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Twitter marca postagem de Eduardo Bolsonaro por informação enganosa sobre a Covid-19

Rede social manteve a publicação no ar com justificativa de interesse público

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 01:21

Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro (Wilson Dias/Agência Brasil)

O Twitter marcou nesta segunda-feira (12) uma postagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como enganosa.

"Lockdown é o oposto de distanciamento social. No lockdown as pessoas são condenadas a ficarem confinadas em casa, aumentando a proliferação do vírus", diz o post do parlamentar.

O texto do filho do presidente Jair Bolsonaro, diz a plataforma ao marcar a postagem, viola as regras da rede social ao veicular "informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à Covid-19."

A rede social, entretanto, manteve a publicação no ar com a justificativa de que ela pode ter interesse público.

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X tem instabilidade no Brasil e em outros países nesta segunda-feira

No Brasil, houve dois picos de queixas nesta manhã

Procurado, o X não respondeu até a publicação desta reportagem

Procurado, o X não respondeu até a publicação desta reportagem (Reprodução / X)

A rede social X (antigo Twitter) está com instabilidade na manhã desta segunda-feira (10) com os usuários reportando problemas para se conectar à plataforma no Brasil e em outros países como EUA, Alemanha e Japão.

No site Downdetector, que monitora falhas em aplicativos e sites, houve dois picos de queixas no Brasil nesta manhã. Entre 6h41 e 7h11, os usuários reportavam dificuldades para acessar o X, sendo que o pico ocorreu às 6h56, com 4.332 informes.

Conta de Alexandre de Moraes é desativada no X
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Às 10h41, a rede social voltou a apresentar instabilidade e 4.281 usuários reportaram problemas para acessar o X às 11h01. As queixas caíram a partir das 11h37.

Através do Downdetector, os usuários também reportaram suas reclamações em outros países como EUA, Itália, França, Reino Unido, Alemanha e Japão.

Nos EUA, houve 39.925 queixas às 11h05 (horário de Brasília), enquanto no Japão o pico foi de 91.673 às 6h57 (de Brasília). Os horários de alta nas queixas foram semelhantes ao ocorrido no Brasil.

Procurado, o X não respondeu até a publicação desta reportagem.

Nas redes sociais, os usuários que conseguiam se conectar ao X reclamavam da instabilidade, ironizando o fato de não terem onde reclamarem.

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Conta de Alexandre de Moraes é desativada no X

Perfil do ministro do Supremo Tribunal Federal no X, ex-Twitter, aparece sem acesso desde a manhã desta sexta-feira

Modificado em 21/02/2025, 11:50

STF ainda não se manifestou sobre a exclusão da conta e o que a teria motivado

STF ainda não se manifestou sobre a exclusão da conta e o que a teria motivado (Print/redes sociais)

A conta do ministro Alexandre de Moraes no X, ex-Twitter, apareceu desativada na manhã desta sexta-feira (21). O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) tem promovido uma série de decisões duras contra a plataforma do empresário Elon Musk.

O STF ainda não se manifestou sobre a exclusão da conta e o que a teria motivado.

Na última quarta-feira (19), Moraes determinou que o X faça de "imediato" o pagamento de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos referentes à multa imposta pelo magistrado à plataforma no ano passado.

A ordem foi decretada nos autos de inquérito que tem como alvo o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, instaurado a pedido da jornalista Juliana Dal Piva, autora do livro "O Negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro" (editora Zahar).

O magistrado afirma que no dia 12, no entanto, os advogados constituídos pela empresa no Brasil responderam que não tinham poderes para receber intimação referente ao Rumble, uma vez que não eram representantes legais, e no dia 17 renunciaram ao mandato judicial.

Moraes afirma, então, que a lei brasileira estabelece que as empresas estrangeiras que operam no Brasil precisam ter representantes em território nacional, o que o Rumble deve providenciar em até 48 horas, "sob pena de suspensão imediata das atividades da empresa" no país.

Nesta quinta-feira (20), o CEO do Rumble, Chris Pavlovski, escreveu um post em que disse ter recebido nova determinação de Moraes, mas não revelou o conteúdo.

Oi @alexandre. Recebemos mais uma ordem ilegal e sigilosa na noite passada [quarta-feira, 19], exigindo nosso cumprimento até amanhã à noite. Você não tem autoridade sobre o Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos. Repito --- nos vemos no tribunal", diz a publicação, feita em português e inglês.

Reportagem da Folha mostrou que o Rumble e a empresa de mídia do presidente dos EUA, Donald Trump, entraram com uma ação conjunta contra Moraes em um tribunal federal americano.

As plataformas afirmam que recentes ordens de Moraes determinando que o Rumble feche a conta de Allan dos Santos e forneça os seus dados de usuário violam a soberania dos Estados Unidos, a Constituição americana e as leis do país. As ordens de Moraes foram emitidas de forma sigilosa e proíbem que o Rumble divulgue seu teor.

Na quarta-feira (19), Pavlovski escreveu nas redes sociais que o Rumble não cumprirá o que chamou de "ordens ilegais" de Moraes.

Popular entre influenciadores da direita, o Rumble anunciou seu retorno ao Brasil no início de fevereiro.

A medida foi anunciada um dia depois de Moraes ter revogado a suspensão das contas em redes sociais do influenciador Monark. O Rumble estava entre as plataformas em que o podcaster havia sido bloqueado.

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Número de violações contra idosos cresce 69% em Goiás

Em menos de 15 dias, Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai) fez três resgates. Celebrar centenários, como o da dona de casa Celina Raimunda do Carmo nesta quarta-feira (30), é um bálsamo em meio ao cenário de violência

Modificado em 19/09/2024, 01:09

Número de violações contra idosos cresce 69% em Goiás

(Arte: O Popular/Daqui)

Dados disponíveis em painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), mostram que o número de violações contra pessoas idosas no Brasil cresceu 72,64% no primeiro semestre de 2023. Em Goiás o aumento foi de 69,65%. Em menos de 15 dias, a equipe da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai) resgatou três idosos com traços evidentes de maus-tratos e violência física. O Brasil tem hoje mais de 31 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Pelo menos 30 mil delas chegaram aos 100 anos.

"O etarismo se mostra mais cruel do que nunca." A frase é do secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva ao fazer o balanço de 100 dias na função. Uma das ações imediatas da pasta foi retomar em janeiro o canal de denúncias Disque 100 com o objetivo de evitar a subnotificação de casos e recuperar o monitoramento do cenário de violência contra idosos no Brasil. Também foi ampliada a participação popular no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

Três casos de maus-tratos a pessoas idosas em Goiânia, em menos de 15 dias, chocaram pela crueldade. Equipes da Delegacia Especializada no Atendimento do Idoso (Deai), após denúncias, localizaram no dia 16, no Setor Bueno, uma mulher de 86 anos, com o braço fraturado em razão de uma queda cinco dias antes. Ela foi negligenciada pela filha de 57, enfermeira. No dia 25, um homem de 74 foi encontrado com o braço ferido, lesão provocada pelo filho de 43. No dia 28, outra idosa, de 87, foi resgatada na capital abandonada pelo filho de 69. Ela apresentava hematomas nos braços, dormia no chão e não tinha água nem comida para se alimentar.

Centenária

Chegando nesta quarta-feira (30) aos 100 anos, a dona de casa Celina Raimunda do Carmo passa a largo desse cenário de violência. Mãe de oito filhos, um dos quais morreu precocemente, e avó de 10 netos e 26 bisnetos, ela estará rodeada pela família para celebrar a longevidade. E a família e amigos próximos não têm dúvida de que a atenção e o cuidado têm feito a diferença na vida dessa filha de Itumbiara que passou grande parte da sua jornada na zona rural, na pesada lida doméstica e enfrentou percalços com a saúde.

"A nossa vida sempre foi pautada pelo amor e pela união, um legado de nossos pais. Estamos retribuindo a ela tudo o que nos foi dado", afirma a filha Vânia Santos do Carmo. Desde a morte do marido, José Quirino do Carmo, que partiu aos 90 anos, Celina vive sozinha no apartamento onde morava com ele. Assim se sentiu mais confortável e os filhos concordaram. Por decisão da família, ela não tem cuidadora. São as cinco irmãs, três com mais de 70 anos, que se revezam nos cuidados com a mãe.

Embora com dificuldade para articular palavras em função de um câncer, Celina é lúcida e atenta. Nesta quarta-feira tem celebração intimista, mas a lembrança é por conta da matriarca. Desde que soube que será festejada, está empenhada em produzir pequenas peças de crochê para entregar à toda prole. Vânia conta que a mãe tem uma bengala, que é sempre esquecida quando está apressada. Da mesma forma os óculos que não fazem falta quando precisa colocar linha na agulha.

"Ela sempre foi uma mulher batalhadora e de coragem, nunca vimos nossa mãe reclamar de cansaço. Sempre está disposta a tudo", relata a filha Cláudia Sabbag. Tão disposta que, mesmo chegando aos 100 anos, ainda arrisca o doce movimento de um balanço.

A irmã, Gláucia do Carmo, atribui o amor e a dedicação dos filhos com a mãe ao exemplo que receberam dos pais. "Todos cuidam dela, oferecem o convívio familiar e segurança", confirma Vânia.

(Arte: O Popular/Daqui)

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Twitter ameaça processar Meta por plágio no desenvolvimento de Threads, diz site

Modificado em 19/09/2024, 00:33

Twitter ameaça processar Meta por plágio no desenvolvimento de Threads, diz site

(Divulgação)

O Twitter notificou a Meta de forma extrajudicial com alegações de quebra de segredos comerciais no desenvolvimento do Threads, nova rede social do Instagram. O documento, obtido pelo site Semaphor, inclui uma ameaça de processo civil, com medida cautelar, para prevenir danos.

O advogado que assina a carta, Alex Spiro, afirma que a Meta contratou dezenas ex-funcionários do Twitter com acesso a documentos e aparelhos eletrônicos da rede social para desenvolver uma cópia: o Threads. O texto não menciona nomes.

Uma pessoa vinculada à Meta disse ao Semafor que as acusações do Twitter não têm fundamento. Ninguém no time de engenharia por trás do Threads teria vindo da rede social de Elon Musk, segundo esse interlocutor.

Procurada pela Folha de S.Paulo, a Meta não se pronunciou até a publicação desta reportagem. O Twitter respondeu ao pedido de informação da reportagem com um emoji de fezes -a resposta automática é enviada desde março para solicitações relacionadas a reportagens.

Segundo a notificação do Twitter, os ex-funcionários tiveram e continuam com acesso a segredos comerciais da rede social. Também mantinham compromissos em curso com a empresa.

O Twitter demitiu cerca de 4.000 funcionários desde que Musk comprou a plataforma em outubro.

O advogado do Twitter, Spiro, alega que a Meta tinha ciência da situação e contratou essas pessoas de forma intencional para desenvolver uma rede social similar ao Twitter. Essa atitude violaria leis federais e estaduais dos EUA, diz o representante.

O documento enviado à Meta também pede que a holding de Mark Zuckerberg não baixe informações de usuários e páginas do Twitter sem autorização.

Em menos de 24 horas no ar, o Threads já reúne mais de 30 milhões de usuários, conforme publicação de Mark Zuckerberg na própria rede social. As inscrições são impulsionadas por uma integração com o Instagram, que reúne mais de 2 bilhões de contas ativas.

Cerca de 300 milhões de pessoas estão no Twitter, segundo estimativas. É impossível checar esse número desde que Musk comprou a plataforma e a tirou da Bolsa de Valores.

A rede social Bluesky, desenvolvida pelo fundador do Twitter, Jack Dorsey, tem 50 mil usuários, mas aceita inscrições apenas mediante convite. O Mastodon, 13 milhões.

O documento foi interpretado pela imprensa internacional como uma tentativa de Musk de retardar o avanço do Threads.

A nova rede social do Instagram veio ao ar, com o Twitter em crise, após a compra por Elon Musk em outubro do ano passado. As primeiras notícias do Threads apareceram na newsletter especializada Platformer em março.

As críticas ao Twitter se acentuaram após Elon Musk ter anunciado um limite diário de visualizações de publicações.

A rede social limitou, no sábado (1º), a visualização diária de tweets a apenas 600 por usuário. No domingo (2), aumentou o limite para mil. A medida visa limitar o acesso de empresas de inteligência artificial ao conteúdo do Twitter.