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Polícia recebe 3ª denúncia contra dentista investigada após morte de homem que colocou facetas

Servidor público Luiz Carlos, de 56 anos, morreu de infecção generalizada em agosto deste ano, após realizar implantes com Jamilly da Silva

Modificado em 20/09/2024, 02:49

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon)

Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) (Reprodução / Google Street View)

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) assumiu as investigações para verificar se houve imprudência e negligência praticadas contra pacientes por parte da dentista Jamilly da Silva.

Até o momento, há três denúncias contra a profissional. A mais grave delas é a da morte do servidor Luiz Carlos das Dores, de 56 anos, por septicemia (infecção generalizada) após implantação de facetas dentárias.

Além dele, que está sendo representado pelo companheiro Benedito Antônio Júnior, há a denúncia do próprio viúvo, que também realizou tratamento com Jamilly, e da professora Marcela Negreiros, que havia entrado com ação contra a dentista em abril deste ano.

De acordo com o delegado titular da Decon, Weberth Leonardo, as denúncias dos três pacientes haviam sido registradas em delegacias diferentes. O pedido para que o caso fosse centralizado em apenas uma delegacia foi feito pelos próprios denunciantes.

"Em virtude da complexidade do caso e de outras reclamações envolvendo o serviço, acaba sendo, de forma oblíqua, de interesse do mercado de consumo. Se ficar provada a imprudência, justifica a atuação da Decon desse momento em diante", afirmou o investigador.

Weberth garantiu que cada denúncia será analisada cuidadosamente. "Cada contrato merece um olhar específico e estaremos encaminhando o caso das outras vítimas à perícia para que haja análise clínica. A partir daí, vamos verificar se houve imprudência ou negligência que pudesse caracterizar a lesão seguida de morte", informou.

Benedito, viúvo de Luiz Carlos, confirmou o pedido de sua advogada para que as denúncias contra a dentista fossem para a Decon. "Sabemos que lá é uma delegacia especializada em consumidor, mas o atual delegado já tem conhecimento das gravidades do caso e ele foi designado para solucionar", disse à reportagem.

Denúncias

Ele e o marido haviam realizado tratamento na mesma época com Jamilly. Em sua própria denúncia contra a profissional, ele conta que seu implante de facetas foi estimado em R$ 19.200. A dentista também o havia chamado para realizar um clareamento, no qual ele se negou. Benedito ainda havia dito que ela queria tudo 'para ontem'.

Ele relata que além das fortes dores e da sensibilidade, os dentes ficaram com colorações diferentes, excesso de cimento, mal posicionados e dentes projetados para frente. Diante das insatisfações com o serviço da profissional e da insistência de Benedito em assinar um contrato, a dentista teria passado a tratá-lo com rispidez e ao examiná-lo após o procedimento disse que refaria os procedimentos e levaria "mais esse prejuízo".

O viúvo acredita que a repercussão do caso irá fazer com que novas denúncias contra a profissional surjam. "Têm pessoas que querem ir e tem medos, então a mídia encoraja mais", afirmou.

Já Marcela Negreiros disse que levou um choque quando viu o rosto de Luiz Carlos estampado nos jornais, porque já havia o visto na rede social de Jamilly.

"Quando li a matéria e vi no final o nome dela, na mesma hora eu liguei para o meu advogado, porque quando aconteceu comigo foi em abril. Desde então eu tentava negociar a devolução do meu dinheiro, uma quantia até grande, ela começou a fugir", contou.

A professora afirma que, como era a única vítima de quem tinha conhecimento, ela achou que a melhor forma de solucionar o caso seria extrajudicialmente. Por isso, após várias tentativas de entrar com ação contra a dentista, decidiu contratar um advogado para tentar receber o que havia pago no tratamento.

"Eu fiz boletim de ocorrência contra ela em 3 delegacias e no Procon. Não deu em nada. Ficou tudo parado. Por conta disso, contratei um advogado. Ela foi notificada e não quis saber de devolver o que me devia. Fez uma proposta muito abaixo e ainda queria pagar parcelado", afirmou.

Com Marcela, Jamilly iniciou o tratamento de mais de R$ 40 mil. A professora também conta que a dentista tinha pressa em fazer os procedimentos para receber rápido o dinheiro. Após uma gengivoplastia, a profissional avisou que viajaria para São Paulo para ir em um show da Joelma, mas que a deixaria nas "excelentes mãos" de um colega.

Durante o procedimento com o novo dentista, Marcela conta que não havia sido avisada de que precisaria ser dopada e, por isso, foi sozinha. Após passar por um enxerto gengival, foi deixada desacordada na cadeira pelo colega de Jamilly que havia realizado o procedimento.

"Ele desbloqueou meu celular [com sistema facial] e enviou mensagens pro meu amigo exigindo que ele chegasse na clínica em, no máximo, 15 minutos porque ele tinha que ir embora. Nesse interim, eu estava largada na cadeira coberta de saliva e sangue", contou ao POPULAR.

Assim como Benedito, ela também avalia que o melhor para o caso é ficar sob investigação da Decon. "Lá foi o local onde fui mais bem atendida. Fizeram o trabalho de me ouvir com esmero. Escreveram minhas declarações de forma minuciosa. Nenhuma [outra delegacia] quis me mandar para o Instituto Médico Legal (IML) para eu ter um laudo. Na Decon eles me mandaram um pedido no mesmo dia. Lá foi feito o exame e tenho o laudo que tudo que a doutora Jamilly fez e de tudo que ela diz que fez, mas não fez", disse.

"A reunião com o delegado, o Benedito e nossos advogados foi muito proveitosa. Acredito que agora a questão vai andar", concluiu Marcela.

Morte

O companheiro de Benedito, Luiz Carlos, havia feito o desgaste de 24 dentes e colocado facetas provisórias logo em seguida em julho com Jamilly. Após se queixar de dores, ouviu da dentista que era normal. Com o passar dos dias, sua situação piorou e Luiz passou a apresentar dores agudas e inchaço na boca.

No início de agosto, ele teria acordado durante a madrugada com falta de ar, então ele foi ao médico acompanhado do marido e acabou sendo internado. Em seguida, o servidor foi transferido para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que solicitou a um dentista para analisar seu caso e constatou que ele já estava em um estado preocupante de infecção.

Com a piora do quadro, Luiz Carlos morreu no dia 18 de agosto. No atestado de óbito consta que a morte foi provocada por "choque cardiogênico, septicemia, pneumonia viral e insuficiência renal aguda".

A defesa da dentista disse que só irá se pronunciar nos autos.

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Mulher de 46 anos morre após fazer cirurgias plásticas, em Goiânia, diz delegado

Segundo polícia, paciente morreu três dias depois de fazer procedimento em um hospital da capital. Médico ainda não é investigado sobre o caso, mas responde por outras mortes na Justiça

Modificado em 25/03/2025, 19:25

PC relatou que Cristina Rocha da Silva foi encontrada desacordada em sua casa pela filha

PC relatou que Cristina Rocha da Silva foi encontrada desacordada em sua casa pela filha (Reprodução/Redes Sociais)

Uma mulher de 46 anos morreu após fazer cirurgias plásticas em um hospital de Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), a chefe de serviços gerais Cristina Rocha da Silva, de 46 anos, foi encontrada pela filha desacordada em sua casa, na madrugada de segunda-feira (25).

O delegado Anderson Pimentel investiga se a causa da morte foi em decorrência do procedimento cirúrgico feito nela pelo médico Dagmar João Maester.

Eu estou preferindo evitar ainda chegar ao profissional médico, pelo seguinte, eu preciso ter informações para saber se a morte foi causada ou se ela tem uma correlação direta ou indireta com esse procedimento", disse o delegado.

Ao DAQUI , o advogado do médico, Wendell Santana, disse que por enquanto não se manifestará sobre o caso.

Em razão do sigilo médico não podemos, ao menos por agora, prestar maiores informações sobre os fatos em tela", respondeu a defesa do médico.

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O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), por nota, informou que "não tem conhecimento" da morte da paciente atendida pelo médico Dagmar João Maester (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

O delegado acrescentou que nestes casos são realizadas perícias complementares para se confirmar a causa exata da morte. Se "foi efetivamente a parada cardiorrespiratória, se foi por outro fator endógeno, pré-existente, ou se foi causado por uma causa exógena, ou seja, externa e não inerente à vontade da vítima".

A Polícia Técnico-Científico Morte informou ao DAQUI que a causalidade da morte será esclarecida por exames de anatomopatológico e toxicológico. O prazo para o laudo cadavérico é de 10 dias.

"Exames estes a serem realizados pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica de Goiás", emendou a polícia.

Entenda

A polícia relatou que Cristina Rocha da Silva realizou a cirurgia plástica no sábado (22). O procedimento teria sido feito em um hospital localizado no Setor Universitário, em Goiânia. O nome da unidade não foi divulgado e, por isso, a reportagem não conseguiu um posicionamento sobre o caso.

Uma amiga e vizinha da vítima, Brenda Alves, contou ao g1 que Cristina recebeu alta hospitalar no domingo (23). Ao chegar em sua casa, reclamou de muitas dores no abdômen e falta de ar. Na segunda-feira, ela foi encontrada desacorda pela filha na casa dela.

O DAQUI entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO) para obter informações se uma equipe atendeu a ocorrência, o que foi negado. A corporação indicou que o atendimento foi feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A reportagem não conseguiu contato com o órgão.

Outros casos envolvendo o médico

Anderson Pimentel recordou que o cirurgião plástico Dagmar João Maester se tornou réu pela morte de uma idosa que fez uma mamoplastia, abdominoplastia e lipoescultura no Hospital Goiânia Leste, em Goiânia, em abril de 2023.

Sobre esse caso, em outubro do mesmo ano, a Justiça acatou uma denúncia contra ele. Maester foi acusado de negligência médica. Com a morte da idosa, ele foi investigado por suspeita de causar a morte de seis pacientes.

De acordo com as investigações, as mortes ocorreram em decorrência de intervenções clínicas em pacientes de Goiás, Maranhão e Distrito Federal. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

No caso da idosa, o laudo pericial indicou a causa da morte como "alterações biopatológicas relacionadas com procedimento cirúrgico", o que teria ocasionado um tromboembolismo pulmonar.

Demais mortes supostamente causadas pelo médico Dagmar João Maester:

  • Em fevereiro de 2022, a vereadora de Açailândia Robenha Maria Sousa Pereira, de 43 anos, morreu após ter feito abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital de Imperatriz (MA).
  • Em março de 2022, a assessora parlamentar Patriciana Nunes Barros, de 36, também morreu após passar por procedimentos cirúrgicos de abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas.
  • Em março de 2010, a servidora pública do Ministério das Cidades, Kelma Macedo Ferreira Gomes, de 33 anos, passou por uma lipoaspiração, implante de prótese de silicone nos seios e abdominoplastia, mas no dia seguinte teria passado muito mal.
  • Em 2001, outras duas pacientes também teriam sido vítimas após realizarem procedimentos estéticos em Goiás, com o mesmo médico.
  • Na época, o cirurgião chegou a ser suspenso por 30 dias do exercício profissional. Depois desse período, ele retomou as atividades.

    Íntegra da nota do Cremego (25/03/2025)

    O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não tem conhecimento deste caso (morte da paciente). Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

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    Biometria neonatal: bebês serão identificados dentro da sala de parto de maternidades em Goiás

    Protocolo visa evitar a troca de bebês, assim como sequestros e fraudes dentro das unidades de saúde

    Modificado em 20/03/2025, 12:45

    Coleta de biometria será realizada ainda na sala de parto

    Coleta de biometria será realizada ainda na sala de parto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    Os bebês recém-nascidos terão a coleta das impressões digitais ainda na sala do parto e o registro dos dados no sistema da Polícia Civil (PC), em Goiás. A medida, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), visa garantir uma maior segurança para mães e filhos, evitando a troca de bebês, sequestros e fraudes dentro das unidades de saúde.

    A coleta já está em fase de implementação no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia. Mas, segundo a Superintendente Adjunta da Superintendência de Identificação Humana da Polícia Civil de Goiás, Bruna França, a expectativa é de que, até outubro deste ano, 10 maternidades da rede pública estadual façam parte do sistema.

    A gente vai fazer ampliação para outras maternidades no estado de Goiás, depois as municipais, e as maternidades que tiverem interesse. E essas maternidades terão um selo de "Maternidade Segura" para que os pais possam ter maior confiança em aderência às maternidades", detalhou França, em entrevista à TV Anhanguera.

    De acordo com a SES-GO, o projeto "Identificação Neonatal Goiás", será realizada em três etapas, são elas: a coleta inicial da biometria na sala de parto, uma segunda coleta na alta hospitalar, com objetivo de confirmar a identidade do bebê e da mãe, e, por fim, a vinculação dos dados no sistema de identificação civil e início da emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) do bebê.

    Para a diretora operacional do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Flávia Rosemberg, o protocolo garante mais segurança para mães e seus recém-nascidos.

    "A identificação desde o momento zero do nascimento deixa as mães e os RNs mais protegidos", afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

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    Servidores da Prefeitura de Goiânia são alvos de operação contra fraude no ponto eletrônico

    Segundo a Polícia Civil, suspeitos alegaram que pediam aos colegas para bater o ponto quando estavam atrasados. Eles são lotados na Secretaria de Finanças de Goiânia

    Modificado em 15/03/2025, 11:27

    11 servidores públicos estão sendo investigados por fraudar ponto eletrônico na Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia

    11 servidores públicos estão sendo investigados por fraudar ponto eletrônico na Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia (Divulgação/Polícia Civil)

    Onze servidores públicos da Prefeitura de Goiânia foram alvos de uma operação contra fraude no ponto eletrônico. Segundo a Polícia Civil de Goiás, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (14) contra um grupo suspeito de montar um esquema de falsidade ideológica e estelionato dentro da Secretaria Municipal de Finanças.

    Em nota, a Prefeitura de Goiânia disse à reportagem que apoia integralmente todas as investigações conduzidas pela Polícia Civil e que se coloca à disposição da polícia para colaborar com as investigações (leia a nota na íntegra abaixo).

    Por não terem os nomes divulgados, à reportagem não conseguiu localizar as defesas dos servidores até a última atualização desta reportagem.

    De acordo com o delegado Rômulo Figueiredo de Mattos, sete servidores foram identificados no esquema e faltam identificar outros quatro. A PC suspeita que a fraude no ponto eletrônico durou do início de 2023 até o final de 2024. Rômulo destacou que a fraude foi descoberta durante a apuração de suposta venda de imóveis com documentação falsa por um grupo que foi alvo no ano passado.

    A investigação de agora é um desdobramento de uma investigação maior que começou no início de 2024, na qual descobrimos que uma associação criminosa estava vendendo ilegalmente diversos imóveis aqui em Goiânia. Na segunda fase da operação identificamos que um servidor da Prefeitura de Goiânia estava vendendo facilidades para essa associação criminosa. Daí com os materiais apreendidos, documentos e eletrônicos, ao analisar o celular desse servidor constatamos que ele e outros colegas criaram um sistema da necessidade de bater o ponto eletrônico", disse ao POPULAR.

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    À polícia, os suspeitos alegaram que pediam aos colegas para bater os pontos eletrônicos deles quando estavam atrasados. No entanto, de acordo com o delegado, mensagens mostraram que quando estavam de férias tinham outro código para o não registro do ponto eletrônico.

    Segundo o delegado responsável pelo caso, a operação Le Grand foi realizada para entender se há outras pessoas envolvidas na fraude do ponto eletrônico na Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia.

    Certo que já está comprovada a fraude. Portanto, a prática dos crimes de falsidade ideológica e de estelionato, por estarem recebendo sem trabalhar", afirma Figueiredo.

    Relembre o caso

    Em outubro de 2024, a PC realizou uma operação contra o ex-funcionário de uma imobiliária investigado por alterar dados cadastrais de terrenos e aplicar golpes que ultrapassam R$ 800 mil na empresa. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito se valia da condição de corretor para acessar informações sobre terrenos, alterar os dados e falsificar assinaturas em transferências de lotes.

    Na época, o delegado Caio Menezes disse à reportagem que as investigações já identificaram a venda ilícita de 13 lotes e o suspeito além de fraudar os documentos, recebia os valores pagos pelos compradores que não tinham conhecimento do golpe.

    "Primeiro ele alterava o status do terreno dentro do sistema. Por exemplo, se constava que o terreno foi doado, ele mudava para vendido a fim de que as pessoas da administração da empresa não dessem falta do terreno. As pessoas recebiam essas escrituras falsificadas, achavam que estava tudo certo e faziam o pagamento. O suspeito recebia os valores em sua conta que utilizava de argumentos para enganar as vítimas", disse.

    A PC, em outubro do ano passado, informou que as investigações iriam continuar para identificar o envolvimento de outras pessoas, inclusive servidores públicos e agentes de cartório.

    Nota da Prefeitura de Goiânia

    "A Prefeitura de Goiânia apoia integralmente todas as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Estado de Goiás. O compromisso da administração municipal é com a transparência, a ética e a correta aplicação dos recursos públicos. A prefeitura se coloca à disposição da PC para colaborar com as investigações."

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    Operação prende suspeitos de dar mais de 60 golpes com falsas diárias em pousadas de Pirenópolis

    Segundo a investigação, grupo anunciava hospedagem por meio de perfis falsos nas redes sociais

    Modificado em 12/03/2025, 13:56

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    A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas em Pirenópolis. Ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão temporária na manhã desta quarta-feira (12), em Goiânia (assista ao vídeo acima).

    Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização dessa matéria.

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    De acordo com a PCDF, os suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais, especialmente no Instagram, e ofereciam diárias a preços atraentes.

    As pousadas que eram utilizadas como o meio fraudulento dos crimes praticados por essa organização criminosa, elas eram localizadas, principalmente, na região de Pirenópolis. Esse grupo criminoso fraudava e clonava os anúncios das pousadas, por meio do Instagram e sites, se passando por gerentes e proprietários dessas pousadas e recebiam valores dos clientes que pagavam acreditando se tratar da hospedaria verdadeira", disse o delegado Diego Castro em entrevista à TV Anhanguera.

    As investigações apontam que os suspeitos já participaram de diversos crimes de estelionato no Distrito Federal, entre 2023 e 2024. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

    Essa é a segunda operação da PCDF que mira golpes de falsas pousadas na cidade de Pirenópolis. A primeira operação, intitulada Operação Pireneus, foi realizada em novembro de 2024 e prendeu três pessoas.

    Como funcionava o golpe?

    Polícia cumpriu mandados contra grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas (Divulgação/PCDF)

    Polícia cumpriu mandados contra grupo suspeito de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas (Divulgação/PCDF)

    De acordo com as investigações da PCDF, os suspeitos fingiam ser donos ou responsáveis legais de hospedagens na cidade turística. O golpe era realizado especialmente no Instagram. Na rede social, eles criavam perfis falsos de pousadas e ofereciam diárias a preços atraentes

    Com isso, as vítimas eram induzidas a realizar pagamentos via PIX, após negociações realizadas por meio de mensagens no WhatsApp. O grupo gerava contratos com timbres e logomarcas das pousadas falsas, com o intuito de gerar credibilidade à negociação.

    A operação "Sem Reservas" descobriu que, após as vítimas realizarem o pagamento das diárias, eram bloqueadas pelos suspeitos. A polícia destacou ainda que muitos turistas foram até as pousadas e só perceberam a fraude ao chegar em Pirenópolis.

    O esquema era realizado a partir de uma estrutura hierarquizada, que envolvia a divisão de tarefas e o uso de diversas contas bancárias e códigos PIX, além de inúmeros perfis falsos nas redes sociais.

    Suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais e ofereciam diárias a preços atraentes (Divulgação/PCGO)

    Suspeitos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais e ofereciam diárias a preços atraentes (Divulgação/PCGO)