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Após ataque em Londres, brasileiro explica: 'Não estou com medo, sou do Rio'

Renato Lincoln Patrício testemunhou o ataque que aconteceu na última quarta-feira (22) e deixou cinco mortos

Modificado em 27/09/2024, 01:29

Após ataque em Londres, brasileiro explica: 'Não estou com medo, sou do Rio'

(Foto: Reprodução/ CNN)

Um ataque do lado de fora do Parlamento de Londres na última quarta-feira (22), deixou toda a Inglaterra em estado de alerta, menos o brasileiro Renato Lincoln Patrício, de 52 anos, que testemunhou tudo de perto. Ele contou à rede norte-americana CNN não sentir medo dos tiros por ser do Rio de Janeiro -- sugerindo que a cidade é violenta.

Ele estava na região com a mulher quando os tiros começaram e contou ter visto até um corpo estirado no chão. Mas ao ser questionado pela emissora, foi direto: "Estou apenas surpreso. Mas não, não estou com medo. Sou do Rio", justificou.

O ataque deixou cinco mortos, entre eles o autor do crime, e pelo menos 20 feridos.

(Foto: Reprodução/ CNN)

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Famosos

Sertanejo é agredido em show, leva 30 pontos e fica com o rosto desfigurado

Benício foi atacado por um homem pouco tempo após o encerramento do show

Modificado em 06/01/2025, 18:37

Cantor Benício da dupla Hermes e Benício

Cantor Benício da dupla Hermes e Benício (Reprodução/Redes Sociais)

O cantor sertanejo Benício, que forma dupla com Hermes, ficou com o rosto desfigurado após ser atacado durante show na virada de ano no interior de Minas Gerais.

Benício foi atacado por um homem pouco tempo após o encerramento do show. Na ocasião, o artista guardava os equipamentos de sua banda, quando percebeu a presença de duas mulheres que subiram no palco e pegaram o violão usado por Hermes.

Sertanejo avisou ao colega, que foi até as mulheres e pegou seu violão. Pouco tempo depois, quando estava enrolando os cabos de som, Benício diz que foi surpreendido pelo marido de uma das mulheres, que o agrediu fisicamente.

Ele cutucou no meu ombro, eu virei, achando que era alguém me chamando... Mas quando virei, recebi a garrafada no rosto", explicou em áudio enviado ao jornalista Leo Dias, e divulgado por ele mesmo nas redes sociais.

Benício levou cerca de 30 pontos no rosto, que está parcialmente desfigurado. Nos stories de seu perfil no Instagram, o cantor mostrou como ficou sua face em decorrência do ataque sofrido. Na imagem, é possível ver que ele sofreu diversos cortes, ficou com rosto inchado e roxo.

Ataque deixou o artista com o "físico, moral e psicológico" abalados. "A gente não fica bem", afirmou. O episódio também atrapalhou a agenda de shows da dupla. Devido a agressão, os sertanejos precisaram cancelar a agenda de shows prevista para o início de 2025.

Agressor foi preso e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Minas Gerais. Conforme a PCMG, o homem, que não teve a identidade revelada, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberado.

O UOL entrou em contato com Benício para questionar se ele pretende tomar alguma medida contra o agressor, e aguarda retorno. Em caso de resposta, esta matéria será atualizada.

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Empresária presa por engano na frente dos filhos em Londres desabafa

Alline Fernandes Dutra foi levada em um camburão e passou mais de 30 horas presa. Ela foi confundida com homônima

Modificado em 17/09/2024, 16:31

Alline em frente à corte depois da última audiência, quando foi confirmado de uma vez por todas a sua inocência

Alline em frente à corte depois da última audiência, quando foi confirmado de uma vez por todas a sua inocência (Arquivo pessoal/Alline Fernandes Dutra)

A empresária goiana Alline Fernandes Dutra, de 36 anos, foi presa por engano no aeroporto de Londres por ter o nome parecido com uma mulher procurada por dirigir bêbada. Mesmo após apontar que a foto e os dados da pessoa procurada não eram iguais aos seus, Alline foi levada em um camburão e chegou a ficar 30 horas em uma cela.

Foram os piores momentos da minha vida. Fui a loucura dentro da cela, estava sozinha em uma cela, mas rodeada de outros presos. Dava pra escutar os outros presos", afirmou.

Alline contou que não conseguiu dormir. "Teve uma hora que eu estava em crise incontrolável, eu esmurrava a porta da cela pedindo remédio para dor e uma janta", conta. Disse que pediu remédio porque estava sentindo dores nos braços e na cabeça. "Eles me algemaram muito apertado, ficou inchado. Mas também tive uma dor na cabeça terrível talvez por tanta pressão do stress que eu estava e por ter chorado praticamente as 30 horas que estava sob custódia da polícia", afirmou.

Ela contou ao POPULAR que a digital dela assinalou vermelho no sistema, o que significa que não era a mesma do registro da pessoa procurada. Alline contou que a, durante a detenção, os policiais se recusara a mostrar os dados básicos que que tinham da suspeita presa em 2022 - como data de nascimento, endereço, qual carro ela dirigia ou onde foi presa. "Após ir à corte, descobrimos que nenhum dos dados que eles tinham em mãos eram iguais aos meus", afirmou.

No dia seguinte após a prisão, Alline foi colocada diante ao juiz. "Durante a audiência, vimos que a polícia havia sumido com a foto da suspeita e também não passaram a informação de que minha impressão digital havia voltado vermelha, já provando a minha inocência", disse. Ela ainda informou que, enquanto ouvia o juiz falar, percebeu que a polícia teria editado o documento da prisão de 2022.

Segundo Alline, o nome dela completo e endereço foram adicionados ao documento, o que deixou "tudo mais confuso no sistema, para parecer que eu tinha algo a ver com o crime". Ela somente foi solta após o juiz ver em um vídeo da mulher procurada sendo presa, em 2022. "Enfim confirmaram que não era eu a pessoa e então fui solta, em liberdade condicional com data marcada para retornar à corte", contou. Atualmente, o processo continua aberto e a suspeita continua procurada.

Foi uma situação desesperadora, de muita aflição. Meu marido chorava ao falar com os policiais. Meu filho mais velho também. Minha filha de 1 ano e 3 meses ficou muito assustada", disse Alline.

O Itamaraty, em nota, afirmou que o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral em Londres, acompanha o caso e presta assistência consular à brasileira. Ainda recomenda que, em casos de emergências no exterior, que brasileiros contatem a repartição consular mais próxima.

É bem nítido aqui a indiferença com que tratam quem não é nato daqui. Sou casada com inglês e sempre que precisamos do serviço público ele liga ou vai à frente pois o tratamento é melhor. A discriminação é nítida", disse Alline.

Entenda o caso

No dia 13 de junho, quinta-feira, Alline Fernandes Dutra, estava no aeroporto de Londres para embarcar num voo para Florença para celebrar um casamento e curtir férias. No check-in, ao despachar as malas, Alline foi abordada por policiais. "Três policiais, dois homens e uma mulher, chegaram até mim muito armados e perguntaram se eu era Aline Fernandes". Ela confirmou, acrescentando seu último sobrenome, Dutra, ao responder aos agentes. Foi quando recebeu voz de prisão, por, segundo eles, ter cometido um crime em 2022 e não comparecer à corte no prazo devido.

Os policiais informaram a ela que, no dia 15 de janeiro daquele ano, teria sido flagrada dirigindo embriagada. O suposto crime de Alline (com dois Ls) Fernandes Dutra, na verdade, teve uma Alinne Fernandes (com dois Ns e sem Dutra no nome) como autora. "A questão é que eu não dirijo, não tenho carteira de motorista e não estava nas redondezas do local quando a outra pessoa foi presa", relatou Alline ao jornal. Foi o que ela argumentou também com os agentes que insistiram em levá-la presa.

A empresária e o marido viram que, nos papéis que foram apresentados, havia uma foto da pessoa procurada, que não se parecia com Alline. Um dos policiais chegou a falar que não adiantava colocar o foco na questão da foto. A agente disse que se as impressões digitais não conferissem, seria liberada, mas nem a impressão digital dela ter assinalado vermelho no sistema (quando não confere com o registro da pessoa procurada) fez com que a liberassem.

A goiana só foi solta após passar o vídeo da mulher procurada sendo presa, em 2022. "Disseram para mim que ainda estão atrás da pessoa e por isso não puderam fechar o caso. Ficou uma situação ainda aberta, por isso tenho de andar com esse documento, para provar que não sou a procurada", explica. (Colaborou Elder Dias)

Posicionamento

Itamaraty

"O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral em Londres, acompanha o caso e presta a assistência consular cabível à nacional brasileira.

Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.

Em casos de emergência no exterior, recomenda-se aos viajantes brasileiros contatar a repartição consular mais próxima."

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Brasileiro que fugiu de cadeia nos Estados Unidos é capturado

Danilo Cavalcante foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato da companheira em 2021 e fugiu da prisão em 31 de agosto

Modificado em 19/09/2024, 01:07

Danilo Cavalcante foi capturado pelas autoridades dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira (13)

Danilo Cavalcante foi capturado pelas autoridades dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira (13) (Reprodução/Twitter)

O brasileiro fugitivo Danilo Cavalcante foi capturado pelas autoridades dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira (13). A polícia irá dar uma coletiva de imprensa às 10h30 (horário de Brasília) para falar sobre o caso.

Danilo Cavalcante foi condenado à prisão perpétua no último dia 22 por matar a ex-namorada Déborah Brandão, na época com 34 anos, a facadas. Os dois são brasileiros, mas o crime ocorreu na cidade de Phoenixville, no estado da Pensilvânia (EUA). O brasileiro escapou da prisão do condado de Chester na manhã de 31 de agosto. Ele foi classificado como um homem extremamente perigoso.

Segundo a promotoria, Danilo esfaqueou a mulher até a morte na frente dos filhos dela, de 4 e 7 anos. Ele não aceitava o fim do relacionamento do casal. O assassinato ocorreu em abril de 2021. Após o crime, Cavalcante fugiu para o estado da Virgínia, mas foi preso pela polícia local menos de duas horas após o assassinato.

Sarah Brandão, irmã de Deborah, contou ao UOL em 2021 sobre a dinâmica do que ocorreu: "Foi enquanto ela pegava as compras do supermercado no carro dela, com as crianças. Ele pegou ela pelo cabelo e a golpeou no tórax, deixando as crianças verem tudo".

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Sem vigilância fixa, UPA é vandalizada em Goiânia

Homem não aceita procedimento padrão de atendimento e quebra recepção. Ação expõe vulnerabilidade da segurança das unidades de saúde da capital

Modificado em 19/09/2024, 00:40

Agressor quebrou o vidro que separa atendente do paciente na recepção, além de agredir verbalmente servidores

Agressor quebrou o vidro que separa atendente do paciente na recepção, além de agredir verbalmente servidores
 (Wesley Costa)

Um novo episódio de danos ao patrimônio público em Goiânia voltou a ocorrer na noite desta quinta-feira (10) expondo a vulnerabilidade da segurança dos servidores e dos bens que pertencem à toda sociedade. Um homem destruiu parte da recepção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. João Batista de Sousa Junior, no Residencial Itaipú, região Sudoeste da capital, depois de se irritar com profissionais de saúde, alegando demora no atendimento à pessoa que o acompanhava. No local não havia nenhum tipo de vigilância e ninguém ficou ferido.

O caso ocorreu por volta das 19 horas. Logo em seguida à explosão de fúria um dos profissionais de saúde lotados na UPA registrou em vídeo os danos causados pelo agressor, mais tarde identificado como João Batista Lemes Abadia Nascimento. As imagens viralizaram pelas redes sociais. No vídeo, aparecem vidros estraçalhados, um computador e lixeiras quebrados. "Nós precisamos de uma guarda fixa na unidade. Não dá para ficar sem uma segurança mínima para executar o trabalho. Graças a Deus ele não tocou em ninguém, mas isso é patrimônio da Prefeitura", lembrou o profissional indignado.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que o casal chegou à UPA em busca de sutura para a mulher do agressor e não houve demora no atendimento. "A ficha da paciente foi imediatamente preenchida e ela estava sendo encaminhada para a triagem, quando houve a reação do acompanhante", afirma o comunicado. Além de agredir verbalmente os servidores, o homem quebrou lixeiras, o vidro que separa o atendente do paciente na recepção e o teclado do computador.

Antes que a mulher fosse atendida, o casal deixou a unidade em uma caminhonete preta enquanto a Guarda Civil Metropolitana (GCM), corporação responsável pela segurança dos bens públicos, era acionada. A reportagem apurou que depois da quebradeira, o casal passou em uma farmácia, comprou material para curativo e retornou para casa. Também em nota, a GCM disse que logo depois de ter sido acionada, localizou o autor dos atos em sua residência. O homem foi detido e conduzido à Central de Flagrantes para as devidas providências legais.

Sem segurança fixa

É cada vez mais frequente reclamações de servidores públicos sobre falhas no monitoramento da segurança de parques, escolas e unidades de saúde de Goiânia. E também as consequências em razão disso, provocando medo e tensão. As atribuições da GCM vêm crescendo, mas não na mesma proporção do número do efetivo. Desde 2014, a corporação ganhou poderes de polícia, com uso de armas de fogo e ações de policiamento ostensivo, deixando desfalcada a segurança cotidiana de unidades públicas por onde transitam centenas de pessoas. A UPA Itaipu, por exemplo, atende em média 380 pessoas por dia, como informou a SMS. Em caso de violência, quando a GCM é acionada, o dano já foi feito. A corporação divulga o número emergencial 153 para ser acionada em caso de crimes.

A cada momento ganhando mais atribuições, a GCM não possui um efetivo previsto por lei. A Lei Complementar Municipal 353, de 10 de junho de 2022 detalha que para entrar na corporação o cidadão precisa fazer concurso público e o efetivo precisa ser de, no mínimo, 1.985 servidores e no máximo o correspondente a 0,2% da população de Goiânia. No último Censo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a capital conta com 1.437.237 habitantes. Ou seja, a GCM de Goiânia deveria ter hoje em torno de 2,8 mil servidores.

O efetivo da GCM atualmente está em torno de 1,2 agentes, segundo dado mais recente obtido pela reportagem. O último concurso data de 2006 quando 1,1 mil aprovados foram convocados, quase o total do número de agentes atuando. O prefeito Rogério Cruz autorizou a realização de um concurso para ampliar o efetivo da GCM, com previsão de 700 novas vagas, entretanto o anúncio do certame ainda é aguardado.

Em março de 2022 a corporação assinou um convênio com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para fiscalizar o trânsito da capital. Depois de muita polêmica, as ações começaram efetivamente um ano depois. Na época, a direção da GCM comentou que 100 agentes seriam direcionados para monitorar crimes de trânsito, mas após intervenção do Ministério Público, apenas 35 foram autorizados.