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Pessoas religiosas vivem mais do que aquelas sem religião, diz estudo

De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Ohio, pessoas engajadas com alguma religião vivem cerca de 5,64 anos a mais

Modificado em 26/09/2024, 00:46

Ter uma religião pode dar alguns anos a mais de vida, segundo estudo.

Ter uma religião pode dar alguns anos a mais de vida, segundo estudo. (Pixabay)

Ter uma religião e ir a igreja com frequência pode dar alguns anos a mais de vida, ao menos conforme um estudo feito pela Universidade do Estado de Ohio publicado no Social Psychological and Personality Science.

Os pesquisadores analisaram mais de 1.500 obituários de jornais americanos procurando por afiliações religiosas, status de relacionamento, hobbies e outras atividades. As descobertas mostraram que as pessoas citadas nos obiturários que tinham religião viviam mais cerca de 5,64 anos a mais do que aqueles que não tinham.

Uma das razões para isso é que as comunidades religiosas promovem ampla oportunidade de socialização e atividades, que pode ajudar em situações como solidão e vida sedentária, o que diminui a qualidade de vida e antecipam a morte.

Entretanto, os outros aspectos analisados pelos pesquisadores não mostraram tanto impacto na expectativa de vida quanto a religião. "Nós descobrimos que o voluntariado e envolvimento em organizações sociais aumentaram pouco mais que um ano a longevidade", disse Laura Wallace, líder do estudo. "Ainda há muitos benefícios da religião que isso não consegue explicar'.

O estudo contou com duas amostras. Na primeira, foram analisadas 505 obituários de Des Moines, capital do Estado de Iowa. Já a segunda inclui 1.096 pessoas de 42 cidades dos Estados Unidos.

Mais uma das razões apontadas na pesquisa foi o fato de que muitas religiões incentivam práticas saudáveis, como abstenção de álcool, drogas e tabagismo, e uma boa alimentação. "Muitas religiões também promovem práticas para reduzir o estresse, que podem melhorar a saúde, como oração, meditação e agradecimento", disse o co-autor Baldwin Way.

Geral

Ciência usa pequi para aliviar dor

Laboratório da UFG cria spray do produto para mulheres com osteoartrite

Óleo de pequi em versão spray, criada por professores do Laboratório de Nanotecnologia da UFG

Óleo de pequi em versão spray, criada por professores do Laboratório de Nanotecnologia da UFG (Wildes Barbosa / O Popular)

Aclamado como anti-inflamatório e antioxidante, o óleo do pequi caiu nas graças da ciência. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), o Laboratório de Nanotecnologia e Sistemas de Liberação de Fármacos (NanoSYS) criou uma versão em spray que apresentou resultados promissores em mulheres que sofrem com a osteoartrite, condição crônica que provoca dores em razão do desgaste das cartilagens que protegem as articulações do corpo. Estima-se que em 2050, o problema afete um bilhão de pessoas.

Tudo começou na Universidade Regional do Cariri (Urca), que fica no município de Crato (Ceará), onde as propriedades terapêuticas do óleo de pequi são estudadas há anos pela equipe do professor Irwin Menezes, doutor em Bioquímica e Toxicologia. Mais tarde, a pesquisa se tornou colaborativa com a participação dos professores Lucindo Quintans e Walderi Monteiro, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que ficaram responsáveis pelos ensaios clínicos. Uma primeira versão do produto que poderia aliviar a osteoartrite não se mostrou tão eficaz quanto o esperado. Foi aí que o Laboratório NanoSYS da UFG foi acionado.

O que fizemos foi entrar com a nanotecnologia. Colocamos o óleo dentro de uma nanoestrutura e fez toda a diferença. A formulação fica mais fácil de espalhar, tem um sensorial melhor e age mais rapidamente", explica Ricardo Marreto que, ao lado de Stephania Taveira, coordena o Laboratório NanoSYS da UFG.

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O que é

A nanotecnologia, campo que estuda propriedades de uma matéria em escalas ínfimas, que não podem ser vistas a olho nu, tem revolucionado a ciência em diversas áreas. Doutores pela Universidade de São Paulo, de Ribeirão Preto, os dois professores aplicam a nanotecnologia na Faculdade de Farmácia há 10 anos.

Ricardo Marreto detalha que o óleo de pequi é gorduroso, tem o cheiro característico da fruta, e a população costuma aquecê-lo antes do uso.

É um jeito ruim de aplicar e não favorece a entrada da substância na articulação.", diz

Resultado

Nos ensaios clínicos realizados na UFS com mulheres com idades entre 40 e 65 anos, o spray apresentou melhoras evidentes. "Observamos que a formulação, usada duas vezes por dia, por si só melhora a funcionalidade e desinflama a articulação."

Lei prevê regras para manejo

Em janeiro deste ano o presidente Lula sancionou a Lei nº 15.089, que institui a Política Nacional para o Manejo Sustentável, Plantio, Extração, Consumo, Comercialização e Transformação do Pequi (Caryocar brasiliense) e demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado.

O pesquisador Ricardo Marreto comemora a nova norma que prevê a identificação de comunidades extrativistas e a preservação das árvores do fruto que é considerado o ouro do Cerrado pelas suas amplas possibilidades.

Essas comunidades formam cooperativas e isso é importante para incentivar o desenvolvimento sustentável e valorizar o bioma", lembra.

Geral

Missa inaugural será em Trindade

Lançamento da Campanha da Fraternidade na capital será feita apenas na quinta-feira (6) e terá como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”

Modificado em 04/03/2025, 09:04

Dom João Justino, arcebispo de Goiânia: primeira missa às 7 horas

Dom João Justino, arcebispo de Goiânia: primeira missa às 7 horas (Fábio Lima / O Popular)

Com celebrações em todas as comunidades católicas do país, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança nesta Quarta-feira de Cinzas (5), em Brasília (DF), a Campanha da Fraternidade 2025, data que também marca o início da Quaresma, um dos mais significativos períodos no calendário litúrgico cristão. Durante 40 dias, até a Páscoa, os católicos são motivados à reflexão, ao arrependimento e à renovação espiritual. Este ano, excepcionalmente, o lançamento da campanha na capital será realizado na quinta-feira (6), às 9 horas, na Paróquia São Francisco de Assis, no Setor Universitário. A celebração será conduzida pelo arcebispo dom João Justino.

O arcebispo metropolitano conduz, às 7 horas desta Quarta-feira de Cinzas, a missa inaugural da Quaresma no Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. Às 19 horas, ele celebra na Catedral Metropolitana de Goiânia.

Em 2025, a Campanha da Fraternidade vai abordar o tema "Fraternidade e Ecologia Integral". O lema bíblico, extraído de Genesis 1, 31, é "Deus viu que tudo era muito bom". Conforme a CNBB, o objetivo é "promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra".

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O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, fará o lançamento oficial às 10 horas, no Auditório Dom Hélder Câmara, na sede da entidade, com transmissão simultânea pelo canal de Youtube e redes sociais da CNBB.

O tema de 2025 é inspirado na publicação da Carta Encíclica Laudato Si' do Papa Francisco, que em 2025 completa 10 anos; nos 800 anos da composição do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis; na recente Exortação Apostólica Laudate Deum; nos 10 anos de criação da Rede Eclesial PanAmazônica (REPAM) e na realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), marcada para novembro, em Belém (PA).

Entre os objetivos da Campanha da Fraternidade 2025 está a reflexão sobre os males que o modo de vida atual têm imposto ao planeta, gerando uma complexa crise socioambiental. A grave crise climática global é outro ponto a ser colocado em pauta.

Ainda dentro da campanha, a proposta da CNBB é que a Ecologia Integral seja colocada como "perspectiva de conversão e elemento transversal às dimensões litúrgica, catequética e sócio transformadora do compromisso cristão".

A Campanha da Fraternidade é realizada nacionalmente desde 1964 pela Igreja Católica brasileira com o objetivo de celebrar o Tempo da Quaresma -- os 40 dias em preparação para a Páscoa com atitudes de oração, jejum e caridade. O ponto alto é a Coleta da Solidariedade, realizada em todas as comunidades do Brasil no Domingo de Ramos - este ano 13 de abril -, cujos recursos são destinados a projetos sociais.

Sessão Solene

Na segunda-feira (10), por iniciativa do deputado estadual Antônio Gomide (PT), a Assembleia Legislativa realiza uma Sessão Solene sobre a Campanha da Fraternidade 2025. Arcebispo metropolitano de Goiânia, dom João Justino, e bispos de todo o estado, confirmaram presença.

IcEconomia

Emprego

Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE

Os 10,3 milhões de jovens sem ocupação e sem estudo equivalem a 21,2% da população estimada nesta faixa etária, entre 15 e 29 anos

Modificado em 04/12/2024, 15:43

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem', no entanto, uma parcela do grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem', no entanto, uma parcela do grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício (Banco de Imagens)

O Brasil atingiu em 2023 a taxa mínima histórica de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os 10,3 milhões de jovens sem ocupação e sem estudo equivalem a 21,2% da população estimada nesta faixa etária, que era de 48,5 milhões. O resultado representa as menores taxas percentuais e os menores valores absolutos desde o início da série do instituto, em 2012. A mínima histórica anterior havia sido registrada em 2013, com 21,6%.

O jovem que não estuda nem trabalha também é chamado de 'nem-nem'. O IBGE, contudo, evita o termo, pois uma parcela desse grupo pode exercer atividades não renumeradas dentro de casa, sem que haja vínculo empregatício.

Segundo o IBGE, no entanto, a participação das mulheres negras (pretas e pardas) de 15 a 29 anos sem trabalhar e sem estudar teve avanço. O grupo, tradicionalmente mais afetado pela falta de estudo e trabalho, era composto por 4,6 milhões no ano passado, ou 45,2% do total de jovens na condição (em 2022, o índice foi de 43,3%). O número representa o maior percentual da série histórica.

Homens pretos e pardos (2,4 milhões ou 23,4%), mulheres brancas (1,9 milhões ou 18,9%) e homens brancos (1,2 milhões ou 11,2%) vieram na sequência.

Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa estatísticas obtidas da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também do IBGE.

PERCENTUAL DE MULHERES NEGRAS CRESCE; MENOR RENDA DOMICILIAR TEM IMPACTO

A participação das mulheres negras aumentou, saindo de 43,3% em 2022 para 45,2% dentre os jovens sem ocupação ou trabalho. Segundo Denise Guichard Freire, uma das analistas da síntese do IBGE, o perfil mais afetado é o de jovens negras sem rede de apoio e que precisam cuidar de familiares.

"Elas não conseguem buscar uma colocação profissional ou estudar, porque não tem política pública para ajudá-las a sair da situação. Todos os outros, principalmente os homens, por não terem tantas responsabilidades, vivem essa condição temporariamente", diz.

Além disso, quanto menor o rendimento domiciliar, maior é a parcela de jovens que não estudam e nem estão ocupados. Em 2023, 49,3% dos jovens dos domicílios 10% mais pobres estavam nesta condição - um em cada dois, a mesma taxa de 2022. No início da série histórica, em 2012, o percentual era de 41,9%.

A taxa é 2,3 vezes maior do que a média dos jovens brasileiros 'nem-nem' (21,2%).

Segundo o instituto, no intervalo entre 2022 e 2023, o total de jovens que não estudam e não estão ocupados recuou 4,9%, devido à melhora de 11,9% entre mulheres brancas e de 9,3% entre homens pretos ou pardos.

A melhora está associada à retomada do mercado de trabalho e ao crescimento do nível de ocupação. O IBGE, no entanto, ponderou que o total de jovens de 15 a 29 anos tem diminuído nos últimos anos, o que impacta o índice.

"Quando tem crise, os jovens saem do mercado de trabalho. Com a retomada da economia, há uma redução dos que somente estudam e dos que não estudam e não estão ocupados", diz Denise.

O dado da Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE, reforça um cenário revelado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Educação de 2023. Divulgada em março deste ano, a pesquisa afirmava que 9,6 milhões de jovens estavam sem estudar e sem trabalhar, dado que correspondia a quase um quinto (19,8%) da população com idade entre 15 e 29 anos.

IcEsporte

Esporte

Flamengo se mantém como clube de maior torcida do Brasil, mostra Datafolha

Corinthians seguiu na segunda posição geral, com Palmeiras (7%) e São Paulo (6%) na sequência

Torcida do Flamengo

Torcida do Flamengo (Adriano Fontes / Flamengo)

O Flamengo se manteve como o time de maior torcida do Brasil, de acordo com a última pesquisa Datafolha. Segundo o levantamento, a torcida do atual campeão carioca abarca 19% dos brasileiros.

Na pesquisa do ano passado, 21% haviam respondido que eram torcedores do clube, o maior patamar da série histórica iniciada em 1993, na qual o Flamengo sempre se manteve na liderança.

Também desde que começaram as pesquisas, o Corinthians seguiu na segunda posição geral, com 14% das respostas, o que representa uma oscilação de um ponto percentual para baixo em relação ao ano passado.

Palmeiras (7%) e São Paulo (6%) vêm na sequência, com o alviverde se isolando na terceira colocação, após a oscilação de um ponto do time do Morumbi.

Grêmio e Vasco, ambos estáveis com 4% das respostas, completam as primeiras posições das maiores torcidas.

Finalistas da Copa Libertadores, Atlético Mineiro e Botafogo estão empatados na 10ª colocação, juntos com Fluminense e Bahia, com 2% cada.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 5 e 7 de novembro, em 113 municípios brasileiros. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Segundo especialistas, a influência exercida pelas transmissões de TV em âmbito nacional historicamente exerce peso importante a favor da liderança do Flamengo.

No Nordeste, por exemplo, o rubro-negro é o preferido disparado, citado por 25% dos torcedores, seguido por Corinthians (8%) e Palmeiras (6%). O Sport, que garantiu o acesso de volta à Série A em 2024, é o primeiro time da região, lembrado por 5%.

O mesmo fenômeno se repete no Centro-Oeste e Norte, onde 29% dizem torcer pelo Flamengo, e 11% pelo Corinthians. Os único times das regiões citados são Remo (4%), Paysandu (2%) e Goiás (1%).

"O Norte e o Nordeste têm historicamente muitos torcedores de times do Rio de Janeiro em função das transmissões da Globo, que ficaram concentradas nas equipes cariocas", afirma Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo.

No Sudeste, o Flamengo é o segundo, com 15%, atrás do Corinthians, com 20%. No Sul, apenas o terceiro, empatado com o Corinthians (9%), atrás de Grêmio (23%) e Internacional (18%).

Entre os torcedores pretos e pardos, 23% dizem apoiar o Flamengo, contra 12% dos brancos. A distribuição geográfica pode ajudar a explicar essa diferença, já que as regiões do país em que o clube lidera são também aquelas com maior concentração de negros e pardos, segundo o censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ---são 76% no Norte, 72,6% no Nordeste e 61,6% no Centro-Oeste, contra 55,4% da média nacional.

O recorte racial é mais equilibrado no caso do Corinthians, com 14% (pardos e pretos) e 13% (brancos), do Palmeiras (6% e 7%) e do São Paulo (6% e 6%).

A menor faixa da renda familiar mensal considerada pelo Datafolha, de até dois salários mínimos, é também a que o Flamengo lidera disparado, com 22%. Cai para 12%, no Corinthians, para 6%, no Palmeiras, e para 5%, no São Paulo.

Na quebra por religião, Flamengo e Corinthians têm o mesmo número de torcedores que se declaram católicos e evangélicos, com 19% e 13% cada, respectivamente. No Palmeiras, os católicos predominam ---9% a 5%, e há um empate em 6% a 6%, no São Paulo.

Para questões de gênero, renda familiar e religião, a margem de erro pode oscilar entre três e sete pontos percentuais.

Wolff assinala que a tradição familiar também exerce influência no processo de escolha, com muitos pais transmitindo ---ou ao menos se esforçando para transmitir--- a paixão futebolística para os herdeiros.

Além disso, uma tendência relativamente recente que tem ganhado cada vez mais espaço entre os jovens torcedores, fruto da globalização, é a preferência por times no exterior. "Hoje, estamos falando de uma infinidade de transmissões esportivas por diferentes veículos, inclusive YouTube, que é de graça. Isso pode contribuir e refletir para essas transformações", diz o especialista.

Consultor de marketing esportivo e professor do Insper, Eduardo Corch afirma que os gigantes europeus conseguem atrair o público com a exibição da marca em excursões das equipes estreladas mundo afora, e também por meio da oferta de experiências completas e facilidades aos torcedores.

"Vivemos em um mundo de experiências, em que as marcas, as empresas e os clubes de futebol precisam entregar uma boa experiência aos seus clientes", afirma o professor. Ele diz que são aspectos que precisam ir além de um estádio limpo, moderno e seguro, com ações que aproximem os clubes e os jogadores dos aficionados, com benefícios dos programas de sócio-torcedor e criação de conteúdo diário para as redes.

Gerente de marketing e esportes da empresa de sócio-torcedor Somos Young, Jorge Duarte destaca ainda que, especialmente em cidades do interior e em capitais menores, percebe que os clubes locais têm ganhado maior atenção dos moradores da região, apoiados nas novas tecnologias.

Segundo ele, a internet e o avanço da comunicação digital permitiram que eles potencializassem sua visibilidade e engajamento. "Assim, o foco deixou de ser exclusivamente no eixo Rio-São Paulo, abrindo espaço para maior representatividade de outros times do Brasil".

MAIS DE 70% DAS TORCIDAS DE CRUZEIRO E SANTOS SÃO CONTRA AS BETS

Em um Campeonato Brasileiro em que a maior parte dos clubes da Série A é patrocinada por bets, a pesquisa do Datafolha traz diferenças importantes no apoio das torcidas às empresas de apostas esportivas.

As de Cruzeiro (73%), Santos (71%) e Internacional (68%) foram as que mais se manifestaram contra as bets, defendendo sua proibição, com a menor adesão à ideia vindo de Palmeiras (58%) e Grêmio (60%) ---a margem de erro varia de cinco a nove pontos percentuais no recorte da relação de torcedores com as apostas esportivas.

Flamengo (35%), Palmeiras (32%) e São Paulo e Vasco (31%), por outro lado, têm as torcidas mais propensas a apoiar o funcionamento do negócio no Brasil, com Santos (18%) e Cruzeiro (20%) na ponta contrária.

Os são-paulinos são os que mais disseram já ter apostado por meio das bets, com 31% das respostas, seguidos pelos flamenguistas (28%) e pelos colorados (25%). Cruzeirenses (11%) e santistas (14%) são os que menos apostam.

Ao considerar o hábito de apostar de modo mais amplo, incluindo bets, jogos online, loterias e jogo do bicho, os santistas são os mais apostadores (61%), enquanto os vascaínos são os menos propensos ao hábito (34%).

Com 61%, os santistas são os que mais consideram as apostas e os jogos online um vício. Na outra ponta, apenas 43% dos torcedores do Internacional têm a mesma interpretação.