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Suspeito de fraude em fila do SUS em Goiás já foi indiciado pelo mesmo crime em 2014

Entre os presos pelo esquema de pagamento para passar pacientes à frente na espera está um homem que já foi detido em 2014 pela mesma prática

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Operação prende ex-prefeito, vereador mais dois suspeitos de receber até R$ 5 mil para priorizar cirurgias plásticas de pacientes na rede pública, em Goiás

Operação prende ex-prefeito, vereador mais dois suspeitos de receber até R$ 5 mil para priorizar cirurgias plásticas de pacientes na rede pública, em Goiás
 (Ysabella Portela)

Após a deflagração de operação contra fraude na fila de cirurgias pela rede pública, que contou com o cumprimento de cinco mandados de prisão nesta quinta-feira (9), a Polícia Civil de Goiás diz que investiga possíveis outras participações. Entre os presos pelo esquema de pagamento para passar pacientes à frente na espera está um homem que já foi detido em 2014 pela mesma prática. O caso desvendado nesta semana envolve pelo menos 1,9 mil fraudes e é o terceiro deste tipo registrado nos últimos quatro anos.

A investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), descobriu que os pagamentos de até R$ 5 mil estavam sendo feitos a operadores do sistema de regulação. É a partir desse sistema que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) consegue organizar a fila de prioridades para diversos procedimentos, dando agilidade para casos graves e controlando a espera dos demais. Os municípios têm senhas próprias para incluir seus pacientes nas listas. Seria por meio dessas senhas que o esquema teria se viabilizado.

Os investigadores acreditam que as senhas eram compartilhadas com Ismaclei Junior Tavares, preso nesta quinta em Goianira. O suspeito foi encontrado em casa com o sistema da regulação aberto e com fichas físicas de pacientes. Ele nunca foi funcionário da Saúde. A reportagem apurou que Ismaclei já foi indiciado pela mesma prática em 2014, com um caso comprovado de fraude. Na época a defesa usou a mesma justificativa apresentada nesta quinta, de que o homem seria um representante da regulação de municípios e que trabalharia para prefeituras.

Ao todo, Ismaclei teria acesso a 15 senhas e, só nos últimos 6 meses, teria feito 1,9 mil inserções fraudulentas no sistema. Além de Goianira, cidade em que o homem foi preso, a Polícia Civil cumpriu mandados em Goiânia, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás. As fraudes eram feitas para diversos procedimentos, como consultas, exames e internações. No entanto, a maioria apurada é de cirurgias estéticas, parte significativa realizada no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), situado na capital.

Além do falso representante da regulação, estão entre os presos o vereador Joubert Tolentino Meira (Cidadania), de São Miguel do Araguaia, e o ex-prefeito de Teresina de Goiás, Odete Teixeira Magalhães. Não foi possível identificar a identidade de outros dois presos, citados no inquérito apenas pelas iniciais WQSN e ALA.

O delegado responsável pelas investigações, Danilo Victor, afirma que foram recolhidos documentos, encaminhamentos e que a Polícia Civil segue com o trabalho. "Vamos buscar entender como essas pessoas que não eram vinculadas a nenhum serviço de saúde estadual, nem municipal, conseguiram ter acesso ao sistema", frisa o delegado.

Segundo o investigador, há a possibilidade de envolvimento de outras pessoas. Isso porque o sistema de regulação tem outras etapas além da inscrição no site. Após o lançamento no sistema, a urgência é analisada por um médico da regulação estadual e depois por uma triagem.

Similares

Além do caso envolvendo Ismaclei em 2014, pelo menos outras três fraudes na regulação foram noticiadas desde 2019. Em 2019 Eder Alves da Rocha, de 51 anos, foi preso em operação da Polícia Civil após investigação concluir que ele comercializava vagas da rede pública havia 15 anos. Em janeiro do ano passado, outro homem, dessa vez um servidor, foi preso em Goiânia suspeito de cobrar R$ 2 mil por vaga em hospital da capital.

O HGG, que teria recebido a maior parte dos procedimentos obtidos de forma fraudulenta, também realizou procedimentos fraudulentos descobertos em 2019. Nesta quinta, o hospital disse que está colaborando com a investigação e que encaminhou atendimentos considerados suspeitos para a Polícia Civil.

A reportagem questionou a SES sobre a segurança do sistema de regulação. A pasta não respondeu de forma objetiva. Disse que a ação deflagrada nesta quinta é reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada pela própria SES. Sobre o sistema, disse apenas que desde o dia 13 de janeiro deste ano retomou para sua gestão todo o controle operacional da regulação, anteriormente feito por organizações sociais. A mudança, porém, não impediu a continuidade do acesso ao sistema por Ismaclei, já que ele foi preso enquanto utilizava a plataforma.

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Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Chuvas intensas podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h

Alerta de fortes chuvas com rajadas de vento é emitido para Goiás neste final de semana; veja regiões mais afetadas

Os moradores de Goiás devem se preparar para um fim de semana marcado por chuvas intensas e rajadas de vento. A previsão indica que, devido à combinação de calor e umidade, podem ocorrer temporais em diversas regiões do estado, acompanhados de raios e até granizo em alguns pontos.

No sábado, o sol aparece entre nuvens, mas há possibilidade de pancadas de chuva isoladas em várias regiões, segundo o Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas (Cimehgo). Em Goiânia, a temperatura pode chegar a 33°C, com umidade relativa do ar variando entre 45% e 95%.

Atenção especial para o alerta de risco de chuvas intensas, que podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h. A orientação é que a população fique atenta a possíveis alagamentos, queda de árvores e descargas elétricas.

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Em entrevista ao POPULAR , o gerente do Cimehgo, André Amorim, destaca que esse alerta é um risco potencial e pode acontecer em alguns locais e não simultaneamente em todo o estado.

Esse risco potencial é para que as pessoas fiquem em atenção e entendam que estamos em uma condição que tem um favorecimento para ocorrer esse tipo de tempestade", afirma André.

Previsão por regiões

• Região Norte: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 22°C e 35°C.
• Região Leste: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 17°C e 34°C.
• Região Central: Chuva de até 30 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.
• Região Oeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 22°C e 36°C.
• Região Sudeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 33°C.
• Região Sul: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.

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Fuzil, carabina e munições são apreendidos em operação contra investigados por estupro, sequestro e cárcere privado

Ação da Polícia Civil foi realizada em Colinas do Tocantins e dois suspeitos estão foragidos. Segundo delegado, uma adolescente foi vítima dos crimes

Modificado em 21/03/2025, 17:58

Armas de fogo e diversas munições são apreendidas durante operação da Polícia Civil em Colinas do Tocantins

Armas de fogo e diversas munições são apreendidas durante operação da Polícia Civil em Colinas do Tocantins (Divulgação/PCTO)

Duas armas de uso restrito e várias munições foram apreendidas nesta sexta-feira (21) em Colinas do Tocantins, durante uma operação da Polícia Civil. Foram localizados um fuzil, uma pistola, uma carabina e várias munições.

A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em uma casa na zona urbana da cidade e em uma fazenda. A Operação Narke da investiga dois homens pelos crimes de estupro, sequestro e cárcere privado. Os dois estão foragidos.

Segundo o delegado, Jodivan Benevides, a vítima dos crimes foi uma adolescente e por isso mais detalhes sobre o caso serão preservados.

"As investigações continuam, bem como as diligências no sentido de capturar os suspeitos que estão foragidos", disse o delegado.

Veja quais foram os equipamentos apreendidos:

  • uma pistola .40 de uso restrito, com três carregadores
  • um fuzil 5.56 de uso restrito, com cinco carregadores
  • uma carabina calibre 22, com um carregador
  • 110 estojos de munição 5.56
  • 79 estojos de munição .40
  • 11 munições .40 (ponta plana)
  • 19 munições .40 (poly match)
  • 16 munições .40 (ponta oca)
  • 15 estojos de munição calibre 22
  • 308 munições de calibre 22
  • 186 munições 5.56
  • A operação foi deflagrada pela 3ª Delegacia Regional de Colinas, por meio da 41ª e 42ª DPs, com apoio da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc - Araguaína), da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Araguaína) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).

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    Empresária morta pelo companheiro com 29 facadas disse para amiga que relacionamento não estava bem, diz delegada

    Mulher teria mencionado a amiga que queria terminar o relacionamento. Leila Portilho de 51 anos foi morta pelo companheiro no dia 10 de março

    Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

    Leila Portilho postava nas redes sociais momentos com a família, viagens e declarações ao esposo (Reprodução/Rede social)

    A empresária Leila Portilho, de 51 anos, morta pelo companheiro com 29 facadas confidenciou a uma amiga que o relacionamento não estava indo bem, informou a delegada do caso Ana Carolina Pedrotti. De acordo com a polícia, Leila foi morta pelo companheiro Gilvan Vieira no dia 10 de março, em Goianésia.

    As investigações apontam que a mulher foi morta na madrugada do dia 10 de março. Na ocasião, o marido dela teria l igado para a família e contado que fez uma "besteira" e após matar a vítima com 29 facadas, ele tirou a própria vida.

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    Entenda o caso

    O crime aconteceu na madrugada do dia 10 de março. Segundo a titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Goianésia, Ana Carolina Pedrotti, Gilvan desferiu diversas facadas em Leila e, depois do crime, ele tirou a própria vida. Mas, antes teria ligado para familiares relatando o acontecimento.

    Conforme as investigações, o casal namorava há cerca de um ano e morava junto há cerca de dois meses. Nas redes sociais, constantemente, os dois postavam dezenas de fotos de passeios e viagens que faziam juntos.

    Segundo a Polícia Científica, a provável causa da morte de Leila, que foi atingida com 29 facadas nas regiões do tórax, abdômen e membros, é de choque hipovolêmico devido à perda significativa de sangue e fluidos corporais.

    A investigadora informou que uma testemunha teria trocado mensagens com Leila, um dia antes dela ser morta, ocasião em que a vítima teria mencionado que queria terminar o relacionamento.

    Empresário Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, e Leila Portilho, de 51 (Reprodução/Redes sociais)

    Empresário Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, e Leila Portilho, de 51 (Reprodução/Redes sociais)

    Quem era a empresária?

    Familiares e amigos descreveram Leila Portilho como uma mulher gentil, amada e trabalhadora. Ela era dona de uma loja de cosméticos em Goianésia e a sua morte gerou comoção no município.

    A empresária deixou dois filhos: uma advogada e um contador. Era no próprio perfil que Leila compartilhava sua paixão pela maternidade, por viagens feitas e o amor que tinha pelo então companheiro, Gilvan Vieira.

    (Colaborou Aline Goulart, g1 Goiás)

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    Segurança de boate acusado de matar cliente com barra de ferro vai a júri popular

    Crime ocorreu em maio de 2024. Vítima ficou 28 dias internada antes de morrer

    José Henrique Ribeiro da Cunha (à esquerda) e Marcos Antônio Santos Xavier (vítima, à direita)

    José Henrique Ribeiro da Cunha (à esquerda) e Marcos Antônio Santos Xavier (vítima, à direita) (Divulgação/Polícia Civil)

    O segurança de uma boate acusado de matar um cliente com golpes de barra de ferro na cabeça vai a júri popular. O caso ocorreu após uma discussão entre o suspeito, José Henrique Ribeiro da Cunha, e a vítima, Marcos Antônio Santos Xavier, em maio de 2024, em Goiânia.

    A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, que acatou o parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO). No documento, o magistrado alega que entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade para que o caso seja avaliado pelo Conselho de Sentença.

    A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desde texto.

    Relembre o caso:

    Segundo a Polícia Civil (PC), o crime ocorreu na madrugada do dia 11 de maio de 2024, por volta das 5h, em frente ao estabelecimento Bar e Recanto do Norte, no Setor Garavelo B, em Goiânia. De acordo com o divulgado pela polícia na época, a vítima tentou entrar na boate, mas foi impedida pelo segurança por não portar documento de identidade. Após a recusa, Marcos Antônio permaneceu na rua, na companhia de um amigo.

    Momentos depois, José Henrique teria ordenado que ele saísse da frente do estabelecimento, mas Marcos Antônio negou. Diante disso, o segurança desferiu um golpe com uma barra de ferro contra a cabeça da vítima. Marcos Antônio caiu ao chão em estado convulsivo e foi socorrido ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ele permaneceu internado por 28 dias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 8 de junho de 2024.

    Decisão judicial

    Para o Ministério Público o crime teve motivação fútil, pois o segurança teria atacado a vítima apenas por ela ter se recusado a deixar o local, que se tratava de uma via pública. A defesa, por outro lado, alegou que José Henrique agiu em legítima defesa, pois teria sido agredido pela vítima e por seu acompanhante antes do golpe fatal, conforme o documento divulgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

    No entanto, na decisão, o juiz Alcântara destacou que o laudo cadavérico comprovou a causa da morte como traumatismo cranioencefálico por instrumento contundente. Além disso, considerou que há indícios suficientes para levar o réu a julgamento por homicídio.

    Prisão

    A prisão preventiva de José Henrique foi decretada em 20 de setembro de 2024 e cumprida no dia seguinte. O magistrado justificou a medida como necessária para garantir a ordem pública e a regular condução do processo.