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Bolsa Família e BPC terão nova revisão; veja calendário de convocação e de corte do benefício

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 01:08

Bolsa Família e BPC terão nova revisão; veja calendário de convocação e de corte do benefício

(Divulgação)

O Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome dará início, neste mês, a uma nova fase de revisão cadastral do Bolsa Família. O processo também envolverá beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada). As datas de convocação para a revisão e de corte do benefício foram anunciadas pelo órgão nesta segunda-feira (11).

A revisão dos cadastros tem sido feita de forma constante pelo ministério, diz o órgão. Em agosto, 1,4 milhão de famílias tiveram o benefício bloqueado ou suspenso e não puderam sacar a parcela liberada no mês passado. Para ter cesso ao benefício, precisam atualizar seus dados no CadÚnico (Cadastro Único).

Do total de 21,1 milhões de famílias atendidas pelo programa em agosto, cerca de 19,7 milhões tiveram o benefício liberado, somando R$ 14,3 bilhões liberados. O benefício médio foi de R$ 686,04. No BPC, segundo dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), há hoje mais de 5 milhões recebendo o benefício. Nem todos serão convocados.

Nesta fase da revisão cadastral, entram no lote famílias que atualizaram o cadastro pela última vez em 2018 ou 2019. O ministério informa que, neste ano, a revisão irá se voltar apenas a quem está com o cadastro desatualizado.

A partir deste mês, três grupos deverão ser convocados e entregar documentação. Será enviada mensagem ao beneficiário e sua famílias. Para facilitar, o MDS dividiu os beneficiários em tipos de público.

Os primeiros a serem convocados são o público 2, composto por famílias que estão com os cadastros desatualizados há mais de cinco anos, ou seja, desde 2018. Fazem parte desta parcela quem recebe Bolsa Família, BPC ou tem direito à TSEE (Tarifa Social de Energia Elétrica).

O outro público a ser averiguado, o 3, é composto por famílias que estão com os cadastros desatualizados há quatro anos. E o último público, de número 4, é de famílias que fazem parte do CadÚnico, estão com o cadastro desatualizado há mais de quatro anos -ou seja, desde 2019- e não são beneficiárias de programas sociais.

VEJA O CALENDÁRIO DA REVISÃO DO BOLSA FAMÍLIA E DO BPC

  • Setembro/2023: Público 2 recebe mensagem de convocação para atualização
  • Outubro/2023: Público 2 que não atualizou tem o benefício bloqueado; público 3 recebe mensagem de convocação para atualização
  • Novembro/2023: Público 2 que não atualizou tem o benefício cancelado
  • Janeiro/2024: Público 3 que não atualizou tem o benefício bloqueado
  • Fevereiro/2024: Público 3 que não atualizou tem o benefício cancelado
  • A partir de junho/2024: começam a ser feitas as exclusões dos cadastros não atualizados
  • Segundo o ministério, a nova fase da revisão cadastral começa após melhorias no CadÚnico. São dois tipos de conferência: averiguação cadastral de renda e revisão cadastral. As duas, porém, já foram tratadas por meio de processos automatizados do governo.

    No caso da averiguação de renda, foi feito um cruzamento de dados considerando o Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que permitiu atualizar ou corrigir a informação de renda de 15 milhões de famílias. No caso da revisão cadastral, já foi feita a exclusão lógica de 921.919 cadastros desatualizados.

    As novas regras do ministério também trazem os critérios para regularização dos registros das chamadas famílias unipessoais, que deverão apresentar documentos solicitados e assinar o termo de responsabilidade no sistema de Cadastro Único.

    No caso da averiguação da renda, foi ajustado o prazo de previsão de exclusão dos registros que permanecerem pendentes. Os cortes finais serão a partir de dezembro de 2023.

    BOLSA FAMÍLIA FOI RETOMADO EM 1º DE JANEIRO

    O Bolsa Família foi retomado pelo governo federal em 1º de janeiro, em substituição ao Auxílio Brasil. A reformulação do programa, no entanto, que é uma das marcas das gestões do PT, começou apenas em março. Hoje, o valor mínimo pago por família é de R$ 600.

    Além do mínimo liberado, há adicionais, dentre eles o adicional de R$ 150 por criança até seis anos que estiver na escola, e o valor de R$ 50 para filhos entre 7 e 18 anos, que começou a ser pago em junho.

    QUAIS AS REGRAS PARA TER O BOLSA FAMÍLIA?

  • As famílias beneficiárias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e de educação;
  • Realização do acompanhamento pré-natal;
  • Acompanhamento do calendário nacional de vacinação;
  • Realização do acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de sete anos;
  • Para as crianças de quatro a cinco anos, frequência escolar mínima de 60% e de 75% para os beneficiários de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
  • Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, é preciso informar que a família é beneficiária do Programa Bolsa Família.
  • COMO FUNCIONA A ENTRADA DAS FAMÍLIAS NO PROGRAMA?

    Ao entrar no Programa Bolsa Famílias, as famílias vão receber dois cartas pelos Correios. A primeira, que contém informações básicas, diz que foram incluídas no Bolsa Família. A segunda tem o Cartão do Bolsa Família, instruções para usá-lo, compromissos da família e datas de pagamento. O cartão é gerado automaticamente para novas famílias beneficiárias, no nome do responsável pela unidade familiar. Existem dois tipos de cartões:

  • Cartão bancário Bolsa Família com função de débito (com chip): para famílias com conta-poupança social digital. Com o cartão de débito, as famílias podem realizar compras, acompanhar e movimentar a conta pelo aplicativo Caixa Tem, além fazer pagamentos e saques totais ou parciais do benefício. A conta que dá direito a esse cartão poderá ser aberta automaticamente pela Caixa, em nome do responsável familiar, para beneficiários que possuem os dados mínimos
  • Cartão Social Bolsa Família (tarjeta magnética): para famílias sem conta bancária. Com esse cartão o beneficiário saca o valor integral do benefício
  • O QUE É A REGRA DE PROTEÇÃO?

    A regra de proteção garante que as famílias do programa continuem recebendo benefícios, pelo período de 24 meses (cerca de dois anos), mesmo quando a renda por pessoa passa de R$ 218, desde que não ultrapasse meio salário mínimo, hoje em R$ 660. Se a renda por pessoa passar desse valor, o benefício é cancelado. Durante esse período, a família recebe metade do valor dos benefícios. As famílias que entram na regra de proteção são avisadas por mensagens no extrato de pagamento e no aplicativo Bolsa Família.

    O QUE FAZER PARA TER O BOLSA FAMÍLIA DE VOLTA?

  • É preciso levar documentos pessoais e comprovante de residência para atualizar o cadastro
  • Para os cidadãos que moram sozinhos, será necessário assinar um termo informando que mora sozinha
  • Após a regularização, o município irá desbloquear o cadastro e, em seguida, o benefício será pago, com a liberação de todas as parcelas bloqueadas
  • PARA QUEM SE CADASTROU COMO FAMÍLIA UNIPESSOAL, MAS MORA COM OUTRAS PESSOAS:

  • O cidadão que mora com a família, mas se cadastrou como unipessoal pode solicitar o cancelamento do cadastro pelo app do Cadastro Único
  • No aplicativo, é preciso informar o login e a senha e entrar em "Consulta completa", onde haverá a opção de cancelar o cadastro
  • Depois, é necessário agendar um atendimento para fazer um novo cadastro corretamente, incluindo seus dados na família com a qual vive
  • Se estiver nas regras de pagamento do programa, passará a receber o valor
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    Caixa inicia pagamento do Bolsa Família e Auxílio Gás nesta sexta-feira

    Valores podem ser movimentados pelo CAIXA Tem

    Modificado em 17/09/2024, 16:20

    Caixa inicia pagamento do Bolsa Família e Auxílio Gás nesta sexta-feira

    A CAIXA inicia, nesta sexta-feira (16), o pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Gás referente ao mês de fevereiro. As famílias que recebem seu benefício pelo Caixa Tem poderão continuar movimentando os recursos pelo aplicativo.

    Os beneficiários com final de NIS 1 são os primeiros a receber, conforme calendário escalonado. O pagamento é feito de acordo com o final do NIS do beneficiário, com término previsto para o dia 29.

    Os canais para movimentação dos valores e consulta de informações permanecem os mesmos: aplicativo CAIXA Tem, terminais de autoatendimento, Unidades Lotéricas, correspondentes CAIXA Aqui, além das agências da CAIXA.

    Auxílio Gás:
    O benefício foi criado para mitigar o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento das famílias. Atualmente, mais de 5,5 milhões de famílias recebem, bimestralmente, 100% do valor da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos. Em fevereiro, o valor será de R$ 102.

    Os pagamentos são realizados de acordo com o final do NIS do beneficiário e seguem o calendário de pagamento do Programa Bolsa Família. As famílias beneficiárias poderão consultar as informações das parcelas nos aplicativos Bolsa Família e CAIXA Tem ou pelo telefone 111.

    Como sacar:
    Nos dois programas, os beneficiários podem movimentar os valores pelo aplicativo CAIXA Tem, não sendo necessário ir até uma agência para realizar o saque.

    Os beneficiários também podem utilizar o cartão para realizar compras nos estabelecimentos comerciais por meio da função de débito e realizar saques nos terminais de autoatendimento, Unidades Lotéricas, correspondentes CAIXA Aqui, além das agências da CAIXA.

    Aplicativo CAIXA Tem:
    Pelo aplicativo CAIXA Tem é possível realizar compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos com o cartão de débito virtual e QR Code, por meio de mais de nove milhões de maquininhas de cartão espalhadas por todo o Brasil.

    O beneficiário também pode fazer transferências via Pix, além de realizar o pagamento de contas de água, luz, telefone, gás e boletos em geral pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas.

    Utilizando o aplicativo CAIXA Tem também é possível fazer saques nas unidades lotéricas, correspondentes CAIXA Aqui e terminais de autoatendimento, por meio da geração de token diretamente no aplicativo.

    Mais informações sobre o pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Gás podem ser consultadas no site do banco .

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    Bolsa Família de janeiro começa a ser pago dia 18; veja calendário

    Modificado em 17/09/2024, 15:36

    Bolsa Família de janeiro começa a ser pago dia 18; veja calendário

    (Divulgação)

    O governo e a Caixa Econômica Federal se preparam para fazer o primeiro pagamento do Bolsa Família de 2024, referente ao mês de janeiro.

    As parcelas seguem o dígito final do NIS (Número de Identificação Social) e, como de costume, serão liberadas de forma escalonada nos últimos dez dias úteis do mês. Na quinta-feira (18), recebem os beneficiários de NIS final 1; na quarta-feira (31), os de NIS final 0.

    O Auxílio-Gás, que é bimestral, foi pago em dezembro. A próxima parcela está prevista para fevereiro.

    VEJA O CALENDÁRIO DO BOLSA FAMÍLIA

    NIS final 1 18 de janeiro

    NIS final 2 19 de janeiro

    NIS final 3 22 de janeiro

    NIS final 4 23 de janeiro

    NIS final 5 24 de janeiro

    NIS final 6 25 de janeiro

    NIS final 7 26 de janeiro

    NIS final 8 29 de janeiro

    NIS final 9 30 de janeiro

    NIS final 0 31 de janeiro

    BENEFÍCIOS DO BOLSA FAMÍLIA

    O programa do governo federal tem valor mínimo de R$ 600 por mês, mas, a depender da composição familiar, outros adicionais entram na conta. Em março de 2023, por exemplo, foi implementado o Benefício Primeira Infância, que prevê R$ 150 a mais por cada criança de até 6 anos.

    Em junho passado, também foi criado o Variável Familiar, um adicional de R$ 50 para gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, e o Renda de Cidadania, de R$ 142 por integrante da família, de qualquer idade.

    Há ainda o benefício Variável Familiar Nutriz, que prevê mais R$ 50 para as nutrizes, responsáveis por recém-nascidos de até 6 meses de idade.

    O programa também tem uma regra de proteção: mesmo conseguindo um emprego e melhorando a renda, a família pode permanecer beneficiária por até dois anos, desde que cada integrante receba até meio salário mínimo -ou seja, R$ 706, no valor já reajustado de 2024.

    O objetivo dessa garantia, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, é assegurar maior estabilidade financeira e estimular o emprego e o empreendedorismo.

    Se a família perder a renda depois de dois anos, ou tiver pedido para sair do programa, ela tem direito ao retorno garantido e o benefício volta a ser pago imediatamente.

    REGRAS E CONDICIONANTES PARA RECEBER

    Para ter direito ao Bolsa Família, cada pessoa da família deve ter renda mensal máxima de R$ 218.

    Além disso, os beneficiários devem atender a condições nas áreas de saúde e educação.

    É preciso:

  • Realizar acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
  • Acompanhar o calendário nacional de vacinação;
  • Acompanhar o estado nutricional de crianças menores de 7 anos;
  • Manter frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 e 5 anos, e de 75% para a faixa etária de 6 a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica.
  • Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-lo no posto de saúde, a família precisa informar que é beneficiária do Bolsa Família.
  • COMO É O PAGAMENTO DO BENEFÍCIO

    O valor é disponibilizado pela Caixa, através do aplicativo Caixa Tem. Nele, é possível fazer a movimentação do dinheiro sem que seja necessário ir a uma agência -ou seja, o cidadão pode usá-lo para comprar de forma online, pagar contas, fazer transferências por Pix, entre outras funções.

    Para sacar o benefício, é preciso ir até caixas eletrônicos, lotéricas, nos correspondentes Caixa Aqui e agências do banco.

    O beneficiário também tem acesso ao valor por meio do cartão do Bolsa Família ou Cartão do Cidadão.

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    Bolsa Família será bloqueado por irregularidade no CPF a partir de janeiro

    Beneficiário terá seis meses para regularizar documento após ser notificado; saiba o que fazer

    Modificado em 19/09/2024, 01:15

    Beneficiário terá seis meses para regularizar a situação após ser notificado sobre a irregularidade do CPF

    Beneficiário terá seis meses para regularizar a situação após ser notificado sobre a irregularidade do CPF (Camila Domingues/Palácio Piratini)

    O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social determinou que irregularidades no CPF (Cadastro de Pessoa Física) e no CadÚnico (Cadastro Único) podem bloquear pagamentos do Bolsa Família a partir de janeiro.

    A instrução normativa 33/2023, de 11 de dezembro, dá ao beneficiário seis meses para regularizar a situação após ser notificado sobre a irregularidade do CPF, caso contrário, o benefício é cancelado.

    A medida faz parte do esforço da pasta para aprimorar a gestão do programa assistencial e evitar fraudes no benefício.

    Para tratar a pendência de CPF no CadÚnico, as famílias devem verificar a sua situação na Receita Federal e, se necessário, regularizá-la junto ao fisco. Após a regularização, é necessário atualizar o CadÚnico também parar voltar a receber o benefício.

    Para consultar a situação do CPF basta:

  • Acessar o site da Receita Federal;
  • Clicar em "Consultar CPF";
  • Inserir o número do documento e a data de nascimento do titular;
  • Depois, clicar em "Consultar" novamente; será gerado o comprovante de situação cadastral do CPF;
  • Caso haja pendências, clique em "Meu CPF";
  • Em seguida "Atualizar CPF";
  • E, depois, em "Regularizar CPF".
  • O beneficiário poderá realizar a regularização pelo email da Receita Federal do seu estado, por um formulário online ou em um posto de atendimento presencial. Após isso, a retirada da pendência ocorre de forma automática no Sibec (Sistema de Benefícios ao Cidadão).

    O documento do titular do benefício não pode:

  • Estar suspenso por desatualização de dados na Receita Federal;
  • Suspenso por falta de justificação de voto em eleições;
  • Cancelado devido a bloqueio judicial em nome do titular;
  • Cancelado para nomes com mais de um CPF;
  • Pendência por não entregar a declaração de anual do Imposto de Renda para quem é obrigado;
  • Ter divergência de titularidade.
  • O ministério afirma que irá comunicar as famílias sobre a situação do CPF e como regularizar a situação. A notificação será reforçada por mensagens enviadas por meio do extrato de pagamento dos benefícios, nos aplicativos do programa Bolsa Família e do Caixa Tem.

    Para esclarecimento de dúvidas, o governo federal disponibiliza diversos canais de atendimento, incluindo o Disque Social 121, chat, formulário eletrônico e informações permanentes no site do Ministério do Desenvolvimento Social.

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    Ministro diz que vai manter valor mínimo de R$ 600 do Bolsa Família

    Hoje, o Bolsa Família já faz um pagamento per capita de R$ 142 por família, mas oferece um complemento para que os núcleos formados por menos pessoas consigam atingir o valor mínimo de R$ 600

    Modificado em 19/09/2024, 01:10

    Famílias devem atualizar cadastros

    Famílias devem atualizar cadastros (Arquivo )

    O ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), afirmou que manterá o valor mínimo do Bolsa Família em R$ 600, apesar de estudos do Banco Mundial apontarem que o auxílio seria mais eficaz se fosse pago por pessoa.

    A declaração foi dada pelo ministro, nesta terça-feira (26), no evento em que a instituição internacional apresentou a nota técnica que defende que o pagamento per capita teria mais impacto na redução da pobreza e menos custos para o governo.

    "O presidente Lula é cumpridor da palavra. Ele fez esse compromisso de uma renda mínima de R$ 600, que é próximo de 50% do salário mínimo", disse Dias. "É claro, nós queremos com o tempo valorizar o per capita. Mas sem deixar de ter esse valor mínimo."

    A nota técnica do Banco Mundial, antecipada pela Folha de S.Paulo, aponta que um pagamento de R$ 150 por membro de uma família, mais R$ 150 adicionais por criança ou jovem de até 18 anos, corrigiria distorções atuais do Bolsa Família e seria mais eficaz na redução das pobrezas - já que, por exemplo, uma família com mais membros ganharia mais do que aquelas formadas por uma ou duas pessoas.

    Ao mesmo tempo, esse novo modelo do programa social reduziria os custos do governo federal, segundo apontam as simulações do Banco Mundial.

    Hoje, o Bolsa Família já faz um pagamento per capita de R$ 142 por família, mas oferece um complemento para que os núcleos formados por menos pessoas consigam atingir o valor mínimo de R$ 600. Esse complemento é feito à parte dos adicionais pagos para crianças, jovens, gestantes e nutrizes.

    A mudança foi realizada em março, quando voltou a se chamar Bolsa Família, marca de governos petistas. Na gestão passada, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa passou a se chamar Auxílio Brasil.

    "O que a gente tem de diferente [em relação ao Auxílio Brasil] é inclusão de um per capita. Lá atrás era R$ 600, independente do tamanho da família. Uma família de 20 pessoas, dividido os R$ 600, teria R$ 20 per capita. Agora há um mínimo de R$ 142", disse Dias.

    Segundo o Banco Mundial, o modelo indicado por eles, com a extinção do mínimo de R$ 600, reduziria a proporção de famílias pobres a 25,7%, quando considerada uma linha de corte de até meio salário mínimo. A pobreza infantil ficaria em 41,2%. Já o custo do programa seria de R$ 129,5 bilhões.

    O modelo vigente, com piso de R$ 600 por família, R$ 150 por criança e R$ 50 para jovens, gestantes e nutrizes, manteria a proporção de pobreza em 25,9%, enquanto a pobreza infantil ficaria em 42,3%. O investimento de recursos, por sua vez, seria de R$ 140,7 bilhões.

    Ministério e o Banco Mundial divergem quanto aos cálculos. O governo afirma que a redução nos custos federais do programa só acontece porque a instituição não leva em conta o complemento que deveria ser feito para alcançar o valor mínimo do auxílio.

    O estudo do Banco Mundial, de fato, não prevê o complemento e defende um pagamento a partir do número de membros de uma família.

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