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Setembro Amarelo: um mês de reflexão e conscientização sobre saúde mental

Modificado em 17/09/2024, 17:29

Setembro Amarelo: um mês de reflexão e conscientização sobre saúde mental

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Instituído como um mês de reflexão e apoio, o Setembro Amarelo visa trazer à tona questões que frequentemente são negligenciadas em nossa sociedade. É um período crucial para destacarmos a importância da saúde mental e promovermos a conscientização sobre a prevenção do suicídio.

A saúde mental é um aspecto fundamental do bem-estar humano e, muitas vezes, pode ser tão crucial quanto a saúde física. No entanto, ainda existem muitos estigmas e barreiras que impedem uma discussão aberta e sincera sobre o tema. Em uma sociedade que valoriza a produtividade e o sucesso, a saúde mental frequentemente fica em segundo plano, deixando aqueles que enfrentam dificuldades emocionais em situações de vulnerabilidade.

Heloíse Dutra, anfitriã do Instituto Lielô, ressalta a importância desta causa: "O Setembro Amarelo é um mês destinado à saúde mental, é essencial que possamos refletir nesse mês sobre as nossas ações diante todo o ano. Acolher e respeitar fazem parte da vivência humana, devemos encarar a vida percebendo o quanto estar no lugar do outro pode ser doloroso, existem batalhas diárias que são invisíveis aos nossos olhos."

Este mês oferece uma oportunidade valiosa para refletirmos sobre nossas próprias atitudes e sobre como podemos oferecer suporte mais eficaz às pessoas ao nosso redor. Muitas vezes, as pessoas que enfrentam desafios de saúde mental não demonstram sinais visíveis de sofrimento, tornando ainda mais vital a nossa capacidade de empatia e compreensão.

Além disso, o Setembro Amarelo nos convoca a ampliar o diálogo sobre o acesso a serviços de saúde mental e apoio psicológico. É fundamental que todos tenham acesso a recursos e suporte adequados para enfrentar suas dificuldades e buscar ajuda quando necessário.

Promover a saúde mental e prevenir o suicídio requer um esforço coletivo. Deve-se garantir que o apoio emocional e psicológico esteja disponível e acessível, e que as pessoas se sintam confortáveis em buscar ajuda sem medo de julgamento.

Neste Setembro Amarelo, é necessário um compromisso não apenas com a conscientização, mas também com a ação contínua para apoiar a saúde mental. Ao acolher e respeitar as experiências dos outros, é possível construir um ambiente mais empático e solidário para todos.

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Lucas Lucco anuncia retorno aos palcos após pausa para cuidar da saúde mental

O cantor se afastou dos palcos em 2023, após contar para os fãs que possuía transtorno afetivo bipolar (TAB)

Modificado em 27/01/2025, 19:01

Lucas Lucco anuncia retorno aos palcos após pausa para cuidar da saúde mental

Lucas Lucco anunciou a retomada de sua carreira musical neste domingo (26), em um show do sertanejo Gusttavo Lima. "Eu volto aos palcos para revolucionar", disse o cantor à plateia.

"[Gusttavo Lima] me convidou pra ir no primeiro show do seu novo projeto em Balneário para que eu pudesse anunciar para todo mundo que depois de um longo e escuro período eu estou voltando a fazer o que mais me faz sorrir na vida. Eu volto aos palcos, pra revolucionar... de novo. Com a benção do meu amigo e ídolo", afirmou.

Lucco pausou a carreira em dezembro de 2023 para cuidar de sua saúde mental, após precisar adiar e até cancelar shows. Na ocasião, ele contou aos fãs que possui transtorno afetivo bipolar (TAB), e nos meses anteriores havia sofrido várias crises.

Ele afirmou que sua próxima apresentação está prevista para março e já anunciou que lançará músicas inéditas. "A partir do mês que vem começo a lançar meu novo DVD 'Se conselho fosse som'. Espero que vocês gostem mesmo de mim cantando música romântica."

Quando questionado sobre como se sentiu ao subir ao palco novamente, Lucco disse: "Tipo voltar a andar depois de usar gesso nas pernas por meses". "Eu agradeço ao público que me recebeu muitíssimo bem", escreveu no seu Instagram.

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Setembro Amarelo: como a prática de exercícios físicos pode prevenir o suicídio?

Atividades físicas podem promover sensações de bem-estar, felicidade e ajudar a reduzir sintomas de depressão e ansiedade

Modificado em 04/11/2024, 08:53

Setembro Amarelo: como a prática de exercícios físicos pode prevenir o suicídio?

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Manter uma rotina de treinos faz bem não apenas para o corpo, mas é também uma ferramenta essencial para quem sofre com questões de saúde mental, com diversos benefícios que podem ajudar no controle das emoções.

Setembro é marcado pela campanha brasileira de prevenção ao suicídio e para médica do esporte Clarissa Rios, diretora técnica DoctorFit, franquia de estúdios de treinamento personalizado, praticar exercícios faz parte do processo de recuperação das pessoas que enfrentam problemas como depressão e ansiedade.

Um estudo publicado na Journal of Affective Disorders indicou que a atividade física regular está associada à redução dos sintomas de depressão e ansiedade, fatores de risco que podem levar uma pessoa ao suicídio. Os autores sugerem que os exercícios atuam como uma intervenção preventiva e fazem parte do tratamento dessas condições de saúde.

Confira sete principais benefícios:

Melhora da saúde mental
Praticar regularmente atividades físicas pode liberar endorfinas e serotonina, neurotransmissores que promovem sensações de bem-estar e felicidade no organismo. Esses efeitos podem ajudar a reduzir sintomas de depressão e ansiedade, que estão frequentemente associados ao risco de suicídio.

Redução do estresse
"Pessoas que praticam atividades físicas apresentam menores níveis de estresse. Essa é uma forma excelente de liberar tensões acumuladas e reduzir os níveis de cortisol e outras substâncias produzidas nesses momentos de tensão. Manter o corpo em movimento vai ajudar a aliviar a sobrecarga emocional que pode levar ao desenvolvimento de pensamentos de desvalia e tristeza, que podem evoluir para pensamentos suicidas", alerta a médica do esporte Clarissa Rios.

Melhora da autoestima
A forma como a pessoa se enxerga e a melhora da autoestima também é outro benefício que a atividade física proporciona. "Sensações de conquista e progresso, como correr mais rápido, levantar mais peso, ter mais habilidades em um esporte, pode dar um senso de controle e propósito, fatores importantes para a prevenção do suicídio", diz a diretora técnica da DoctorFit.

Criação de rotina
Criar uma rotina saudável e hábitos melhores pode ser benéfico para pessoas que lutam com pensamentos suicidas. A estrutura diária e o comprometimento com um objetivo positivo podem oferecer uma sensação de estabilidade.

Melhora nas conexões
Diversos esportes e atividades físicas são realizados em grupos ou equipes, o que facilita em fazer novas amizades, criar vínculos e gerar uma sensação de pertencimento. Ter uma rede de apoio é crucial para pessoas em situação de vulnerabilidade emocional.

Combate ao isolamento
Querer se isolar é característico de pessoas com pensamentos suicidas. A prática de atividades físicas, principalmente em ambientes sociais, pode ajudar a combater esse isolamento.

Melhora no sono
Pessoas que sofrem de problemas emocionais costumam ter muitas queixas de insônia. Um sono adequado pode melhorar o humor e o bem-estar mental e os padrões de sono também podem ser normalizados com as atividades físicas.

"O exercício físico é uma ferramenta poderosa na promoção da saúde mental, mas ele deve ser combinado com outros métodos de prevenção, como uma boa rede de apoio que inclui família, tratamento psicológico e acompanhamento médico, especialmente para pessoas com depressão severa ou risco iminente de suicídio", alerta Clarissa.

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Centro Universitário Estácio de Goiás oferece atendimento psicológico gratuito para população

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Centro Universitário Estácio de Goiás oferece atendimento psicológico gratuito para população

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Aproveitando a Campanha Setembro Amarelo, que tem como objetivo a conscientização sobre a prevenção do suicídio, o Serviço Escola de Psicologia (SEP) do Centro Universitário Estácio de Goiás realiza atendimentos psicológicos gratuito para população. A assistência acontece de segunda a sexta, das 8h às 21h, e sábado, das 08h às 12h, com agendamento realizado neste link .

As sessões são realizadas pelos estudantes a partir do oitavo período, com orientação dos professores, na unidade, que fica no Shopping Estação Goiânia. O suicídio é uma questão de saúde pública alarmante no Brasil. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o país registrou 16.025 casos de suicídio em 2023, o que equivale a uma média de 44 autoquírias (suicídio) por dia.

Os dados do mesmo estudo referentes a 2022 trazem um número ainda maior, com 16.230 casos. Isso mostra a importância de campanhas de prevenção e conscientização. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 78% dos casos de autoextermínio em 2019 tiveram homens como vítimas. Já as mulheres somam 22%.

Para doutora e coordenadora do curso de psicologia da Estácio Goiás, Larissa de Oliveira e Ferreira, uma das formas de prevenir o suicídio é estar atento a quem está próximo, dentro do círculo de convivência. "Algumas mudanças de comportamento devem ser observadas, como o autoisolamento, sinais de autolesão, queda no desempenho escolar, mudanças de peso, perda de interesse por coisas que antes gostava, enfim é importante observar se há algo de diferente no padrão de comportamento da pessoa", destaca.

Larissa também enfatiza a importância de um atendimento psicológico gratuito "O SEP é um serviço essencial não apenas para a comunidade, que recebe apoio psicológico qualificado, mas também para os nossos estudantes, que têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos na prática, sempre com a supervisão de profissionais experientes. É uma forma de contribuir para a saúde mental da população e ao mesmo tempo formar futuros psicólogos mais capacitados e conscientes do impacto de seu trabalho", finaliza.

SERVIÇO: Atendimento do Serviço Escola de Psicologia (SEP)
Data: De segunda a sexta, das 08h às 21h, e sábado, das 08h às 12h
Agendamento : Pelo link - https://forms.gle/uKYbrPJJyhSagdVp8
Onde : Centro Universitário Estácio de Goiás (Shopping Estação Goiânia - Avenida Goiás, Nº 2151, Setor Central, Goiânia, GO)
Mais Informações: 62 3623-4112
Gratuito

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Abertas as inscrições para a corrida de rua Orgulho de Viver

Agendada para 21 de setembro, prova está em sua terceira edição e alerta para a campanha Setembro Amarelo, destacando como o esporte ajuda na saúde mental

Modificado em 17/09/2024, 17:25

Abertas as inscrições para a corrida de rua Orgulho de Viver

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Estudo feito pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (EUA) e publicado em fevereiro, aponta que o Brasil teve teve alta de 3,7% de suicídios (foram 147.698, no total) e 21,13% de autolesões (104.458 casos, no total) entre 2011 e 2022.

A automutilação é quando a pessoa tenta amenizar o sofrimento psicológico por meio de ferimentos físicos e que, com o tempo, podem levar à tentativa de suicídio. Por isso a campanha setembro amarelo, mês que conscientiza sobre o tema, muitas vezes tratado como tabu, segue importante.

E como uma forma diferente de chamar a atenção é realizada a Corrida Orgulho de Viver. As inscrições para a 3ª edição já estão abertas e podem ser feitas pelo site https://www.ticketsports.com.br/. O prazo vai até às 12h do dia 16 de setembro, com taxas de R$ 99 e R$ 139, de acordo com o kit atleta escolhido, pessoas com deficiência e idosos têm desconto de 50%.

O evento é promovido pelo Órion Business & Health Complex e a Bee Sports para destacar a importância do esporte para a saúde mental. A corrida de rua será no dia 21 de setembro, a partir das 17 h, com percursos de 2,5km para caminhada - que pode ser feito por qualquer idade, mas crianças precisam estar acompanhadas pelos pais; 5km para pessoas a partir de 14 anos e 10km, a partir de 18 anos. Os três primeiros colocados, tanto na classificação geral quanto por faixa etária, ganham troféus e todos participantes receberão medalhas.

"O evento permite que as pessoas se engajem em torno de um tema que muitas vezes elas não buscariam ter conhecimento e, automaticamente, elas absorvem o conteúdo até sem perceber, porque a própria corrida traz esse engajamento para ele, o evento traz para ele esse conhecimento através dos seus conteúdos", destaca o Igor Arantes, CEO da Bee Sports.

"A depressão gera inércia, que faz com que a pessoa cada vez mais se mantenha retraída. Quando ela pratica esporte libera todos os neurotransmissores que trazem felicidade. Tirando essa pessoa da inércia e colocando ela em movimento faz com que ela conviva com outras pessoas, descubra outras oportunidades. Ambientes novos podem trazer projetos novos, ideias novas e resultados", completa.

Mente e corpo
A psicóloga Soraya Oliveira, que atende no centro clínico do Órion Complex, destaca o papel dos exercícios na mente. "Atividade física é fundamental para todos os aspectos da vida do indivíduo. A serotonina é um hormônio liberado a partir da prática de esportes, considerada como o hormônio da felicidade, ela está ligada a sensação de prazer e bem-estar. Endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina, substâncias químicas liberadas naturalmente pelo cérebro, exercem um trabalho específico e muito especial para o nosso organismo. A atividade física traz qualidade de vida, longevidade, saúde, bem estar, reduz estresse e sintomas da ansiedade, melhora qualidade do sono, reduz sintomas depressivos, previne e diminui a mortalidade por doenças crônicas, melhorando a força, equilíbrio e a flexibilidade. Proporcionando a socialização, convivência e deixando mente e corpo em conexão".

Para a especialista, a campanha setembro amarelo é importante, mas tem pontos a serem melhorados também. "O índice de suicídio tem aumentado assustadoramente e poucos profissionais falam da dor psíquica que leva de fato o paciente a tentar contra a própria vida. Vejo a necessidade de estimular à população a cuidar mais da saúde mental e não banalizar o sofrimento psíquico e o estigma que existe em procurar profissionais como psiquiatras e psicólogos. O paciente com risco de suicídio está muito mais presente em nossa sociedade do que imaginamos, precisamos ser eficazes com ações que possam causar impacto no cotidiano desse indivíduo. Normalmente a dor dele é na alma e na maioria das vezes se sente sem saída e com sentimento interno de solidão plena".