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Goiânia castiga pedestre com poucas faixas e calçadas ruins

Estudo mostra que capital concede mais espaços e estrutura para carros e motos e dificulta a locomoção de ciclistas, pedestres e ônibus

Modificado em 20/09/2024, 05:15

Goiânia castiga pedestre com poucas faixas e calçadas ruins

Em Goiânia, há apenas 0,7 faixa de pedestres a cada quilômetro de ruas e ainda somente 0,06% das calçadas são consideradas ideais, de acordo com o Relatório Final do Estudo Mobilize 2022 - Mobilidade Urbana em dados e nas ruas do Brasil. A situação identifica a dificuldade para 26% da população que se locomove caminhando pela cidade, também de acordo com a pesquisa. Por outro lado, os carros e as motocicletas possuem toda uma estrutura de 5,2 mi quilômetros (km) espalhados pelos 421,5 km² de área urbana, ambos números acima da média das capitais do Brasil, mesmo para uma população abaixo da média.

O levantamento mostra uma cidade espraiada e com vias destinadas à locomoção por veículos motorizados, como as pontes e viadutos, que dificultam a mobilidade dos pedestres. Coordenadora da pesquisa em Goiânia, a arquiteta e urbanista Flávia Cirqueira lembra que todos são pedestres em algum momento. "Essa reflexão é importante para que possamos compreender que todos precisamos nos atentar para a qualidade do espaço urbano destinado ao pedestre, ou seja, a todos nós."

A arquiteta e urbanista explica que a "qualidade das calçadas é imprescindível para que o deslocamento do pedestre ocorra, não existe outra opção que favoreça o pedestre a não ser qualificar o seu espaço na via". Além disso, ela explica que a ausência de faixas de pedestres na cidade indica um problema grave de continuidade. Segundo Flávia, nesse caso, "o fluxo é interrompido por não ser possível atravessar a via do automóvel de forma segura e o percurso torna-se maior, o que demonstra que o modo a pé não é priorizado em relação ao automóvel".

Os dados da pesquisa apontam que os veículos individuais motorizados são os modos priorizados no sistema de mobilidade urbana goianiense, "sendo ainda necessária uma mudança de postura da gestão pública e da comunidade como um todo", de acordo com Flávia. O estudo informa que 36% das pessoas utilizam o veículo individual. Geógrafo e perito criminal especializado em eventos de trânsito, Antenor Pinheiro avalia que a pesquisa confirma que os investimentos para a infraestrutura viária da cidade "destinam-se à minoria da população que faz os seus deslocamentos diários por meio de carros e motocicletas".

Na prática, a priorização dos meios de transporte individuais motorizados tem resultado na redução dos espaços mais calmos para os pedestres, que possibilitaria caminhadas e travessias seguras pela cidade. Há casos como as construções dos complexos viários, como da Avenida Jamel Cecílio, o que dificultou a travessia dos pedestres na via, e na Avenida 85 com a T-63. Outro exemplo é a construção, ainda em andamento, do corredor do BRT Norte-Sul, que provocou a redução das calçadas ao longo da Rua 90 para que fossem mantidas duas faixas para carros e motos. Há ainda problemas com a ocupação indevida de calçadas, com obstáculos, materiais e até mesmo com mesas e cadeiras.

"A maioria das pessoas (64%) que utilizam ônibus, bicicletas ou se deslocam a pé não conta com a mesma atenção. Ou seja, os que se utilizam de transportes ativos e coletivos continuam a não merecer a atenção do poder público, contrariando assim a Lei Federal da Mobilidade Urbana", diz Pinheiro, que é membro da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Ele considera ainda que os dados apontam que as calçadas da cidade não são consideradas espaços de mobilidade públicos. "Isso corrobora para uma cidade cada vez mais brutalizada. A legislação prevê que as calçadas são vias públicas, mas não são assim consideradas."

O engenheiro de Trânsito e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Marcos Rothen ressalta ainda que a inadequação das calçadas gera muitos acidentes. "A existência de uma calçada adequada é também um fator importante para a saúde das pessoas. Em Goiânia é visível que as condições para se andar a pé são inadequadas e inseguras", diz. Ele afirma ainda que em suas aulas conversa com os alunos sobre as condições das vias para pedestres e os relatos apontam problemas até mesmo nas áreas mais urbanizadas, inclusive no Parque Vaca Brava, do Setor Bueno. "A falta de condições para caminhar leva as pessoas a utilizarem os veículos motores, e como há deficiência do transporte coletivo, acabam usando carros e motos", explica o especialista.

Viagem a pé dura 35 minutos

O Estudo Mobilize 2022 indica que o tempo médio de viagem a pé em Goiânia é de 35 minutos. Levando em consideração a velocidade média de uma pessoa adulta, em torno de 5 quilômetros por hora, é possível estimar que o pedestre, na capital, se locomove entre 2,5 e 3 quilômetros. "Em relação ao modo ativo, a oferta de infraestrutura é relevante, mas não exclusiva, pois os destinos devem ser próximos, alinhando-se à outras políticas setoriais e de desenvolvimento urbano, entrando na questão macro do planejamento urbano e da gestão integrada", afirma a urbanista Flávia Cirqueira, sobre a necessidade de organização da cidade para que os pedestres tenham para onde ir nas proximidades.

O professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Marcos Rothen ressalta que Goiânia tem longas distâncias para quem anda a pé. "Mesmo nas áreas mais centrais existem grandes espaços vazios, o que aumenta as distâncias."

Infraestrutura determina escolha final do usuário

De acordo com o Relatório Final do Estudo Mobilize 2022 - Mobilidade Urbana em dados e nas ruas do Brasil, em Goiânia, 36% dos deslocamentos são feitos por transporte individual motorizado (carro e moto), sendo o modo mais utilizado. Em seguida está o transporte público coletivo, com 30% e o transporte a pé (26%), enquanto que a bicicleta é utilizada em 6% das viagens e os demais 2% se referem a outros modos. A coordenadora da pesquisa em Goiânia, Flávia Cirqueira, explica que a oferta de infraestrutura para o modal é extremamente relevante na escolha final do usuário.

"No entanto, devemos lembrar que a escolha do modo de deslocamento está, também, relacionada com a distância. De forma que destinos de percursos realizados a pé ou de bicicleta são, obviamente, mais perto, próximos, enquanto destinos mais distantes cabem ao modo motorizado", diz. Desta forma, ela entende que a infraestrutura para realizar o deslocamento se torna um elemento no planejamento da mobilidade urbana, "visto que a estrutura espacial e o uso do solo são extremamente importantes para motivar os deslocamentos ativos por meio da proximidade".

Para melhorar a distribuição modal, o ideal, para Flávia, é a priorização do transporte coletivo. "O carro já é dominante, e o investimento em infraestrutura para ele configura-se como um reforço, uma retroalimentação, tornando mais distante a possibilidade do TPC competir com o carro."

SMM inclui ciclovias nos projetos

O secretário da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), Horácio Mello, embora afirme não ter conhecimento sobre a metodologia do Estudo Mobilize 2022, concorda com a conclusão de que a infraestrutura de Goiânia dá prioridade aos carros em detrimento à mobilidade ativa (pedestres e ciclistas). No entanto, ele ressalta que a melhor distribuição dos modais se dará em um processo que, segundo Mello, já está iniciado. "Estamos ampliando e muito a malha cicloviária da cidade, reformando as que já existem, e temos o projeto de triplicar a quantidade de ciclovias e ciclofaixas", explica.

Como exemplo, Mello cita as duas principais intervenções feitas na cidade pela atual gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no trânsito da capital. No Setor Jardim América, na região Sul, foram criados dois corredores nas ruas C-148 e C-149 que funcionam como binário (cada uma em uma sentido). "Foi a primeira grande intervenção. Criamos uma ciclofaixa em toda a C-148, tirando estacionamento dos carros. Assim como estamos fazendo na Rua 44", conta sobre a área na região Central da cidade que abriga o Arranjo Produtivo Local (APL) da Moda e é sede da Feira Hippie.

Nas últimas semanas, está em andamento a reformulação da Rua 44 e da Avenida Contorno, ambos se tornando binários, cada uma com sentido oposto. Na Rua 44, uma faixa do transporte individual motorizado foi substituída por uma ciclovia. No futuro, o trecho fará parte de uma via ciclável que ligará a Avenida Universitária ao Câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG), na região Norte. "Toda intervenção nossa temos tido a implantação das ciclovias", diz Mello. Válido ressaltar que o Complexo Viário da Jamel Cecílio, o viaduto Lauro Belchior e aqueles da Leste-Oeste estão sendo finalizados pela atual gestão, mas foram projetados na administração anterior.

O Estudo Mobilize 2022 aponta que Goiânia possui 88,64 quilômetros (km) de vias cicláveis, um total que está abaixo da média encontrada nas capitais brasileiras, que é de 166,11 km. Além disso, outro problema para quem escolheu a bicicleta como meio de transporte na cidade é a localização das ciclovias, já que a pesquisa aponta que apenas 6,6% das pessoas estão próximas à infraestrutura cicloviária. Mello afirma que o compromisso da atual gestão é triplicar a quantidade de ciclovias e ciclovias, pistas que são segregadas das vias dos veículos automotores. "Eu acho as ciclorrotas (vias compartilhadas) frágeis, não dá segurança, por isso apostamos nas ciclovias e nas ciclofaixas", diz.

Coordenadora do Estudo Mobilize 2022 em Goiânia, a arquiteta e urbanista Flávia Cirqueira entende que, "primeiramente, a estrutura cicloviária deve ser pensada como modo de deslocamento efetivo, não apenas com caráter de lazer ativo". Desse modo, a especialista acredita que a infraestrutura deve ser pensada como uma rede de vias conectando a cidade com rotas alternativas e mais curtas que a do automóvel. Para elas, as vias atuais são isoladas.

"Sobre estas vias nos corredores e avenidas pode-se pensar que existem elementos que desestimulam o ciclista, tais como, poluição sonora e do ar, falta de sombreamento, segurança viária, entre outros. Portanto a oferta de ciclovia em si não garante maior número de deslocamentos por este modo, é preciso pensar sistemicamente quais elementos influenciam e o favorecem", aponta Flávia. O perito em trânsito Antenor Pinheiro ressalta que as vias cicláveis deveriam ser planejadas com a ideia de conectar as populações periféricas aos corredores de transporte coletivo por meio de estações ou pontos de conexão.

Outro ponto, ressaltado pelo professor da Instituto Federal de Goiás (IFG) Marcos Rothen, é que para as bicicletas o importante é que o trânsito seja civilizado. "Mesmo nas cidades que tenham um bom sistema cicloviário o ciclista vai precisar, em diversos momentos, compartilhar o espaço da via com os carros. As ciclovias em Goiânia não levaram em consideração onde as pessoas iriam utilizá-las. Recentemente acompanhei o uso da ciclovia da T-63. São poucos usuários e mesmo assim há conflito com os carros e pedestres."

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Vídeo mostra jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia saindo pela portaria do prédio que mora com os pais

Pai do jovem, Rodrigo Gondim, de 43 anos, contou que a família ainda não teve qualquer notícia sobre o paradeiro de Luís Henrique

Modificado em 07/04/2025, 10:52

undefined / Reprodução

O jovem Luís Henrique de Moura, de 19 anos, segue desaparecido desde o dia 1° de abril quando saiu da casa onde mora com os pais no setor Oeste, em Goiânia. À reportagem, o pai do jovem, Rodrigo Gondim, de 43 anos, contou que a família ainda não teve qualquer notícia sobre o paradeiro de Luís Henrique. Imagens de câmeras de segurança do edifício onde a família mora gravaram o rapaz saindo às 09h25 do condomínio (veja no vídeo acima).

O vídeo mostra Luís Henrique saindo pela portaria do prédio com calça preta, camiseta cinza, boné preto e uma mochila também na cor preta nas costas. Segundo o pai do rapaz, antes do desaparecimento a família havia notado uma mudança no comportamento do filho.

Ele [Luís Henrique] não chegou a falar exatamente nada, só a questão do comportamento que percebemos que ele estava mais agitado, mais inquieto, mais impulsivo", detalhou.

Nas redes sociais, amigos, conhecidos e familiares de Luís Henrique se uniram para divulgar sobre o desaparecimento do jovem. Em uma publicação de Rodrigo Gondim, professor da rede pública, ele descreve como o filho saiu de casa.

Ele estava vestido exatamente como aparece na imagem, com uma pequena mochila e boné. Saiu sem celular, levando apenas o documento de identidade", escreveu o pai.

Na publicação, Rodrigo relata que infelizmente tem recebido trotes, o que segundo o pai, abala mais ainda a família.

Pedimos encarecidamente que sejam informações seguras e responsáveis, para evitar ainda mais sofrimento à nossa família", escreveu.

O vídeo publicado pelo pai do rapaz já alcançou 35 mil visualizações e mais de 660 curtidas. Nos comentários os seguidores de Rodrigo escreveram que estão compartilhando a publicação e em orações pela família.

Eu compartilhei no Instagram e coloquei no modo público para mais pessoas terem acesso. Deus abençoe que o encontre logo", comentou uma seguidora.

Para informar sobre o paradeiro de Luís Henrique, deve-se entrar em contato pelos números 197 da Polícia Civil ou pelo (62) 99102-0040, e falar com o pai do rapaz.

Luís Henrique saiu do condomínio com calça preta, camiseta cinza, boné preto e uma mochila também na cor preta nas costas (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

Luís Henrique saiu do condomínio com calça preta, camiseta cinza, boné preto e uma mochila também na cor preta nas costas (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

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Tia de estudante da UFG que morreu aos 25 anos após AVC diz que não consegue acreditar na perda: 'Era muito amada'

Maria Eduarda de Macedo Magalhães cursava Licenciatura em Física fez parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e integrava uma organização política na instituição

Maria Eduarda de Macedo Magalhães, de 25 anos, era uma pessoa alegre, humana e trabalhadora, segundo a família (Reprodução/Redes sociais)

Maria Eduarda de Macedo Magalhães, de 25 anos, era uma pessoa alegre, humana e trabalhadora, segundo a família (Reprodução/Redes sociais)

A tia e madrinha de Maria Eduarda de Macedo Magalhães, estudante que morreu aos 25 anos após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), disse que ainda não consegue acreditar na perda e mencionou que a sobrinha "era muito amada". Madu, como era conhecida, estava terminando o curso de Licenciatura em Física na Universidade Federal de Goiás (UFG) e dava aula em um colégio em Goiânia.

Uma menina trabalhadora, meiga, justa, alegre. Ela era humana, foi uma grande perda. Nem acreditamos ainda. Ela era muito querida e amada na nossa família. Muito mesmo. E a gente agradece em saber o quanto ela era querida na faculdade também", disse Luciene Macedo à reportagem.

A jovem morreu na quinta-feira (3) após ter um AVC e ficar internada em um hospital particular na capital, segundo a família. À reportagem, a mãe da estudante, Lúcia Macedo, disse que além de estudar e dar aulas, a filha também trabalhava com ela na produção de vídeos.

Madu morava no Setor Retiro do Bosque, em Aparecida de Goiânia. Na universidade, liderava um projeto de extensão chamado Física na Escola, fez parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e integrava uma organização política na instituição.

Madu, como era conhecida, era diretora de um projeto de extensão chamado Física na Escola (Reprodução/Redes sociais)

Madu, como era conhecida, era diretora de um projeto de extensão chamado Física na Escola (Reprodução/Redes sociais)

À reportagem, Yasmin Santos, colega de curso e amiga da Madu, contou que além de esforçada, a jovem era uma pessoa generosa.

Uma mulher excepcional, muito meiga, carinhosa, fofa, muito dedicada, estudiosa, comunicativa, proativa. Ela ostava muito de ajudar as pessoas. Uma excelente professora e aluna, uma excelente amiga, sempre muito alegre e animada", disse.

Homenagens

Nas redes sociais, o Instituto de Física da UFG lamentou a morte da estudante:

Maria Eduarda, a Madu, foi uma presença marcante em nossa comunidade acadêmica. Sua irreverência, energia contagiante e entusiasmo inspirador deixaram uma marca profunda em todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. [...] Sua luz e alegria permanecerão vivas na memória de seus colegas, professores e amigos", descreveu.

Colegas e amigos depositaram suas últimas palavras à estudante na internet.

Minha amiga tão linda, sempre alegre, muito estudiosa, uma pessoa de luz. Isso não é um adeus, Madu é um até logo. Obrigada amiga por todos os momentos, você sempre estará em meu coração. Te amo, descanse em paz", disse uma amiga.

Sem acreditar ainda", lamentou um amigo.

O velório foi realizado na manhã desta sexta-feira (4), no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia. O sepultamento ocorreu às 14h do mesmo dia, no Cemitério Jardim da Esperança, na cidade.

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Companheira de jovem que morreu após choque em pesque-pague desabafa: 'Dói saber que nunca mais vou sentir seu abraço'

Matheus Rodrigues Vaz, de 20 anos, estava pescando quando recebeu a descarga elétrica ao encostar em uma barra de ferro. Polícia Civil investiga o caso

Matheus Rodrigues Vaz, de 20 anos, morreu após levar choque enquanto pescava

Matheus Rodrigues Vaz, de 20 anos, morreu após levar choque enquanto pescava (Arquivo pessoal / Brenda Nathielly e Reprodução / Redes sociais)

A companheira de Matheus Rodrigues Vaz, jovem de 20 anos que morreu após levar um choque elétrico em um pesque-pague, em Goiânia, desabafou nas redes sociais a falta que sente dele. No depoimento, ela descreve o sonho de formar uma família com ele e o carinho que os dois tinham um pelo outro.

Eu fantasiei um bilhão de vezes como você seria um ótimo pai, assim como você foi um ótimo marido. Eu estou sentindo tanta saudade meu amor. Fico vendo nossas fotos a cada segundo, admirando teu sorriso lindo que eu nunca mais vou ver, teu olhar de criança pura. Dói saber que eu nunca mais vou sentir seu abraço, nunca mais vou te ouvir pedindo 'beijinhos de monoite'. Vai ser sempre a meu marido, meu pretinho lindo", lamentou Brenda Nathielly.

O acidente aconteceu na tarde desta sexta-feira (4), no setor Parque Santa Rita. De acordo com a Polícia Civil (PC), consta no relato que o jovem encostou na barra de uma tenda que estava eletrificada.

A reportagem entrou em contato com o responsável pelo pesque-pague, mas não houve retorno até a última atualização desta matéria.

Choque

Brenda contou à reportagem que Matheus gostava de frequentar o local e que no dia levou o irmão, de 11 anos, junto. No pesque-pague, ele conheceu um rapaz que pescava com o pai e se aproximaram.

Segundo ela, em uma ocasião, Matheus tentou pegar um peixe, acabou encostando em uma barra de ferro e levou o choque. O colega do jovem tentou tirá-lo, mas também recebeu uma descarga elétrica. O menino também tentou ajudar e levou um choque, de acordo com Brenda.

Ele [colega] disse que achou que o Matheus estava tendo uma convulsão. Aí foi quando ele tocou no ferro que viu que era choque, porque ele também tomou um choque. O ferro era de uma barraca que tinha lá. Ou seja, deve que tinha um fio desencapado nessa barraca", contou.

O homem que ajudou Matheus ainda disse à família que no momento que tentava tirar o jovem da estrutura, os dois cairam na água, mas o pai dele rapidamente ajudou a tirá-lo. Segundo a companheira, enquanto eles tentavam fazer manobras de reanimação na vítima, o irmão mais novo ligou para polícia.

Um descaso o pesque-pague ter um poste próximo. Por erro deles eu perdi meu marido, meu companheiro. E nada vai mudar isso", afirmou a jovem anteriormente ao Daqui.

Socorro

Conforme a ocorrência, o proprietário do clube levou o jovem até o Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) do Bairro Goiá, mas ele não resistiu e morreu.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e a Polícia Técnico-Científica realizou a perícia. O caso foi registrado como morte acidental. O 15º Distrito Policial investiga o caso.

Segundo a companheira, Matheus estava desempregado há cerca de um mês, mas havia passado em uma entrevista de emprego, onde já estava providenciando a conta salário para trabalhar.

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Jovem de 19 anos desaparece após sair de casa em Goiânia

Luís Henrique de Moura foi visto pela última vez na terça-feira (1º). Informações sobre o paradeiro dele podem ser compartilhadas pelos números 197 e (62) 99102-0040

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde a última terça-feira (1º).

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde a última terça-feira (1º). (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

Uma família de Goiânia procura pelo jovem Luís Henrique de Moura, de 19 anos, que desapareceu após sair da casa onde mora com os pais, no Setor Oeste. Ao DAQUI , o professor Rodrigo Gondim, de 43 anos, que é pai do rapaz, informou que o filho foi visto pela última vez na terça-feira (1º). Segundo o pai, Luís Henrique saiu sozinho e não disse para onde ia.

Ele [Luís Henrique] saiu com a roupa do corpo, uma mochila pequena e um documento de identidade. A família está desesperada, tanto nós como pais, os avós, enfim, todos os familiares ficaram desesperados", revelou Rodrigo.

Segundo o pai, Luís Henrique possui Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e estava fazendo uma avaliação para diagnosticar um possível autismo. Além disso, o jovem faz uso de medicação, mas, nos últimos dias, não estava tomando os remédios. Rodrigo também revelou que, antes do desaparecimento, notou uma certa mudança nas atitudes do filho.

Ele [Luís Henrique] não chegou a falar exatamente nada, só a questão do comportamento que percebemos que ele estava mais agitado, mais inquieto, mais impulsivo", detalhou.

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Ainda de acordo com Rodrigo, a família já registrou o caso na Polícia Civil (PC). A assessoria do órgão informou ao DAQUI que o caso está aos cuidados do Grupo de Investigação de Desaparecidos. Além disso, parentes estão divulgando a foto do jovem nas redes sociais e já entraram em contato com os amigos de Luís Henrique. Porém, até o momento, não conseguiram nenhuma notícia.

Para dar alguma informação sobre o paradeiro de Luís Henrique, a pessoa pode entrar em contato pelos números 197 e (62) 99102-0040. A pedido da família do jovem, a reportagem relembra a questão de evitar trotes e passar informações realmente úteis.