Segurança de Gusttavo Lima é procurado pela PF em operação contra policiais ligados ao PCC
Rogério de Almeida Felício foi um dos citados na delação do empresário Vinícius Gritzbach, executado com dez tiros na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, no mês passado, conforme o g1
Rodrigo Melo
17 de dezembro de 2024 às 17:50
Modificado em 17/12/2024, 17:50

O policial civil Rogério de Almeida Felício ao lado do cantor Gustavo Lima (Reprodução/Redes Sociais)
O policial civil Rogério de Almeida Felício, segurança do cantor Gusttavo Lima, é procurado pela Polícia Federal (PF) em operação realizada, nesta terça-feira (17), em São Paulo, que mira policiais suspeitos de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Conforme a apuração do g1 SP, sete pessoas foram presas, incluindo um delegado e mais três policiais civis.
Em nota ao POPULAR , a Balada Eventos, escritório que administra a carreira de Gusttavo Lima, informou que Rogério prestou serviços em alguns shows e espera que "todos os fatos sejam devidamente esclarecidos perante a autoridade policial que preside a investigação" (veja a nota completa no final da matéria) . A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
Segundo a PF, a Operação Tacitus, em conjunto com o Ministério Público de São Paulo, tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção passiva e ativa).
De acordo com o g1, o segurança de Gusttavo Lima foi um dos citados na delação do empresário Vinícius Gritzbach, executado com dez tiros na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no mês passado.
Na delação, Gritzbach teria dito que Rogério ficou com um relógio dele e mostrou prints das redes sociais, onde o policial ostentava o acessório, supostamente fruto de negociações ilegais entre os dois, mencionou o g1.
Na manhã desta terça-feira, a PF fez buscas nos endereços ligados ao policial civil, mas não o encontrou.
Operação
A ação contou com 130 policiais federais que cumpriram oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. Joias, dinheiro, armas e munições foram apreendidas nas casas dos alvos.
A investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos, segundo a PF.
A polícia disse que os elementos apontaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa. A facção, com o apoio dessa organização criminosa, movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018, conforme a PF.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão, de acordo com a polícia.
(Com informações do g1 SP)
Veja a nota completa da Balada Eventos
A Balada Eventos, escritório que administra a carreira do cantor Gusttavo Lima, esclarece que Rogerio de Almeida Felício prestou serviços em alguns eventos (shows) como integrante da equipe de segurança do artista. Tomamos conhecimento da operação na manhã de hoje (17/12) e esperamos que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos perante a autoridade policial que preside a investigação.