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Casal de brasileiros denuncia que foi agredido em Portugal durante briga em estacionamento

Vítimas são nascidas em Goiânia e disseram que não estão comendo, nem dormindo direito, após as agressões. Mulher teve um corte na cabeça e o homem, escoriações no rosto

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Casal de brasileiros denuncia que foi agredido em Portugal durante briga em estacionamento

(Arquivo Pessoal/Vítimas)

Um ajudante de pastelaria, de 29 anos, e a esposa dele, de 27, denunciaram que foram agredidos durante uma briga em um estacionamento em Olhos D'água De Natal, em Algarve, Portugal. Os dois, que preferem não se identificar por medo, são nascidos em Goiânia e disseram que não estão comendo, nem dormindo direito, após as agressões.

Como os agressores não foram identificados, a reportagem não os localizou para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

À reportagem, o homem contou que estava estacionando o carro com a esposa para ir a uma loja, quando dois agressores encostaram perto e pediram para eles tirarem o veículo porque ia atrapalhar a passagem deles. Em tom de ameaça, os dois teriam dito que iam agredir o casal, caso não saíssem do local.

Detalhes da agressão

Após a esposa cair, o ajudante de pastelaria contou que um dos agressores fez uma "gravata" no pescoço dele, enquanto o outro deu dois socos. A agressão aconteceu no dia 24 de junho e o casal chegou a fazer um exame de corpo de delito. O homem teve escoriações na testa e no supercílio e a mulher, um corte na cabeça, que precisou de 13 pontos.

O ajudante de pastelaria relatou ainda que tentou denunciar o caso à polícia, por duas vezes, mas como não tinha a placa do carro dos agressores, foi orientado que "não ia adiantar nada". Apesar disso, as autoridades coletaram as informações deles e solicitaram o exame de corpo de delito, que já foi feito.

Medo

O ajudante explicou que ele e a esposa mudaram para Portugal há um ano, na esperança de juntar dinheiro para comprar uma casa. No entanto, após a agressão, querem voltar ao Brasil.

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Cantor sertanejo que morreu após carro bater contra muro era 'extraordinário e trabalhador', diz família

João Kennedy trabalhava como borracheiro e estava começando a carreira como cantor sertanejo

Modificado em 26/01/2025, 07:40

Cantor João Kennedy morreu após acidente em Goiânia (Reprodução/Redes Sociais)

Cantor João Kennedy morreu após acidente em Goiânia (Reprodução/Redes Sociais)

Um jovem extraordinário e trabalhador é assim que a família descreve o cantor sertanejo João Kennedy, de 22 anos, que morreu após o carro que ele dirigia bater contra um muro , em Goiânia. No momento do acidente, ele voltava do trabalho acompanhado do amigo Samuel Carvalho, de 30, que estava no banco do passageiro e que também morreu na batida.

Para o primo de João, Bruno Silva, a partida do jovem, que ganhava a vida trabalhando em uma borracharia e acabara de começar a carreira como cantor sertanejo, foi precoce.

Para a família é muito difícil. Um menino jovem, cheio de vida. O menino estava trabalhando e infelizmente aconteceu [o acidente]. Menino novo, cantor, tentando seguir carreira, muito trabalhador. Um menino extraordinário. Sem comentários para elogiar o João Kennedy", afirmou Bruno em entrevista à TV Anhanguera.

Comoção

A morte de João Kennedy gerou comoção nas redes sociais. Em uma das publicações do cantor, diversas pessoas deixaram mensagens lamentando a morte dele.

Oh João, que Deus te receba e te dê um bom lugar, menino tão novo é sonhador", diz uma das mensagens.

Ai amigo, não estou acreditando que você se foi. Vai deixar saudade", escreveu uma amiga.

Que pena que muitas pessoas não puderam conhecer seu talento. Cantava demais!", escreveu outro.

Acidente

O acidente ocorreu na noite da última quinta-feira (23), na Rua da Divisa, no setor Jardim Curitiba IV, em Goiânia. De acordo com a família, momentos antes João Kennedy chegou a gravar um vídeo montando um pneu na borracharia em que trabalhava (veja abaixo).

undefined / Reprodução

A morte do cantor e do amigo dele foram confirmadas ainda no local pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a delegada Ana Cláudia Stoffel, João perdeu o controle da direção em uma curva, quando acabou batendo contra o muro.

"O condutor estava com um amigo, os dois descendo na via que tinha um declive e, posteriormente em uma curva, ele perdeu a direção e bateu no muro, em uma pancada muito forte. Posteriormente os dois ficaram presos às ferragens e o resultado foi a morte dos dois", destacou.

Estragos causados pelo acidente. Carro ficou partido ao meio. (Divulgação/Polícia Civil)

Estragos causados pelo acidente. Carro ficou partido ao meio. (Divulgação/Polícia Civil)

Ela ainda explicou que João não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que as causas do acidente são investigadas.

Serão analisadas as condições da pista, se houve problema mecânico, se um dos dois estava embriagado e se houve interferência de terceiros, de algum animal, de veículo ou pedestre que tenha influenciado no resultado", disse Ana Cláudia Stoffel.

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Goiânia é a segunda capital com a melhor qualidade de vida do Brasil, diz levantamento

Capital goiana se destacou devido a fatores relacionados ao bem-estar e às oportunidades. O resultado considerou 53 indicadores públicos

Modificado em 25/01/2025, 14:13

Goiânia durante pôr do sol (Wesley Costa/O Popular)

Goiânia durante pôr do sol (Wesley Costa/O Popular)

Um levantamento do Índice de Progresso Social Brasil (IPS Brasil) revelou que Goiânia é a segunda capital com a melhor qualidade de vida do Brasil. No ranking, as cinco capitais mais bem avaliadas foram Brasília, em primeiro lugar, seguida por Goiânia, Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba. O resultado considerou 53 indicadores públicos que influenciam no bem-estar social.

No âmbito estadual, considerando os indicadores socioambientais dos 246 municípios de Goiás, Goiânia lidera o ranking, com Goianésia, Nova Aurora, Catalão e Urutaí ocupando as posições seguintes. Em contrapartida, as cinco cidades com os piores índices de qualidade de vida no estado são Mundo Novo, Colinas do Sul, Gouvelândia, Bonópolis e Baliza.

Segundo o IPS Brasil 2024, Goiânia se destaca como a segunda melhor capital brasileira para se viver devido a fatores relacionados ao bem-estar e às oportunidades. Entre os principais indicadores positivos estão:

  • Baixo índice de abandono escolar no Ensino Fundamental;
  • Boa nota média no ENEM;
  • Alta densidade de internet banda larga fixa;
  • Densidade significativa de telefonia móvel e amplas áreas verdes urbanas;
  • Acesso a programas de Direitos Humanos;
  • Presença de iniciativas voltadas para os direitos das minorias;
  • Alta taxa de atendimento à demanda da Justiça;
  • Baixa taxa de congestionamento de processos judiciais;
  • Acesso à cultura, lazer e esporte;
  • Reduzido índice de gravidez na adolescência;
  • Elevado número de empregados com ensino superior;
  • Destaque na empregabilidade de mulheres com ensino superior.
  • Ranking nacional de capitais com melhores qualidades de vida (Reprodução/IPS Brasil)

    Ranking nacional de capitais com melhores qualidades de vida (Reprodução/IPS Brasil)

    Esses fatores reforçam a posição de Goiânia como um dos melhores lugares para se viver no Brasil, tanto em nível estadual quanto nacional. Para traçar um quadro completo da qualidade de vida dos municípios, o IPS informou que avalia um conjunto de indicadores em três grandes dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades).

    O índice varia de zero (pior) a 100 (melhor) e corresponde à média simples dos índices de progresso social. Foram utilizados um total de 53 indicadores públicos de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, com fontes como DataSUS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel, CadÚnico e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

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    Volta às aulas sem celulares na sala

    Unidades de ensino da capital já iniciaram o ano letivo com adaptações para cumprir a nova legislação federal. Alguns colégios optaram por recolher os aparelhos

    Modificado em 25/01/2025, 11:19

    Isadora Spindola, de 16 anos, entrega celular ao coordenador pedagógico do Colégio Degraus, Wesley Anderson

    Isadora Spindola, de 16 anos, entrega celular ao coordenador pedagógico do Colégio Degraus, Wesley Anderson (Fábio Lima / O Popular)

    As escolas de Goiânia já voltaram às aulas com adaptações para cumprir a nova legislação federal, que proíbe o uso de celulares dentro das unidades de ensino. Alguns colégios optaram por recolher os aparelhos antes do início das aulas e devolvê-los apenas na saída. O Conselho Estadual de Educação (CEE) trabalha na confecção de resolução que regulamentará a questão.

    Publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 14 de janeiro deste ano, a Lei 15.100 proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes com a justificativa de "salvaguardar a saúde mental, física e psíquica das crianças e adolescentes". Há exceções, como situações de perigo ou para atender condições de saúde dos alunos, ou mesmo para atividades pedagógicas em sala de aula.

    No Colégio Degraus, na Vila União, o uso do celular durante as aulas já era proibido. Neste ano, a regra foi enrijecida e a unidade de ensino passou a recolher o item no início da aula e devolvê-lo somente no final, impedindo o uso durante o intervalo. "Adquirimos colmeias, uma para cada turma, para colocar os celulares. Eles ficam guardados em um armário, sob responsabilidade da coordenação", explica Wesley Anderson de Souza, coordenador do Ensino Médio.

    Mesmo com a decisão, Wesley conta que a instituição continuará usando a tecnologia de maneira pedagógica. "Caso o professor queira usar, eles serão distribuídos, utilizados e depois recolhidos novamente", esclarece. A expectativa da instituição é que a mudança contribua para o processo de aprendizagem. "O comprometimento (do processo de aprendizagem) era visível. Agora, poderão se concentrar mais nas atividades pedagógicas", pontua o coordenador.

    A adolescente Isadora Espindola Silva, de 16 anos, estuda no Degraus há dois anos e faz o uso do celular por, em média, 8 horas por dia. Ela gosta de passar a maior parte do tempo nas redes sociais, mas também usa o aparelho para estudar. "Me deu uma certa angústia (quando soube da proibição), pois nas horas vagas eu sempre estava com meu celular (...) Certamente vou ficar mais concentrada nas aulas, mas me dá uma angústia não saber como será daqui para frente", conta.

    No Colégio Integrado, que tem unidades nos setores Marista, Jaó e Jardim Goiás, o uso de celulares dentro da sala de aula já era proibido. No recreio, o uso era permitido, mas os alunos eram estimulados a praticar outras atividades, como esportes e leitura. Desde o início deste ano letivo, o uso foi proibido até mesmo durante o intervalo. "Eles chegam e deixam o celular guardado em uma caixa que fica com a orientação pedagógica. O celular é devolvido no final da aula", explica Felipe Cavichiollo, diretor da escola.

    A nova dinâmica foi apresentada aos alunos no primeiro dia de aula de 2025. "Pedimos que eles lessem a lei", detalha Cavichiollo. Segundo ele, não houve grande resistência dos alunos em entregar os objetos. "Entenderam a importância", destaca. Ele ainda relata que em uma turma do 6º ano, por exemplo, apenas 3 dos 30 alunos levaram o aparelho para a aula. Conforme Cavichiollo, ao longo de 2024 já havia sido feito um projeto piloto nesse sentido com duas turmas da escola. No segundo semestre do ano, quando os celulares dos alunos dessas turmas foram recolhidos, o ganho pedagógico nas provas foi de 20%.

    Assim como no Degraus, em caso de emergência, os alunos do Integrado podem procurar a administração da escola para pedir ajuda e entrar em contato com os responsáveis. Cavichiollo diz que a direção também tem levado em conta casos excepcionais. "Tenho uma estudante diabética que precisa do celular para conferir a insulina. Nesse caso, ela pode ficar com o celular", pontua.

    No Externato São José, no Setor Oeste, os celulares não estão sendo recolhidos, mas o uso deles durante o recreio, que antes era permitido, passou a ser proibido. Dentro da sala de aula, a escola já não permitia o uso. "Eles têm de manter o aparelho guardado na mochila", explica Tatiana Santana, diretora da unidade. De acordo com ela, a recepção dos estudantes da unidade à novidade também foi boa. "Vejo os alunos entusiasmados com outras coisas, como em ter várias canetas de diversas cores. Aquele encantamento de antigamente, sabe?", pondera.

    Resolução

    O presidente do CEE, Flávio de Castro, esclarece que o conselho discute uma resolução que vai justamente orientar sobre a presença dos celulares dentro do ambiente escolar. "O porte (do celular) é de responsabilidade do aluno e da família. O que procuramos é instruir as escolas sobre como fazer uma mediação (sobre o uso do celular). É importante detalhar tudo, inclusive as situações em que o uso será pedagógico, no projeto político pedagógico da instituição. É um documento discutido com a comunidade."

    Conforme o ministro da Educação, Camilo Santana, será feito um decreto para estabelecer formas de fiscalização e controle, entre outras questões, no prazo de 30 dias contados a partir da publicação da lei. Em relação à rede estadual, reportagem do POPULAR publicada na edição de 15 de janeiro mostrou que a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) se manifestou favorável à medida e aguarda a regulamentação para dar início à implementação nas unidades estaduais de ensino.

    Restrição deve ser explicada

    Para que sejam bem sucedidas, as restrições relativas ao uso de celulares nas escolas devem ser explicadas aos estudantes. "É uma normativa que buscou resguardar a saúde global das crianças e adolescentes. Se não entender de onde a coisa vem e para onde ela vai, eles logo abandonam. Precisa fazer sentido para eles", explica Anita Chediak, pedagoga e coordenadora da Unidade de Psicologia da Unimed Goiânia.

    Conforme a especialista, os estudantes precisam perceber que o uso excessivo do celular e a exposição exacerbada às telas tem causado, além de um déficit no processo de aprendizagem, outros malefícios, como baixa tolerância à frustração, desatenção e dificuldade em esperar. "Nesse sentido, as escolas precisam saber respeitar as diferenças. Cada família tem uma realidade. É sobre promover algo para além do conteudismo, englobando uma educação socioemocional", esclarece.

    O cuidado com a integralidade dos estudantes é uma das preocupações de Felipe Cavichiollo, diretor do Colégio Integrado. "Fazer eles se reconectarem com os colegas e trabalhar para aumentar o tempo de concentração deles", pontua Cavichiollo sobre as expectativas em relação a proibição do uso de celulares. No Colégio Degraus, o anseio é o mesmo. "Esperamos que eles tenham ganhos no sentido de convivência uns com os outros", frisa Wesley Anderson de Souza, coordenador do Ensino Médio da unidade.

    O presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio de Castro, também é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe) e afirma que os professores da rede particular têm se preocupado em promover um ambiente equilibrado, já que o celular faz parte da realidade das escolas. "Por isso, nossas ações são em prol de uma mediação", enfatiza. Ele ainda explica que é importante que as escolas também levem em consideração a nomofobia, que é o medo irracional de não ter o celular ou de não poder usá-lo. "Esses casos existem por conta da exposição excessiva às telas", finaliza

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    Paço vai instalar semáforos para priorizar ônibus

    Prefeitura vai fechar parceria com consórcio das empresas do sistema de transporte coletivo, que vai assumir e controlar a semaforização inteligente na capital. Projeto começa pelo Eixo Anhanguera, em março

    Modificado em 25/01/2025, 11:17

    Na Avenida Anhanguera, ônibus pegam “onda verde”: sincronização a ser implantada deve agilizar transporte

    Na Avenida Anhanguera, ônibus pegam “onda verde”: sincronização a ser implantada deve agilizar transporte (Wildes Barbosa / O Popular)

    A instalação de semáforos inteligentes em Goiânia, que deverão priorizar os ônibus dos principais eixos de transporte da capital, deve começar em março, no Eixo Anhanguera (Leste-Oeste), a partir de parceria com o consórcio das empresas concessionárias do sistema de transporte coletivo metropolitano (Redemob). O modelo, no sistema BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês para "trânsito rápido de ônibus"), vem sendo chamado de metronização, visto que se assemelha com o transporte via metrô, com paradas apenas nas estações. A cidade não possui sincronização semafórica desde 2019, quando também começou a falar na instalação dos semáforos inteligentes, o que nunca ocorreu. A gestão anterior tentou licitar a aquisição dos equipamentos e a construção da central de controle, mas os processos foram vistos como irregulares pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

    Pela agilidade de conseguir ter o serviço sem a licitação, a gestão atual decidiu pela parceria com a Redemob, o que depende ainda de resolver pendências jurídicas. A principal questão é como colocar o serviço de semaforização como elemento do transporte coletivo, visto que atualmente ele é ligado à Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET). A ideia inicial seria fazer uma alteração na Lei Complementar 169/2021, que reformula e disciplina a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), para inserir a parte semafórica como um elemento da rede.

    Após isso, seria necessário fazer um termo de convênio enFtre o município de Goiânia com a RedeMob, via Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Será um acréscimo no contrato que a Prefeitura já possui com o consórcio para a realização do serviço de transporte e, mais recentemente, de revitalização da infraestrutura do sistema, como dos pontos de embarque e dos terminais de ônibus do Eixo Anhanguera. A previsão é que os ônibus no Eixo Anhanguera, que hoje possuem velocidade média de 15 km/h, possam chegar a até 21 km/h em média com a implantação do novo modelo semafórico.

    O prefeito Sandro Mabel (UB) explica que, com esse sistema, os ônibus dos corredores de Goiânia vão parar nas estações e os semáforos próximos já se prepararão para abrir o fluxo para o transporte coletivo. "Ele encosta na estação, vai ter tempo de parada, tem tempo de saída, como funciona no metrô. Ele vai ter um monitor que vai dizer se é para acelerar ou para ele atrasar, porque o sinaleiro já enxergou que ele saiu. Todos os caminhos até a próxima estação ele já enxergou e sabe que o ônibus está vindo. Ele começa a abrir os sinais para que o ônibus possa passar naquela velocidade, com isso o trânsito anda na mesma velocidade, toda a semaforização estará sincronizada", relata.

    Mabel estima que toda a semaforização será sincronizada em dois anos e também dentro do acordo com a Redemob, que usará sua central de controle operacional, que atua no sistema de transporte coletivo, incrementada com a semaforização. Já durante a campanha, o então candidato a prefeito negociou com as concessionárias e havia uma ideia de até mesmo incluir a semaforização de Aparecida de Goiânia. Não está definido ainda como será a remuneração do sistema, se o custo será incluído na tarifa técnica, que é o meio de remuneração do sistema, com uma complementação para a capital ou se será feito um acordo à parte. Há a ideia de utilizar receitas, como do estacionamento rotativo pago (Área Azul), para ajudar a pagar esse complemento.

    Segundo a Secretaria de Engenharia de Trânsito de Goiânia (SET), o projeto é para que a cidade tenha "o parque semafórico mais moderno e tecnológico do País, dando prioridade para o transporte público". "O transporte coletivo irá comandar o trânsito em nossa cidade e para isso novas tecnologias para criar soluções que tragam fluidez ao trânsito, como a tão pedida onda verde, por exemplo", informa a SET. No momento, os técnicos da secretaria estão "fazendo levantamento, conversando com fornecedores e fazendo uma apuração no que diz respeito a custos" para o serviço.

    O acordo a ser realizado com a RMTC Goiânia tem como vantagem, de acordo com a SET, "justamente os investimentos no processo de compra, manutenção e operação, sendo feito por uma entidade privada", o que, para a secretaria, agiliza, traz inovação e redução drástica de custos. Atualmente, Goiânia tem 863 interseções com controle semafórico, que são controladas por 820 equipamentos, sendo que alguns são controlados por um mesmo equipamento, em parte dos setores Bueno e Marista. Há a intenção também de ampliar a quantidade de pontos semaforizados na capital.