Geral

Técnicos da Agência Nacional de Mineração não encontram irregularidades em barragem de Crixás

Visita aconteceu na última terça-feira (11). A análise completa deve ser divulgada dentro de 20 dias

Modificado em 19/09/2024, 00:51

Barragem Serra Grande, da Mineradora Anglo Gold Ashanti em Crixás, Goiás

Barragem Serra Grande, da Mineradora Anglo Gold Ashanti em Crixás, Goiás (Wildes Barbosa)

Técnicos da da Agência Nacional de Mineração (ANM) não encontraram irregularidades na barragem Serra Grande, localizada em Crixás, no norte de Goiás. O local passou por vistoria após o alarme de emergência ser acionado na manhã da última segunda-feira (10). À época, por meio de nota, a Mineradora Anglo Gold Ashanti lamentou o ocorrido e informou se tratar de um alarme falso. A análise completa deve ficar pronta dentro de 20 dias.

De acordo com a Agência Nacional de Mineração, uma equipe composta por três técnicos (engenheiros e geológos) estiveram na barragem na última terça-feira (11). No local, eles realizaram uma vistoria completa da estrutura.

"A inspeção visual da barragem MSG contemplou a verificação completa da estrutura: crista, taludes de jusante e montante, sistema de drenagem superficial, reservatório, emboque do sistema extravasor e saída da drenagem interna", diz a nota da ANM.

A agência ainda ressalta que, no momento da fiscalização, "não foram constatadas anomalias físicas que pudessem indicar o comprometimento iminente da segurança da estrutura".

Relembre o caso

Na segunda-feira (10), por volta das 10h, os moradores de Crixás, foram surpreendidos por um alarme falso da barragem Serra Grande. Após o comunicado de urgência, Com medo do que as águas da barragem poderiam causar, a população entrou em pânico, segundo Daniel Vieira, morador da cidade.

À época, Daniel contou que o caos tomou conta do trânsito. Na tentativa de fugir, alguns acidentes foram causados, por sorte, ninguém se feriu.

Geral

Receita Federal emite alerta contra golpe de falso imposto sobre Pix

Em comunicado nesta quinta (9), a Receita reafirmou que não existe tributação sobre Pix e que a Constituição proíbe impostos sobre movimentação financeira

Modificado em 10/01/2025, 18:38

Receita Federal

Receita Federal (Receita Federal)

A Receita Federal emitiu alerta para um novo golpe praticado por criminosos que utiliza nome, cores e símbolos oficiais do órgão para cobrar um falso tributo sobre transações realizadas por meio de Pix.

Os criminosos informam as vítimas sobre a falsa cobrança envolvendo transações via Pix com valores acima dos R$ 5.000 e afirmam que o não pagamento do boleto levaria ao bloqueio do CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Em comunicado nesta quinta (9), a Receita reafirmou que não existe tributação sobre Pix e que a Constituição proíbe impostos sobre movimentação financeira.

A Receita Federal, portanto, não cobra e jamais vai cobrar impostos sobre transações feitas via Pix. O que está ocorrendo é apenas uma atualização no sistema de acompanhamento financeiro para incluir novos meios de pagamento na declaração prestada por instituições financeiras e de pagamento", disse o Fisco em nota.

Desde o dia 1º, o serviço de monitoramento de transações financeiras foi ampliado para transferências Pix que somam ao menos R$ 5.000 por mês, no caso de pessoas físicas. Para pessoas jurídicas, o montante estabelecido foi de R$ 15 mil mensais.

As novas regras não criarão impostos para o Pix, esclareceu o Fisco em outro comunicado oficial, na terça-feira (7). A informação falsa tomou as redes sociais depois que a ampliação da fiscalização sobre transações digitais entrou em vigor.

A nova norma "não implica qualquer aumento de tributação" e visa apenas melhorar o "gerenciamento de riscos pela administração tributária". A Receita justificou a medida apontando que ela aumenta o controle sobre operações financeiras e facilita o combate à sonegação de impostos e à evasão fiscal.

COMO SE PROTEGER DE GOLPES

No exemplo de golpe demonstrado pela Receita, os criminosos utilizam um texto falso para pressionar o pagamento de um boleto de R$ 845,20. A mensagem afirma que a vítima movimentou mais de R$ 5.000 via Pix, por isso deve pagar uma taxa para evitar o bloqueio total do CPF.

Segundo a Receita Federal, os contribuintes devem desconfiar de mensagens suspeitas e não repassar informações pessoais em respostas a emails ou mensagens de origem desconhecida que solicitem dados financeiros ou pessoais.

Além disso, a pessoa deve seguir dicas básicas como evitar clicar em links desconhecidos e arquivos anexos, duas das principais portas de entrada para a instalação de programas que podem roubar informações e arquivos de celulares e computadores.

A Receita utiliza canais exclusivos e seguros para se comunicar com os contribuintes, como o Portal e-CaC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) e o site oficial da instituição. São nesses canais oficiais que a pessoa pode confirmar se informações recebidas em redes sociais procedem ou não.

Outro ponto de atenção envolve a distribuição de fake news nas redes, que facilitam o trabalho dos golpistas diante do crescimento da desinformação entre a população. A sugestão é evitar o compartilhamento desse tipo de informação falsa.

Mensagens com informações alarmantes ou urgentes, com erros de gramática, sensacionalistas e com promessas milagrosas, geralmente são falsas.

A Receita Federal não envia cobranças ou comunicados por WhatsApp, SMS ou redes sociais. Sempre confirme diretamente pelos canais oficiais", diz o Fisco.

A orientação ao receber mensagens suspeitas ou duvidosas é procurar os canais oficiais da Receita Federal.

Geral

Fumar ao volante é infração de trânsito, alerta Secretaria de Mobilidade

Multas podem ser aplicadas por agentes de trânsito e câmeras de vídeo monitoramento presentes em quatro locais de Goiânia

Motorista acendendo cigarro ao volante

Motorista acendendo cigarro ao volante (Divulgação / Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM))

A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) alerta que fumar ao volante é infração de trânsito. Além disso, comer e segurar qualquer objeto enquanto dirige pode causar multa de R$ 130,16 além da perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Isso porque o motorista acaba tirando uma das mãos do volante.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

A infração é considerada de natureza média. Conforme a SMM, está prevista no Artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz que retirar uma das mãos do volante para manusear objetos que não sejam do uso exclusivo do veículo é infração.

No entanto, movimentos naturais do braço, mudar de marcha e usar equipamentos e acessórios do veículo são permitidos pelo CTB.

O hábito de fumar ao dirigir pode desviar a atenção, segundo a secretaria. Um exemplo é quando o motorista desvia os olhos para enxergar a posição correta do filtro do cigarro.

Além disso, há possibilidade do cigarro cair no interior do veículo, o condutor pode tentar apagar, podendo acontecer acidente ou ter uma reação inadequada diante de um imprevisto de trânsito, devido à distração, informou a SMM.

As multas podem ser aplicadas por agentes de trânsito e por câmeras de vídeo monitoramento. Em Goiânia, as câmeras estão presentes no Parque Vaca Brava, Aeroporto de Goiânia, Emílio Póvoa, localizada na Vila Redenção e na Rua 10, no Centro.

Geral

Crixás é a primeira cidade em Goiás a adotar rodízio no abastecimento de água

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Estiagem obriga usuário a fazer consumo consciente de água

Estiagem obriga usuário a fazer consumo consciente de água (Saneago/Divulgação)

A cidade de Crixás é a primeira em Goiás a implementar o rodízio de abastecimento de água por conta da seca. Segundo a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), não chove há cerca de cinco meses no município e o Córrego Forquilha secou - principal manancial de abastecimento de água de Crixás. A Saneago chegou a elaborar um plano de rodízio para oito municípios de Goiás.

A escala de rodízio começo0u na última segunda-feira (23). Desde então, um dia a água é liberada e no outro é desligada, ou seja, o abastecimento acontece um dia sim e outro não. Em nota, a Saneago destacou que as altas temperaturas e os recordes de baixa umidade elevaram consideravelmente o consumo de água e a recomendação à população de Crixás é de redução no consumo.

"Até que as chuvas retornem, é imprescindível que todos diminuam seu consumo. Lembramos também sobre a importância das caixas d'água, que auxiliam na reservação domiciliar. Imóveis que contam com caixa d'água bem dimensionada são menos impactados ou sequer ficam desabastecidos", alerta a Saneago.

Assim, a orientação da Saneago, com a falta de chuvas em outras cidades de Goiás há mais de 150 dias, é que os consumidores evitem desperdícios. Algumas dicas dadas pelo órgão são:

  • tomar banhos mais curtos;
  • regar o jardim no início da manhã ou no final da tarde;
  • usar a máquina de lavar com a maior quantidade de roupas possível;
  • reaproveitar a água da máquina para lavar a casa;
  • lavar o carro apenas se for extremamente necessário.
  • Seca em Goiás

    Apesar do abastecimento de água no estado seguir dentro da normalidade até o momento, a Saneago elaborou planos de racionamento para oito municípios goianos. A lista é formada por Goiânia, Porangatu, Nova Crixás, Mozarlândia, Arenópolis, Iporá, Caiapônia e Bom Jesus de Goiás. Destes, apenas Crixás, que não está na lista, aderiu o rodízio. A medida, segundo o órgão, é para fins de prevenção.

    Ainda conforme a Saneago, o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 44 anos. Por exemplo, o Rio Meia Ponte, um dos mais importantes de Goiás, atingiu no início de setembro o nível crítico 3, o que significa que a vazão de escoamento no manancial é menor ou igual a 3 mil L/s. A caráter de comparação, o índice mais baixo, ou seja, de menor vazão, é o 4. Além disso, o órgão tem recorrido ao Reservatório João Leite para suprir a demanda de abastecimento público de Goiânia.

    Afinal, quando vai chover?

    De acordo com a meteorologista do Inmet em Goiás, Elizabete Alves Ferreira, existe a possibilidade da tão esperada chuva chegar a partir do próximo sábado (28). Dessa forma, essa massa de ar quente e seco começa a dar uma trégua diminuindo as temperaturas entre dois a cinco graus e trazendo uma chuva com característica de início de primavera.

    "O que significa rajada de vento, trovão, também granizo, porque está muito seco, muito quente. O contraste térmico favorece esses granizos isolados e também as rajadas de vento intensas. Aquele levantamento de poeira pode acontecer de novo na região sudoeste, região de Jataí e Rio Verde. Pode ter esse levantamento de poeira, encobrindo a cidade com aquela poeira avermelhada", explica Elizabete Alves Ferreira.

    Geral

    Peritos encontram indícios que contrariam versão de PMs em duplo homicídio

    Simulação feita pelo Instituto de Criminalística de abordagem que resultou na morte de duas pessoas por policiais próximo ao Batalhão do COD aponta que armas teriam sido plantadas e celular e bolsa de vítima sumiu com a conivência dos acusados

    Modificado em 17/09/2024, 16:30

    Vídeo gravado pelo celular de vítima mostrou parte da abordagem e foi usado para embasar reprodução

    Vídeo gravado pelo celular de vítima mostrou parte da abordagem e foi usado para embasar reprodução
 (Divulgação)

    Peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica (PTC) de Goiás apontaram, com base no laudo de reprodução simulada dos fatos, uma série de falhas na versão dos policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) acusados de matar duas pessoas durante abordagem feita em 1º de abril numa rua a 1,5 quilômetro do batalhão da especializada. Uma das conclusões, por exemplo, é que a arma encontrada no carro como sendo de uma das vítimas teria sido plantada por um dos acusados. A ausência dos policiais militares na execução da simulação, no dia 7 de junho, não afetou as conclusões apresentadas no laudo, ao qual o jornal teve acesso com exclusividade.

    Um vídeo gravado aparentemente por um programa espião instalado no celular de uma das vítimas, o autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, mostra este se aproximando do veículo em que estava um amigo seu, o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42 anos, e pedindo para abrir o carro porque ele estaria acompanhado dos policiais. Em seguida, ambos foram mortos em uma abordagem feita por uma equipe operacional do COD comandada pelo segundo tenente Wandson Reis dos Santos e uma do serviço de inteligência do comando chefiada pelo primeiro tenente Allan Kardec Emanuel Franco.

    A simulação dos fatos foi feita tendo como base as imagens que aparecem no vídeo e os depoimentos de Allan Kardec e do soldado Diogo Eleuterio Ferreira, que na ocasião atuava como motorista do primeiro tenente. Os outros quatro acusados se recusaram a falar nos depoimentos à Polícia Civil. O documento foi encaminhado à Justiça nesta segunda-feira (2), pois o inquérito já foi concluído pela Polícia Civil com o indiciamento dos policiais por duplo homicídio qualificado e fraude processual. O Judiciário também já acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e os tornou réus.

    Armas plantadas

    Os peritos afirmam que uma das armas encontradas no interior do carro em que estava Marines, uma pistola Taurus calibre .380 é a mesma que aparece no vídeo sendo manuseada por Wandson após Junio e Marines terem sido baleados. O tenente aparece ao lado de outro policial que estava segurando uma sacola plástica e dá dois tiros com esta pistola em direção ao solo. O vídeo mostra dois estojos sendo ejetados da pistola no momento dos disparos e, após análise, foi constatado que eles coincidem com a arma no carro.

    No registro da ocorrência feito pelos policiais, a arma no carro teria sido usada por Marines. O laudo aponta o contrário. "É factível que se esteja diante de uma inovação de local promovida por tiros forjados e possível acréscimo de uma arma que, talvez, nem estivesse com nenhum dos dois indivíduo abordados naquela ocasião", afirmam os peritos.

    Eles também citam outra perícia, feita no dia da ação policial, apontando que a pistola foi deixada engatilhada, pronta para um tiro ser efetuado. Se a versão dos acusados fosse verdadeira, de que Marines não morreu imediatamente, mas que chegou a ser socorrido com vida, então eles não agiram corretamente por deixar a arma daquele jeito próxima de um suspeito vivo. "Em suma, chamou a atenção do perito responsável pela perícia de local, o fato de o socorro à vítima não ter sido precedido pela remoção da arma, com potencial de risco tanto para os socorristas, quanto para os próprios policiais ali presentes."

    A outra arma apontada pelos policiais como sendo a de Junio, vista ao lado de onde a vítima foi baleada, também pode ter sido plantada, na conclusão dos peritos. Isso porque o policial que aparece no vídeo segurando uma sacola plástica, o segundo sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, em seguida tira algo envolvido em um pano, se abaixa e são ouvidos dois estampidos semelhantes a tiros de uma arma de cano curto. O revólver Taurus calibre .380 foi deixado no solo com dois estojos deflagrados.

    "Diante disso e mais uma vez, é factível que se esteja diante de uma inovação de local promovida por tiros forjados e possível acréscimo de uma arma que, talvez, nem estivesse com nenhum dos dois indivíduos abordados naquela ocasião", afirmam os peritos. Eles também voltam a citar o lado da perícia no local que a arma foi deixada em cima de uma mancha de sangue, mas com a parte de cima intacta, o que sugere que foi deixada ali por terceiros.

    Celular sumiu

    No laudo é citado o desaparecimento do celular de Junio e de um acessório semelhante a uma pochete preta que aparece nos segundos iniciais do vídeo antes que a perícia comparecesse ao local após a abordagem. Os policiais não citam o que foi feito com estes materiais. "Nesse diapasão, a possibilidade mais concreta é que o autor das subtrações tenha sido algum (ou alguns) dos policiais que atuaram na ocorrência e aqui já nominados, ou outra pessoa, mas com o consentimento deles", afirmam os peritos que fizeram a reprodução simulada.

    Os depoimentos dados na Polícia Civil confirmam, segundo os peritos, a conclusão sobre a responsabilidade pelo sumiço do celular e da bolsa. Isso porque, pela fala de ambos, tanto Diogo como um outro soldado ficaram responsáveis por cuidar do isolamento do local, evitando a aproximação de civis e curiosos. "É inegável, portanto, que dificilmente alguém conseguiria adentrar aquele local e retirar dele os referidos objetos, sem ser visto por algum dos policiais."

    Corpo movimentado

    Chamou a atenção dos peritos também a versão apresentada por Allan Kardec, que aparece no vídeo arrastando o corpo de Junio após ter sido baleado. O tenente afirma que tomou esta decisão por ter sido informado de que o autônomo estava armado e percebeu que próximo à mão dele estava a arma. O vídeo mostra na verdade Junio segurando o celular numa mão e a outra vazia. Porém, os peritos destacam que o policial poderia ter agido de outra forma.

    "Tem-se então a exposição de um policial, corroborada por seu companheiro, de que, por medidas de segurança, optou por arrastar o corpo de uma vítima de sua posição de repouso, quando podia tão somente e empreendendo bem menos esforços, ter removido a arma do local, sem mexer no corpo, algo bem mais coerente e plausível."

    Além disso, a reprodução simulada apontou que na verdade Allan Kardec, pela posição que aparece no vídeo, teria arrastado algo ou alguém de dentro do carro. Se for mesmo um corpo, como ele disse, seria o de Marines então. "Essa sequência de ações, que Allan Kardec assumiu para si em seu depoimento, como se tivesse movimentado o corpo da vítima que foi alvejada fora do carro, se mostrou na simulação, bem mais compatível com a movimentação de um ocupante do veículo, de dentro para fora, sendo puxada pela vão da porta dianteira direita."

    A versão dos peritos que fizeram a reprodução simulada bate com a do laudo no local do crime, onde os profissionais estranharam o fato de haver mais sangue próximo à porta de passageiro do que no assento onde Marines estava ao ser baleado. "A pouca quantidade de sangue no interior do veículo indica a possibilidade da vítima ter sido retirada rapidamente, visto que apresentava lesões severas."

    Outro ponto levantado pelos peritos é que o principal alvo dos policiais foi Marines, mais do que Junio. Isso pela disposição dos policiais, das marcas de tiros no carro e dos estojos encontrados no chão. Marines foi atingido por cinco disparos, enquanto o amigo, por três.

    Entenda o caso

    Além dos policiais já citados, também participaram da abordagem e respondem ao processo como réus o sargento Wellington Soares Monteiro e o soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva. No inquérito feito pela corregedoria da PM-GO foi dito que Junio foi morto por disparos da arma de Wandson e Marines das armas de Marcos Jordão e Wellington. Pablo Henrique teria, assim como Diogo, feito a cobertura do local, impedindo a aproximação de terceiros.

    As investigações feitas pela Polícia Civil e pela corregedoria da PM-GO não avançaram na motivação para o crime cometido pelos policiais. O jornal mostrou que os acusados chegaram a pesquisar o nome de Marines no sistema da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) horas antes de ele ter sido abordado com Junio, contradizendo versão dos policiais de que só ficaram sabendo de Marines após ele ter sido baleado.

    Um vídeo que chegou ao inquérito mostra Junio comentando que iria pegar um "trem" na sede do batalhão do COD numa segunda-feira (ele e Marines foram mortos também numa segunda). No processo que tramita na Justiça, tanto a Polícia Civil como o MP-GO afirmam que Junio teria ido buscar um pacote relacionado a tráfico de drogas e que sua morte pode ter sido uma queima de arquivo.