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Em parto raro, bebê nasce empelicado em Iporá; vídeo

Completando o terceiro caso no estado desde dezembro de 2021, nesta segunda-feira (10), um bebê nasceu empelicado em Iporá

Modificado em 20/09/2024, 05:16

A médica do Hospital Evangélico de Iporá, Leandra Campos, se surpreendeu quando uma das gêmeas de Naiara Santos nasceu sem o rompimento da bolsa e na posição sentada. Durante o parto, primeiro veio a Rafaella, que não estava empelicada e nasceu na posição normal (pela cabeça). Minutos depois, veio a Isabella, que saiu da barriga da mamãe ainda na placenta e em posição pélvica (sentada).

A cada 80 mil partos de bebês, um deles pode nascer empelicado. Desde dezembro de 2021, apenas dois casos aconteceram em Goiás, um na capital e outro em Mineiros, Região Sul de Goiás. Completando o terceiro caso, nesta segunda-feira (10), a bebê nasceu empelicada em Iporá, a 216km de Goiânia.

"Sempre que vai nascer empelicado a equipe toda fica no centro cirúrgico na expectativa se vai estourar na saída ou não. Quando não estoura, todos ficam muito felizes. É muito lindo ver o bebe dentro da bolsa ainda como se estivesse dentro do útero. Eu vejo Deus mesmo naquele momento. A mágica da vida", explica a obstetra.

As duas gêmeas e a mãe, Naiara Santos, passam bem e receberam alta na tarde desta terça-feira (11).

Parto empelicado

Situações assim são raras, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer, inclusive em procedimentos como a cesárea, como foi o caso de Naiara. Normalmente, após o parto, a bolsa é rompida pelo médico e a criança retirada.

Entre 96% e 97% dos bebês ficam de cabeça para baixo até o parto, mas apenas 3% a 4% nascem sentados ou, o que é ainda mais raro, deitados. Isso pode acontecer quanto há a existência de gravidezes anteriores, quando a gestação é de gêmeos, quando o líquido amniótico é insuficiente ou em excesso, quando há alterações na forma do útero ou presença de mioma uterino.

De acordo com Leandra, a gestação das gêmeas Rafaella e Isabella foi muito tranquila e não apresentou nenhuma complicação que normalmente ocorre em gravidez gemelar. "Eu nunca tinha feito uma pélvica empelicada, sempre as empelicadas nasciam de cabeça, e não sentada de bumbum. Aí foi muito lindo", falou emocionada.

Apesar de raros, Leandra, de 34 anos, já fez alguns partos empelicados durante seus sete anos como obstetra. Ela conta que não há emoção maior, pois é como se visse ao vivo como o bebê fica dentro da barriga.

Mineiros

Em maio de 2022, uma bebê também nasceu empelicada, em Mineiros, Região Sudoeste de Goiás. Foi o primeiro caso durante os sete anos de atuação da médica Raquel Rocha Machado, que se emocionou com a pequena Eloah. O caso aconteceu no Hospital Samaritano de Mineiros, onde a Raquel estava acompanhada de um grupo de alunos de medicina, do qual é preceptora.

Eloah nasceu prematura com 36 semanas e seis dias. De acordo com a médica, o parto, que já era de risco por ser prematuro, tornou-se ainda mais marcante depois que menina saiu. A mãe, Cíntia Pereira Jorge, e a bebê, hoje com 5 meses, passam bem.

Goiânia

Na capital, em dezembro de 2021, uma bebê também nasceu sem estourar a bolsa amniótica, mas diferente dos outros casos, foi ela mesma quem rompeu a película com a própria mãozinha. Mãe das gêmeas idênticas Isis e Elis, Rosângela Maria Sousa Soares diz que foi um "momento mágico".

Rosângela teve gêmeas univitelinas, que nasceram em bolsas separadas. A segunda bebê, Elis, nasceu empelicada, pesando 2,2 kg. As gêmeas vieram ao mundo após 36 semanas de gestação e, atualmente, completam 8 meses.

Cesariana x parto normal

Segundo os especialistas, há mais chances do parto empelicado ocorrer em cesarianas em razão de a bolsa se romper quando o bebê é expelido pela vagina.

No entanto, o parto empelicado também é possível em partos normais, em especial quando o bebê é prematuro. Nesta situação, o tamanho do saco amniótico é menor, permitindo que o bebê e a bolsa passem mais facilmente pelo canal vaginal.

As duas gêmeas e a mãe, Naiara Santos, passam bem e receberam alta na tarde desta terça-feira (11).

As duas gêmeas e a mãe, Naiara Santos, passam bem e receberam alta na tarde desta terça-feira (11). (Leandra Campos)

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Família diz que hospital para onde bebê foi levada após ser picada por escorpião não tinha soro

Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano informou que solicitou o medicamento para Unidade de Pronto Atendimento. Tia da criança disse que antídoto foi administrado na paciente depois de 2h.

Bebê e mãe foram vítimas do animal peçonhento em Uruaçu

Bebê e mãe foram vítimas do animal peçonhento em Uruaçu (Reprodução/TV Anhanguera e rede social)

A família da bebê de 1 ano que morreu após ser picada por escorpião denuncia que o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, no norte de Goiás, não tinha soro antiescorpiônico. A unidade de saúde, por nota enviada na quinta-feira (20), informou que o antídoto foi solicitado e fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município (veja íntegra da nota ao final do texto).

A criança deu entrada no hospital em grave estado geral na noite de 18/03. O soro antiescorpiônico foi solicitado imediatamente e fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, conforme os protocolos de saúde", cita trecho do comunicado.

O caso aconteceu na noite de terça-feira (18) e, segundo o HCN, a bebê morreu na quarta-feira (19). A tia da criança Flávia Silva Guedes, em entrevista à TV Anhanguera, acusou o hospital de negligência ao demorar cerca de 2h para administrar o medicamento na paciente.

A gente fica pensando o que poderia ter sido feito nessas 2h, o que poderia ter evitado... se ela tivesse tomado este antídoto antes. Não soro, não dipirona, mas o antídoto necessário. A mãe havia tomado. A mãe é adulta. É mais forte", comparou Guedes.

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Além da criança, a mãe dela também foi picada pelo escorpião. O HCN destacou que ela foi atendida, medicada e recebeu alta hospitalar.

Nós nos oferecemos para buscar a medicação na UPA também, para poder levar, mas eles disseram que tinham que esperar a regulação do sistema aprovar", acrescentou a tia da bebê.

Em nota atualizada, o HCN informou que "o soro antiescorpiônico foi solicitado imediatamente e fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, conforme protocolo, sendo prescrito às 22h44. A paciente foi encaminhada à UTI à 1h00, mas não resistiu".

A reportagem entrou com a Secretária Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) para saber o por que a unidade de saúde não possui o soro antiescorpiônico, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Entenda

O pai da criança, Carlos Henrique Sabino, narrou que estava saindo para trabalhar, por volta das 22h, de terça-feira, quando recebeu a ligação da esposa, que disse ter sido picada por um escorpião.

Voltei para casa. Foi quando peguei a neném, que vi o estado dela, que ela tinha vomitado e já corremos para o pronto socorro", contou Sabino, à TV Anhanguera.

O tio da bebê, Níkolas Peixoto, ressaltou que a família foi para uma unidade de saúde e depois foram encaminhadas para o HCN. Ele estima que esse prazo foi de cerca de 10 minutos desde a descoberta que a criança foi picada e a logística entre as duas unidades de saúde.

Íntegra da nota do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano esclarece que a paciente A.L.S.S.G., criança vítima de picada de escorpião, deu entrada na unidade no dia 18/03 às 22h34, já em estado grave. O soro antiescorpiônico foi solicitado imediatamente e fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, conforme protocolo, sendo prescrito às 22h44. A paciente foi encaminhada à UTI à 1h00, mas não resistiu.

Devido à gravidade do caso, a criança precisou ser atendida no próprio HCN, pois necessitava da estrutura da UTI Pediátrica, sem condições de ser levada à UPA. O HCN destaca que, mesmo com a aplicação do soro antiescorpiônico, o efeito pode variar conforme o organismo de cada paciente e nem sempre é imediato.

O HCN segue normas do Ministério da Saúde e da SES-GO, que determinam que apenas a UPA de Uruaçu pode armazenar o soro. O hospital reforça a importância do atendimento imediato em casos de picada de escorpião e se solidariza neste momento de dor com a família da paciente.
Íntegra da nota do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano - de quinta-feira (20)

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) lamenta profundamente o falecimento da paciente A.L.S.S.G, vítima de picada de escorpião, e se solidariza com seus familiares.

A criança deu entrada no hospital em grave estado geral na noite de 18/03. O soro antiescorpiônico foi solicitado imediatamente e fornecido pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, conforme os protocolos de saúde.

Apesar da administração do soro, a criança não resistiu. Sua mãe, que também foi picada, recebeu atendimento e teve alta.

Ressalta-se também que o atendimento médico após uma picada de escorpião deve ser imediato, especialmente em crianças e idosos, devido à menor resistência e ao risco de complicações graves.

(Colaborou Vinicius Moraes, do g1; e Márcio Freire, da TV Anhanguera)

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Mulher tenta sequestrar bebê de sete meses de dentro de carro, agride idosa e foge em moto com comparsa

O caso aconteceu em Alvorada, no sul do Tocantins. O bebê e a idosa aguardavam no carro enquanto um funcionário fazia compras em uma loja. A Polícia Civil investiga o crime

Modificado em 28/02/2025, 17:55

Polícia Civil investiga o caso

Polícia Civil investiga o caso (SSP/Divulgação)

Uma bebê de sete meses foi vítima de tentativa de sequestro na manhã desta segunda-feira (28) em Alvorada, região sul do Tocantins. Segundo a polícia, a vítima estava dentro de um carro estacionado, acompanhada de uma idosa de 63 anos. Em um momento uma mulher, que estava com um homem, se aproximou do veículo e tentou levar a bebê.

O caso aconteceu na avenida Juscelino Kubitschek, no setor Oeste. Segundo a polícia, após a suspeita não conseguir pegar a vítima, ela e o homem fugiram. A idosa que acompanhava a bebê conseguiu buscar ajuda em um estabelecimento comercial até a chegada da Polícia Militar.

Segundo a PM, a idosa contou que mora na zona rural de Talismã e foi para Alvorada com um funcionário para comprar alguns itens na loja. Enquanto o homem fazia as compras, ela ficou com a bebê aguardando no carro, com a porta do passageiro aberta.

Logo depois ela percebeu que um casal estacionava uma moto a alguns metros e ao se virar para a bebê viu que a mulher estava começando a puxar o pé da criança. A idosa então passou a gritar por socorro e deu início a uma luta corporal com a mulher. Neste momento a idosa conta que foi agredida com um tapa no rosto e que, em seguida, a mulher correu para a moto e fugiu.

Os policiais militares fizeram buscas na região, mas não encontraram nenhuma suspeita do crime.

O caso está registrado na 13ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Alvorada. A investigação ficará por conta da 92ª Delegacia de Polícia de Alvorada.

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Pais devem ser indenizados em R$ 500 mil após pai ser preso por engano, bebê ficar sozinho com irmãos e morrer afogado

Apesar da indenização, o pai da criança informou que nada poderá trazer o filho de volta

Modificado em 17/02/2025, 07:07

Miguel Tayler Pereira Gualberto, de 1 ano

Miguel Tayler Pereira Gualberto, de 1 ano (Reprodução/TV Anhanguera)

O Estado de Goiás foi condenado a indenizar em R$ 500 mil um casal cujo bebê de 1 ano morreu afogado após o pai ser preso por engano, em Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), cada um dos pais receberá R$ 250 mil. O estado recorreu da decisão, que foi mantida em segunda instância.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) informou que está ciente do trânsito em julgado da decisão e adotará as medidas cabíveis.

Conforme os relatos da sentença, Jonas Pereira de Souza Gualberto foi preso, em 3 de julho de 2020, suspeito de ter participado de um assalto que aconteceu no dia anterior. No momento da abordagem, o homem estava em casa com os três filhos, de 1, 3 e 7 anos. Jonas Pereira foi levado para a delegacia pelos militares e não conseguiu avisar os familiares para cuidarem das crianças.

A esposa do homem chegou à residência e encontrou a criança de 1 ano, Miguel Tayler Pereira Gualberto, de bruço dentro da piscina da residência, desacordado. No entanto, após a polícia analisar a ocorrência, foi concluído que Jonas não tinha envolvimento com o assalto.

Desta forma, o TJGO requereu a condenação do Estado de Goiás para o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões inicialmente. Mas foi contestado pelo órgão. O valor foi ajustado para R$ 250 mil para cada um dos pais da criança, visando reparar os danos que aconteceram dos atos praticados pelos agentes militares.

No laudo de exame cadavérico da criança, conforme a sentença, apontam asfixia por afogamento, o que provocou a morte por ficar sem a supervisão de um adulto no momento da prisão.

Em entrevista à TV Anhanguera, Jonas informou que o valor da indenização, apesar de não trazer o filho de volta, possibilitará cuidar dos outros dois filhos.

Foi uma criança que morreu inocente, sem culpa de nada. Nada vai trazer ele de volta, mas vai dar uma condição melhor para dar uma vida melhor para os irmãos deles", afirmou Jonas Pereira.

(Colaborou Gilmara Roberto do g1 Goiás)

Nota da PGE-GO

Em atenção à demanda, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) informa que está ciente do trânsito em julgado da decisão e adotará as providências cabíveis no âmbito do cumprimento da sentença.

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Bebê de grávida mantida viva por aparelhos morre em menos de 24 horas após o parto

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, sofreu um aneurisma no dia 20 de dezembro de 2024 e teve morte cerebral decretada no dia 1º de janeiro. Os aparelhos que mantinham a mãe viva foram desligados logo depois do nascimento do filho Adryan

Modificado em 27/01/2025, 15:53

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, teve morte cerebral após aneurisma (Arquivo pessoal)

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, teve morte cerebral após aneurisma (Arquivo pessoal)

O bebê de Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, morreu na madrugada deste sábado (25), em menos de 24 horas após o parto. A jovem estava sendo mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, após ter sofrido um aneurisma no dia 20 de dezembro e ter morte cerebral decretada no dia 1º de janeiro.

O recém-nascido nasceu com 900 gramas na manhã de sexta-feira (24) e em seguida foi encaminhado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Era um menino e foi batizado com o nome de Adryan Miguel Sousa Borges.

Família chega ao hospital para acompanhar o parto do bebê (Guilherme Alves/g1 MT)

Família chega ao hospital para acompanhar o parto do bebê (Guilherme Alves/g1 MT)

Os aparelhos que mantinham Joyce viva foram desligados logo depois do nascimento do filho Adryan. O corpo dela foi enterrado junto com o da criança na cidade de Araguaína, no norte do Tocantins, onde o casal vivia antes de se mudar para Mato Grosso.

Em nota, a Santa Casa lamentou o ocorrido e disse que foram empregados todos os recursos para que a criança tivesse as melhores chances, no entanto, a prematuridade extrema tornou o quadro irreversível.

A previsão era retirar o bebê em fevereiro, quando Joyce completaria sete meses de gestação, mas ela teve uma complicação respiratória e a equipe médica decidiu antecipar o parto. A cirurgia foi acompanhada pelo pai da criança, João Matheus Silva, de 23 anos, e pelos avós paternos.

Entenda o caso

No dia 20 de dezembro de 2024, Joyce passou mal em Jaciara, a 148 km da capital. Ela foi para o hospital do município e após desmaiar e o quadro piorar, foi internada.

Em poucos dias, Joyce foi transferida para Rondonópolis e passou por uma cirurgia. Nos dias seguintes, o cérebro dela começou a inchar, sendo necessário um procedimento médico em que parte do crânio é removido para abrir espaço para o cérebro.

Apesar dos esforços dos profissionais, Joyce teve a morte cerebral decretada no dia 1° de janeiro. Ao g1 , o marido da jovem contou que a esposa nunca apresentou nenhum indício que indicasse um possível aneurisma e que as dores de cabeça começaram depois da gravidez.

A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe", lamentou.

Joyce e João estão juntos há seis anos e vieram para Mato Grosso em busca de oportunidades de trabalho, acompanhados das duas filhas, de 3 e 7 anos. João começou a trabalhar como ajudante em uma ferrovia e Joyce trabalhava como vendedora antes da gravidez.