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PMs vão a júri por morte de homem colocado em viatura em Goiânia

Os quatro policiais denunciados por morte de servente de 28 anos, horas após abordagem, em agosto de 2022, irão aguardar o julgamento em liberdade. MP-GO vê provas de execução por vingança

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Imagem de câmera de segurança mostra o momento em que Henrique Alves é colocado em camburão da PM

Imagem de câmera de segurança mostra o momento em que Henrique Alves é colocado em camburão da PM (Reprodução)

A Justiça mandou para júri popular os quatro policiais militares denunciados por matar o servente Henrique Alves Nogueira, de 28 anos após uma abordagem em 11 de agosto de 2022 no Jardim Europa. Na mesma decisão, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri, mandou soltar os acusados e permitiu que aguardem o julgamento em liberdade.

A vítima foi colocada pela manhã em um camburão da viatura usada por três dos quatro acusados e de noite foi morta em um suposto confronto pela mesma equipe, com o acréscimo do quarto policial. O caso só passou a ser investigado após a mulher de Henrique encontrar imagens de câmera de segurança mostrando a abordagem, antes que supostos policiais chegassem no local onde estava o equipamento e o danificassem.

O sargento Cleber Leandro Cardoso, de 37 anos, o cabo Guidion Ananias Galdino Bonfim, de 31, e os soldados Kilber Pedro Morais Martins, de 34, e Mayk da Silva Moura Sousa, de 29, estavam presos desde 16 de agosto. A denúncia aponta que eles levaram Henrique do Jardim Europa até uma estrada vicinal do Residencial Real Conquista, a cerca de 15 km de onde foi abordado. No local, já no início da noite, o servente foi morto com quatro tiros.

Eduardo Pio explica que neste momento do processo basta "algum elemento de prova, ainda que indireto ou de menor aptidão persuasiva" para que se tome uma decisão a respeito do encaminhamento ao júri, não sendo necessária a "comprovação inequívoca acerca da autoria do delito doloso contra a vida".

As investigações sugerem que Henrique estaria ajoelhado no momento em que foi atingido pelos disparos e não reagiu. Isso porque a calça estava suja na altura dos joelhos, mas sem lesões que indicassem uma queda. O rosto dele também estava machucado e, segundo peritos, os ferimentos foram causados antes do suposto confronto.

O MP-GO afirma que a vítima já era conhecida dos acusados e que anteriormente o servente havia sido detido, algemado e fugido da viatura levando a algema. Em outra ocasião, Henrique foi localizado e os policiais lhe cobraram R$ 100 pelas algemas e o ameaçaram de morte.

Já a defesa dos policiais argumenta que após a abordagem pela manhã Henrique foi liberado, visto por outra pessoa solto e encontrado novamente pelos mesmos policiais enquanto estes procuravam por uma possível entrega de drogas no final da tarde no Real Conquista.

Ainda segundo a defesa, o servente estava na garupa de uma moto com outra pessoa e os dois teriam reagido a abordagem atirando, o que levou os acusados a efetuarem os disparos.

Dois pontos são bastante questionados pelos policiais, o fato de Henrique ter sido abordado pela manhã de chinelo e ter sido morto com tênis e um informante de um dos policiais dizer que viu a vítima viva à tarde.

A acusação questiona a veracidade do depoimento desta testemunha e aponta que apesar de em algum momento do dia pode ter se desvencilhado dos policiais, mas voltou à custódia destes, pois deixou de cumprir compromissos familiares naquele dia, ignorando mensagens da esposa e deixando de buscar o filho na escola sem avisar ninguém.

"Depois que Henrique foi abordado, nunca mais foi visto com vida por nenhum amigo ou familiar, inclusive, não foi buscar o filho menor no colégio, nem delegou tal atribuição a ninguém, além do fato de estar incomunicável e de seu aparelho celular não ter sido encontrado na ocasião do suposto confronto. É de se ponderar, que caso Henrique tivesse toda a sua liberdade reestabelecida, seria provável que a vítima estivesse com o aparelho celular quando do confronto com a equipe", escreveu o MP-GO na denúncia.

O MP-GO usa como provas incriminadoras o fato de os policiais não terem feito nenhum registro da abordagem pela manhã no sistema e as perícias no local do crime que apontam contradições nos depoimentos dos acusados e a possibilidade de uma execução.

Liberdade

Em sua sentença, o juiz descarta o acolhimento neste momento da tese de legítima defesa dos policiais porque, a partir das provas apresentadas, "não é possível afirmar com segurança, por ora, que os réus tenham sofrido agressão injusta, tampouco que tenham agido de modo moderado no suposto".

Por outro lado, Eduardo acatou o pedido da defesa e determinou a soltura dos policiais. "Considerando que a instrução criminal já se encerrou e que as testemunhas ouvidas não relataram temerem ou terem sofrido ameaças por parte dos policiais, vislumbro que não se faz mais necessário garantir a instrução criminal, bem como a ordem pública (...), de modo que, neste momento processual, entendo que a manutenção da prisão preventiva afigura-se desnecessária", informou o magistrado.

Geral

Avó e neta são encontradas mortas dentro de casa no Paraná

Caso foi registrado em Jataizinho. Segundo PM, corpos tinham sinais de violência. Duas pessoas foram levadas à delegacia e liberadas em seguida

Marley tinha 53 anos e a neta, Ana Carolina, 11

Marley tinha 53 anos e a neta, Ana Carolina, 11 (Redes sociais/SAF Bom Pastor)

A Polícia Civil do Paraná investiga as circunstâncias das mortes de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e sua neta Ana Carolina de Almeida Anacleto, de 12 anos, encontradas mortas dentro de casa na noite do último sábado (22), em Jataízinho, município localizado na região norte do estado.

Segundo a polícia, as duas vítimas estavam deitadas em uma cama no quarto, cobertas por um edredom, com sinais de violência e lenços amarrados ao pescoço.

Em uma das paredes do cômodo, havia uma mensagem, com um pedido de desculpa, escrita com sangue. O texto continha erros de ortografia, conforme foi registrado no boletim de ocorrência: "Deculpa mae (sic)".

Segundo a Polícia Militar, um familiar acionou as autoridades após chegar à residência e encontrar a porta e o portão apenas encostados. Ao entrar na casa, ele encontrou as vítimas e percebeu a presença de sangue espalhado pelo cômodo.

O local foi isolado para o trabalho da perícia, que constatou manchas de sangue nas roupas de cama, no chão e nas paredes.

Equipes da Polícia Científica foram acionadas para realizar exames técnicos. Aparelhos celulares de familiares foram apreendidos e devem passar por perícia.

Não foram divulgados detalhes sobre suspeitos ou a possível motivação do crime. A Polícia Civil informou que as investigações seguem sob sigilo "para garantir a coleta segura de provas" e evitar que a divulgação de informações comprometa o andamento das apurações.

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Emprego

Concurso da Polícia Militar do Tocantins tem mais de 600 vagas e cotas para negros, quilombolas e indígenas

Inscrições começam na próxima semana e os salários podem chegar a R$ 10.842,13. Processo seletivo prevê provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Modificado em 11/03/2025, 15:11

Batalhão da Polícia Militar do Tocantins

Batalhão da Polícia Militar do Tocantins (Divulgação/PMTO)

O concurso da Polícia Militar do Tocantins terá cota para negros, indígenas e quilombolas. As inscrições vão iniciar no dia 17 de março, segundo o estado. Serão ofertadas 660 vagas para os cargos de soldados e aspirante oficial.

Conforme a lei estadual nº 4.344, de 27 de dezembro de 2023, do total de vagas, 10% serão reservadas para candidatos negros, 5% para indígenas e 5% para quilombolas.

A taxa de inscrição é de R$ 150. Candidatos terão até o dia 19 de março para solicitar isenção. O prazo de inscrição termina às 16h do dia 15 de abril. As aplicações das provas objetiva e dissertativa estão previstas para o dia 15 de junho.

Clique aqui e veja o edital.

O lançamento foi feito pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) na manhã desta segunda-feira (10). Serão 600 vagas para soldados e 60 para para aspirante oficial. O salários podem variar entre R$ 2.881,53 e R$ 10.842,13.

A banca que irá organizar o concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Durante o processo seletivo os candidatos irão passar por provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Do total de vagas 60 serão destinadas ao Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar (PM), que prepara os cadetes para a vida militar e para o exercício da função policial. Nesse cargo é exigido o ensino superior. O salário inicial é de R$ 5.763,07, mas pode chegar a R$ 10.842,13 após a formação.

Outras 600 vagas são para soldados com salário inicial de R$ 2.881,53. Após o curso de formação, o valor será de R$ 5.763,07. Destas, 20 vagas serão destinadas para músicos.

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Emprego

Inscrições para o concurso da PMTO com salários de até R$ 10,8 mil iniciam na próxima segunda-feira (17)

Edital deve ser publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (10), anunciou governo estadual. A banca responsável pelo concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Modificado em 10/03/2025, 15:07

Momento em que governador Wanderlei Barbosa assina edital de abertura do certame da PMTO (Governo do Tocantins/Divulgação)

Momento em que governador Wanderlei Barbosa assina edital de abertura do certame da PMTO (Governo do Tocantins/Divulgação)

O edital do concurso da Polícia Militar do Tocantins (PMTO) será publicado no Diário Oficial do Estado na noite desta segunda-feira (10). O lançamento feito pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao lado de militares no Quartel do Comando Geral da PMTO, em Palmas. Serão ofertadas 660 vagas, com salários que podem chegar a R$ 10,8 mil. As inscrições estão previstas para iniciar na próxima segunda-feira (17).

A banca responsável por organizar o concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano passado, o estado havia anunciado que seriam ofertadas 600 vagas para o cargo de soldado e 60 para Aspirante Oficial.

Segundo o estado, do total de vagas 60 serão destinadas ao Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar (PM), que prepara os cadetes para a vida militar e para o exercício da função policial. Nesse caso é necessário ter ensino superior, o salário inicial é de R$ 5.763,07, chegando a R$ 10.842,13 após a formação.

Outras 600 vagas são para soldados com salário inicial de R$ 2.881,53. Após o curso de formação, o valor será de R$ 5.763,07. Destas, 20 vagas serão destinadas para músicos.

O último concurso da PM ocorreu em 2021 e, na época, foram ofertadas 950 para soldados, 25 para músicos e 25 para a área da saúde. De acordo com a PM, os candidatos passaram por provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Governador Wanderlei Barbosa e militares no anúncio do certame (Governo do Tocantins/Divulgação)

Governador Wanderlei Barbosa e militares no anúncio do certame (Governo do Tocantins/Divulgação)

Geral

Ação da Polícia Militar deixa 12 mortos em bairro de Salvador

Durante a ação, os policiais apreenderam pistolas, revólveres, carregadores, munições e drogas

Policias Militares da Bahia

Policias Militares da Bahia (Divulgação/ Polícia Militar)

Doze pessoas morreram em um suposto confronto com a Polícia Militar no bairro Fazenda Coutos, no subúrbio ferroviário de Salvador (BA), nesta terça-feira (4).

Durante a ação, os policiais apreenderam um arsenal que inclui submetralhadoras, pistolas, revólveres, carregadores, munições, além de drogas e balanças de precisão.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a PM reforçou o policiamento no bairro após receber informações sobre a invasão de um grupo de homens armados, em uma disputa de facções.

"Durante incursões realizadas na área, houve resistência armada por parte dos criminosos, resultando em confronto. No desdobramento da ação, 12 suspeitos foram alvejados", diz nota da secretaria.

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Os feridos foram levados para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiram.

A ação da PM é investigada pela Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública informou que o policiamento continua intenso na região.

Na noite de terça, uma equipe da TV Bahia ficou no meio de mais um tiroteio e precisou se abrigar em uma padaria do bairro, o único ponto comercial que estava aberto no momento. Ninguém da equipe ficou ferido.

O bairro Fazenda Coutos fica distante do circuito oficial do Carnaval de Salvador. Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública informou que a ação policial foi "pontual e não possui qualquer relação com o Carnaval".