 vagas para auxiliar de logística
03 vagas para ajudante de cozinha
03 vagas para jovem aprendiz
01 vaga para motorista de caminhão (cnh d)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: enviar currículo para o e-mail curriculos@hegidiogroup.com
Contato: curriculos@hegidiogroup.com

Real Distribuidora

Total de vagas oferecidas: 21 vagas
Cargos oferecidos:

20 vagas para movimentador de mercadorias (noturno)
01 vaga para motorista (CNH C/D)

Prazo para se inscrever: indeterminado
Como se candidatar: enviar currículo para o Whatsapp (62) 3250-0567 ou e-mail selecao@realdec.com.br
Contato: (62) 3250-0567

Hidrolândia

Gi Group

Vagas oferecidas: 30 vagas
Cargo oferecido:

30 vagas para auxiliar de logística

Prazo para se inscrever: indeterminado
Salário: a combinar
Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (11) 97725-0476 ou e-mail rafaela.santos@gigroup.com
Contato: (11) 97725-0476

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Arquiteta e ex-secretária de turismo morre ao cair de escada em casa, em Rio Verde

Segundo a polícia, Maria Luiza de Moraes se desequilibou e caiu da escada ao tentar entregar um pano a uma pessoa no telhado da casa

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

Maria Luiza de Moraes morreu após cair do telhado de casa, em Rio Verde (Reprodução/Redes sociais)

A arquiteta e ex-secretária de Turismo, Maria Luiza de Moraes, de 62 anos, morreu após cair de escada em sua casa, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a morte foi constatada no local. A queda, que teria sido de aproximadamente 7 metros, está sendo investigada pela Polícia Civil.

O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira (26). Segundo a Polícia Militar, Maria Luiza teria subido na escada para entregar um pano a uma pessoa que realizava a limpeza de placas de energia solar no telhado, quando perdeu o equilíbrio e caiu. O Samu informou que a vítima apresentava trauma na cabeça, embora a causa exata da morte ainda será apurada pela Polícia Científica.

O velório foi realizado na noite de quarta-feira (26) até a manhã de quinta-feira (27) em Rio Verde. O sepultamento ocorrerá às 11h desta quinta-feira, no Cemitério São Sebastião.

A Prefeitura de Rio Verde publicou uma nota nas redes sociais lamentando a morte da ex-servidora e expressou solidariedade à família.

Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos", escreveu a prefeitura.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014. Anteriormente, em 1988, quando ainda era recém-formada, iniciou sua carreira como arquiteta na Secretaria de Obras da Prefeitura de Rio Verde.Também foi artista plástica, com 25 exposições coletivas e 5 individuais em seu currículo.

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Maria Luiza assumiu a Secretaria Municipal de Turismo em maio de 2014 (Reprodução/Redes Socias)

Nota da Prefeitura de Rio Verde na íntegra:

A Prefeitura de Rio Verde manifesta o mais profundo pesar pelo falecimento da ex-servidora municipal Maria Luiza Moraes. Neste momento de dor, a gestão municipal se solidariza com familiares e amigos, expressando as mais sinceras condolências por esta perda.

(Colaborou Rodrigo Melo)

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Onça que nasceu em cativeiro em Goiás é levada à Argentina para viver na natureza

Ayní tem apenas três anos de vida e deve passar por um período de adaptação de um ano na Argentina. A viagem está programada para esta quarta-feira (26)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (Reprodução/Instituto Nex)

A onça-pintada Ayní, que nasceu em cativeiro em Goiás, vai ser levada à Argentina nesta quarta-feira (26) para viver na natureza. O animal nasceu em junho de 2021 no Instituto Nex, localizado em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o custo para soltar uma onça na natureza gira em torno de R$ 1 milhão.

A mãe da pequena onça de apenas 3 anos de vida é a Jací, que foi resgatada na Amazônia há 12 anos, após ser encontrada sozinha e ferida por uma enchente, com uma fratura exposta na pata dianteira.Ela recebeu cuidados no Instituto Nex, mas devido à necessidade de cuidados específicos, acabou permanecendo no santuário de onças.

Em entrevista à TV Anhanguera, Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto Nex, explicou que Ayní é a primeira onça nascida em cativeiro no Brasil que será solta na natureza, embora seja a terceira a ser levada à Argentina, após outras duas fêmeas resgatadas pelo Instituto.

É um animal extremamente ameaçado, e por isso fazemos a reprodução em cativeiro. O ápice do nosso trabalho é poder soltar esses animais na natureza, tanto os resgatados, quando conseguimos reabilitá-los 100%, quanto os que nascem aqui. E, pela primeira vez, temos uma onça nascida em cativeiro com o perfil adequado para a soltura. Ela é agressiva e não gosta do contato humano", explicou Daniela.

De acordo com a coordenadora, Ayní passará por um período de adaptação na Argentina, onde conhecerá o clima local e os outros animais com os quais vai conviver. Antes da viagem, a onça passou por uma bateria de exames para garantir que está saudável.

Ela passará pelo menos um ano de treinamento, caçando animais da região, e depois será feita a soltura branda, ou seja, a porta do recinto será aberta e ela poderá entrar e sair quando quiser. Precisamos deixar a natureza seguir seu curso, e nada nos deixa mais felizes do que ver essa espécie vivendo livre", comemora Daniela Gianni.