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Redemoinho derruba galpão, em Iporá; veja vídeo

No momento do acidente, havia seis pessoas no local. Elas conseguiram se esconder e ninguém ficou ferido

Modificado em 20/09/2024, 03:49

Um redemoinho de poeira derrubou o galpão de uma empresa em Iporá, na região oeste de Goiás. Um vídeo feito por uma pessoa que estava próximo ao local mostra a estrutura metálica caindo sobre as carretas com a força do vento. No momento do acidente, havia seis pessoas no galpão, elas conseguiram se esconder e ninguém ficou ferido.

Segundo o Centros de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a formação dos redemoinhos ocorre quando o solo se aquece em determinado ponto e o vento fraco vindo de uma direção se encontra com a corrente de ar quente acima do ponto, a qual está muito aquecida. Esse vento tende a ganhar velocidade, girar e empurrar o "turbilhão de poeira". Ele pode apresentar desde alguns centímetros até muitos metros de altura, a duração, por sua vez, varia de segundos a minutos.

Além disso, alguns redemoinhos podem ser mais intensos e se deslocarem, causando danos materiais, como aconteceu em Iporá. Essa condição climática é bastante instável e muito comum nesta época do ano, em que o tempo seco prevalece.

Formação dos redemoinhos ocorre quando o solo se aquece em determinado ponto e o vento fraco vindo de uma direção se encontra com a corrente de ar quente acima do ponto, a qual está muito aquecida

Formação dos redemoinhos ocorre quando o solo se aquece em determinado ponto e o vento fraco vindo de uma direção se encontra com a corrente de ar quente acima do ponto, a qual está muito aquecida (Reprodução/TV Anhanguera)

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Educação paga R$ 111,2 mil para armazenar entulho

Valor foi reajustado em 36% em abril, após 3 anos. Em maio de 2023, secretaria havia dito que o processo de devolução de galpões estava sendo finalizado

Modificado em 17/09/2024, 17:24

Entulho amontoado em galpão alugado que SME desistiu de esvaziar

Entulho amontoado em galpão alugado que SME desistiu de esvaziar
 (Wildes Barbosa)

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia paga R$ 111,2 mil por mês de aluguel pelo uso de dois galpões em situação de abandono para armazenar basicamente material inservível oriundo de escolas e unidades de ensino infantil. Os imóveis chegaram a ficar 21 meses sem contrato e em maio de 2023 a pasta afirmou que estava finalizando o processo de esvaziamento dos espaços e devolução ao proprietário. Porém, em abril último, a SME fez novos contratos, com um acréscimo de 36% no valor de locação e regularizou a situação.

Os dois imóveis ficam no Setor Santa Genoveva, nas Ruas Cacique e São Francisco, e, pelo menos visualmente, parecem abandonados. Não há nenhuma sinalização de que pertencem à SME e do que funciona no local, não há servidores nem seguranças, ou mesmo equipamentos de vigilância visíveis. Em um deles, nos dois portões é possível ver pelas brechas apenas sucatas, entulhos e outros tipos de materiais que não terão mais utilidade para o poder público.

A reportagem esteve nesta segunda-feira (12) no local e fez uma foto dos entulhos empilhados da mesma forma que se encontravam em maio de 2023. Há outros sinais de que os portões dos galpões alugados não costumam ser abertos com frequência. No aplicativo Google Street View é possível ver uma foto de abril deste ano com um material de coloração avermelhada com parte do lado de fora do portão principal. O material foi encontrado pela reportagem nesta segunda-feira, no mesmo jeito da imagem.

Na sexta-feira (9), a SME publicou no Diário Oficial do Município (DOM) o extrato do pagamento de R$ 1,75 milhão para a Queluz Empreendimentos, proprietária dos dois galpões, como indenização pelo uso dos espaços sem contrato entre meados de junho de 2022 e abril de 2024. Em média, representa R$ 81,8 mil por mês, o que fora pactuado na última atualização, em meados de 2021. Em abril de 2024, a atual titular da pasta, Millene Baldy tomou posse e resolveu manter os imóveis alugados, mas subindo o valor para R$ 111,2 mil mensais.

A SME mudou o discurso sobre o uso dos galpões. Até maio do ano passado, última vez que O jornal publicou reportagem sobre o tema, a informação oficial era de que o material armazenado nesses imóveis seria transferido para outro galpão, maior, localizado na Avenida Perimetral Norte, na Vila João Vaz, que começou a ser alugado em 2022. Agora, diz que a gestão anterior da pasta não realizou a documentação necessária para formalizar a locação, o que provocou o pagamento por indenização no período sem contrato.

A secretaria também diz que, além do material inservível verificado pelo jornal, há "patrimônio mobiliário adquirido para abastecer as 378 unidades educacionais que constantemente necessitam de substituir mesas, cadeiras e armários". "Lá também estão acomodados os inservíveis das unidades administrativas que não podem ser descartados sem o devido processo legal de descarte devidamente cadastrados por um rígido processo montado pela SME e encaminhado para a Semad, justamente no intuito de não haver nenhum desperdício de patrimônio adquirido pela administração pública", respondeu em nota, citando a Secretaria Municipal de Administração (Semad).

A SME também diz que em 2024 houve mais um complicador para se livrar do material inservível, por ser ano eleitoral e a legislação impedir que esses produtos sejam encaminhados para doação ou recolhimento por cooperativas de material reciclável e que isso, se possível, "viabilizaria mais rapidamente o processo de descarte dos mesmos". Seria então "necessário dessa forma aguardar o próximo início de ano para que assim possamos proceder". O jornal encontrou nesta segunda-feira, inclusive nas mesmas posições, entulhos que estavam no galpão da Rua Cacique em maio do ano passado.

Sobre a desocupação informada como em fase de finalização em maio do ano passado, a SME diz que a devolução dos galpões só vai acontecer "quando não houver mais necessidade de uso por parte da Secretaria Municipal de Educação, sendo necessário portanto que haja o entendimento de que, enquanto houver equipamentos mobiliários a serem acomodados para abastecer as 378 unidades educacionais, serão necessários espaços que sejam compatíveis com a necessidade da Educação Municipal". A pasta não informou se isso significa que a locação será permanente ou se não há prazo para o fim do contrato.

No primeiro semestre do ano passado, o TCM-GO havia feito uma vistoria nos galpões no Setor Santa Genoveva e constatou que o da Rua Cacique era de grande dimensão e subutilizado, com grande quantidade de material inservível, enquanto no da São Francisco havia mais mobiliário usado em escolas. Na época, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) chegou a propor um termo de ajustamento de gestão (TAG) para a SME corrigir a situação. A secretaria não informou quais materiais não inservíveis estavam nos galpões.

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Érika Ribeiro leva turnê Afrodisíaca Voz e Violão para o interior de Goiás

Modificado em 17/09/2024, 16:13

Érika Ribeiro leva turnê Afrodisíaca Voz e Violão para o interior de Goiás

(Divulgação)

A turnê Afrodisíaca Voz e Violão, da compositora goiana Érika Ribeiro, passa, a partir desta sexta-feira (19), pelos municípios de Iporá, cidade de Goiás, no domingo (21), Pirenópolis, na terça-feira (23) e Formosa, na sexta-feira (26).

O projeto conta com apoio financeiro da Lei Federal Paulo Gustavo, operacionalizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A entrada é gratuita e os ingressos podem ser adquiridos pelo linkhttps://abre.go.gov.br/00eaed0 .

Multi-instrumentista, a cantora atua na cena musical de Goiás e Mato Grosso desde 2012. Érika Ribeiro já passou pelos festivais Canto da Primavera e Goiânia Canto de Ouro, dentre outros, além de inúmeros shows autorais, incluindo apresentações nos Sescs de Goiás e Mato Grosso.

A artista possui como influência e inspiração os grandes nomes da MPB, do Samba e da Bossa, levando brasilidade e um violão único ao seu repertório. Em 2021, participou do The Voice Brasil, da rede Globo; possui três ep's e um disco lançados de forma independente. Em maio de 2022, lançou seu primeiro álbum intitulado "Afrodisíaca", que dá nome à turnê.

A turnê foi aberta em Goiânia, na última sexta-feira (12), no Em Riba Estúdio.

Serviço:

Iporá - 19/04 local: Caverna Pub - 20h

Cidade de Goiás - 21/04 local: Cine Teatro São Joaquim - 19h

Pirenópolis - 23/04 local: Centro Municipal de Artes Ita e Alaor - 19h

Formosa - 26/04 local: Teatro da Fundação Museu Couros - 20h

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Empresário condenado por matar esposa grávida tenta matar sogra e é morto em confronto com a PM

Horácio Rozendo de Araújo Neto disparou cinco vezes contra Nilva Camargo Soares dentro de uma loja, no Bairro Mato Grosso, em Iporá

Modificado em 17/09/2024, 16:06

Carta escrita por Horácio Rozendo de Araújo Neto antes de atirar contra a ex-sogra

Carta escrita por Horácio Rozendo de Araújo Neto antes de atirar contra a ex-sogra (Divulgação)

O empresário Horácio Rozendo de Araújo Neto, condenado pela morte da esposa em 2017, foi morto nesta sexta-feira (16) durante confronto com a Polícia Militar, em Iporá, na região central de Goiás. Segundo informou a Polícia Civil, Horácio disparou cinco vezes contra a ex-sogra, Nilva Camargo Soares, de 55 anos, dentro de uma loja, no Bairro Mato Grosso.

A vítima, segundo informou a Polícia Civil, não sofreu ferimentos graves e seu estado de saúde é estável.

Horácio Rozendo foi preso em setembro de 2017, suspeito de matar a esposa, Vanessa Camargo, na época com 28 anos, no município de Ivolândia. A jovem -- que estava grávida de 3 meses - havia sido morta dias antes. Na ocasião, o marido alegou que o carro onde estava o casal e o filho de 2 anos foi abordado por assaltantes em uma moto. A versão dele era de que a esposa tinha sido baleada na cabeça após reagir ao assalto.

Em 2020, o empresário foi julgado e condenado a 29 anos, seis meses e 20 dias de prisão em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, aborto e fraude processual. Contudo, a Justiça concedeu um habeas corpus e ele passou a aguardar em liberdade o julgamento de um recurso impetrado pela defesa.

Segundo o delegado Ramón Queiroz, a tentativa de homicídio desta sexta-feira (16) contra a ex-sogra teria sido premeditada, uma vez que Horácio havia escrito, e deixado dentro do carro que utilizava, uma carta escrita à mão, na qual dizia que não aguentava mais a situação e que iria dar um basta nisso.

Após atirar contra a vítima, Horácio teria fugido, mas foi alcançado pela Polícia Militar.

"Ele fez cinco disparos contra a ex-sogra e fugiu. A Polícia Militar localizou ele, e com o adentramento dos policiais, os policiais narraram que ele efetuou um disparo em direção aos policiais, eles revidaram, e ele veio a óbito", explicou o delegado.

Carta escrita por Horácio Rozendo de Araújo Neto antes de atirar contra a ex-sogra

Carta escrita por Horácio Rozendo de Araújo Neto antes de atirar contra a ex-sogra (Divulgação)

Geral

Naçoitan Leite tem habeas corpus negado e volta para hospital

refeito de Iporá seguirá preso preventivamente por causa de tentativa de feminicídio contra a ex-mulher

Modificado em 19/09/2024, 01:13

Naçoitan Leite tem habeas corpus negado e volta para hospital

(Reprodução)

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), teve habeas corpus negado, nesta quinta-feira (30), pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Em prisão preventiva desde 23 de novembro, o gestor voltou a sofrer mal-estar dentro da cela e foi conduzido, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), a uma unidade hospitalar de Iporá para atendimento médico. O prefeito estava em observação até a noite desta quinta.

Naçoitan se entregou à Polícia Civil há cerca de uma semana, depois de passar cinco dias em fuga. O gestor foi indiciado por tentativa de feminicício contra a ex-mulher e de homicídio contra o namorado dela. A investigação aponta que, na madrugada do dia 18, o prefeito invadiu a casa da ex-companheira derrubando o portão com uma caminhonete e atirou contra a porta do quarto em que o casal estava. As vítimas não ficaram feridas, mas nove balas atravessaram a porta.

Ao negar o habeas corpus, o desembargador Nicomedes Borges, relator do caso, apontou que a manutenção da prisão preventiva na audiência de custódia foi "devidamente fundamentada na materialidade, indícios suficientes de autoria e, em especial, na garantia da ordem pública diante da gravidade concreta das condutas imputadas". Borges destacou a fuga de Naçoitan após a suposta prática do crime, o que, para o desembargador, demonstra que manter o prefeito sob custódia "é imprescindível" e medidas cautelares mais brandas seriam insuficientes.]

Em seu voto, que foi seguido pelos demais membros da Câmara Criminal, Borges também citou artigo da Lei Maria da Penha que determina que "nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso".

Apesar de a defesa ter argumentado no pedido de habeas corpus que, ao se entregar à polícia, Naçoitan demonstrou disposição em colaborar com a investigação, o desembargador argumentou que o fato não impede a prisão preventiva ou é motivo para suspensão, quando estão presentes os requisitos legais para a medida.

"Assim, evidente está que a imposição de medidas cautelares diversas da prisão não serão suficientes, o que torna impositiva a manutenção da constrição cautelar, notadamente porque é a única medida, capaz de resguardar a ordem pública e evitar a reiteração delitiva", argumentou Borges em seu voto.

Na decisão, o desembargador também disse que Naçoitan "não é detentor de bons predicados pessoais". Borges citou que o prefeito tem diversas ações penais em andamento, condenação recente por estelionato e execução penal referente a condenação por crimes relacionados ao meio ambiente. Borges também afastou o foro privilegiado, sob o entendimento de que os crimes pelos quais Naçoitan foi indiciado não têm relação com o cargo público que ele ocupa.

Mal-estar
A defesa também havia incluído no pedido de liberdade argumentos relacionados a problemas de saúde do prefeito, aprontando efeitos prolongados do coronavírus no fígado, coração e cérebro, "além de graves consequências psíquicas". No voto, Borges afirmou que o fato, por si só, não justifica concessão de habeas corpus, cabendo o diretor do presídio avaliar a necessidade de saída para tratamento médico. Além do mal-estar desta quinta, Naçoitan já havia sido internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá entre sábado (25) e segunda-feira (27), quando apresentou quadro de vômito e diarreia.

Além de planejar recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa de Naçoitan também protocolou pedido de prisão domiciliar. O advogado Vasconcelos Paes Balduino disse que Naçoitan passou mal após receber a notícia sobre o habeas corpus. Balduíno relatou que o prefeito está com pressão alta e foi avaliado por um cardiologista. A possibilidade de transferir Naçoitan para Goiânia em caso de procedimento médico não é descartada.

O Daqui já mostrou que, mesmo preso, o indiciado segue na administração da cidade, inclusive assinando decreto. Há expectativa a vice-prefeita, Maysa Cunha (PP), tome posse provisoriamente na próxima semana, a depender de decisão da Câmara. Além disso, Naçoitan é alvo de processo de impeachment na Casa.

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