Vilmar deseja sorte a Marconi e diz que se mantém na disputa ao Senado
Tucano terá o empresário Jalles Fontoura, aliado do pessedista, na primeira suplência
Marcos Nunes Carreiro
5 de agosto de 2022 às 13:14
Modificado em 20/09/2024, 04:06

Presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha (Divulgação)
O presidente do PSD, Vilmar Rocha, diz que deseja sorte ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), contra quem disputará vaga no Senado nas eleições deste ano, e que manterá seu nome na corrida pela vaga. Os dois foram aliados durante todo o período no qual o PSDB ficou no poder em Goiás, e confirmaram suas candidaturas em convenção na manhã desta sexta-feira (5).
A fala é uma resposta às falas de aliados que, nos bastidores, ainda comentam sobre a possibilidade de o pessedista recuar do projeto, dada sua proximidade com Marconi e porque o tucano terá na primeiro suplência o ex-presidente da Saneago Jalles Fontoura, a quem Vilmar é ligado.
A análise de aliados tem como argumento o fato de que a composição de Jalles com Marconi tira de Vilmar apoio em uma de suas principais bases: a região de Goianésia, a qual sempre representou quando era deputado federal. Soma-se a isso o fato de que o presidente do PSD foi primeiro suplente da candidatura de Marconi a senador em 2018.
Ao POPULAR , ele diz que "é natural que os partidos tenham seus projetos." "Boa sorte para eles. Quanto a nós, vamos continuar e vamos à luta", relata em referência à candidatura de senador. O presidente do PSD metropolitano, Simeyzon Silveira, e o ex-prefeito de Formosa Itamar Barreto ficaram na primeira e segunda suplências de Vilmar, respectivamente.
Convenção
Vilmar Rocha foi confirmado candidato a senador na convenção do PSD na manhã desta sexta-feira (5), ao lado do governador Ronaldo Caiado (UB), do pré-candidato a vice-governador, Daniel Vilela (MDB), de candidatos a deputado estadual e federal, e da militância do PSD.
Nos discursos, tanto Caiado quanto Daniel Vilela exaltaram a figura de Vilmar e a importância do partido para a aliança. O governador relembrou que foi colega do pessedista na Câmara dos Deputados e que nenhum dos dois "nunca desonrou o voto dos goianos."
Caiado também elogiou o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que deve coordenar a campanha da base aliada neste ano, dizendo que, sem ele, o governo "não teria chegado onde chegou." "Foi a somatória de forças que nos fez chegar nessa condição de hoje."
Recuo
Lissauer era, até o início da semana, o nome do PSD para o Senado. Ele chegou a se reunir com 27 prefeitos que declararam apoio a seu nome, na segunda-feira (1º), mas recuou da candidatura no dia seguinte.
Na primeira entrevista que concedeu após a desistência, Lissauer disse que "a situação de várias candidaturas" não atendeu as suas expectativas. "Sempre defendi candidatura única, respeitando, obviamente, a legislação. A legislação permitiu, mas defini, pelo bem do partido, da base aliada e de nossos candidatos a deputado estadual e federal, recuar e seguir outro projeto."
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