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Vestibular da UEG oferece mais de 3 mil vagas em 33 cursos; confira

Provas do vestibular serão aplicadas presencialmente no dia 11 de dezembro

Modificado em 20/09/2024, 05:19

Edital da UEG foi publicado

Edital da UEG foi publicado (Divulgação)

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) publicou, na última semana, o edital de abertura do vestibular para o primeiro semestre de 2023. São 3.740 vagas distribuídas em 33 cursos de graduação, entre eles Direito, Administração, Química, Engenharia Civil e outros. A inscrição pode ser feita pela internet até o dia 20 de novembro, ao custo de R$ 50.

As provas do vestibular da UEG serão aplicadas presencialmente no dia 11 de dezembro nas 29 cidades onde há disponibilização de vagas. O resultado final será divulgado em 27 de janeiro de 2023. Já as aulas têm início em fevereiro.

A taxa de inscrição, que deve ser feita exclusivamente pelo site https://www.vestibular.ueg.br , é isenta para titulares ou dependentes no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou para doadoras regulares de leite materno.

Vale destacar que há vagas reservadas para o sistema de cotas, candidatos oriundos de rede pública de educação básica, negros, indígenas ou pessoas com deficiência, além de vagas suplementares aos quilombolas.

Veja os cursos:

Administração

Agronomia

Arquitetura e Urbanismo

Biomedicina

Ciências Biológicas

Ciências Contábeis

Ciências Econômicas

Cinema e Audiovisual

Design de Moda

Direito

Educação Física

Enfermagem

Engenharia Agrícola

Engenharia Civil

Engenharia Florestal

Estética e Cosmética

Farmácia

Física

Fisioterapia

Geografia

História

Letras Português/Inglês

Logística

Matemática

Medicina Veterinária

Pedagogia

Psicologia

Química Industrial

Química

Redes de Computadores

Sistemas de Informação

Turismo e Patrimônio

Zootecnia

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Em seis anos, UEG perdeu 48 cursos e 5 câmpus

Projeto de reestruturação iniciado em 2019 previa extinção de 57 graduações e 15 câmpus, mas ações ainda não foram finalizadas. Instituição estadual já saiu de 5 cidades goianas

Modificado em 08/03/2025, 16:40

Câmpus metropolitano da UEG no Parque Laranjeiras, em Goiânia, é uma das 11 unidades que estão em obras

Câmpus metropolitano da UEG no Parque Laranjeiras, em Goiânia, é uma das 11 unidades que estão em obras (Wildes Barbosa / O Popular)

Desde que foi apresentado o relatório final da Comissão de Redesenho, em 2019, na Universidade Estadual de Goiás (UEG), a instituição já descontinuou 48 ofertas de cursos de graduação e 5 câmpus. No documento, que foi rejeitado pelo Conselho Superior Universitário (CsU), a previsão era que fossem extintas 57 ofertas de cursos e 15 câmpus, mas a decisão do grupo na época foi de tomar como base o relatório para uma reavaliação. Ficou decidido que 30 dos 57 cursos apontados seriam reavaliados. Na época, o documento foi rejeitado sob o argumento de que ele foi realizado apenas por gestores da UEG, sem a participação da comunidade acadêmica.

Outras 39 ofertas de cursos não receberam qualquer ingressante neste ano e ainda podem ser descontinuadas nos próximos anos, com a exceção da graduação em Medicina, no câmpus de Itumbiara, que possui um vestibular à parte e que ainda não teve o resultado revelado. Vale explicar que a descontinuidade é descrita pela instituição como de "oferta" e não de "curso", já que um mesmo curso (como de Pedagogia, História, Administração, etc.) pode ser ofertado em mais de um câmpus e a exclusão se dá em um local específico e não de toda a universidade. Há ainda 6 ofertas que possuem menos de 10 ingressantes neste ano, o que pode ocorrer devido à migração entre os câmpus, em relação a cursos que estão sendo descontinuados.

A UEG tem adotado como política o não retorno dos cursos que apresentam nota baixa nas avaliações como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e Conceito Preliminar de Curso (CPC), que, anteriormente, ficavam suspensos de ofertar vagas nos vestibulares até uma melhoria. Agora, na maioria dos casos, ocorre a descontinuidade. A decisão do governo Caiado de colocar em prática a redução da universidade atende a estudos internos da instituição que se iniciaram em 2008, com a conclusão de que a UEG não suportava mais o seu tamanho, o que teria feito a perda de qualidade da instituição em determinados câmpus ou cursos devido à incapacidade de fazer a gestão dos mesmos.

Para se ter uma ideia, em 2019, a UEG tinha 45 câmpus em 43 cidades diferentes do Estado. Apenas Goiânia e Anápolis possuíam duas unidades diferentes. Atualmente, são 40 câmpus efetivados em 38 cidades, e pelo menos outros 4 devem ser descontinuados nos próximos anos, o que deve ocorrer com a formação dos últimos alunos ainda matriculados nos locais ou há apenas o aguardo da questão burocrática de repasse dos imóveis.

Em Crixás, por exemplo, o prédio da UEG foi repassado para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e deve dar lugar a um colégio estadual de ensino fundamental e médio, de gestão da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO). Em Edéia, a estrutura foi repassada em convênio para a prefeitura municipal.

Neste mesmo período de seis anos desde o início do redesenho, de acordo com os dados abertos disponibilizados pela própria UEG, a universidade teve uma redução de 10 mil alunos, embora seja válido lembrar que houve o período de pandemia da Covid-19 a partir de 2020 e 2021. O atual reitor, Antonio Cruvinel Borges Neto, que tomou posse em meados de 2021, relata que, na época, havia 9 mil alunos matriculados nos cursos de graduação na universidade. Atualmente, os dados da instituição apontam 13.098 matriculados, enquanto que em 2019 eram 23.098, gerando a diferença de 10 mil alunos exatamente. "A gente está em um processo de retomada, a prova disso é que o número de inscritos no vestibular dobrou em três anos", diz.

Borges Neto conta que em 2022 foram 7 mil alunos interessados em ingressar na universidade no processo seletivo geral, que abrange todos os cursos, com exceção de Medicina, no câmpus Itumbiara, que possui vestibular separado. No certame para os ingressantes deste ano foram 14 mil inscritos, mesmo com uma oferta de cursos e vagas menor, conforme aponta o reitor. "Isso mostra que os estudantes sabem que a reestruturação era necessária, é um efeito disso. Os cursos que ficaram são reconhecidos como de qualidade, é o que a universidade pode oferecer de melhor", afirma. Ele diz que a UEG possui hoje 37 cursos e 115 ofertas (o número difere já que há cursos ofertados em mais de um câmpus).

Orçamento

Também em 2019, o Estado de Goiás modificou o estatuto da UEG e a forma de repasse da verba à instituição, que deixou de ser carimbada em 2% da receita líquida estadual para uma definição anual, como ocorre com as secretarias, por exemplo. A mudança foi vista como uma perda de garantias e de verbas para a universidade, o que redundaria em sucateamento, mas explicada sob o argumento de que a instituição não conseguia executar a verba destinada. Para o presidente da Associação dos Docentes da UEG (Adueg), professor Marcelo Moreira, isso é mostrado no aumento da evasão dos alunos, que seria o principal problema da instituição atualmente.

"É o maior gargalo, que inclusive se discute no CsU, sobre como manter os alunos na universidade. Não conseguimos dar bolsas, o perfil dos estudantes já mudou também", diz Moreira.

Segundo os dados da UEG, o número de alunos que abandonaram o curso em 2019 (1.416) é muito semelhante ao da quantidade atual (1.436), porém, como há um menor número de matriculados em 2025, a proporção é maior. Enquanto em 2019 cerca de 6% dos matriculados evadiram, neste ano o índice chega a 10%. Em 2024, com o ano já fechado, a evasão chegou a 7%.

Segundo o reitor da UEG, o problema da evasão de fato existe, mas vem sendo discutido e buscadas soluções a partir das bolsas. "A UEG é a universidade do filho do trabalhador goiano. 78% dos nossos alunos são de famílias de até três salários mínimos", afirma. Porém, ele não considera que a mudança no modelo de orçamento seja um problema.

"Em 2021, nós começamos com R$ 302 milhões e chegamos a R$ 321 milhões. Neste ano, começamos com R$ 524 milhões e já temos R$ 532 milhões. E isso é porque nós hoje conseguimos executar até 99% do orçamento. Minha obstinação nunca foi chegar nos 2%, mas saber quanto preciso para fazer tal coisa", diz.

Reformas

Borges Neto relata que, atualmente, 11 unidades estão passando por reforma, visando a qualidade do ensino e a melhoria estrutural para estudantes e servidores. Uma delas é a do Parque Laranjeiras, em Goiânia, cuja obra teve início no mês de fevereiro de 2024, com previsão de término no segundo semestre de 2025.

"As obras incluem modernização das instalações, melhorias em toda a infraestrutura elétrica, reparos na cobertura, adequação de pisos, reforma do ginásio, construção de laboratórios e de banheiros e pintura geral. O projeto ainda vai garantir a acessibilidade em todos os ambientes da unidade", informa a UEG. A reforma está orçada em R$ 3,8 milhões e já foram executados cerca de 55% dos trabalhos.

Reitor garante que processo é interno

O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Antonio Cruvinel Borges Neto afirma que toda a política de redesenho da instituição tem sido realizada intramuros, ou seja, com a participação do Conselho Superior Universitário (CsU) e da reitoria, sem qualquer ingerência do governo estadual. Em 2019, o relatório que provocou o redesenho foi feito quando a universidade passou por uma intervenção estadual. O reitor havia sido nomeado por decreto. O ato durou até março de 2021, quando o processo eleitoral foi realizado, com a eleição de Borges Neto. "O governador nunca me ligou para questionar qualquer decisão da UEG, mesmo sendo decisões que podem afetar politicamente, afinal, é a saída de uma universidade de um município, que é uma base eleitoral", conta.

Borges Neto ressalta que o redesenho iniciado em 2019 só estabeleceu o que vários relatórios anteriores haviam feito, que era demonstrar a incapacidade da UEG em se manter do tamanho que estava. "Em 2008, em uma tarde, mais de 50 cursos foram criados na UEG. Em 2009 já havia relatório técnico explicando que não era possível manter essa quantidade de ofertas, o mesmo foi feito em 2010, em 2013 se inicia um redesenho, em 2015 não teve um consenso, em 2018 um outro redesenho que foi rejeitado pelo conselho. Até 2022, foram 15 anos de discussão em que sempre apontou essa expansão desordenada. Quando assumi, já estava posto esse redesenho e extinguimos 42 ofertas, com vistas à qualidade."

À época, O POPULAR apurou que o maior problema da expansão era que ela ocorreu sem planejamento e, na maior parte das vezes, para atender demandas políticas de grupos nos municípios, que buscavam uma plataforma de governo com a abertura de novos cursos ou novos câmpus da UEG. O argumento dos gestores da época era que a expansão favorecia e incentivava moradores do interior goiano a entrarem para o ensino superior e qualificar a mão de obra local, com cursos de licenciatura, para a formação de professores, e de áreas análogas à economia da região, como de técnicos agrícola ou sucroalcooleiro.

A baixa procura por cursos de licenciatura, o que ocorre em todas as instituições de ensino superior, também fez com que a expansão passasse a não ser eficaz. "A UEG é uma universidade caracterizada pela formação de professores, porém a procura é baixa. Isso ocorre também nas universidades particulares e nas federais, em Goiás e nos outros estados. É uma coisa geral, pela desvalorização do professor, por muitos fatores", diz o reitor. Dos 48 cursos descontinuados desde 2019, 15 são de licenciatura ou Pedagogia. Outros 19 são de cursos técnicos, voltados para a formação de mão de obra local, e 14 são de bacharelado.

Associação questiona extinções

Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o professor Marcelo Moreira, da área de Economia, afirma que a reestruturação que a instituição de ensino superior passa desde 2019 não é feita de maneira planejada. Segundo ele, a descontinuidade dos cursos não é transparente e nem é discutida dentro do Conselho Superior Universitário (CsU), sendo muito mais a partir de decisões da reitoria e que a comunidade só fica sabendo a partir da falta de ofertas de vagas nos vestibulares. "Perdemos muitos alunos em regiões que precisam, como no Norte e Nordeste do Estado. É um momento de muita preocupação dos professores, que já dura muitos anos", diz.

Um dos principais problemas apontados é que, com a redução, muitos servidores, tanto professores como técnicos, tiveram que migrar e dar aulas em até mais de uma cidade. "Tem professores dando aulas em duas ou três unidades, rodando até 300 quilômetros nessas estradas de Goiás e sem nenhum aporte da universidade, tirando do próprio bolso mesmo", conta.

Ele explica que, mesmo a universidade estando menor de uma maneira geral, novos cursos estão sendo abertos e a quantidade de docentes permanece em cerca de 1 mil. Em 2019, uma decisão judicial após ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), obrigou a UEG a desfazer contratos temporários vencidos e abrir concursos.

Desde então, foram 13 certames realizados e o último destes teve a nomeação assinada nesta sexta-feira (7) pelo governador Ronaldo Caiado, dando posse a 71 novos professores da UEG, que vão atuar distribuídos em 19 campi. Moreira relata que, ainda assim, a carga horária tem sido extenuante, já que, além do ensino, há ações de extensão, pesquisa e ainda de gestão das unidades. "Para os professores, além de ter de sair da cidade, os cursos vão fechando e os servidores são incorporados em cursos análogos, mas isso vai desmotivando, não é a graduação que a pessoa queria, na cidade que já estava."

O reitor da UEG, Antonio Cruvinel Borges Neto, explica que a instituição tem tentado alocar os professores em cidades que eles querem, a partir de processos seletivos internos antes dos concursos.

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Goiás quadruplica número de pessoas com curso superior

De 2000 a 2022, o porcentual da população que tem diploma subiu de 4,8 para 18%, segundo o Censo Demográfico de 2022. Índice é levemente menor que média nacional

Calouros lotam o Centro de Cultura e Eventos da UFG no último dia de matrículas: busca pela graduação

Calouros lotam o Centro de Cultura e Eventos da UFG no último dia de matrículas: busca pela graduação ( Wildes Barbosa / O Popular)

Em duas décadas, o total de concluintes no ensino superior quadruplicou em Goiás, passando de 4,8% em 2000 para 18% em 2022. Os dados são do módulo educação do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26) e que mostram maior quantitativo de alunos formados nos cursos das áreas voltadas à gestão e administração, formação de professores e Direito. O porcentual do Estado, contudo, ainda é menor do que a média nacional, de 18,4%.

Em 2000, o Censo contou 120,5 mil pessoas graduadas com 25 anos ou mais em Goiás. Em 2010, havia 356,6 mil residentes no Estado com a etapa finalizada -- 10,3% do total, um aumento de mais de cinco pontos percentuais em dez anos. Já em 2022, tinham feito a graduação 879,2 mil. Ao mesmo tempo, os indicadores relativos a pessoas sem ensino fundamental ou médio concluído caíram drasticamente.

No comparativo da população com mais de 25 anos por nível de instrução no Estado, os dados mostram que 66,2% não tinham nem mesmo o ensino fundamental em 2000, porcentual que caiu para 49,9%, em 2010, e para 35% em 2022. Considerando também a educação básica não concluída, o percentual sai de 79,1%, em 2000, para 65% e 49,8% em 2010 e 2022, respectivamente. No caso do ensino médio completo, o índice era de 15,7% em 2000 e subiu para 24,4% em 2010. Já em 2022, a porcentagem chegou a 32,2%.

Superintendente do IBGE em Goiás, Edson Vieira aponta que o número de graduados "tem relação com o avanço nas outras etapas, mas também com a maior oferta do ensino superior". Com a ampliação da oferta em instituições de ensino superior, diz, houve maior facilidade de acesso. "E políticas afirmativas que permitiram mais entrada de pessoas de baixa renda, pretas e pardas na universidade, notadamente na pública."

Os dados do Censo 2022 apontam ainda que, em Goiás, da população com 18 anos ou mais com nível superior de graduação concluído, metade é branca. Em seguida, estão as pessoas pardas (42,4%), pretas (6,9%), amarelas (0,5%) e indígenas (0,1%). Vale destacar, contudo, que a população parda é justamente a maior em Goiás, abrangendo 53,2% dos habitantes. Logo depois, vêm as pessoas brancas (36,2%) e pretas (10,1%). Amarelas e indígenas correspondem, respectivamente, a 0,3% e 0,2%.

Odontologia é o curso com maior predominância da população branca, com 68,5% dos formados. E Medicina vem logo em seguida, com 68,4%. Já no caso da população parda, predomina a área voltada à formação de professores, com 48,4%. Considerando gênero, as engenharias contam com maior prevalência do público masculino, contabilizando 94% desse total, sendo que para a formação de professores, é o oposto, com o público feminino dominando com 94,5%. Considerando as duas maiores áreas de formação já citadas, como gestão e administração e Direito, brancos têm o maior percentual de formados, com 57% e 48,2%, respectivamente.

Doutor em Educação e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás (PPGE/UFG), Nelson Amaral pontua que, mesmo com o avanço no ingresso e na conclusão de estudantes no ensino superior, ainda se mantêm as desigualdades de raça e gênero. "Melhorou com as cotas, mas tem de continuar o processo para diminuir essas desigualdades", declara.

O docente pondera que houve um avanço nos últimos 22 anos resultante de uma ampliação das instituições de ensino superior. "Em 2007, tivemos o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e houve um grande aumento, porque a UFG praticamente dobrou de tamanho. Depois teve a expansão dos institutos federais, que também ofertam ensino superior. As estaduais, em geral, também aumentaram em quantidade de vagas. Então, houve um aumento do número de pessoas nas universidades públicas", cita.

Ele acrescenta ainda sobre os fatores que levaram ao maior ingresso nas instituições privadas de ensino superior. "O setor privado também expandiu muito no fim do período de Fernando Henrique Cardoso (FHC), até 2002, e isso continuou -- tanto que as matrículas na rede particular concentram 77% das matrículas. Houve vários incentivos, como o lançamento do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2004; o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) já havia sido lançado, mas também teve grande expansão, e depois a educação a distância (EaD) fez isso crescer mais ainda."

Pró-reitor de graduação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Raoni Ribeiro também percebe este aumento de concluintes relacionado às políticas de permanência, como bolsas, além da política de cotas que, como diz, na grande maior parte os casos garante um maior êxito. "A conclusão está baseada na melhoria da infraestrutura, da formação do professor, do fomento à pesquisa", cita. Ele pondera ainda que há dificuldades para o preenchimento de vagas, com o decréscimo de ingressantes. "Mas a tendência é que haja melhoria."

Índice do Estado é o menor do Centro-Oeste

Mesmo com o avanço no total de pessoas com mais de 25 anos com ensino superior completo, Goiás ainda se mantém aquém dos outros Estados. Para ter ideia, na região Centro-Oeste todas as outras unidades federativas têm um percentual maior. No Distrito Federal, a taxa é de 37%, a maior registrada no Brasil; em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de 18,6% e 19,8%, respectivamente. Em um ranking nacional, o Estado fica com a 13ª posição. Além do DF, integram o topo da lista São Paulo (23,3%) e Santa Catarina (21,4%).

Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26), demonstram ainda que Goiás se manteve levemente abaixo da média nacional, de 18,4%. Contudo, o aumento proporcional no Estado foi maior do que o registrado no Brasil. De 2000 para 2022, a proporção de graduados cresceu 2,7 vezes, sendo que no primeiro ano da década o País contabilizava 6,8% da população com 25 anos ou mais com nível superior completo. Em 2010, o Brasil também registrava uma média superior, com 11,3%, ante os 10,3% no Estado.

Superintendente do IBGE em Goiás, Edson Vieira explica que pode haver fatores econômicos envolvidos no ranking de Estados com maior taxa de graduados. "No Distrito Federal, isso está ligado aos tipos predominantes de emprego. Lá, muitas vezes a entrada é por concurso público, o que exige na maior parte das vezes ter nível superior. São Paulo é o maior Estado e gera maior gama de empregos que requerem nível superior. Então, tem a ver com questões econômicas, mas não dá para fazer relação direta apenas com isso, porque tem Estado à frente (de Goiás) e que são menores em termos econômicos", pontua.

Entre as unidades federativas mencionadas por Edson estão o Amapá (20,9%) e Roraima (19%), ambas localizadas na Região Norte do País. Contudo, Goiás também se apresenta à frente de outras grandes unidades mais ricas, considerando os maiores indicadores do Produto Interno Bruto (PIB), como Minas Gerais e Bahia, que registraram índices de 17,8% e 12%, respectivamente. A Bahia, vale ressaltar, está entre as três piores taxas de pessoas com graduação completa, ao lado do Maranhão (11,1%) e Pará (12%).

Edson pontua ainda que, para além de um comparativo nacional, se faz importante uma análise com os países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "No ensino superior, tivemos de fato evolução em nível nacional e também aqui em nível estadual, mas a gente ainda tem um percentual de pessoas com ensino superior que é, mais ou menos, metade do que tem nos países da OCDE, cujo percentual é cerca de 47%", pontua.

"Têm alguns destaques em nível internacional, como a Coreia do Sul, com quase 70%, o Canadá, com cerca de 67%, e o Japão, com aproximadamente 66%. E aqui, próximo a nós, temos o Chile, que registra 40%, a Colômbia, com 34%, e o México, com 27%. Então é claro que a gente avançou, mas ainda temos espaço para que ocorram maiores avanços neste campo", complementa o superintendente do IBGE em Goiás.

IcEconomia

Emprego

UEG publica edital de concurso com salário de R$ 5 mil

São sete vagas para analista de gestão governamental - cargos na área jurídica. Inscrição será do dia 7 de janeiro a 6 de fevereiro de 2025

Provas serão aplicadas no dia 23 de março de 2025

Provas serão aplicadas no dia 23 de março de 2025 (Wildes Barbosa)

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) divulgou o edital de um concurso público com vagas para analista de gestão governamental -- cargos na área jurídica. No total, são sete vagas, com salário de R$ 5 mil, para uma jornada de 40 horas semanais.

Segundo o edital, os candidatos não classificados dentro do número de vagas e não eliminados por qualquer motivo previsto nos editais irão compor a reserva técnica até o limite de três vezes o número de vagas previsto.

Clique aqui para conferir o edital

O prazo para inscrição no certame é entres os dias 7 de janeiro e 6 de fevereiro de 2025 no site do Núcleo de Seleção da universidade. O valor da taxa de inscrição é R$ 110. Terão direito a isenção candidatos cuja a renda da entidade familiar seja inferior a dois salários mínimos (R$ 2.824), mediante comprovantes de rendimento ou beneficiários do programa federal ou estadual de transferência de renda. A solicitação pode ser feita do dia 26 de novembro a 4 de dezembro de 2024.

O concurso será dividido em três etapas: prova objetiva; avaliação de títulos; e avaliação multiprofissional (exclusiva aos candidatos com deficiência).

As provas serão aplicadas no dia 23 de março de 2025 nos municípios de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goiânia, Iporá, Jaraguá, Morrinhos, Palmeiras de Goiás, Pires do Rio e Uruaçu. O resultado final será divulgado no dia 18 de junho.

Geral

Centro Cultural Octo Marques recebe desfile de moda neste sábado (17)

Evento é gratuito e terá início às 19h30 reunindo coleções autorais elaboradas pelos alunos de Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás

Modificado em 17/09/2024, 17:22

Centro Cultural Octo Marques recebe desfile de moda neste sábado (17)

(Divulgação)

O Centro Cultural Octo Marques recebe, na noite deste sábado (17), o desfile "Florilégio", organizado pelos alunos do 8º período do Bacharelado em Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás (UEG). O evento começa às 19h30 e é aberto ao público.

Serão exibidas as coleções autorais de 15 formandos, inspirados em diversas poesias. Todas as peças foram concebidas a partir de poesias, resultando em roupas inovadoras e expressivas.

Os alunos irão apresentar uma diversidade de estilos, técnicas e narrativas que a moda pode oferecer, celebrando a moda como uma forma de expressão artística e cultural. Os espectadores terão a oportunidade de imergir em um universo de cores, texturas e significados, proporcionando uma experiência única.

O desfile também será transmitido ao vivo pelo perfil @‌modaueg no instagram.

Funcionamento
Devido à montagem e desmontagem do desfile da UEG, o Centro Cultural Octo Marques não abrirá para visitação da exposição "Histórias na pele. Arte, Hip-hop e INKlusão", de Yan Rissatti, no sábado e no domingo (18). A unidade reabre normalmente a partir de segunda-feira (19).

Serviço: Desfile de moda "Florilégio"
Data: Sábado (17)
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Octo Marques - Edifício Parthenon Center, R. 4 (entrada pela Rua 7), 515 - St. Central, Goiânia
Entrada gratuita
Instagram : @‌modaueg