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Vilmar deseja sorte a Marconi e diz que se mantém na disputa ao Senado

Tucano terá o empresário Jalles Fontoura, aliado do pessedista, na primeira suplência

Modificado em 20/09/2024, 04:06

Presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha

Presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha (Divulgação)

O presidente do PSD, Vilmar Rocha, diz que deseja sorte ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), contra quem disputará vaga no Senado nas eleições deste ano, e que manterá seu nome na corrida pela vaga. Os dois foram aliados durante todo o período no qual o PSDB ficou no poder em Goiás, e confirmaram suas candidaturas em convenção na manhã desta sexta-feira (5).

A fala é uma resposta às falas de aliados que, nos bastidores, ainda comentam sobre a possibilidade de o pessedista recuar do projeto, dada sua proximidade com Marconi e porque o tucano terá na primeiro suplência o ex-presidente da Saneago Jalles Fontoura, a quem Vilmar é ligado.
A análise de aliados tem como argumento o fato de que a composição de Jalles com Marconi tira de Vilmar apoio em uma de suas principais bases: a região de Goianésia, a qual sempre representou quando era deputado federal. Soma-se a isso o fato de que o presidente do PSD foi primeiro suplente da candidatura de Marconi a senador em 2018.

Ao POPULAR , ele diz que "é natural que os partidos tenham seus projetos." "Boa sorte para eles. Quanto a nós, vamos continuar e vamos à luta", relata em referência à candidatura de senador. O presidente do PSD metropolitano, Simeyzon Silveira, e o ex-prefeito de Formosa Itamar Barreto ficaram na primeira e segunda suplências de Vilmar, respectivamente.

Convenção

Vilmar Rocha foi confirmado candidato a senador na convenção do PSD na manhã desta sexta-feira (5), ao lado do governador Ronaldo Caiado (UB), do pré-candidato a vice-governador, Daniel Vilela (MDB), de candidatos a deputado estadual e federal, e da militância do PSD.
Nos discursos, tanto Caiado quanto Daniel Vilela exaltaram a figura de Vilmar e a importância do partido para a aliança. O governador relembrou que foi colega do pessedista na Câmara dos Deputados e que nenhum dos dois "nunca desonrou o voto dos goianos."
Caiado também elogiou o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que deve coordenar a campanha da base aliada neste ano, dizendo que, sem ele, o governo "não teria chegado onde chegou." "Foi a somatória de forças que nos fez chegar nessa condição de hoje."

Recuo

Lissauer era, até o início da semana, o nome do PSD para o Senado. Ele chegou a se reunir com 27 prefeitos que declararam apoio a seu nome, na segunda-feira (1º), mas recuou da candidatura no dia seguinte.

Na primeira entrevista que concedeu após a desistência, Lissauer disse que "a situação de várias candidaturas" não atendeu as suas expectativas. "Sempre defendi candidatura única, respeitando, obviamente, a legislação. A legislação permitiu, mas defini, pelo bem do partido, da base aliada e de nossos candidatos a deputado estadual e federal, recuar e seguir outro projeto."

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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado com 73 votos e volta ao posto após quatro anos

Acolumbre foi eleito com apoio de 9 dos 12 partidos com representação no Senado

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP)

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) (Marcos Oliveira / Agência Senado)

Um dos políticos mais influentes do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), 47, voltou à presidência do Senado neste sábado (1º) para um novo mandato de dois anos, em um arco de alianças que vai do PT ao PL.

Mesmo fora do cargo há quatro anos, o amapaense manteve forte influência no Senado por meio de seu sucessor e afilhado político, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Teve voz relevante na indicação de dois ministros no governo Lula (PT) e manteve o controle sobre a distribuição de emendas parlamentares para seus colegas.

Alcolumbre foi presidente do Senado de 2019 a 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Ao fim daquele ciclo, tentou uma manobra para disputar um segundo mandato seguido, em circunstâncias vedadas pela Constituição, e acabou impedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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Sob o comando de Alcolumbre à época, o Congresso expandiu seu poder sobre o Orçamento, estabelecendo uma partilha de recursos para as bases eleitorais de parlamentares, com baixa transparência. O movimento teve o aval do governo Bolsonaro, com quem o senador amapaense manteve algum alinhamento.

Alcolumbre explorou como ferramenta de influência as emendas de relator, que eram controladas por um grupo restrito de parlamentares e distribuídas a seus aliados em troca de apoio político.

Depois que o Supremo proibiu o uso desse mecanismo, em 2022, o senador pelo Amapá ajudou a turbinar as emendas de comissão ---hoje na mira do ministro do STF Flávio Dino--- e se tornou um dos principais defensores do modelo.

Ao definir sua candidatura para um novo mandato como presidente, o amapaense estabeleceu a missão de voltar ao cargo com o maior placar da história e bater o recorde de Mauro Benevides (MDB), em 1991, e José Sarney (MDB), em 2003, ambos com 76 dos 81 votos.

Alcolumbre foi eleito com o apoio de 9 dos 12 partidos com representação no Senado: PSD, PL, MDB, PT, União Brasil, PP, PSB, Republicanos e PDT.

O apoio do PL foi negociado pessoalmente por Bolsonaro, em troca da 1ª vice-presidência do Senado, de comissões de peso, e da garantia de que o debate sobre a anistia aos golpistas do 8 de janeiro não será interditado.

Alcolumbre também pediu a bênção do presidente Lula, com a promessa de não atrapalhar a agenda do governo federal.

Mesmo com chances praticamente nulas de derrotar Alcolumbre, os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) mantiveram as candidaturas ---no caso deste último, a contragosto do PL.

Em 2019, Alcolumbre chegou à presidência do Senado com uma votação mais modesta, com 42 dos 81 votos, após a renúncia do até então favorito, Renan Calheiros (MDB-AL), em uma eleição marcada por confusão, recurso ao STF e anulação da primeira votação por suspeita de fraude.

Na ocasião, Alcolumbre deixou o chamado "baixo clero" do Congresso para chegar ao cargo mais alto, em uma costura feita pelo então ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, diante do desgaste sofrido por Renan com a Operação Lava Jato.

A sua eleição foi marcada por uma polêmica em relação à contagem dos votos, que ainda teve a então senadora Kátia Abreu roubando a pasta de Alcolumbre com o rito da eleição da Mesa.

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Senado aprova jornada flexível para mães e pais de crianças pequenas

Medida provisória segue para sanção do Presidente da República do Brasil

Modificado em 20/09/2024, 03:49

Projeto permite que as empresas não tenham berçários, mas elas terão de pagar um reembolso pelos custos com creches e pré-escola.

Projeto permite que as empresas não tenham berçários, mas elas terão de pagar um reembolso pelos custos com creches e pré-escola. (Arquivo/Agência Brasil)

O Senado aprovou nesta quarta-feira (31) a medida provisória que flexibiliza a jornada de trabalho para mães e pais que tenham filhos com até seis anos ou com deficiência. O texto agora irá para sanção do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

A medida prevê que estes pais e mães terão prioridade para regime de tempo parcial, antecipação de férias e concessão de horários flexíveis de entrada e saída.

A MP também trata de equidade de gênero, ao determinar que mulheres recebam o mesmo salário que os homens que exerçam a mesma função na empresa. A medida prevê ainda apoio ao microcrédito para mulheres.

Auxílio-creche

Se sancionado, o texto também amplia para 5 anos e 11 meses a idade máxima para a criança ter direito a auxílio-creche e procura fortalecer o sistema de qualificação de mulheres vítimas de violência doméstica.

A versão aprovada do texto também prevê medidas de combate ao assédio sexual em empresas, o teletrabalho para mães e pais empregados em regime de tempo parcial, regime especial de compensação por banco de horas e incentivos a criação de creches pelo Sistema S e flexibilização do regime de férias.

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Marconi Perillo vai disputar o Senado

Tucano confirmou candidatura em convenção; PSDB não fará coligação para o governo

Modificado em 20/09/2024, 04:06

Ex-governador Marconi Perillo (PSDB) decidiu disputar o Senado

Ex-governador Marconi Perillo (PSDB) decidiu disputar o Senado (Diomício Gomes/ O Popular)

Atualizada às 11h35

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou a decisão de disputar o Senado na convenção do partido na manhã desta sexta-feira (5), conforme antecipado pelo POPULAR. A sigla não fará coligação para o governo e liberou os filiados para apoio a qualquer candidato da oposição ao governador Ronaldo Caiado (UB)

O tucano também definiu os dois nomes para suplência: o ex-presidente da Saneago Jalles Fontoura e o empresário Marcos Ermírio de Moraes.

A candidatura ao Senado começou a ser articulada na noite de quarta-feira (3), depois que Marconi descartou disputar o governo estadual, em reuniões em São Paulo. Ele demonstrava tendência de ser candidato a deputado federal, mas, diante das definições do cenário para o Senado, o PSDB considerou o quadro favorável para a disputa majoritária.

"Seria mais cômodo para mim ser candidato à Câmara, mas como candidato a senador poderei ajudar mais ainda. A gente tem de ter coragem para enfrentar, ousar", afirmou Marconi.

Em 16 de julho, o PSDB realizou consulta interna sobre o destino de Marconi: 93% defenderam candidatura ao governo, 6% ao Senado e apenas 1% a deputado federal. Embora tenha acatado a decisão da maioria e se colocado como pré-candidato ao governo, Marconi afirmava que a manutenção dependeria de aliança e focou nas conversas com o PT.

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Senado chama McDonald's e Burger King para explicar propaganda enganosa com sanduíches

Audiência deverá ser realizada na quinta-feira (12)

Modificado em 20/09/2024, 00:18

Rede de fast food lançou nova linha de hambúrgueres McPicanha, mas lanche não conta com corte nobre da carne

Rede de fast food lançou nova linha de hambúrgueres McPicanha, mas lanche não conta com corte nobre da carne (Reprodução)

O Senado aprovou nesta terça-feira (3) requerimento que prevê a realização de uma audiência com representantes das redes de fast food McDonald's e Burger King para explicarem os casos de propaganda enganosa com seus sanduíches.

A audiência deverá ser realizada na quinta-feira (12).

O requerimento foi aprovado de maneira simbólica pelos membros da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado. Como não se trata de autoridades, como ministros de Estado, os requerimentos têm força de convite e por isso a presença não é obrigatória.

Na quinta-feira da semana passada (28), o Ministério da Justiça notificou o McDonald's após a rede de fast food confirmar publicamente que os lanches de sua recém-lançada linha "Novos McPicanha" não são feitos com picanha. O sanduíche, na verdade, é feito com um molho aromatizado.

A informação gerou uma série de reclamações de consumidores nas redes sociais. A rede chegou a retirar o sanduíche do cardápio em todo o país, mas depois também anunciou que ele seria reincorporado, mas com um novo nome. Em vídeo em sua página no Instagram, o gigante do fast food disse que "vacilou na escolha do nome do novo sanduíche".

Poucos dias depois, foi a vez do Burger King se ver envolvido em polêmica semelhante.

Nesta segunda (2), o Procon do Distrito Federal suspendeu a venda na capital federal do lanche Whopper Costela, que não contém costela. O Procon-SP, por sua vez, disse que vai notificar a rede de fast food.

O Burger king afirma que o hambúrguer é feito com paleta suína e tem "aroma natural de costela"

A decisão do Procon do Distrito Federal é cautelar e pode render sanções ao Burger King se não houver "a correção total da publicidade".

O requerimento aprovado pelos senadores prevê uma audiência pública com a participação dos representantes das duas gigantes de redes fast-food, do Procon, do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), do Blog Comer com Olhos e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Os senadores foram unânimes ao apoiar o requerimento de realização de audiência, de autoria de Nelsinho Trad (PSD-MS).

"Nós estamos na época das fake news, e, sanduíche fake, era só essa que faltava. Então, isso precisa ser esclarecido", afirmou Nelsinho Trad durante a sessão.

"Essa situação precisa ser esclarecida. Penso que quem denunciou tem que vir a público e explicar por que denunciou e quais elementos encontrou para fazer essa denúncia. Além do que, não podemos deixar de garantir também que aquilo que está sendo denunciado tenha o direito a sua defesa, da contradita. Quem vai sair ganhando com isso com certeza será o consumidor. O que não dá para aceitar é uma propaganda enganosa dessa natureza", disse o senador após a sessão.

Na mesma linha, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também criticou as duas redes de fast-food.

"Então, essas redes mundiais de fast-food, que têm um poder muito grande de marketing [...] Você imagine quantos e quantos milhões de brasileiros podem ter sido induzidos aos erros? Foi até uma boa este trocadilho: '"Vamos colocar em pratos limpos', porque isso é algo que a gente precisa de [explicações]", afirmou.

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