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Procura por repelentes e inseticidas disparam em Goiás em resposta ao aumento de casos de dengue

O aumento é significativo, de 20% a 30%, na venda desses produtos. Mas os supermercados estão abastecidos com estoques para atender a demanda

Modificado em 17/09/2024, 16:06

Procura por repelentes e inseticidas disparam em Goiás em resposta ao aumento de casos de dengue

(Divulgação)

Goiás é o quinto estado no país em incidência de casos de dengue. Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam que apenas nas primeiras cinco semanas de 2024, Goiás registrou mais de 11 mil casos de dengue, um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, por isso, decretou situação de emergência.

Em resposta disso, a busca por meios de afastar o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença, vem aumentando, e um dos setores que mais consegue observar essa mudança é o de supermercados.

O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Sirlei Antônio do Couto, conta que houve uma procura maior por repelentes e inseticidas de vários tipos: "Produtos espirais, eletrônicos, loções líquidas e em creme, citronela. O aumento é significativo, de 20% a 30%, na venda desses produtos. Mas os supermercados estão abastecidos com estoques para atender a demanda", assegura.

Vendas
O proprietário da rede goiana de supermercados Super Zé, José Elias de Paula, relata ter notado o crescimento nas vendas de repelentes entre dezembro e o início do mês de fevereiro. "Estamos até aumentando o espaço nas gôndolas para esses produtos", afirma.

Para ele, é notável que a saída desses itens se destaca pelo medo da dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti e de outras doenças que podem ser transmitidas pelo inseto, como a Chikungunya e a Zika, que também tiveram alta no Estado.
Prevenção
Os repelentes possuem algumas substâncias que afastam os mosquitos, como as DEET, Icarina (ou Picaridina) e EBAAP (ou IR3535), mas nem todos podem ser usados pelo público em geral. Para crianças acima de 6 meses é indicado o uso de produtos com EBAAP; produtos com DEET são recomendados apenas para crianças acima de 2 anos, assim como algumas versões de produtos com Icaridina. Não há contraindicações ao uso de repelentes para gestantes ou idosos.

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Goiás registra mais de 4 mil casos de dengue em janeiro e tem 15 cidades em situação de emergência, diz Saúde

Estado tem 5.689 casos confirmados nesta terça-feira e outros 12.777 em investigação

Modificado em 04/02/2025, 14:01

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya (Raul Santana/Fiocruz)

Goiás registrou mais de 4 mil casos de dengue em janeiro deste ano e tem 15 cidades em situação de emergência, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO (confira a lista abaixo). Nesta terça-feira (4), o estado tem 5.689 casos confirmados e outros 12.777 em investigação. A SES-GO informou que neste momento, não há decreto de emergência em nível estadual.

Já iniciamos as visitas em alguns municípios que estão com o número de casos acima do esperado. Nessas visitas vão pessoas especializadas para identificar, junto com a equipe local, quais são as principais dificuldades com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência, tentar conter ou diminuir a transmissão e ter números melhores, com menos óbitos e casos", explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.

O número de casos ainda é menor comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 12.479 casos. Ao POPULAR , a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, Dra. Cristina Laval, explicou que o motivo de tantos casos no ano passado foi a inversão do sorotipo da dengue, quando o sorotipo 2 passou a ser mais frequente.

"75% dessas amostras no ano de 2024 foi do sorotipo 2. Então a possibilidade de haver uma explosão de casos dessas pessoas que não haviam tido contato ainda com o sorotipo 2 fez com que houvesse essa situação que vivenciamos em 2024. E a se você tem um grande número de casos, consequentemente você tem mais casos graves e óbitos. O que a gente tem observado agora no início de 2025 esse cenário permanece o mesmo. O sorotipo mais frequente tem sido o 2. Se permanecer essa situação, com certeza nós vamos ter um cenário bem mais tranquilo do que nós tivemos em 2024, que foi a nossa pior epidemia", ressalta Cristina.

Monitoramento

De acordo com a SES-GO, o importe é continuar monitorando porque apesar do cenário mostrar que o sorotipo mais prevalente nesse ano continua sendo o sorotipo 2, da mesma forma que foi em 2024, existe agora uma circulação maior do sorotipo 3 em estados que fazem fronteira com Goiás.

"Isso é preocupante porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele. Então, a gente tem aí uma população toda exposta a esse sorotipo 3, o que pode levar ao aumento do número de casos. Nós também já tivemos, nesse ano de 2025, o isolamento do sorotipo 3, mesmo que de forma isolada em poucos municípios, mas ele está circulando. Por isso o monitoramento importante para que a gente vá acompanhando se vai acontecer uma inversão sorológica em 2025 ou nos próximos anos. Esse monitoramento da vigilância é extremamente importante para a gente acompanhar esse cenário epidemiológico", afirma Cristina.

Situação de emergência

A SES-GO informou que os municípios em emergência são aqueles que estão acima do limite máximo esperado do ponto de vista de incidência, que são o número de casos por 100 mil habitantes, e que estão acima desse limite máximo esperado por pelo menos mais de quatro semanas consecutivas. Assim, o monitoramento é mais importante ainda nesses municípios, porque é necessário acompanhar com a vigilância laboratorial se esses casos são realmente dengue ou se são de outra arbovirose para apoiar esses municípios nas suas à de prevenção e controle.

"Esse limite máximo esperado, assim como a média móvel, é baseado num acompanhamento, num monitoramento de uma série histórica dos últimos 10 anos, onde eu tenho então essa média móvel do número de casos que foram confirmados e tem os desvios padrões que me levam para o limite máximo esperado. Quando no momento atual eu tenho um número de casos notificados que ultrapassa esse limite máximo esperado, me acende um alerta de que esses municípios podem estar ou em alerta ou em emergência. Confira abaixo as cidades que estão em situação de emergência em Goiás:

  1. Iporá (778 casos);
  2. Itapuranga (216 casos);
  3. Itapaci (209 casos);
  4. Faina (187 casos);
  5. Diorama (126 casos);
  6. Caçu (102 casos);
  7. Mozarlândia (94 casos);
  8. Guarinos (80 casos);
  9. Americano do Brasil (63 casos);
  10. Cromínia (46 casos);
  11. Mundo Novo (45 casos);
  12. Brazabrantes (42 casos);
  13. Santo Antônio de Goiás (37 casos);
  14. Mossâmedes (29 casos);
  15. Davinópolis (21 casos).

Alerta X Emergência

De acordo com a SES-GO, emergência é quando tem pelo menos quatro semanas consecutivas acima desse limite e alerta é quando o número ultrapassa esse limite, mas na outra semana ele já abaixa desse limite, não é de forma sustentada.

Prevenção

A SES-GO explica que durante os períodos chuvosos os focos de proliferação são ampliados, destacando a urgência de medidas preventivas para conter a expansão desses focos. Por isso, é importante limpar e verificar regularmente esses pontos que podem acumular água. Além do uso de repelentes e vacina.

As principais medidas preventivas é evitar que o mosquito nasça. Tirar 10 minutos por semana e verificar se em casa tem algum recipiente acumulando água. Se cada um fizer isso a gente consegue diminuir o índice de infestação e transmissão. Outra forma de prevenção muito importante é a vacinação. Em Goiás a vacina está disponível para todas as crianças e adolescentes de 6 a 16 anos", afirma Flúvia.

Morte

O POPULAR mostrou que Goiás registrou a primeira morte por dengue em 2025 na cidade de Heitorai, no centro goiano. Em 2024, o estado registrou 414 mortes por dengue, com outras 53 ainda sob investigação. No ano anterior, foram 58 óbitos confirmados. No Brasil, a doença matou 6.041 pessoas em 2024.

Sorotipos

A dengue possui quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, ou sorotipos 1, 2, 3 e 4, que podem causar quadros leves ou graves, onde pode ocorrer o choque hipovolêmico ou o acometimento direto de vários órgãos como fígado, cérebro e coração. A preocupação da SES-GO em relação a circulação do sorotipo 3 se dá porque ele não circula no país desde 2008, dessa forma a população não possui defesa (imunidade) para esse sorotipo.

A SES-GO informou que em 2025 foi identificado o sorotipo 3 da dengue em Anápolis. No entanto, ele é relativo a um paciente residente no estado do Mato Grosso e que estava momentaneamente na cidade com a doença. Foi feita a identificação, coleta, exames pela secretaria, mas o caso é contabilizado para o estado do Mato Grosso, uma vez que a notificação é feita a partir do domicílio de residência, e não de ocorrência.

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Mais de 7 mil casos de dengue são notificados em menos de um mês em Goiás

O crescimento de casos no Estado tem motivado ações pela Secretaria Estadual de Saúde

Pneus se espalham em meio a outros resíduos pela Rua das Samambaias, no Parque Primavera, em Aparecida de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

Pneus se espalham em meio a outros resíduos pela Rua das Samambaias, no Parque Primavera, em Aparecida de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

Neste primeiro mês de 2025, já foram notificados 7,2 mil casos de dengue em todo o Estado, sendo uma morte confirmada em Heitoraí, na região central do Estado. Trata-se da professora Damiana Gonçalves, de 58 anos, que faleceu no dia 4 de janeiro. O óbito estava sob investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), mas foi confirmado apenas no fim de semana. Conforme a pasta, a paciente não possuía comorbidades. Além dessa, outras seis mortes estão em análise para identificar se a causa foi de fato a dengue. Quatro são de pacientes de Goiânia, um de Mozarlândia e um de São Simão.

Mozarlândia é um dos 14 municípios que estão em situação de emergência pela alta incidência da doença (veja quadro) . A capital não é listada dentre as cidades em fase emergencial dentro do plano de contingência da SES-GO, que engloba ainda as fases mais brandas de alerta e preparação, diante de uma metodologia diferente. No plano de contingência da pasta estadual, a fase de emergência é ativada "quando a taxa de incidência de casos suspeitos ultrapassa o limite superior do diagrama de controle por quatro semanas epidemiológicas consecutivas".

O crescimento de casos no Estado tem motivado ações pela SES-GO. A pasta aponta que tem distribuído a todos os municípios bombas costais, inseticidas e medicamentos para hidratação e controle do quadro febril.

"Também vai expandir outra iniciativa para monitoramento do mosquito transmissor da dengue: o Projeto de Armadilhas de Oviposição (ovitrampas).A estratégia, que já estava em funcionamento de maneira piloto em dez municípios, será levada a todas as demais cidades goianas, com a aquisição dos materiais necessários pela pasta de saúde. A iniciativa visa monitorar a densidade da população do vetor, norteando as ações de controle da proliferação do mosquito", cita.

"As armadilhas de oviposição simulam condições ideais para que o mosquito deposite seus ovos. Elas são formadas por um recipiente com água parada, que atrai o mosquito, e uma palheta de madeira, que facilita a postura dos ovos pelas fêmeas. Os ovos se prendem a palheta, que semanalmente é retirada por agentes de endemias e enviada para análise no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Além de identificar a incidência do Aedes na região, a partir da contagem dos ovos, os exames no Lacen-GO permitem descobrir qual o sorotipo da dengue está circulando no local", complementa a pasta.

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Circulação de sorotipo 3 da dengue causa preocupação em Goiás

Governo repassa orientações aos municípios goianos relacionadas à prevenção de doenças em decorrência das enchentes, com atenção especial ao mosquito Aedes aegypti e à leptospirose

Modificado em 18/01/2025, 11:36

Com enchentes, mosquito Aedes aegypti volta a ser motivo de preocupação

Com enchentes, mosquito Aedes aegypti volta a ser motivo de preocupação (Pixabay)

Nesta sexta-feira (17), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), repassou orientações aos municípios goianos relacionadas à prevenção de doenças em decorrência das enchentes. Ele chamou a atenção para a dengue, mas também destacou a importância das prefeituras se atentarem para a leptospirose, tétano e acometimentos gastrointestinais.

A dengue tem sido um ponto de alerta porque o sorotipo 3 da doença voltou a circular em Goiás depois de anos com predominância dos sorotipos 1 e 2. "Já foi identificado esse sorotipo 3 em três cidades: Anápolis, Goiatuba e Rio Verde", alertou Caiado. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos porque o mosquito que é o vetor da doença, o Aedes aegypti, se reproduz na água parada.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, explica que a pasta tem adotado estratégias para controlar a disseminação do mosquito e eliminar criadouros. "Neste ano, vamos começar a utilizar, junto com os municípios, a borrifação residual intradomiciliar. Antigamente, só fazíamos do lado de fora. Agora, para locais com grandes aglomerados de pessoas, temos a possibilidade dessa borrifação residual", esclarece.

Na última semana, a SES-GO ainda recebeu cerca de 140 mil doses da vacina contra a dengue. Os imunizantes, enviados pelo Ministério da Saúde, são direcionados para crianças e adolescentes com idade entre 6 e 16 anos. "Comece (o esquema vacinal) o mais rápido possível", apela Flúvia, já que a adesão à vacinação pelo público-alvo tem sido abaixo do esperado.

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Inteligência artificial otimiza gestão e venda no varejo

Feira apresenta novas ferramentas tecnológicas que facilitam as operações e melhoram a experiência de compras nas lojas

Modificado em 04/11/2024, 08:53

Maxuel Sousa, da Easy Tech Automação: equipamento identifica o preço, o peso e o tipo do produto

Maxuel Sousa, da Easy Tech Automação: equipamento identifica o preço, o peso e o tipo do produto (Fábio Lima)

Caixas de autoatendimento com reconhecimento facial e que mostram erros de compra, inteligência artificial que consegue identificar o comportamento dos clientes, prever a demanda por produtos e enviar ofertas personalizadas, e até códigos de barras que impedem a venda de mercadorias vencidas.

Estas e outras ferramentas tecnológicas, que facilitam as operações nos supermercados e a experiência dos consumidores, estão apresentadas até amanhã, dia 26, na 21ª SuperAgos, a maior feira supermercadista do Centro-Oeste, realizada pela Associação Goiana de Supermercados (Agos).

O evento, que acontece no Centro de Convenções de Goiânia, com o tema "Multiplique negócios, parcerias e conhecimento na era da inteligência artificial", tem a expectativa de ultrapassar a casa de R$ 200 milhões em negócios.

Um estudo feito pela Grocery Doppio e pelo Food Industry Association (FMI) apontou que o uso de inteligência artificial (IA) em supermercados deve crescer 400% até o fim de 2024, otimizando processos diários nas rotinas de supermercadistas, incluindo o gerenciamento de lojas, estoque e o atendimento ao cliente.

Estas ferramentas podem identificar o comportamento do consumidor e tendências de consumo, ajustando as operações através da interpretação de dados. A IA, por exemplo, automatiza e otimiza processos, fazendo previsões de demanda e gestão de estoque, precificação dinâmica e até personalização de ofertas para os consumidores.

O especialista em inteligência de mercado e CEO da Bnex Ciência do Consumo, Fernando Gibotti, lembra que a IA já atua em diferentes frentes do varejo, começando pelo abastecimento das lojas.

Um dos benefícios é a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real, o que seria impraticável manualmente. "Ferramentas que fazem previsão de demanda ajudam no processo de compra de produtos de forma mais assertiva, evitando perdas ou rupturas", destaca Gibotti.

Segundo ele, a IA tem desempenhado um papel fundamental na automatização de processos em supermercados e minimercados, ajudando a transformar tarefas, que antes eram manuais e demoradas, em fluxos de trabalho mais rápidos e precisos, desde a gestão de estoque e reposição automática de produtos, até a análise preditiva de vendas.

A IA também pode entender como as pessoas estão consumindo e quais categorias estão sendo adotadas ou abandonadas, inclusive por faixa etária. "Entendendo o comportamento, é possível criar estratégias segmentadas e personalizadas, com promoções individuais, de acordo com a mudança de comportamento desejada", destaca o CEO da Bnex.

O sistema divide os clientes em grupos, de acordo com suas aptidões, e encaminha promoções direcionadas para cada um. "Para isso, os supermercados criam programas de relacionamento com o cliente, que baixa um aplicativo e se cadastra, fornecendo o CPF a cada compra", completa.

Autoatendimento
O self checkout, ou caixa de autoatendimento, tem se tornado cada vez mais comum nos supermercados, possibilitando a redução de filas, autonomia, privacidade e uma experiência mais moderna para o consumidor. Esta ferramenta já está evoluindo para uma nova geração, antes mesmo de chegar a todos os estabelecimentos.

A tecnologia de reconhecimento facial, por exemplo, permite que os clientes finalizem suas compras com um simples olhar, eliminando a necessidade de cartões ou uso de smartphones para fazer pix.

Maxuel Sousa, proprietário da Easy Tech Automação, empresa de soluções automatizadas, lembra que estes novos equipamentos já conseguem identificar o tipo de produto comprado e se o preço e o peso estão corretos.

Ele possui um sistema de identificação visual e auditiva, com luz e alerta sonoro, que ajudam o consumidor a identificar erros de compra e a loja a evitar prejuízos com possíveis fraudes. "Ele pode mostrar se o produto que está sendo comprado é o mesmo que está descrito no código de barras", explica.

Para o empresário, a tendência é que estes caixas se tornem cada vez mais comuns nas lojas. O investimento inicial fica entre R$ 20 mil e R$ 25 mil e o equipamento também pode ser locado. Entre as lojas que ainda resistem, existe o medo de ser roubado nas compras ou de que os clientes não consigam usar o equipamento e ele fique obsoleto. "Mas fazemos todo um trabalho educativo e de consultoria junto a funcionários e aos clientes, que são orientados a evitar filas", informa.

Até os códigos de barras já estão evoluindo. Paulo Crapina, diretor de Relações Institucionais do GS1 Brasil Associação Brasileira de Automação, informa que há um trabalho para evoluir para o código bidimensional, que pode ser lido com uma simples câmera de celular.

Este QR Code trará até 10 mil informações, inclusive como preparar alimentos, a data de fabricação, lote e até a data de validade. "O sistema consegue ler se o produto está vencido e ele fica retido no caixa. É a forma mais fácil de controlar os lotes", destaca.

A tecnologia também é inclusiva, pois as informações sobre o produto são acessadas por pessoas com deficiência visual, através de áudio. O código pode ser inserido por indústrias fabricantes ou pelo varejo em marcas próprias ou produtos manipulados nas lojas, como frios fatiados e vendidos por quilo.

"O código de barras já tem 51 anos e não deve ser mais usado no futuro. Nosso objetivo é melhorar os processos na cadeia de suprimentos, pois a maioria das lojas já conta com equipamentos que podem usar o QR Code, por meio de algumas atualizações de sistema, que não têm um custo alto", prevê.

Para o presidente da Agos, Sirlei Couto, a utilização de IAs nos supermercados permite analisar grandes volumes de dados em tempo real, otimizando operações e interpretando o comportamento do consumidor, o que aumenta a competitividade, mesmo em um mercado de margens reduzidas, e ajuda a garantir a sustentabilidade a longo prazo.